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A diminuição do estoque de carbono do solo causada pela conversão de áreas de pastagem em plantações de cana de açúcar – mudança muito comum no Brasil dos últimos anos – pode ser compensada no prazo de dois a três anos de cultivo. O cálculo é de um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) em colaboração com colegas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), também da USP. O trabalho contou ainda com pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), do Institut de Recherche pour le Développement, na França, e da Harvard University, da Colorado State University e do Shell Technology Centre Houston, nos Estados Unidos.

Resultado do projeto “Estoques de carbono do solo na mudança do uso da terra para cultivo da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil”, realizado com apoio da FAPESP, a pesquisa foi detalhada em um artigo publicado no domingo (08/06) na versão on-line da revista Nature Climate Change.

“A pesquisa indica que o balanço de carbono do solo de áreas de pastagem convertidas para o cultivo da cana-de-açúcar voltada para produção de etanol não é tão negativo quanto se estimava”, disse Carlos Clemente Cerri, coordenador do projeto e pesquisador do Cena.

“Os cálculos que realizamos podem contribuir para assegurar que o Brasil está produzindo e comercializando no mercado nacional e internacional um combustível com baixa emissão de carbono”, avaliou Cerri, um dos autores do artigo, durante palestra no Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock, realizado no dia 27 de maio, na FAPESP, sob a coordenação do professor Carlos Martinez, da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.

De acordo com Cerri, o solo de uma área de pastagem tem um estoque de carbono cujo volume não varia muito com o passar dos anos. O preparo desse tipo de solo para transformá-lo em uma plantação de cana-de-açúcar, no entanto, faz com que parte do carbono estocado seja emitida para a atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2).

Em contrapartida, dependendo do tipo de manejo, a introdução da cana em áreas de pastagem pode compensar ou até mesmo aumentar o estoque de carbono inicial do solo quando a matéria orgânica e os resíduos da planta penetram na terra.

Além disso, o etanol produzido a partir da cana cultivada nessas áreas acaba compensando, com o passar dos anos, as emissões de CO2 ocorridas na conversão, uma vez que o biocombustível contribui para a diminuição da queima de combustível fóssil, ponderou o pesquisador.

Não se sabia exatamente qual era o balanço da perda ou ganho de carbono – chamados, respectivamente, de dívida e crédito de carbono – e quanto tempo era necessário cultivar cana-de-açúcar em uma área de pastagem para repor o carbono emitido a partir da mudança do uso da terra.

“Havia poucas medições diretas em campo para quantificar os efeitos no equilíbrio de carbono de solos de áreas de pastagem convertidas para o plantio de cana-de-açúcar, que representa a transição de uso da terra mais comum no Brasil hoje”, disse Cerri.

Medidas em campo
Os pesquisadores realizaram medições e coletaram 6 mil amostras de solo de 135 locais em 13 áreas da região Centro-Sul do Brasil, responsável por mais de 90% da produção de cana no país.

Em cada um dos locais foram coletadas amostras de solo em áreas cultivadas com cana-de-açúcar e outras áreas utilizadas como referência. Para tanto, foram consideradas áreas cultivadas com pastagens, cultivos anuais (soja, sorgo e milho) e áreas nativas de Cerrado.

“Setenta por cento das conversões que analisamos foram de áreas de pastagem convertidas para o cultivo da cana, 25% de mudança de cultivos anuais para cana e 1% de conversão de vegetação nativa do Cerrado para plantação da cultura agrícola”, detalhou Cerri.

As amostras foram coletadas em diferentes profundidades do solo e em camadas sucessivas, variando de 10 centímetros a um metro, a fim de facilitar a comparação com medições anteriores – na maioria restritas às camadas mais próximas da superfície, com até 30 centímetros de profundidade – e para fornecer um inventário mais completo da alteração do estoque de carbono do solo decorrente da mudança do uso da terra, explicou o pesquisador.

