Em mais uma atividade de qualificação profissional, a Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté realizou, em 22 de setembro último, palestra que abordou o tema sobre os equipamentos Netzsch para estação elevatória de esgoto, de efluente e de água, como bombas lobular tornado e helicoidal Nemo e trituradores. A atividade esteve a cargo dos palestrantes Nelson Bertaia, André Batagin e Marcio Segura.
Nova palestra
No dia 6 de outubro, às 19h, a delegacia realiza mais uma palestra importante voltada aos profissionais da região. Desta vez o tema é “Como usufruir da eletricidade com Herve Cocallemen e Antonio Puzzo. Informações e inscrições pelos telefones (12) 3633-5411 e 3633-7371 e pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fotos: Valéria Ferreira
Palestra reuniu, mais uma vez, muitos profissionais na Delegacia de Taubaté.
Da esquerda para direita: palestrante Marcio Segura; diretor da delegacia Sebastião Melin Aburjeli; presidente da delegacia Breno Botelho Ferraz do Amaral Gurgel; palestrantes Nelson Bertaia e Andre Batagin; diretor e tesoureiro da delegacia Jorge Luis Monteiro e Carlos Takeshi Azuma.
Comunicação SEESP
O movimento sindical no mundo inteiro e em toda a sua história tem uma característica: nos anos de vacas gordas subestima o trabalho de mobilização e de formação, privilegiando o gozo das vantagens adquiridas e acumulando força pela inércia positiva da situação. Cada destacamento usufrui suas vantagens e tem a ilusão de que “pode tudo”.
Nos anos de vacas magras há, no começo, um desarranjo evidente, com desorientação, desorganização, desistências, capitulações e até mesmo traições. Nestes começos o risco de divisão cresce.
Logo em seguida, em geral depois de uma batalha que pode ser uma campanha salarial ou uma grande greve, abre-se um longo período de resistência que pode ser unitária e efetiva ou atabalhoada e dispersiva. No primeiro caso “a força das coisas” se exerce e o movimento recupera sua capacidade plena de luta; evitar derrotas também é uma vitória. No caso contrário, “a fraqueza dos homens” agrava a situação e posterga a etapa de recuperação de forças; mesmo uma vitória tem gosto amargo.
Com a severa recessão que a economia brasileira atravessa e com a solução contra os trabalhadores da crise política, o movimento sindical brasileiro confrontou-se com essas duas alternativas. Ou bem se dividir e acentuar a derrota, ou bem procurar a unidade para a resistência e recomposição.
O caminho escolhido e trilhado foi, felizmente, o mais correto. Na conturbada conjuntura política e sob severa recessão, o movimento escolheu se unificar em torno de uma pauta de resistência – nenhum direito a menos - e de busca de alternativas.
É preciso que fique bem claro que a conjuntura é de derrota e que a correlação de forças é desfavorável. Mas, exatamente por isso, torna-se cada vez mais necessária a vontade de resistir e a inteligência capaz de perceber por onde recomeçar.
A unidade de ação é a chave; com ela há uma melhor condição de somar todas as experiências (adquiridas durante a fase anterior e em toda a história) e tornar mais potente o movimento. Resistir significa também preparar o rebote e este só pode ter êxito se contar com a adesão efetiva da massa de milhões de trabalhadores e trabalhadoras nos sindicatos e nas manifestações, mas, sobretudo, nos locais de trabalho.
Um dos grandes libertadores da América, Simon Bolívar, exigia para a vitória “pulso firme e tato delicado”. Uma boa lição.
* João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical
Em comemoração aos seus 40 anos, a Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) realiza nos dias 27, 28 e 29 de setembro, o evento internacional "Inovações e Desafios da Engenharia". Gratuito e aberto ao público, o encontro inclui palestras e mesas redondas para discussões sobre assuntos que reforçam o rumo da engenharia, e uma visita guiada às novas instalações do Farm Lab, uma casa de vegetação de mais de 100 m² com viveiros de plantas, desenvolvida especialmente para os alunos do curso de Engenharia Agronômica, disponível a partir de 2017. Os interessados em participar do evento devem entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (15) 3238-1188 - ramal 239 com Andréa Nascimento. Os diretores da Delegacia Sindical do SEESP em Sorocaba vão participar do evento.
