No dia 2 de abril último, tanques de álcool anidro e gasolina começaram a pegar fogo em terminal de combustível da empresa Ultracargo, instalado em área do Porto de Santos, na cidade do litoral sul paulista. Nesta sexta-feira (10/4), no nono dia do sinistro, já se computavam mais de 200 horas de trabalho ininterrupto de combate às chamas, segundo o coordenador de Defesa Civil e secretário da Casa Civil Militar do Estado de São Paulo, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, num desastre que ele definiu como “tecnológico”. “Desde que começou a ocorrência estamos na melhor situação”, informou. Acompanhe, a seguir, a entrevista que o coronel deu ao Jornal do Engenheiro.
Como está a situação do local nesta sexta-feira?
Cel José Roberto Rodrigues de Oliveira – Desde que começou o incêndio estamos na melhor situação. Não temos mais fogo nos tanques de combustível. Temos apenas uma flange – um tipo de respiro do reservatório – que ainda tem um pouco de combustível, que exala gás e acaba inflamando, e alguns vazamentos que passam embaixo dos tanques, que estão sendo fechados.
Não tem mais fogo?
Cel Oliveira – Ainda temos focos de labaredas nesses vazamentos. Como temos diques de contenção com água, esse trabalho é feito com muito cuidado, atenção e devagar.
Quantos tanques e qual o volume de combustível foram queimados até agora?
Cel Oliveira – Definir o volume de combustível queimado, neste momento, não é muito fácil, não passaria apenas de palpite. Foram seis tanques atingidos.
A partir desse acidente, qual o debate que se faz necessários?
Cel Oliveira – É o maior do Brasil e um dos maiores do mundo, que virou um case mundial. À frente do combate, trabalham profissionais do Corpo de Bombeiros, do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), que congrega todas as empresas da região [da Baixada Santista], da Petrobras, a empresa [Ultracargo] contratou alguns consultores que têm experiência internacional. Essa situação deve ser bem estudada. Avaliar o que aconteceu. Saber o que deu origem a isso. E tentar criar legislação e normas para dar mais segurança nos polos petroquímicos. Esse acidente serviu de ensinamento para muita gente.
A Ultracargo vai ser acionada pelos órgãos públicos?
Cel Oliveira – O Ministério Público do Meio Ambiente estadual já está à frente disso para verificar o que aconteceu e os impactos ambientais causados. A Prefeitura de Santos já embargou a empresa. Todas as ações possíveis de ofício serão tomadas.
Até agora o senhor poderia computar as horas de combate ao fogo?
Cel Oliveira – Estamos no nono dia com mais de 190 horas de trabalho. Já foram mais de um bilhão de litros da água do mar que foram usados para o resfriamento e para fazer espuma. Tivemos mais de 500 mil litros de gerador de espuma. Mais de 14 quilômetros de mangueira. Tivemos caminhões da Petrobras que vieram de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná e São José dos Campos.
Qual a capacidade de armazenagem dos reservatórios da Ultracargo?
Cel Oliveira – O local tem vários tamanhos, os que pegaram fogo tinham capacidade para cinco milhões de litros.
Quais os outros produtos armazenados próximos aos tanques que pegaram fogo?
Cel Oliveira – Óleo vegetal, dicloroetano, que retiramos logo no início para um lugar afastado para evitar problemas maiores, assim como acrilato de butila, que inertizamos para que não ocorresse explosão e ácido acético. Basicamente era isso.
Poderia ter uma tragédia ainda maior?
Cel Oliveira – Quando você coloca fogo e combustível inflamável tudo pode acontecer. Evidentemente que a rapidez com que chegaram as equipes para o combate foi fundamental para que isso não evoluísse.
A Defesa Civil está em contato com a Ultracargo para obter mais informação sobre o projeto de construção e segurança do terminal?
Cel Oliveira – Viemos aqui para essa tragédia no sentido inicial de olhar todos os aspectos que envolviam o meio ambiente e a população. A nossa primeira preocupação é com as pessoas que estão próximas ao local da ocorrência, levantando todos os riscos que pudessem impactá-las. Foi criado um plano de contingência para as famílias. Com relação aos produtos químicos tomamos todas as providências, retirando-os da zona quente. Chamamos a Cetesb [Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental] e uma equipe do Exército para fazer uma avaliação do ar na região e o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para diminuir os impactos ambientais. Definimos que não deveria descer caminhão [ao Porto de Santos] para não impactar ainda mais a cidade. Precisamos circunscrever a região, mas, de todo modo, também não dava para desabastecer o País ou São Paulo. Tínhamos que encontrar um meio termo em toda essa situação. Essa foi a função da Defesa Civil de coordenar todos os órgãos que participaram dessa frente e fazer com que a cidade continuasse funcionando, com o menor impacto possível à vida da população.