As análises das amostras em laboratório indicaram que a dívida de carbono da conversão do solo de uma pastagem para o cultivo de cana-de-açúcar variou de 20 a 30 megagramas (Mg) ou toneladas de CO2 por hectare nas camadas de até 30 centímetros e de até 100 centímetros de profundidade.

Por outro lado, a conversão do solo de áreas dedicadas a cultivos anuais para a plantação de cana apresentou um crédito de carbono de 36 a 79 Mg de CO2 por hectare para as camadas de até 30 centímetros e de até 100 centímetros de profundidade, respectivamente.

Já a conversão de áreas de Cerrado em cultivo de cana – que representa menos de 1% da expansão da área de cultivo da cultura agrícola no país – apresentou uma dívida de carbono de 77,8 Mg de CO2e por hectare.

“Um hectare de cultivo de cana-de-açúcar produz uma certa quantidade de litros de etanol que mitiga 9,8 megagramas de CO2 emitidos anualmente pela queima de combustíveis fósseis ”, afirmou Cerri.

“Isso significa que é preciso cultivar cana-de-açúcar por dois a três anos a fim de compensar as emissões causadas pela mudança do uso da terra a partir de áreas de pastagens, que correspondem aproximadamente a 80% das conversões para esse uso”, apontou.


 

Imprensa SEESP
Fonte: Agência Fapesp












Considero que referenciar no padrão Fifa o imaginário da utopia da qualidade dos bens e serviços públicos que se busca no presente é subverter o sentido da transformação e dar-lhe um significado oposto. Trata-se de um atraso e de um equívoco!

Muitos lutam e trabalham para promover bem estar, qualidade de vida, melhor viver e sustentabilidade ambiental para todos. A igualdade é o sentido da direção para as transformações requeridas, cujo significado se materializa na justa distribuição da renda e da riqueza gerada pelo trabalho de todos. Há muito para ser feito e é muito bom que a sociedade manifeste o desejo de mudança. Aliás, não há avanço no sentido da igualdade sem luta social, sem uma sociedade civil determinada a cobrar de suas instituições a promoção concreta do significado da justa distribuição da renda e da riqueza.

As transformações históricas são construídas no presente contínuo do aqui e agora que se sucede, especialmente porque na luta já se deve anunciar e promover o conteúdo e a forma do novo que se quer promover. Esse novo conteúdo se expressa, por exemplo, nas práticas que investem para reunir forças sociais para mudar; no modo democrático como ocorrem os debates e os convencimentos expressos em acordos, deliberações ou escolhas pelo voto; na qualidade das ideias e do imaginário que antecipa o futuro querido e que faz da utopia uma força que nos mobiliza para construir a transformação.

A sociedade, no Brasil, mais uma vez acordou para as mazelas do país e passou a manifestar o desejo de mudança. Ótimo! Faz um ano que, para manifestar o significado do que se quer como qualidade do serviço e dos bens públicos, cunhou-se o bordão “eu quero padrão Fifa!”.

Considero que referenciar no padrão Fifa o imaginário da utopia da qualidade dos bens e serviços públicos que se busca no presente é subverter o sentido da transformação e dar-lhe um significado oposto. Trata-se de um atraso e de um equívoco!

Padrão Fifa significa uma institucionalidade marcada pelos meandros do poder dos grandes interesses financeiros e corporações, de conexões e ganhos ilícitos, de corrupção do privado e do público, algumas das mazelas já largamente denunciadas.

Padrão Fifa significa a ingerência sobre a soberania de estados e nações, com regras que violam a cultura, preceitos, regras, valores de diferentes sociedades. O interesse econômico subverte um encontro encantador entre nações por meio da prática de um esporte mágico que é o futebol, subvertendo a soberana oportunidade de um povo mostrar aos outros o seu jeito de ser feliz e de lutar, mesmo com suas contradições e mazelas.

Padrão Fifa significa transformar esse espaço de encontro, os estádios, em um espaço segregador e elitizado. Uma estética contrária ao encontro, cadeirinhas “bem comportadas”, destroem a nossa cultura de curtir a mágica do futebol em pé, na galera! Arena, esse infeliz nome, recupera a ideia da guerra, do sangue que corre pelas garras dos leões, da diversão oriunda do sofrimento e humilhação do outro.