Entre as palestras estão: “Inovações e Desafios da Engenharia”, comandada pelo professor Luiz Marins; “Engenharia Agronômica - Desafios e Tecnologias”, ministrada pelo diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto; “Educação no Século XXI”, apresentada pelo diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. Já as mesas redondas contam com a participação de parceiros internacionais, que abordam o tema “Empreendedorismo e Tecnologia, Competividade e Modernidade na Educação”, e de representantes de empresas da região de Sorocaba que falam sobre “Que perfil de competência procuramos”. Para finalizar, o diretor da Escola Politécnica de São Paulo, José Piqueira, fala sobre “Que Engenheiro educamos para o Amanhã”.
No dia 29 pela manhã, o evento é dedicado a alunos do Ensino Médio e, à tarde, aos alunos da Facens. Os professores Antonio Carlos Gomes, Andréa Braga, Andréia Leles e Daniel Gonçalves, debatem sobre o assunto “Empreendedorismo, a chave para o sucesso”. Já Luis Fernando Guggenberger, gerente de inovação social e voluntariado da Fundação Telefônica Vivo, aborda o tema “Convergências Tecnológicas, Realidade e Tendências”, enquanto os alunos da Facens contam aos seus colegas suas experiências sobre os estudos realizados no exterior, por meio de diversos programas junto aos parceiros internacionais.
A programação completa do evento pode ser conferida aqui.
Comunicação SEESP
Criado em 21 de setembro de 1934, o SEESP é hoje uma grande entidade. Com uma base de representação de mais de 200 mil profissionais e com mais de 50 mil associados, está presente em todo o estado por meio de 25 delegacias sindicais, além da sede na capital. Representa coletivamente a categoria, oferece um amplo leque de serviços aos seus filiados e tem importante inserção nos debates das grandes questões nacionais.
Atualmente, sindicato participa do movimento Engenharia Unida, lançado em março último pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). O propósito da ação é formar uma ampla coalizão unindo os engenheiros e demais profissionais da área tecnológica, por meio dos sindicatos, associações representativas, conselhos profissionais, universidades, empresas e entidades patronais. A ideia é que essa aliança possa oferecer saídas às dificuldades enfrentadas pelo País na atualidade e contribuir com o permanente avanço no futuro. A bandeira principal desse movimento é a retomada do desenvolvimento socioeconômico, contando com a imprescindível valorização da engenharia e dos seus profissionais.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
"Continuaremos a escrever a nossa história com garra e dedicação", garante Pinheiro.
Nossa história
O caminho até esse protagonismo no movimento sindical brasileiro, começou a ser percorrido há 82 anos, quando 12 destacados nomes da engenharia paulista se reuniram numa sala da Rua Líbero Badaró. Lá, tomaram a decisão de criar uma entidade que representasse todos os profissionais paulistas e fundaram o SEESP. A partir do Movimento de Renovação, nos anos 1980, o sindicato engrossou, com outros setores, a luta pelo fim da ditadura. Mais recentemente, nos anos 2000, teve início uma nova etapa da nossa história, com o engajamento no debate e a busca de saídas à estagnação. O primeiro ponto a ser destacado nessa trajetória é o fortalecimento da atuação do sindicato na defesa dos direitos dos engenheiros e na luta por novas conquistas.
Representando os profissionais nas negociações coletivas feitas com inúmeras empresas e organizações patronais, dos mais diversos ramos econômicos, nos setores público e privado, o SEESP vem, ano após ano, garantindo avanços em benefício da categoria. Tem sido ainda pauta constante de luta a defesa do piso da categoria previsto na Lei 4.950-A/66, estipulado em nove salários mínimos vigentes no País para jornada diária de oito horas, além de um plano de carreira que propicie a valorização permanente do profissional, condições de trabalho adequadas e acesso à qualificação constante.