Aqui entrou em prática o Sistema Nacional de Proteção de Defesa Civil, instituído pela Lei 12.608/2012, porque tivemos órgãos de todos os níveis de governo [Federal, estadual e municipal] envolvidos. Houve um trabalho muito cooperado. Tivemos o transporte de alguns produtos feito pela Aeronáutica com muita propriedade.
Também tinha armazenagem de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha?
Cel Oliveira – Sim. São tanques da Ultragás, que foram esvaziados. Aqui foi um desastre tecnológico e não natural, sendo outra característica de atuação da Defesa Civil.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Fotos: Sergio Furtado/Estúdio 58
Aparentemente o governo da presidente Dilma é contra o projeto de lei que autoriza a terceirização generalizada nas empresas, mas o seu ministro da Fazenda pediu a inclusão de artigo de interesse do Tesouro no projeto.
Ao negociar a inclusão de artigo para determinar que os impostos e contribuições sociais fossem recolhidos na fonte, ou seja, pela empresa contratante, na prática, o ministro legitimou o projeto e se comprometeu com seu conteúdo, dificultando eventual veto presidencial.
Também foi visto com estranheza o silêncio da presidente, de seu ministro do Trabalho e até do ex-presidente Lula – que inclusive pediu a retirada do Congresso de projeto com conteúdo idêntico – no momento em que os trabalhadores mais precisavam do apoio do governo para barrar a versão do projeto em bases precarizantes. A única manifestação, e tardia, veio do ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Aliás, tem sido muito contraditório o comportamento dos ministros do governo Dilma em relação aos temas trabalhistas. Isso é comum em governos de coalização, mas no atual chegou ao seu ápice.
Por exemplo. Enquanto os ministros do Trabalho e da Secretaria Geral da Presidência, que estão empenhados em defender as MPs 664 e 665 do ajuste fiscal, fazem declarações retóricas contra a redução ou flexibilização de direitos, os ministros que representam o setor empresarial agem ostensivamente em sentido contrário.
Podemos incluir na categoria de defensores da flexibilização: o ministro da Fazenda, que representa o sistema financeiro; o ministro da Indústria e Comércio Exterior, que defende e representa o setor industrial e o empresariado urbano; a ministra da Agricultura, que representa e defende o agronegócio; e o ministro das Pequenas e Micro Empresas, que representa e defende os interesses das associações comerciais.
Sem o apoio do governo, a correlação de forças nos temas de interesse dos trabalhadores no Congresso será aquela verificada na votação do projeto de terceirização, que obteve 324 votos favorável, 137 contrários e duas abstenções.
No encaminhamento da votação, com o governo alheio ao debate, somente o PT, o PCdoB e o PSol recomendaram o voto contra o projeto. Liberaram suas bancadas o Pros e o PSD. Todos os demais, inclusive PSB, PPS e PDT, recomendaram o voto a favor do projeto.
Se concluída a votação do texto em bases precarizantes na Câmara e no Senado, a presidente Dilma, que já fragilizou seu discurso contra a redução de direitos ao editar as MPs 664 e 665, estará diante de um dilema real: cumprir sua promessa de não mexer nos direitos trabalhistas, vetando total ou parcialmente o projeto, ou desautorizar seu ministro da Fazenda e enfurecer, ainda mais, o presidente da Câmara, que estabeleceu a regulamentação da terceirização como uma de suas prioridades.
A situação, como se vê, não é confortável. Ou a presidente, se o projeto for à sanção reduzindo direitos, veta e edita uma MP para explicitar a responsabilidade solidária e a proibição da terceirização em atividade fim, ou estará desagradando a classe trabalhadora e acelerando a perda de legitimidade de seu governo também nesse segmento.