Padrão Fifa significa excluir, pelos preços exorbitantes dos ingressos das “arenas”, a galera que sempre lotou os estádios. A alegria de ir ao estádio foi transformada em um negócio que exclui a maioria, mais uma vez colocados para fora de um espaço que era seu! Padrão Fifa significa exclusão.

Padrão Fifa significa colocar para fora dos estádios, e no seu entorno, todos aqueles que faziam do picolé, da pipoca, da água, do amendoim, da bandeira, o seu trabalho à serviço do lazer e da confraternização, do sofrimento e da alegria.

Padrão Fifa significa concordar com a mercantilização do futebol como máquina de fazer dinheiro – ou de lavá-lo – na qual elenco, comissão técnica e os times viram máquinas do marketing de consumo a serviço da desigualdade. É recorrente o salário de todos os jogadores de um time ser menor que o salário de um dos jogadores do time adversário. O ganho mensal de um craque é maior que o salário de toda uma vida de um trabalhador. Padrão Fifa é desigualdade sem fim!

Padrão Fifa significa construir uma estética nos estádios desconectadas da cultura e das condições econômicas da nossa sociedade, um padrão que não permite o acesso à todos, que não é passível de universalização, que não nos leva ao encontro do outro. Padrão Fifa elimina o valor das nossas diferenças para promover a iniquidade da desigualdade.

Seríamos mais felizes com o futebol sem o padrão Fifa!

Não quero esse padrão nem para escola, nem para a saúde, nem para o transporte coletivo, nem para nada! Quero um padrão que seja a nossa cara, que nos permita ter qualidade para todos, sem ser suntuoso e, muito menos, segregador. Quero um padrão que traga o sentido da igualdade e da qualidade como um valor manifesto substantivamente nos bens e serviços públicos.

Quero um padrão de bem público que nos leve ao encontro, que favoreça nosso relacionamento e que nos permita sermos diferentes – não desiguais - e, com os outros, felizes. Quero um padrão que nos faça criativos para superar nossas iniquidades. Quero um padrão que faça de cada criatura um criador, pelo que é, pelo que pode oferecer ao outro e ao país. Quero a descoberta, renovada a cada dia, de que a alegria é o contentamento compartilhado com o outro e que cada espaço deve ser construído com essa intencionalidade.

No padrão Fifa o outro não existe e sem ele não há alegria! Não quero o padrão Fifa! Usar esse bordão é destruir a minha (ou a nossa!) utopia!

Vou me divertir com a Copa. Vou torcer pelo Brasil, vou torcer pelo bom futebol, vou curtir o espetáculo e o encanto desse campeonato. Vou esquecer e ignorar a Fifa.

Depois, vou continuar lutando para avançar no legado da Copa!


* por Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, diretor técnico do Dieese, membro do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social)













Mais uma vez termina sem acordo a audiência de conciliação entre metroviários, engenheiros e o Metrô sobre a campanha salarial de 2014, ocorrida no final da tarde desta sexta-feira (6/6). Realizado a pedido dos trabalhadores, esse foi o quinto encontro entre as partes, sendo dessa vez mediado pelo desembargador Rafael Pugliese, presidente da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) e também relator do caso. Com a falta de desfecho para o caso, está previsto o julgamento dos dissídios para este domingo (8), às 10h.

Os metroviários sugeriram um reajuste de 12,2%, com possibilidade de aceitação de contraproposta do Metrô de dois dígitos, mas a empresa manteve os 8,7%, já oferecidos nessa quinta. O relator sugeriu, de início, um índice de 9,5% - o mesmo proposto pelo Núcleo de Conciliação de Coletivos (órgão do TRT-2 que iniciou as mediações do caso) -, reduzindo-o ao final para 9%, com vistas a um consenso entre as partes e ao fim da greve, iniciada no dia 5 último.