Cresce Brasil e Isitec
Para além dessas ações, o SEESP tem como agenda o debate acerca do desenvolvimento nacional e a busca de alternativas para o avanço do País. Vertente que se vê no engajamento no projeto "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento", lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Na fase atual, a iniciativa está voltada à discussão dos problemas das cidades brasileiras, oferecendo propostas factíveis e sérias para solucioná-los com a boa técnica.
O sindicato criou e mantém o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), credenciado pelo Ministério da Educação em 2013 para oferecer o primeiro curso de Engenharia de Inovação do Brasil.
“Como se vê, são 82 anos muitíssimo bem vividos. Obviamente, cada uma dessas conquistas foi antecedida de desafios e obstáculos que precisaram ser vencidos. Continuaremos a escrever essa história com garra e dedicação”, salienta o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro.
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Informações Soraya Misleh
Comunicação SEESP
Escolher uma tática de luta corresponde a fazer uma pergunta em busca de uma resposta. Se a pergunta for mal feita dificilmente a resposta não será errada.
Se escolhermos quaisquer das perguntas que exigem respostas diferentes de cada grupo dos ativistas do movimento sindical, obteremos respostas que consagram a divisão. Se perguntarmos sobre coisas objetivas que fazem parte da experiência coletiva as respostas serão agregadoras. Quem não há de resistir à perda de direitos?
A disputa política divide, a resistência em defesa dos direitos unifica.
Essa tem sido a preocupação sobre a tática correta para o movimento sindical na atualidade: buscar a unidade de ação apesar das diferenças de experiência política, de filiação partidária e de pertencimento a tal e qual entidade.
Além do mais, a vontade unânime de resistência não elimina a possibilidade de discussões, mas coloca uma trava na porta capaz de barrar as investidas contrárias ou as armadilhas e confusões dos adversários.
Se as direções e os ativistas estão concordes na luta de resistência, nada os impede de participarem de discussões ao mesmo tempo em que mobilizam suas bases de representados para garantir o peso da vontade coletiva.
A unidade de ação é hoje mais que uma tática, é estratégica. Os procedimentos favoráveis a ela são os gestos simbólicos de aproximação, a busca incessante de posições comuns afirmadas e o laconismo dos documentos que as explicitam. O curto e grosso, elegante e preciso, garante a adesão maciça e a segurança na condução do processo, mesmo nas eventuais negociações.
* João Guilherme Vargas Netto é analista política e consultor sindical
A classe trabalhadora viveu, a partir da Revolução Industrial, um século de lutas, um de conquistas — do chamado Estado do bem-estar social — e o terceiro século, do Estado do mal-estar.
A mais importante moda hoje é imputar ao Estado do bem-estar social as causas reais das crises provocadas pelo capitalismo irresponsável.
Nesse sentido, como escreveu o grande juslaboralista Nestor de Buen, foram escolhidas duas vítimas propícias: a seguridade social e o Direito do Trabalho. Na Grã-Bretanha, Margareth Thatcher e, em seguida, seu sócio americano, Ronald Reagan, lideraram a feroz campanha contra o Estado do Bem-Estar, apoiados na agressões acadêmicas da escola de Chicago de Nilton Friedman, que dizia que “o conjunto de medidas conhecidas sob a capciosa denominação de seguridade social tem efeitos tão nefastos sobre a economia de um país como a política de salários mínimos, assistência médica para determinados grupos, habitações populares, preços agrícolas subvencionados etc.” (...) “na concepção neoliberal, o bem-estar social pertence ao âmbito privado, ou seja, deve ser gerado pelo esforço individual e resolvido em família ou no mercado” (BUEN, Nestor de. O Estado do mal-estar. Revista LTr. São Paulo, ano 62, n. 5, 1998).
Não esqueçamos de que o Brasil sequer alcançou o bem-estar social. Suas elites empresariais agressivas instituíram ao longo da história um modelo desenvolvimentista voltado para as classes altas, com concentração de rendas x baixos salários.
