Presentes na capital panamenha para a Cúpula dos Povos, paralela à Cúpula das Américas, representantes da CNTU acompanham os acontecimentos relacionados a uma edição histórica que, pela primeira vez, reúne os 35 chefes de Estado dos continentes americanos e do Caribe, incluída Cuba, admitida no encontro após o início das negociações com os Estados Unidos, pelo fim do bloqueio econômico à ilha. Os diretores Welington Moreira Mello, Gilda Almeida de Souza e Fernando Palmezan Neto, integrantes do departamento de Relações Internacionais da entidade já participaram na quinta (9), da abertura da Cúpula dos Povos, na Universidade do Panamá, cujo tema, neste ano, é "América Latina, uma pátria para todos, em paz, solidária e com justiça social”. Para os eventos, o governo decretou feriado na expectativa de esvaziar as ruas e garantir a segurança dos participantes, e marcar o momento histórico, que pode colocar fim aos resquícios da da Guerra Fria na região.
Também na quinta, as delegações que já chegaram ao Panamá estavam atentas à chegada dos chefes de estado e a um encontro inédito. Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e de Cuba, John Kerry e Bruno Rodriguez, se reuniram para conversas não divulgadas, no primeiro encontro diplomático dos representantes dos dois países desde 1958. O Departamento de Estado norte-americano publicou duas fotografias no Twitter, uma delas mostrando um aperto de mão entre o secretário norte-americano e o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, e outra com os dois sentados em conversações. De acordo com a Agência Brasil, a expectativa é que os presidentes norte-americano e cubano, Barack Obama e Raúl Castro, reúnam-se durante a Cúpula das Américas. Uma das principais reivindicações de Castro é a exclusão de Cuba da lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Os cubanos também querem a suspensão do bloqueio econômico e financeiro e uma indenização pelos danos sofridos no passado.
Os chanceleres dos países já se reuniram para negociar a declaração conjunta dos presidentes não conseguiram chegar a um consenso: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodriguez, queria incluir no documento condenação às sanções norte-americanas a sete altos funcionários venezuelanos. Nos últimos dias, altos funcionários norte-americanos moderaram o tom das críticas e asseguraram que a Venezuela de fato “não representa uma ameaça”.
Redação CNTU, com Agência Brasil