Na audiência, o presidente do Metrô reafirmou que a companhia não tem capacidade financeira para arcar com um percentual maior de reajuste salarial, pois as passagens não são corrigidas há dois anos. Os trabalhadores, por sua vez, alegam que o governo subsidia parte das tarifas das linhas privadas do Metrô, e pedem a extensão dessa prática para todas as demais linhas. A sugestão de desconto de um dia de salário dos funcionários em troca de catraca-livre foi mais uma vez rechaçada pela companhia.


 

Imprensa SEESP
Com informação do TRT-2ªRegião
Foto da home: Fenametro 








Considerado como o segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado tem sua grande importância social diante da realidade em que vivemos. Com o debate “Cerrado, Preservação e Desenvolvimento Sustentável - Diagnóstico e propostas”, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge-GO) e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) realizam, nesta sexta-feira (6/6), o seminário que visa discutir todo o cenário do bioma, das 08h30 às 18h, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO).

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), ele é um hotspots mundiais de biodiversidade com extrema abundância de espécies endêmicas, e considerado a savana mais rica do mundo com 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Apresenta também uma diversidade de habitats, aspectos ambientais e muitas populações sobrevivem dos seus recursos naturais. Porém, é marcado pelo risco de extinção, exploração predatória e esgotamento dos seus recursos.

O evento faz parte do projeto Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento, lançado pela FNE e seus sindicatos filiados, em 2006, cuja proposta é de desenvolvimento sustentável, fruto de debates realizados com milhares de profissionais em todo o Brasil e uma ousada contribuição pela categoria. E contará com a presença de autoridades, especialistas da área, engenheiros na discussão que irá aprimorar o desenvolvimento nacional e a reflexão sobre o tema, tão essencial para todos nós.

Voltado para engenheiros e acadêmicos, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas gratuitamente neste link para preenchimento de formulário.

PROGRAMAÇÃO:

08h30 às 09h - Credenciamento

09h às 09h30 - Abertura com o Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Celso de Campos Pinheiro, Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge-Go), Gerson Tertuliano e autoridades

09h45 às 11h30 - Conferência com a Ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Alves Miranda Arantes

Tema da palestra: Visão Parlamentar do Bioma Cerrado

Palestrante: Deputada Federal Marina Pignataro Sant’Anna

12h às 14h - Intervalo para almoço

14h às 15h - Tema da palestra: Cerrado e Desenvolvimento Sustentável

Palestrante: Altair Sales Barbosa - Prof. Dr. em Arqueologia Pré Histórica da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)

15h15 às 15h30 - Debate e Perguntas

15h30 às 16h15 – Tema da palestra: Agronegócio

Palestrante: Paulo Estevão Cruvinel - Pesquisador da Embrapa, Engenheiro Eletricista formado nas modalidades Eletrotécnica e Eletrônica pela Faculdade de Engenharia da Fundação Educacional de Barretos

16h15 às 16h30 - Intervalo para o café16h30 às 17h15 - Tema da palestra: Conservação do Bioma Cerrado e suas Plantas Ornamentais

Palestrante: Jales Chaves Filho - Prof. Dr. em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), Engenheiro Agrônomo

17h15 às 17h30 - Debate e Perguntas

17h30 - Encerramento



Imprensa SEESP









No dia 3 último, o SEESP recebeu a proposta da Telefônica para aferição e pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2014, que será devidamente discutida e deliberada, pelos engenheiros, em assembleia já marcada para o dia 16 de junho, às 18h, na sede do sindicato (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo).

Com relação aos objetivos, indicadores, metas e cálculo do benefício, destacamos a cláusula 4ª da proposta patronal: “O Programa de Participação nos Resultados, exceto denominado Executivos, terá como base de apuração do valor a ser pago, somente os objetivos gerais das empresas, conforme o quadro de indicadores e metas abaixo:

“Parágrafo primeiro: O pagamento será correspondente ao percentual do valor final de atingimento (score) multiplicado pelo valor correspondente fixado como Target, respeitando as seguintes regras, conforme os índices: score abaixo de 50% (meta mínima): o resultado do PPR será zero; score entre 50% (meta mínima) e 125% (meta máxima), o resultado do PPR será proporcional; e score acima de 125% (meta máxima), o valor do PPR será 2,75 salários.”