* Por Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
O Centro Universitário Senac – Santo Amaro abre inscrições para o vestibular do segundo semestre de 2015 para os cursos superiores de Engenharia Ambiental e Sanitária e Tecnologia em Gestão Ambiental. Mais informações e inscrições estão disponíveis no portal www.sp.senac.br/vestibular. Os interessados podem se inscrever até 24 de maio, com taxa de R$ 80. A prova acontecerá em 13 de junho.
O curso de Engenharia Ambiental e Sanitária visa formar profissionais capazes de contribuir para a qualidade ambiental e para universalização do saneamento básico, com a melhoria do desempenho de políticas públicas, de empresas e organizações do terceiro setor, por meio da pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de diagnóstico, prognóstico, monitoramento, prevenção, e controle ambiental e sanitário.
O profissional formado por este curso possui sólidos conhecimentos tecnológicos, clara percepção das interfaces sociais, econômicas, políticas e culturais de sua atuação, habilidade para o trabalho interdisciplinar e para o gerenciamento de conflitos, considerando a questão do desenvolvimento sustentável como sua principal referência.
Já o curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, criado em 2000, aborda o tópico meio ambiente de forma sistêmica e interdisciplinar, propiciando ao aluno o debate sobre os principais impactos socioambientais nos meios urbano, rural e natural, e sobre as ferramentas que poderá adotar para melhorar o desempenho ecológico das diferentes atividades humanas.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Senac
A segregação espacial na cidade de São Paulo se manteve em patamar muito elevado entre 2000 e 2010, constata pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), núcleo de pesquisa ligado à Universidade de São Paulo (USP). Embora o perfil dos moradores da periferia tenha se tornado mais heterogêneo, as classes mais altas tendem a se isolar em áreas de elite, num processo denominado evitação social. O estudo se baseia em dados sobre escolaridade, emprego e renda na cidade e revela que a segregação é hierárquica em termos sociais. As conclusões do trabalho farão parte do livro “A metrópole de São Paulo no século XXI: espaços, desigualdades, heterogeneidades”, a ser lançado em maio.
“A pesquisa confirmou resultados já amplamente estabelecidos que sustentam que São Paulo é intensamente segregada na escala da metrópole”, afirma o professor Eduardo Marques, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e pesquisador do CEM, que coordenou o trabalho. O estudo construiu uma divisão da metrópole em espaços considerando os perfis de presença das várias classes sociais em cada uma das áreas de ponderação nas quais a cidade é dividida para a realização do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Isso foi feito considerando ás áreas dos Censos de 2000 e de 2010, de forma a ser possível compará-los. Assim, por exemplo, os habitantes dos espaços de elite apresentavam, em 2010, renda 3,5 vezes superior à da média da metrópole, enquanto os de espaços de trabalhadores manuais tinham renda igual à metade da média metropolitana”, observa Marques. “Entre esses habitantes, 47% deles era empregador ou profissional de nível alto, enquanto essas categorias alcançavam apenas 3,5% no espaço dos trabalhadores manuais”.
Sob o ponto de vista da estrutura ocupacional, ocorreu aumento da presença relativa de profissionais e de camadas médias, assim como queda das classes de trabalhadores manuais, embora essas ainda sejam amplamente predominantes. “Não foram verificados sinais de polarização espacial. Entretanto, os espaços das elites tenderam a se tornar ainda mais seletivos, enquanto as periferias se tornaram mais heterogêneas socialmente”, ressalta o professor. “As mudanças na estrutura social não são compatíveis nem com hipóteses de terceirização nem de desindustrialização da metrópole, embora para se falar especificamente sobre isso seria necessário realizar outros estudos analisando a dinâmica da atividade econômica”.
Heterogeneidade das periferias
Em São Paulo, a presença relativa de classes altas nos espaços de elite aumentou na década, por exemplo, ao mesmo tempo em que a participação das classes de trabalhadores manuais se reduziu nos espaços periféricos. “A distribuição clássica dos grupos sociais na cidade, assim como nas demais metrópoles latino-americanas, indica os grupos mais ricos e escolarizados nas áreas centrais, dotadas de infra-estrutura, e grupos de baixa renda nas áreas periféricas marcadas por precariedade”, afirma Marques. “Esse padrão não se inverteu, e nem isso seria possível, considerando a inércia dos espaços construídos, mas vem sendo transformado paulatinamente com a crescente heterogeneidade das periferias”.
