O modelo energético do País é tema crucial para o debate democrático, e nem sempre recebe a cobertura que merece. A sociedade precisa ser informada de maneira aprofundada sobre benefícios, riscos, impactos sociais e ambientais das principais fontes presentes no nosso “cardápio” de energia. O que está em jogo, ao final, é o modelo de desenvolvimento que vai talhar o futuro do Brasil.
Para contribuir com essa produção e disseminação de informação de qualidade, o Greenpeace Brasil se juntou à Agência Pública de Jornalismo Investigativo para lançar um concurso de microbolsas para a produção de reportagens investigativas independentes sobre dois temas dentro do assunto Energia: pré-sal e hidrelétricas.
Trata-se da quarta edição do Concurso de Microbolsas de Reportagem realizado pela Agência Pública desde 2011, cujo objetivo é fomentar o jornalismo independente e investigativo no país, apoiando repórteres que nem sempre encontram espaço nas redações para reportagens aprofundadas.
“Como em todas as microbolsas, a Pública vai dar total apoio para os repórteres realizarem suas pautas da melhor maneira possível, acompanhando de perto e coordenando o trabalho de campo, além de editar a reportagem no espírito independente e colaborativo que sempre mantivemos com nossos bolsistas", diz Natalia Viana, diretora de estratégia da Agência Pública.
Quatro pautas sugeridas pelos jornalistas inscritos serão escolhidas pelo concurso para serem transformadas em reportagens investigativas, duas sobre a questão das hidrelétricas, duas sobre o tema do pré-sal. O objetivo é aprofundar a discussão sobre a matriz energética brasileira e trazer informações consistentes ao debate público.
Para o Greenpeace, a iniciativa é também uma maneira de fortalecer o jornalismo independente no País. “As reportagens investigativas sobre pré-sal e hidrelétricas vão contribuir para informar as pessoas sobre dimensões menos conhecidas da política energética do país”, explica Bruno Weis, coordenador de Comunicação do Greenpeace.
Nos anos anteriores, três reportagens realizadas através de iniciativas como essa foram premiadas: “Severinas”, minidocumentário de Eliza Capai é finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marques 2014; “Cadeias Indígenas na Ditadura”, reportagem de André Campos, é finalista do Prêmio Iberoamericano de Periodismo 2014; e “Dor em Dobro”, de Anna Beatriz dos Anjos, Gabriela Sá Pessoa e Natacha Corrêa ganhou neste ano o prêmio SindhRio de Jornalismo e Saúde.
O concurso
As propostas de pauta devem ser enviadas até o dia 14 de novembro de 2014 através do formulário oficial e devem conter informações sobre a experiência do repórter, a pesquisa inicial e o plano de trabalho a ser executado. Os responsáveis deven ler e concordar com o regulamento. Os selecionados receberão uma confirmação das suas inscrições.
As propostas serão avaliadas por uma Comissão Julgadora composta pelas diretoras da Agência Pública, Marina Amaral e Natalia Viana, pela diretora de Comunicação e Mobilização do Greenpeace, Lisa Gunn, e pelo coordenador de Comunicação do Greenpeace, Bruno Weis.
Os jornalistas selecionados serão anunciados nos sites do Greenpeace e da Agência Pública no dia 19 de novembro.
Fonte: Greenpeace Brasil