Já a Tabela de Atingimento para apuração do valor de pagamento do PPR 2014 (Potencial do Programa), a proposta, no parágrafo segundo, estabelece que “quando o valor final de atingimento dos objetivos for inferior à meta mínima, não haverá pagamento do PPR”.

E no parágrafo terceiro afirma que “as decisões empresariais de caráter estratégico ou fatores externos, que não sejam de responsabilidade direta dos empregados e que venham a ter repercussão nos resultados, poderão ensejar ajustes nas metas equivalentes aos efeitos dessas decisões ou fatores externos. Nessas hipóteses, as partes acordantes se reunirão para avaliar essas influências”.

A proposta encaminhada prevê, ainda, um adiantamento correspondente a um salário nominal de cada empregado, a ser creditado no dia 18 de julho de 2014, desde que o Acordo Coletivo correspondente ao PPR de 2014 seja firmado até o próximo dia 27 de junho. O restante do pagamento do PPR após apuração dos resultados, pela proposta apresentada, será creditado até o dia 30 de março de 2015.


 

Imprensa SEESP









Após a terceira rodada de negociação, nesta quinta-feira (5/6), na sede da Elektro, em Campinas, a empresa apresentou proposta de reajuste de 6,30% sobre os salários e demais benefícios. Os engenheiros rejeitaram a proposta.

O SEESP reiterou o pedido de reposição da inflação pelo ICV-Dieese mais aumento real de 5% sobre os salários e demais benefícios, além de índice maior no vale-alimentação e vale-refeição.

Nova rodada de negociação está marcada para 16 de junho, às 9h, na sede da empresa.


 

Imprensa SEESP







Na Audiência de Conciliação e Instrução realizada, nesta quinta-feira (5/6), no Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região, o Metrô manteve a proposta de 8,7% de reajuste salarial e a negociação não avançou. O dissídio vai a julgamento. O SEESP apresentou uma nova proposta de reajuste salarial de 12,2%, mas o Metrô não concordou.      

O sindicato defendeu, ainda, na mesa de negociação do Tribunal, suas principais bandeiras da pauta de reivindicações e enalteceu os avanços para o Acordo Coletivo de Trabalho 2014, tais como: plano de carreira; periculosidade; vale-refeição; vale-alimentação com cota extra no 13º salário; auxílio-creche; Participação nos Lucros e Resultados 100% proporcional; discussão sobre o Metrus; Salário Mínimo do Engenheiro; engenheiros coordenadores; Formação e Desenvolvimento Profissional e Educação Continuada.        

Os engenheiros do Metrô estão convocados para assembleia importante nesta sexta-feira (6), às 18h30, na sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, SP). É fundamental a participação de todos para discussão e definição dos próximos passos do movimento.


 

Imprensa SEESP









As mudanças climáticas têm causado alterações nas fases de reprodução e de desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas, entre elas milho, trigo e café. E os impactos dessas alterações já se refletem na queda da produtividade no setor agrícola em países como Brasil e Estados Unidos. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock, realizado no dia 27 de maio, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

“Sabemos há muito tempo que as mudanças climáticas terão impactos nas culturas agrícolas de forma direta e indireta”, disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional de Agricultura e Meio Ambiente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). “A questão é saber quais serão o impacto e a magnitude dessas mudanças nos diferentes países produtores agrícolas”, disse o pesquisador em sua palestra no evento.

De acordo com Hatfield, um dos principais impactos observados nos Estados Unidos é a queda na produtividade de culturas como o milho e o trigo. O país é o primeiro e o terceiro maior produtor mundial desses grãos, respectivamente. “A produção de trigo [nos Estados Unidos] não atinge mais grandes aumentos de safra como os obtidos entre as décadas de 1960 e 1980”, afirmou.