De acordo com o professor, processos localizados de construção dos espaços se tornam cada vez mais relevantes para compreender as transformações em curso. “Isso se deve à crescente presença do Estado nessas periferias, embora ainda com grandes diferenciais de qualidade, e à construção de condomínios fechados, dois processos já bastante presentes nos anos 1990”, relata, “mas também a processos de mobilidade ascendente e de produção do mercado imobiliário formal em áreas periféricas, algo relativamente novo nos anos 2000”.
Segundo Marques, nenhum dos dois processos é irreversível, porém a metrópole está com certeza mais diversificada. “Os grandes desafios para o Estado na produção de uma cidade menos desigual parecem ser manter o padrão de expansão dos serviços públicos para áreas periféricas, melhorar a sua qualidade e desenvolver políticas de combate à segregação”, conclui.
O artigo “Estrutura Social e Segregação em São Paulo” fará parte do livro “A metrópole de São Paulo no século XXI: espaços, desigualdades, heterogeneidades”, organizado pelo professor da FFLCH, que será lançado em maio pelo CEM, em parceria com a Editora Unesp, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Fonte: Agência USP de Notícias
A Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) enumera dez razões contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/04, que expande a terceirização no Brasil. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados (confira aqui como votaram os parlamentares), no dia 8 de abril último. Segundo a Anamatra, tal situação significará graves prejuízos aos trabalhadores.
Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Clima tenso marcou votação do PL 4330 no dia 8 de abril, na Câmara dos Deputados
Os terceirizados ganham menos, têm jornada de trabalho maior, demoram mais a se aposentar e sofrem mais acidentes de trabalho. Como a ampliação dessa modalidade de trabalho para o setor fim da empresa poderá melhorar as condições de trabalho nas condições atuais?
1- A regulamentação proposta pelo PL 4330/04, que autoriza a terceirização sem limites, tem o falso argumento de gerar mais empregos. Na verdade, ao contrário dos argumentos dos seus defensores, o atual projeto reduz os direitos trabalhistas e precariza as relações de trabalho.
2- Atualmente a terceirização somente é tida como lícita em quatro hipóteses: 1-Contratação de trabalhadores por empresa de trabalho temporário (Lei nº 6.019/74); 2- Contratação de serviços de vigilância (Lei n 7.102, de 20.06.1983); 3- Contratação de serviços de conservação e limpeza e; 4- Contratação de serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador.
3- O PL 4330/04 amplia as situações que autorizam a terceirização na prestação de serviços para toda e qualquer atividade econômica, inclusive na atividade fim (aquela para a qual a empresa existe) da tomadora. Além da terceirização irrestrita, o PL vai além e autoriza até a quarteirização dos serviços. Com a aprovação do Projeto, os trabalhadores sofrerão redução em seus direitos e o país perderá em arrecadação de tributos e contribuição previdenciária.
4- Teríamos, então, hospitais sem médicos e enfermeiros, escola sem professores, obras sem operários próprios. Esvazia-se o conceito de categoria, permitindo-se transformar a grande maioria de trabalhadores em uma massa de “prestadores de serviços”, sem identidade profissional, e não mais “bancários”, “metalúrgicos” ou “comerciários”. Será imediata a migração de milhões de trabalhadores hoje enquadrados como efetivos das empresas e instituições tomadoras de serviços, em direção a um novo enquadramento, como trabalhadores terceirizados, deflagrando impressionante redução de valores, direitos e garantias trabalhistas e sociais.
5- Com a terceirização irrestrita, teremos trabalhadores que executam as mesmas tarefas, em idêntica situação e trabalhando lado a lado, mas percebendo salários diferentes e com menos direitos, pois o PL 4330 não garante ao trabalhador terceirizado a paridade de direitos, previstos em lei ou norma coletiva, com os empregados da tomadora do serviço.
6- Pela responsabilidade subsidiária a empresa tomadora somente é responsabilizada depois de esgotadas as possibilidades de execução contra a empresa terceirizada. O PL4330 deveria, portanto, assegurar maior proteção ao trabalhador e prever, diversamente do proposto, a regra da responsabilidade solidária do tomador de serviços quanto à garantia dos créditos dos empregados da empresa terceirizada.
7- Quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam em morte, envolvem terceirizados. O total de trabalhadores terceirizados afastados por acidentes é quase o dobro do total registrado entre trabalhadores contratados diretamente. Para poder cumprir o valor do contrato, as empresas terceirizadas reduzem os custos ao máximo, daí a falta de investimentos na qualificação profissional, na preparação do trabalhador e em medidas que garantam a sua saúde e segurança. (Dados: CUT/Dieese e Fundação Coge)
8- O documento teve ampla repercussão na mídia e foi encaminhado à Câmara dos Deputados, ainda em 2014, por ocasião da tramitação do PL4330/04 na CCJ. O Judiciário trabalhista encontra-se assoberbado de demandas envolvendo a terceirização. Atualmente, mesmo com a admissão da terceirização em hipóteses restritas, cerca de 30 a 40% dos processos que chegam ao Tribunal Superior do Trabalho referem-se a empresas terceirizadas.
9- A terceirização irrestrita de atividades, proposta no PL 4330, permitirá a contratação de empresas privadas para a realização de atividade fim das instituições e empresas públicas, abrindo caminho para contratações por apadrinhamento (nepotismo) ou conveniência política, tendo em vista que a composição dos quadros das empresas terceirizadas não se sujeita ao concurso público.
10- A terceirização é especialmente nociva entre os trabalhadores de baixa renda. Não por outra razão, o Japão a proibiu no transporte portuário e na construção civil. Nos países que a admitem, a regra é a responsabilidade solidária - e não subsidiária como propõe o PL4330 – da empresa tomadora, como se verifica na legislação argentina, chilena, colombiana, mexicana, espanhola, italiana e francesa.
Rosângela Ribeiro Gil
Edição
Imprensa SEESP
Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, está com inscrições abertas para mestrado no programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional (PPG-CCMC). São oferecidas até 25 vagas e o processo seletivo será feito em apenas uma etapa, que está detalhada no edital disponível neste link.
Os candidatos deverão se inscrever até o dia 5 de maio aqui. Podem participar da seleção alunos que completaram cursos de graduação e tiverem colação de grau feita até a data de matrícula.
Linhas de pesquisa - O Programa oferece 16 linhas de pesquisa no total, divididas em dois grupos: ciências de computação e matemática computacional. Na área de ciências de computação existem 12 opções:
Análise de padrões em dados;
Banco de dados;
Computação gráfica, imagens e visualização;
Engenharia de software e sistemas de informação;
Inteligência artificial - aprendizado de máquina e mineração de dados;
Inteligência artificial - computação bioinspirada;
Inteligência artificial - processamento de linguagem natural;
Inteligência artificial - robótica;
Robótica móvel;
Sistemas distribuídos e programação concorrente;
Sistemas embarcados e evolutivos;
Sistemas web e multimídia interativos.
Já em matemática computacional são quatro opções:
Mecânica dos fluidos computacional;
Otimização;
Processamento visual e geométrico;
Sistemas complexos, de partículas e teoria de controle.
Rosângela Ribeiro Gil
Edição
Imprensa SEESP
Informação da Assessoria de Comunicação do ICMC-USP
A cidade de Campinas discute o Plano Cicloviário 2014-2016, cujo objetivo é alcançar 122,8 km de ciclovias nos próximos anos, fomentando o uso da bicicleta como meio de transporte sustentável, integrado ao transporte público coletivo. Atualmente, o município possui 11,3 km do equipamento. Diferentes das ciclofaixas, delimitadas por sinalização específica, as ciclovias são separadas fisicamente do tráfego comum.
Foto: Prefeitura Municipal de Campinas
Prefeitura apresenta Plano Cicloviário 2014-2016
Na Fase 1, intitulada Ciclovias em Curso, estão previstos mais 16,3 km. Na Fase 2, Ciclovias em Desenvolvimento, 95,1 km. Na Fase 3, Ciclovias Complementares, 52,4 km. Haverá, ainda, as ciclovias ligadas ao Sistema BRT (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido), que somam 13,7 km. Ao final da implantação, o número de ciclovias saltará de cinco para 36, totalizando 122,8 km.
Segundo informações da Prefeitura local, a malha cicloviária foi debatida com cicloativistas, membros da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal e integrantes do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), contemplando diferentes regiões da cidade.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Com informações da Prefeitura Municipal de Campinas
Os engenheiros da Elektro estão convocados para assembleia geral extraordinária no dia 14 de abril próximo, às 11h30 (segunda convocação), na sede corporativa da empresa, em Campinas (Rua Ary Antenor de Souza, 321, Jardim Nova América). Será o “pontapé” inicial da campanha salarial 2015 com a discussão e aprovação da pauta de reivindicações da categoria para o ano de 2015, visando ao início das negociações da data-base de 1º de junho.