Hoje a moda aqui pelo Brasil é fazer prevalecer o negociado sobre o legislado como forma de resolver os problemas da economia. Mas, fazer isso num país que ainda não implementou a verdadeira liberdade sindical, com poucos sindicatos fortes e independentes e, pior ainda, em momento de crise, parece um pouco precipitado.
Vivemos num país em que o desrespeito constante a direitos humanos mínimos e elementares do cidadão trabalhador é realidade vivida todo dia, como o trabalho infanto-juvenil, discriminações as mais diversas nas relações de trabalho, trabalho escravo encontrado em vários Estados brasileiros, demissões em massa sem sequer pagar o empregador as verbas rescisórias e, ainda, colocando os trabalhadores contra os sindicatos, para obrigá-los a fazerem a homologação negativa, sem o pagamento de qualquer verba, somente para o trabalhador sacar o FGTS, se existente alguma coisa na sua conta.
Os mais fortes, organizados e atuantes sindicatos não estão resistindo a essa grave situação e, agora, apresenta-se como salvação da crise o negociado sobre o legislado.
Negociado sobre legislado, parece-me, teria sentido num sistema e num país em que se respeitasse, pelo menos, o direito de greve, que é o mais importante instrumento de que podem se valer os trabalhadores nas negociações coletivas. Mas, o que se vê todo dia são os interditos com pesadas multas e proibição de manifestação e o afastamento dos trabalhadores a 500/1000 metros da porta da empresa. Semana passada vi o seguinte caso: os trabalhadores decidiram fazer greve simplesmente para obterem a correção salarial na data-base, pela inflação oficial, porque desde maio não foram atendidos. A empresa, com essa informação, pediu e o Tribunal deu uma liminar de 70% em atividade e R$ 5 mil de multa por cada trabalhador (eram uns 400), pelo seu descumprimento. Quem vai fazer greve em tais condições? Qual é o equilíbrio de uma negociação dessas, para prevalecer sobre o legislado?
Mais uma vez, com razão Nestor de Buen, quando diz que “sejam quais forem as razões, a política social entrou em decadência e sobre ela recaem as imputações das mil culpas dos infortúnios das economias mundiais. Quando, em rigor, não se trata senão da cadeia de fracassos do imperialismo financeiro".
O panorama não é animador! Por isso, ao invés de enfraquecê-lo, como é o discurso da moda hoje, é preciso, ao contrário, tornar o direito laboral mais forte, para fazer frente aos avanços ilimitados dos interesses do capital, que sabe muito bem manejá-los nos piores momentos para a classe trabalhadora, sufocando-a até as últimas consequências.
Por isso, cumpre a nós, juristas, não perdermos de vista o papel que nos cabe, para não colocarmos o nosso peso do lado errado e não se deixar levar por discursos equivocados e oportunistas.
Reforma trabalhista, sim, é necessária e, não esqueçamos que a CLT já sofreu reforma em mais de 85% dos seus artigos. É só dar uma olhada no seu texto do Planalto. Adaptação e modernização das normas trabalhistas aos tempos atuais é necessária, mas sem perder de vista os irreparáveis prejuízos de reformas irresponsáveis, que só levam em conta aspectos econômicos em detrimento dos sociais e humanos. É preciso, pois, que se faça valer os princípios constitucionais fundamentais que asseguram o valor social do trabalho e a dignidade da pessoa humana, não importando do lado que se esteja.
* Raimundo Simão de Melo é consultor jurídico e advogado. Procurador Regional do Trabalho aposentado. Doutor e Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP. Professor titular do Centro Universitário UDF. Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Autor de livros jurídicos, entre outros Direito ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador
Os ministros do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, anunciaram, no dia 20 de setembro último, alterações na Norma Regulamentadora 12 (NR-12) para micro e pequenas empresas do setor alimentício. As mudanças valem para os setores de panificação, confeitaria, açougue, mercearia, bares e restaurantes. Com isso, empresários ganham tempo para adequar máquinas e equipamentos às exigências da norma, que trata de segurança no trabalho.