Uma das razões para a queda de produtividade dessa e de outras culturas agrícolas no mundo, na avaliação do pesquisador, é o aumento da temperatura durante a fase de crescimento e de polinização.

As plantas de trigo, soja, milho, arroz, algodão e tomate têm diferentes faixas de temperatura ideal para os períodos vegetativo – de germinação da semente até o crescimento da planta – e reprodutivo – iniciado a partir da floração e formação de sementes.

O milho, por exemplo, não tolera altas temperaturas na fase reprodutiva. Já a soja é mais tolerante a temperaturas elevadas nesse estágio, comparou Hatfield.

O que se observa em diferentes países, contudo, é um aumento da frequência de dias mais quentes, com temperatura até 5 ºC mais altas do que a média registrada em anos anteriores, justamente na fase de crescimento e de polinização.

“Observamos diversos casos de fracasso na polinização de arroz, trigo e milho em razão do aumento da temperatura nessa fase. E, se o aumento de temperatura ocorrer com déficit hídrico, o impacto pode ser exacerbado”, avaliou.

Segundo Hatfield, a temperatura noturna mínima tem aumentado mais do que a temperatura máxima à noite. A mudança causa impacto na respiração de plantas à noite e reduz sua capacidade de fotossíntese durante o dia, apontou.

Pesquisas com milho

Em um estudo realizado no laboratório de Hatfield no USDA em um rizontron – equipamento para a análise de raízes de plantas no meio de cultivo –, pesquisadores mantiveram três diferentes variedades de milho em uma câmara 4 ºC mais quente do que outra com temperatura normal, para avaliar o impacto do aumento da temperatura nas fases vegetativa e reprodutiva da planta.

“Constatamos que a fisiologia da planta é muito afetada por aumento de temperatura principalmente na fase reprodutiva”, contou o pesquisador.

Em outro experimento, os pesquisadores mantiveram uma variedade de milho cultivada nos Estados Unidos em uma câmara com temperatura 3 ºC acima da que a planta tolera na fase de crescimento, em que é determinado o tamanho da espiga.

O aumento causou uma redução de 15 dias no período de preenchimento dos grãos de milho e interrupção na capacidade da planta de completar esse processo, o que se refletiu em queda de produtividade.

“Observamos que, se as plantas forem expostas a uma temperatura noturna relativamente alta no período de preenchimento dos grãos, essa fase de desenvolvimento é interrompida”, afirmou Hatfield.

“O problema não é a temperatura média a que a planta pode ficar exposta na fase reprodutiva, mas a temperatura mínima. Precisamos entender melhor essa interação das culturas agrícolas com o ambiente e o clima para aumentar a resiliência delas à elevação da temperatura e à frequência de eventos climáticos extremos”, avaliou.


Imprensa SEESP
Fonte: Agência Fapesp

 








Com esse objetivo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) participou neste dia 4 de junho de audiência pública da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo sobre o PL 451/2013. De autoria dos vereadores Gilberto Natalini (PV), Ricardo Young (PPS) e Nabil Bonduki (PT), o projeto dispõe sobre “a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino do Município de São Paulo”. A confederação – que promove desde 2012 a Campanha pela Alimentação Saudável e contra o Uso Abusivo de Agrotóxicos, como parte de seu projeto “Brasil Inteligente” – apoia a iniciativa.


Foto: Beatriz Arruda
Ernane 04JUN2014 dentro Diretor da CNTU fala sobre a merenda escolar em audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo


Durante a audiência pública, presidida pelo vereador Rubens Calvo (PMDB), tratou-se desse e de outros PLs em tramitação no Legislativo municipal. Sobre o tema, na oportunidade, várias falas apontaram os benefícios da aprovação do projeto, considerado como necessidade do ponto de vista da saúde pública.

