Os professores da rede pública estadual de São Paulo tiveram, na segunda-feira (30/3), a primeira mesa de negociação com o governo paulista desde o início da greve, decretada no dia 13 deste mês. A paralisação continua já que não houve avanço significativo na proposta do reajuste salarial.
Foto: Deborah Moreira
Professores reunidos na Avenida Ipiranga, em frente à secretaria
estadual de Educação, no dia 27 de março último
A presidente do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, explicou que após apresentarem a pauta de reivindicação, o secretário da pasta, Herman Voorwald, “não apresentou nenhuma perspectiva. O reajuste continua zero”.
Está marcada para quinta-feira (2/4), às 14h, uma nova assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, quando a categoria fará uma reavaliação do movimento. Nesta terça, os comandos de greve realizam reuniões para avaliar a situação da greve e planejar novas atividades. Amanhã, os docentes fazem panfletagens, atos e outras atividades regionais
Ato reúne 60 mil
Mais 60 mil professores participaram da assembleia estadual no Masp, na sexta (27), quando foi aprovada a continuidade da greve da categoria e um calendário de mobilização. Depois, realizaram caminhada pela Paulista e Rua da Consolação, encerrando com um Ato em Defesa da Escola Pública e pela Valorização do Magistério, na Praça da República, em frente a Secretaria Estadual de Educação. No trajeto, outros setores sociais aderiram ao ato, fazendo crescer o número de participantes - além das manifestações de apoio da população.
A estimativa da Apeoesp é de que a greve tenha atingido 75% da categoria na sexta-feira, representando mais de 172 mil professores.
As principais reivindicações:
- Aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Diesse para Professor de Educação Básica I (PEB I), com jornada de 20 horas semanais de trabalho, para professores da ativa e aposentados.
- Conversão do bônus em reajuste salarial.
- Pela implantação da jornada do piso.
- Reabertura de classes e períodos fechados. Imediato desmembramento das salas superlotadas.
- Máximo de 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.
- Nem “quarentena”, nem “duzentena” para os professores da categoria “O”.
- Por uma nova forma de contratação de professores temporários, com garantia de direitos.
- Garantia de atendimento médico no IAMSPE para os professores da categoria “O”.
- Convocação e ingresso de todos os professores concursados.
- Garantia de PCPs nas escolas de acordo com a Resolução 75/2013. No mínimo um PCP em cada escola, independente do número de salas.
- Garantia de condições adequadas de infraestrutura em todas as escolas.
- Pelo fim da lei das faltas médicas; fim da perseguição aos professores nas perícias médicas.
- Pela aceleração dos processos de aposentadoria.
- Pela correção das distorções no plano de carreira que prejudicam os aposentados.
- Água para todos, em todas as escolas.
- Fim do projeto excludente de escola de tempo integral; por uma educação integrada.
- Fim do assédio moral.
- Fim do corte de verbas para as escolas.
- Pela ampliação dos repasses para as escolas.
- Aumento do valor do vale-alimentação e do vale-transporte.
- Continuidade do transporte escolar gratuito para os estudantes.
Deborah Moreira
Edição
Imprensa SEESP
Com informações da Rede Brasil Atual e Apeoesp