Em encontro, que ocorreu na sede do Ministério do Trabalho, as autoridades governamentais assinaram também portaria que cria Grupo de Trabalho Interministerial, para Certificação de Máquinas e Equipamentos, em conformidade com a NR 12.
Durante a 86ª Reunião da Comissão Nacional Tripartite Temática (CNTT), que reúne representantes dos trabalhadores, empregadores e governo, o ministro do Trabalho também assinou outras três portarias. Com a medida, também estão sendo revisados artigos e anexos das NRs 34, 35 e 9.
Nogueira enfatizou que as mudanças são resultado do consenso obtido após intensos debates do Ministério com empregadores e trabalhadores, no âmbito da CNTT. “A Comissão tem feito um trabalho para o Brasil, construindo soluções. Uma demonstração de maturidade, que cria um ambiente de revisão das normas, de acordo com a realidade do País, sem prejuízo à proteção dos trabalhadores”, salientou.
A CTPP aprovou nos últimos 18 meses, três portarias de revisão da NR 12, com significativos avanços, concedendo tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte.
Normas regulamentadoras
De acordo com o coordenador-geral de Normatização do Ministério do Trabalho, Rômulo Machado, as demais alterações previstas nas portarias, se referem ao aperfeiçoamento da NR 34, que trata das Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. Já a revisão da NR 35, trata da segurança em Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem e a revisão da NR 9, aperfeiçoa a segurança na Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis (PRC) e no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Comunicação SEESP
Com informações do site do Ministério do Trabalho
O SEESP oferece mais um benefício importante aos seus associados. Convênio com a Universidade São Judas dá aos engenheiros sindicalizados e seus dependentes descontos de 20% nas mensalidades dos cursos de graduação (bacharelado, licenciatura ou tecnológico) e de 30% em pós-graduação e MBA. Inclusive, estão abertas inscrições gratuitas para o processo seletivo de 2017, com prova já marcada para o dia 24 próximo, às 14h, nas duas unidades da instituição, basta identificar o código SJ3971 aqui.
A universidade informa que dispõe de 94% de professores mestres e doutores e oferece bolsa incentivo acadêmico e bolsas de até 50% durante todo o curso (consulte a regra de cumulatividade em usjt.br/bolsas).
Lourdes Silva
Comunicação SEESP
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela o gasto público, em termos reais, por 20 anos, não se sustentará sem uma ampla e profunda reforma da previdência. É por isso, aliás, que o novo regime fiscal vem antes das mudanças previdenciárias, na perspectiva de que o fim justifica os meios. Se o Congresso aprovar esse limite de gastos, terá que dar os meios, e a reforma da previdência será essencial para esse fim.
A definição de um teto de gasto, que corresponderá ao valor desembolsado no ano anterior mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA, impede a expansão do gasto além desse limite. Logo, para que se aumente uma despesa, é preciso que se compense com a redução de outra.
Se tudo o mais que está relacionado ao papel do Estado ficasse congelado, tudo bem. Mas a população cresce, as demandas por saúde, educação, previdência e outros bens e serviços públicos também crescem e o governo, com o gasto engessado, não poderá atendê-los, exceto se cortar dos atuais beneficiários.
No caso da saúde e da educação, o governo, como condição para aprovar a PEC, pode até admitir, por dois anos, um aumento em relação ao executado em 2016, que poderá ser coberto com a receita da venda de ativos.
Entretanto, para sustentar esse gasto, mantida a regra do congelamento, mesmo que o PIB e a receita cresçam, o governo terá que cortar em outras rubricas, ampliando o conflito distributivo. E mesmo que privatize todas as empresas estatais, os recursos que ingressarem serão destinados ao pagamento de juros e amortização da dívida, que não estarão sujeitos ao teto de gastos.
Em relação à reforma da previdência, o raciocínio é simples. A despesa de 2016 com os atuais aposentados e pensionistas, mantida a correção anual pelo INPC para todos os benefícios do INSS, já está no limite imposto pela PEC. Logo, qualquer nova aposentadoria só poderia ser paga com o corte de outra despesa do governo, ou à medida em que os atuais aposentados e pensionistas deixem de receber seus benefícios, por exemplo, quando falecerem.