Primeiro a se manifestar, Ivan Cáceres, assessor técnico do vereador Natalini destacou que a matéria já foi objeto do PL 447/2011, de autoria desse parlamentar. Segundo ele, tal foi aprovado na Casa, mas vetado pelo Executivo paulistano no começo de 2013. As justificativas para esse ato do Prefeito, conforme o assessor, foram tratadas na nova versão apresentada, sob a forma do PL 451/2013, “de maneira que isso facilite sua tramitação”. Assim, sua aplicação se dará de modo gradativo e com o envolvimento de diversos setores da administração pública municipal. À sua aprovação, Cáceres defendeu: “É matéria relevante à população em geral e às crianças da rede escolar.”

Para Ernane Silveira Rosas, presidente do Sindicato dos Nutricionistas de São Paulo e da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), filiada à CNTU, a proposta traz em seu bojo solução vital à saúde pública. “Hoje é aplicado veneno de maneira indiscriminada, abusiva, descontrolada sobre os alimentos. Com isso, tem aumentado os casos de câncer e outras doenças degenerativas. É preciso preservar as crianças de receberem alimentos com veneno, e para tanto, a aprovação do projeto de lei é fundamental. Caso contrário, daqui a dez, 15 anos podemos ter o SUS (Sistema Único de Saúde) entupido.” Nutricionista do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Fábio da Silva Gomes observou que a prevenção deve começar desde a infância. Ele destacou que “o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo” e está sendo feito estudo por diversas universidades brasileiras e estrangeiras com o objetivo de estimar a que fatores de risco são atribuídos quais cânceres – e qual o total por exemplo que decorre de ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos.

Suzana Prizendt, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida, ensinou que “os agrotóxicos se acumulam principalmente no tecido gorduroso, assim como ocorre no solo. No corpo humano, já foram detectados no leite materno, no sangue, na urina”. Assim, foi categórica: “Para cada real gasto com agrotóxicos, mais de um real é gasto em saúde pública. Economicamente, quem ganha é meia dúzia de megaempresas internacionais, e o prejuízo é socializado por todos.” Ela encerrou lendo uma carta do atual prefeito Fernando Haddad, com compromissos firmados com a campanha enquanto era candidato. Um deles, de implementação de política de compras de alimentos sem agrotóxicos – ao encontro do PL 451/2013, portanto.

Também manifestando o apoio de sua organização a tal projeto de lei, Gabriela Vuolo, do Greenpeace, salientou que sua aprovação pode ainda ser referência a outros estados brasileiros, e mesmo internacional. “Não tenho conhecimento de nenhum PL do tipo em outra parte do mundo.” Na sua opinião, a aprovação da matéria terá impactos positivos não apenas à saúde, mas também ao meio ambiente e à produção agrícola familiar, de subsistência. Além disso, ela acredita que deve ser pensada como “tendência e educação alimentar das crianças”. Outro benefício indicado por Vuolo é quanto à geração de oferta e demanda de alimentos orgânicos, o que terá efeito sobre seu preço. O custo hoje é mais elevado, explicou, porque enquanto a agricultura convencional é subsidiada, a orgânica não recebe iguais incentivos fiscais. “Se tivesse, talvez não fosse tão cara.”

Calvo informou que um dos autores do projeto, Nabil Bonduki, levará às discussões sobre produção em área rural do plano diretor a importância de se estabelecerem “travas de segurança, ao não uso de agrotóxicos”. E apontou como encaminhamento a realização de nova audiência pública sobre o assunto, dessa vez conjunta entre educação e saúde. Ao final, sinalizou: “O PL 451/2013 deve prosperar nessa comissão.”

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em assembleia, nesta quarta-feira (4/6), os engenheiros do Metrô recusaram a proposta de reajuste salarial de 8,7% da empresa e decidiram paralisar suas atividades nesta quinta (5). Ratificaram, ainda, a disposição de continuar negociando em busca do reajuste de 16,5% defendido pelo SEESP.

O Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região convocou, já para esta quinta-feira, às 15h30, audiência de Conciliação e Instrução. E a categoria tem assembleia, no mesmo dia, mas às 18h30, na sede do sindicato (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo), para avaliar a audiência do TRT e decidir os próximos passos do movimento. 

 


Imprensa SEESP












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