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11/09/2014

USP integra projeto de construção de telescópio gigante

A comunidade cientifica da USP comemora o recente ingresso em um projeto que promete render muitos frutos a longo prazo para a Universidade. Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a USP se tornou uma das 11 instituições sócio-fundadoras do Giant Magellan Telescope (GMT), um telescópio gigante que está sendo construído nos Estados Unidos e deve se tornar o segundo maior do mundo em alguns anos.

Três anos depois da solicitação de análise por parte de pesquisadores da USP em outubro de 2011 e com pareceres científicos favoráveis emitidos por especialistas do mundo inteiro, a Fapesp entrou no projeto que coloca a comunidade paulista de astronomia em posição privilegiada pelas próximas décadas. Para participar do consórcio internacional que já contava com universidades dos Estados Unidos, da Austrália e da Coreia, a Fapesp vai desembolsar US$ 40 milhões que garantem uma participação de 4% no tempo de uso do telescópio por pesquisadores do estado de São Paulo.

O professor do Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da USP João Evangelista Steiner alertou sobre a relevância da adesão ao projeto internacional. Segundo ele, “há uma defasagem de 15 anos entre aderir ao projeto e este projeto começar a render trabalhos científicos. Portanto, nós temos que pensar hoje o que nós queremos estar fazendo em 2029 e 2030. Toda a comunidade de astronomia foi beneficiada com essa iniciativa, principalmente aqueles ligados ao estudo da óptica e do infravermelho, já que este satélite oferecerá recursos singulares para isso”.

O telescópio gigante está sendo construído no Arizona, EUA, mas ficará localizado na região de Las Campanas, no Chile. Atualmente, não existe nenhum telescópio em funcionamento no mundo com dimensões parecidas e a expectativa dos astrônomos é de que esse equipamento permita observar a construção de galáxias desconhecidas, a formação de buracos negros e até planetas com massas semelhantes à da Terra em órbita com outras estrelas e com possibilidade de desenvolver vida.

O GMT será composto por sete espelhos primários de 8,4 metros e sete espelhos secundários de 1,1 metro. “Isso vai resultar numa área coletora de aproximadamente 22 metros para espectroscopia ótica e quase 25 metros para infravermelho. Além disso, ele contará com cinco equipamentos, entre eles seis raios lazer, que vão ampliar bastante as possibilidades de utilização proporcionadas”, afirmou Steiner.

 

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

 

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