E, mantida a correção dos benefícios apenas pelo INPC, ou seja, sem computar o “ganho” real dos aposentados que ganham o salário mínimo, poderia haver um “descolamento” entre esse critério e o reajuste do limite de gastos pelo IPCA: nos últimos 20 anos, a diferença entre esses dois índices, acumulados, é de mais de 10 pontos percentuais (262% no caso do INPC, e 252% no caso do IPCA).
Isso leva à conclusão obrigatória da desvinculação entre os reajustes do piso da previdência e o salário mínimo, e, ainda, à mudança do critério de reajuste dos demais benefícios para que seja adotado o IPCA em lugar do INPC.
Como não há outras despesas, exceto a de juros ou de pessoal, que sejam significativas a ponto de compensar por um ou dois anos o aumento da despesa previdenciária, isto significa que, além do sacrifício aos servidores, já que os juros da dívida são sagrados para o atual governo, a reforma da previdência será inevitável, e quem aprovar o limite de gastos ficará obrigado a também aprovar essa reforma.
E a reforma da previdência não será apenas para mudar as regras para as futuras gerações, até porque sem o corte de direito imediato ela não produzirá os resultados que o governo necessita para manter seus gastos dentro dos limites impostos pela PEC 241.
A reforma da previdência, portanto, tende a alcançar: a) os atuais beneficiários e com redutor do benefício, possivelmente via corte do reajuste e instituição de contribuição aos aposentados e pensionistas do INSS; b) a desvinculação entre o reajuste do piso do INSS e o salário mínimo; c) os segurados que ainda não têm direito adquirido, ou que não preencheram os requisitos para requerer aposentadoria, poderão ter sua contribuição aumentada e o tempo de permanência em atividade ampliado, mesmo que haja regra de transição; e d) os futuros segurados terão regras bem mais severas e restritivas.
No caso do servidor público, a situação poderá ser ainda pior. Os atuais aposentados e pensionistas, além do congelamento do benefício durante a vigência da PEC, poderão ter que contribuir com alíquota maior e sobre a totalidade do benefício. Os que ingressaram no serviço público antes de 2003, que pela atual regra de transição ainda poderiam ter paridade e integralidade na aposentadoria, perderão esse direito, além de também terem que contribuir com alíquota maior e permanecer mais tempo em atividade, mesmo que haja nova regra de transição em relação ao tempo que falta para aposentaria. E os futuros segurados do regime próprio serão submetidos às regras do Funpresp, porém com novas exigências.
A PEC 241, como se vê, constitui-se numa espécie de gatilho que, uma vez aprovada, forçará a reforma da previdência. Sem o congelamento do gasto público, ambiente no qual o governo poderia ampliar o gasto, seja mediante aumento da receita ou por intermédio de déficits públicos, a possibilidade de reforma da previdência com corte de direitos seria muito baixa. Com o congelamento, a reforma se impõe, inclusive por pressão da sociedade.
* Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
No quarto debate do ciclo “A engenharia e a cidade”, o SEESP recebeu a candidata Marta, pela coligação União por São Paulo, formada pelos partidos PMDB e PSD, na noite de segunda-feira (19/09), na sua sede, na Capital paulista. O presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, agradeceu a participação da proponente, o que possibilita, segundo ele, conhecer com mais profundidade suas propostas para a cidade e trocar ideias com os profissionais e o eleitorado. Para Marta, essa proximidade é salutar e ajuda muito o candidato a melhorar seu plano de governo.
A candidata iniciou sua apresentação informando que está “andando” muito pelas ruas e bairros e, infelizmente, se deparando com uma cidade suja, cheia de buracos e com muitos problemas nas áreas de saúde, segurança, educação e mobilidade. “Estou chocada. Visitei o Córrego do Bispo, na Zona Norte, e encontrei uma realidade terrível. Vivem lá quase sete mil famílias entre palafitas e ratazanas. As crianças brincam no meio dos bichos.” Para ela, tal cenário precisa mudar urgente: “Essa e outras áreas precisam ter regularização fundiária. Não tenho nenhuma dúvida que essa é uma prioridade para o meu governo.” E completou: “Na sequência, passaremos à urbanização desses locais. Precisamos dar dignidade a essas famílias.”