Ainda na pauta da assembleia: delegar poderes à direção do SEESP para início das negociações coletivas de trabalho, assinar Acordo Coletivo de Trabalho ou instaurar Dissídio Coletivo; fixar e autorizar o desconto da Contribuição Assistencial e/ou Confederativa e/ou Profissional e/ou Negocial e declarar a assembleia aberta em caráter permanente até o final do processo de negociação coletiva.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Nesta quarta-feira (8/4), a partir das 15h, o SEESP promove o Seminário de abertura das campanhas salariais, o objetivo é apontar o panorama socioeconômico e político em que esse processo se dará e reforçar a disposição ao diálogo como meio de superação dos desafios entre capital e trabalho. O jornalista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, discorrerá sobre a situação política nacional, e o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Airton Santos, abordará as questões econômicas.
Em sua 15ª edição, o já tradicional seminário, que ocorrerá na sede do sindicato, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista), inaugura oficialmente as campanhas salariais dos engenheiros. Assim, contará, também, com a participação de interlocutores do SEESP nas negociações com vistas a acordos ou convenções coletivas. A entidade negocia atualmente com dezenas de companhias e setores, representando em torno de 100 mil profissionais da categoria no Estado. A maioria tem data-base em 1º de maio.
O seminário será transmitido ao vivo pela internet neste link.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Engenheiros, arquitetos, estudantes e representantes do setor privado e de ONGs participam da sétima edição do Encontro Ambiental de São Paulo (VII EcoSP), que acontece nos dias 23 e 24 de abril, no Novotel Center Norte, na Capital paulista. Promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), a atividade consolida-se como importante fórum de debates sobre desenvolvimento sustentável.
* Confira aqui toda a programação do evento
A iniciativa integra o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE em 2006 e atualizado em 2009, cuja plataforma pensada para o País defende a retomada do crescimento econômico com preservação do meio ambiente e inclusão social. “Nesta edição, queremos ampliar as discussões sobre os rumos da economia brasileira sem comprometer os recursos naturais para as gerações futuras. Desenvolver soluções para assegurar acesso a esses à grande maioria da população e, portanto, qualidade de vida é o desafio colocado aos engenheiros”, declara Murilo Celso Pinheiro, presidente da FNE e do SEESP.
A cada versão, o evento tem jogado luz sobre questões cruciais, tais como mudanças climáticas, saneamento básico, energias alternativas, recursos hídricos, política e tecnologias ao tratamento de rejeitos sólidos e efluentes.
Além de palestras e debates, o EcoSP traz a tradicional exposição de produtos reciclados e serviços que visam à preservação do meio ambiente, constituindo um espaço fundamental para a apresentação de boas práticas ambientais.
Para aprofundar as discussões sobre o tema, o Eco SP convidou especialistas de diversas instituições (Unicamp, UFSCar, Isitec, Departamento de Águas e Energia Elétrica, Companhia de Gás de São Paulo, Prefeitura de São Paulo). Entre os palestrantes confirmados estão o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim; o governador pelo Brasil do Conselho Mundial da Água, Newton Lima de Azevedo; e o Cônsul Geral Adjunto do Reino dos Países Baixos em São Paulo, Rogier van Tooren.
Sobre o EcoSP - Resultado do Eco Vale, realizado por quatro anos na cidade de Taubaté para discutir as questões ambientais da região do Vale do Paraíba, o EcoSP firma-se como importante fórum de debate na busca de soluções para uma sociedade sustentável e justa. O encontro, sem fins lucrativos, pretende também atuar fortemente na busca de soluções para a preservação do meio ambiente e a superação das desigualdades sociais no País, influenciando as políticas públicas por meio de parcerias, compartilhamento de ideias e iniciativas com outras organizações.
VII ECOSP
23 a 24 de abril de 2015
Novotel Center Norte, avenida Zakii Narchi, 500, Vila Guilherme, São Paulo / SP
Site: www.ecosp.org.br
Informações para a Imprensa
Renata Dias
Tels. (61) 3049 9577 / 8167 7682
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