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10/10/2014

Fórum CNTU debaterá bioética e sindicalismo contemporâneo

Lidar com os conflitos trabalhistas é próprio do sindicalismo. Mas um Fórum organizado pela CNTU e a Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais, propõe que as federações debatam muitos outros conflitos com os quais as profissões representadas podem ter de lidar ao mesmo tempo, com impactos ainda não avaliados sobre o mundo do trabalho. Participam economistas, engenheiros, farmacêuticos, médicos, nutricionistas e odontologistas. O evento será no dia 17 de outubro, das 8h às 18h.

O Fórum CNTU Bioética e Sindicalismo Contemporâneo tratará de compreendê-los, de identificar exemplos em seu âmbito profissional e refletir sobre o seu enfrentamento. "Esse debate é de extrema relevância porque introduz um elemento novo para a reflexão sindical", avalia Luciano Eloi Santos, vice-presente da FIO e presidente do CRO-MG. "É a primeira vez que um encontro nacional, ou mesmo internacional sobre bioética, reúne essa diversidade de olhares", diz ele.

A bioética tem evidente relação com os dilemas da saúde, que são do interesse direto de várias categorias da CNTU, como a medicina, a farmácia, a nutrição e a odontologia. "Seus conflitos podem se dar do nascimento à morte, nas decisões sobre direito ao aborto ou à eutanásia, por exemplo". As situações que Santos enumera são complexas, envolvem valores morais, religiosos, políticos, por exemplo nas questões ligadas à paternidade, adoção, barriga de aluguel. Os dilemas aparecem na economia, onde o profissional lida com a desigualdade, a inclusão ou a exclusão social, nas atividades e decisões.

Na Farmácia, o teste de um medicamento com seres humanos implica em limites éticos. O dirigente cita até a judicialização da medicina, que pode obrigar o estado a pagar um tratamento individual caro quando o recurso é o mesmo para atendimentos coletivos, o que também acarreta dilemas profissionais. As profissões lidam com o sofrimento humano e seus impactos, o nutricionista com a fome e a obesidade, o odontologista deve entender o impacto da falta de dentição na vida de uma pessoa não atendida.

O Fórum CNTU traz, pela primeira vez, os engenheiros para falar sobre bioética. E se essa interlocução é nova, as preocupações de natureza ética são recorrentes na profissão. Um viaduto que cai, como ocorreu em Belo Horizonte durante a Copa, é um exemplo que ele cita. "O engenheiro é responsável pela obra, assim como no meio ambiente precisamos discutir qual é nossa responsabilidade pelo planeta que deixaremos para nossos filhos", observa.

O programa do fórum terá início com uma aula magna do coordenador da Rede Unesco de Bioética, professor da Universidade de Brasília (UnB), Volney Garrafa, tendo, na sequência, apresentações de cada federação, e debates. Santos avalia que a CNTU, com esse evento, estará ampliando seu olhar para as dimensões contemporâneas do mundo do trabalho qualificando ainda mais sua atuação sindical.

Pelo Sindicato dos Economistas de São Paulo, falará a professora Nancy Gorete Gorgulho Chaves; Carlos Abraham, diretor da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), pelos engenheiros. À tarde, serão feitas as apresentações da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), com Maria Alice Albuquerque; da FIO, Eloi Santos; da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), o vice-presidente Rilke Novato Publio; e da Federação Brasileira dos Nutricionistas (Febran), o presidente Ernane Rosas.

O fórum será realizado no auditório do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Minas Gerais (Soemge), na Av. do Contorno, 8.841, Gutierrez, em Belo Horizonte. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo telefone (31) 3275-4243.

Confira a programação do Fórum CNTU aqui.



Imprensa SEESP
Fonte: Portal da CNTU









 

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