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Marta quer revitalizar região central e garantir dignidade a moradores de áreas de risco.
Marta fez duras críticas ao que ela classificou como “total abandono” da região central. “Todo centro é quase um cartão postal de uma cidade. O nosso centro é o retrato de uma cidade abandonada.” E se comprometeu: “Em seis meses, vocês não vão reconhecer esse centro, porque ele passará por uma limpeza profunda.”
Outro ponto que a candidata diz que vai atuar de forma enfática é o problema das drogas. Para ela, a questão deve ser tratada de forma diferente ao que ocorre hoje e propõe o “Programa de abstinência”, que terá como base e aproveitará a experiência de diversas religiões. “A questão não é cheirar pouco, mas não cheirar mais. Vejo que os programas dessas entidade religiosas se mantêm na espiritualidade e têm resultados mais permanentes”, observou.
Ainda sobre a questão, Marta defendeu medidas que recuperem a autoestima da pessoa, que “deve se pensar e se ver um cidadão, merecedor de atenção e carinho”. Nesse sentido, estão nos planos da prefeiturável vários programas de qualificação e requalificação profissional.
Valorização dos servidores
Marta lembrou uma de suas ações quando foi prefeita de São Paulo, no período de 2001 a 2005. “O Ceu [Centro Educacional Unificado] foi uma maravilha da minha administração, planejado e realizado pelos profissionais do Edif [Departamento de Edificações].” Ela salientou, por isso, que os profissionais da área técnica precisam ser valorizados nas ações do governo. “Teremos mais Ceus para fazer e será com a nossa mão de obra”, avisou. Da mesma forma, garantiu que vai dar prosseguimento a obras paralisadas ou inacabadas, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Tiradentes e Parelheiros.
Público participou ativamente do debate, fazendo diversas perguntas e reivindicações.
Ainda sobre o seu primeiro mandato à frente da prefeitura paulistana, Marta disse que trabalhou com um orçamento de R$ 13 bilhões e foi uma ótima gestora, comparando com o recurso atual de mais de R$ 50 bilhões. Com o propósito de melhorar a cidade e seus serviços, a candidata do PMDB criticou o total abandono da saúde municipal, dizendo que vai, inclusive, resgatar o hospital municipal para os servidores públicos da administração. Atenção também terá a mobilidade, com mais calçadas adequadas para atender, segundo ela, um contingente de 32% das pessoas que andam a pé, com sistema de integração entre os modais de transporte e a construção de mais seis terminais de ônibus.
A área de educação é outro ponto que precisa de maior atenção do administrador municipal, apontou Marta. “Hoje o que existe, com essas creches conveniadas, é um “depósito” de crianças, sem programas educacionais de qualidade para oferecer.” Para tanto, acredita que deve-se investir na qualificação e valorização do professor. “Precisamos de um profissional diferenciado que entenda as necessidades das crianças.”
Após a explanação de suas propostas de governo, Marta interagiu com o público presente que lhe fez várias perguntas. Em especial, os engenheiros da Prefeitura de São Paulo reivindicaram reajuste para repor o poder de compra dos salários, defasados em mais de 58%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC/Fipe). Ainda foram feitas indagações sobre plano diretor arbóreo com programas de poda e fitossanitário, modernização da central de bilhetagem da São Paulo Transporte (SPTrans) para evitar fraudes na concessão de cartões de transporte, regularização fundiária sustentável, IPTU verde, como ficará o sistema funerário da cidade, construção de moradias e equipar as subprefeituras com quadro técnico próprio, para tanto se colocou a necessidade de realização de concurso público para engenheiros, arquitetos e geólogos.
Marta estava acompanhada do vice-prefeito, o candidato Andrea Matarazzo, e também do seu marido, o empresário Marcio Toledo, ex-presidente do Jockey Club de São Paulo.
Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP