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Profissionais com sólida formação básica, educados numa cultura de inovação, aptos a buscar soluções aos desafios do setor produtivo e atuar nos mais diversos segmentos da economia. Esse é o perfil dos engenheiros que serão formados pelo curso de Engenharia de Inovação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia).

Mantida pelo SEESP, a nova instituição de ensino superior pretende ser uma referência em termos de qualidade. A ideia de se criar o Isitec apoia-se na necessidade de dotar o Brasil de mão de obra apta a enfrentar os desafios do século XXI. Ou seja, desenvolver produtos e processos que gerem riqueza às pessoas e às empresas, tragam bem-estar à sociedade e causem o menor impacto ambiental possível. A complexidade de tal tarefa exige não só conhecimento abrangente e consistente, mas a capacidade de inovar e empreender.

Com esse norte, o instituto foi criado em 2011 e deve receber a primeira turma do curso de Engenharia de Inovação em 2013, após o devido credenciamento junto ao MEC (Ministério da Educação).

Excelência no ensino com intercâmbio internacional
Com carga de 4.680 horas, a proposta é formar a cada cinco anos turmas de 60 alunos que estudarão em período integral. Além de um corpo docente de primeira linha, terão à disposição os mais avançados recursos didáticos e ferramentas de tecnologia da informação. A partir do segundo ano, serão montadas equipes por motivação, que trabalharão em projetos inovadores. Será estimulada a cooperação internacional entre discentes, que irão interagir com grupos de outros países interessados nos mesmos temas.

Com o objetivo de assegurar que os alunos tenham condições de acompanhar a proposta pedagógica, haverá um programa inicial com duas linhas de apoio: uma de fundamentos de ciência, matemática e física e outra trilingue, com capacitação em inglês, português e informática.

Para se atingir o nível almejado, o Isitec, como qualquer instituição de primeira linha, captará recursos a partir de projetos de pesquisa, prestação de serviços, doação e cooperação internacional.

Educação continuada
Paralelamente à graduação, o Isitec desenvolverá um programa de educação continuada com pós-graduação stricto e lato sensu e cursos de extensão, voltados à qualificação dos profissionais já graduados, levando em conta as necessidades do mercado e mantendo a qualidade que será a marca da instituição em todas as suas frentes de ensino. Haverá ainda as opções de capacitação por EaD (Eduação a Distância) e In Company

EaD – Permite atender a um público mais amplo ao promover a diversificação da oferta de cursos e a oportunidade de formação adaptada, propondo que o aluno constitua o centro do processo de aprendizagem. Utiliza recursos multimídia e comunicação bidirecional frequente para garantir uma aprendizagem dinâmica e inovadora.

In Company – Treinamentos ministrados nas instalações do cliente e têm como objetivo capacitar e aperfeiçoar os participantes nas mais diversas áreas do conhecimento. O conteúdo dos cursos será totalmente customizado, atendendo às necessidades pontuais de cada empresa, dispensando necessidade de deslocamento dos seus funcionários.

O Isitec funcionará na Rua Martiniano de Carvalho, 170 – Bela Vista, em São Paulo. Conheça as futuras instalações e tenha mais informações pelo tel. (11) 3105-0200 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

Rita Casaro
Imprensa - SEESP

 

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Em cidades como São Francisco, Nova York e Londres o espaço reservado para os automóveis nas garagens dos empreendimentos é definido por lei, conforme a infraestrutura viária e de transporte existente. Alguns edifícios têm várias vagas, outros, nenhuma. Em São Paulo, embora haja lei para ordenar esse espaço, é raro encontrar um empreendimento sem garagem, mesmo que haja metrô e ônibus na porta. O resultado de uma pesquisa feita pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) dá a dimensão do quanto uma vaga na garagem pesa no bolso do comprador de imóveis em São Paulo, e o quanto seria importante repensar esse ordenamento para ajudar a baratear o custo do imóvel na capital.

Com base em dados de órgãos como a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), que registra todos os lançamentos feitos pelo setor imobiliário, o administrador de empresas Hamilton França Leite Jr., responsável pela pesquisa, calculou o quociente entre o espaço destinado aos automóveis e a área total construída das edificações residenciais e comerciais em São Paulo, desde a década de 1920.

A pesquisa mostrou que até os anos 1930 era praticamente zero a destinação de vagas de garagem para automóveis nos edifícios da cidade. A partir de então, quando o número de automóveis começa a ter um aumento expressivo em relação a população da capital paulista, os prédios passam a apresentar uma proporção de 6,5% de área de vagas de garagem em relação à área total construída. Esse indicador salta para 13% nos anos 1960, 22,5% em 1985 e atinge patamar máximo em 2001, com 29,59%, estacionando em torno de 25% entre os anos de 2002 e 2010.

Embora tenha havido um decréscimo de área nos últimos anos, o número de edifícios sem garagem ainda é muito pequeno. Em 2010, por exemplo, foram lançados 1.374 edifícios sem garagem, o que representa apenas 3,7% do total de lançamentos daquele ano. Por outro lado, o custo vem sendo alto para quem adquire um apartamento com garagem.

“Vamos supor que um apartamento de 100 metros quadrados custe R$ 700 mil. O comprador está pagando a área privativa, as áreas comuns e mais 50 metros, em média, para o automóvel. Cerca de um terço da área total comprada é estacionamento”, pondera Leite Jr. “Quando tivermos um sistema de transporte público de qualidade e uma configuração da cidade em que não precisemos do carro, teremos só benefícios, poderemos nos livrar desse custo adicional”, acrescenta.

Segundo ele, a manutenção do crescimento da área para estacionamento na mesma proporção registrada entre 2006 e 2010  representaria uma diferença de aproximadamente 600 mil metros quadrados de área  para automóveis que poderiam deixar de ser construídas, em relação a um cenário otimista, de queda acentuada desta relação, apenas no ano de  2020. “Isso significa R$ 500 milhões que poderão ser economizados, apenas naquele ano se houver as condições necessárias para que a redução desta relação possa acontecer”, alerta Leite Jr. “Acompanhar essa evolução é instrumento importante para o poder público desestimular ou limitar a quantidade de vagas”, acrescenta.

 

Imprensa – SEESP
* Poli-USP
 

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O Fórum de Competitividade de Nanotecnologia, ligado ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), realiza sua 13ª reunião no próximo dia 27 de abril em evento que acontecerá na sede da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), em São Paulo, para definição de estratégias voltadas ao setor industrial, além de outros temas de interesse para empresários e pesquisadores.

O diretor do Departamento de Tecnologia Inovadora da Secretaria de Inovação do MDIC, João Batista Lanari Bó, observa que a nanotecnologia é questão estratégica para o desenvolvimento industrial em áreas que vão da produção de medicamentos à confecção de vestuários.

No Brasil, segundo o diretor, a produção de cosméticos é o principal ramo de aplicação de nanotecnologias na indústria. "Mas o potencial é bastante grande em diversos outros setores, como o de plásticos, com repercussões na indústria de embalagens e na indústria automobilística", exemplifica.

Inscrições
As inscrições para o Fórum de Competitividade de Nanotecnologia são gratuitas e podem ser feitas aqui, que traz ainda a programação completa, notícias relacionadas à nanotecnologia e material de reuniões passadas.

Articulado em quatro eixos temáticos (mercado, marco regulatório, recursos humanos e cooperação internacional), o fórum busca aprofundar aspectos importantes de cada um deles, como, por exemplo, levantamento sobre perfil da mão de obra e da qualificação requerida para a produção em nanotecnologia.

 

Imprensa – SEESP
* Informações do MDIC

 

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo recomendou em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, no Senado, nesta terça-feira (10/04), que as autoridades brasileiras “não alimentem” o conflito com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O dirigente reclamou dos atrasos no cronograma de organização da Copa de 2014. Teria chegado a dizer que os responsáveis deveriam “levar um chute no traseiro”.

“A Fifa já pediu desculpas. Temos que superar esse episódio e seguir em frente, de modo a cumprirmos o nosso cronograma”, explicou Aldo Rebelo.

Na ocasião da polêmica declaração de Valcke, Rebelo pediu formalmente à Fifa que trocasse o interlocutor, mas não foi atendido. Valcke disse, depois, que sua expressão foi mal traduzida e que o significado real era de que o trabalho precisava ser acelerado.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da Agência Senado

 

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O incentivo à indústria de veículos e a falta de estruturação do transporte público urbano colocam o Brasil na contramão da mobilidade urbana. É o que destacaram vários especialistas no tema que participaram de audiência pública, no Senado, nesta segunda-feira (9/04).

Maria Rosa Abreu, da UnB (Universidade de Brasília), diz que é preciso implementar, nas grandes cidades, a integração física dos modais de transporte coletivo, interligando ciclovias, aquavias e ônibus locais, com estações de metrô e de trens regionais ou metropolitanos. Ela destacou ainda a importância da integração tarifária, com cartões de uso semanal, mensal ou mesmo anual, adquiridos com descontos.

Otávio Vieira, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, informou que, em 1977, sete em cada dez brasileiros se deslocavam por meio de transporte público. Em 2009, disse, já metade da população se deslocava por transporte individual.

“Acredito que hoje seja mais de 60% e não sabemos a quanto isso chegará em 2020. Creio que até lá as cidades estarão efetivamente paradas, se alguma coisa não for feita para melhorar essa questão”, alertou.

Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade, também destacou a falta de prioridade para o transporte público e os incentivos à aquisição de veículos como as principais causas dos congestionamentos nos municípios brasileiros.

“O investimento para viabilizar uso do automóvel foi gigantesco, mas o uso do automóvel é um modelo falido. Os que têm carro vão ver que, se levavam 20 minutos [para chegar ao trabalho], vão levar 40 ou 50 minutos”, disse Affonso.

Lei de Mobilidade Urbana
Em sua apresentação, Nazareno Affonso destacou a Lei da Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), sancionada pela presidente Dilma Rousseff em janeiro e que entrará em vigor agora em abril. A lei institui diretrizes da PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana), prevendo “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”.

Determina ainda “a integração entre os modos e serviços de transporte urbano e a mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade”. Com a nova política, as prefeituras deverão definir regras do transporte urbano local e o governo federal poderá aportar recursos para iniciativas que atendam as diretrizes da Lei de Mobilidade.

 

Imprensa – SEESP
* Com informações da Agência Senado

 

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O principal desafio que a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental terá que enfrentar é a desconstrução das propostas que dominam a agenda oficial da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, programada para junho próximo, no Rio. A Cúpula dos Povos está sendo organizada por movimentos da sociedade civil e ocorrerá paralelamente à Rio+20, no Aterro do Flamengo. A conferência da ONU tem três temas centrais: economia verde, erradicação da miséria e governança global.

Para a representante do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 e diretora da organização não governamental Fase-Solidariedade e Educação, Fátima Mello, a meta da Cúpula dos Povos é, “de um lado, desconstruir essas ilusões e as teses da agenda oficial e, de outro, transmitir a mensagem de que o mundo passa por uma crise global sem precedentes. Essa crise será enfrentada por meio de soluções, cujo caminho é o fortalecimento dos direitos, a recuperação dos bens comuns, ao contrário da mercantilização da natureza, que a agenda oficial propõe”.

Fátima Mello destacou a necessidade de que bens comuns, como a água, a terra, o ar, as florestas, e o solo urbano sejam apropriados coletivamente e não pelo mercado financeiro. Durante as atividades que serão promovidas durante a Cúpula dos Povos, no período de 15 a 23 de junho, o objetivo é promover um diálogo amplo com a sociedade.

Ela definiu como um risco a percepção da ONU em relação às novas tecnologias que integram a chamada economia verde. “Elas podem ser uma enorme fonte de lucro para as grandes indústrias e corporações que produzirão essas novas tecnologias e manterão a propriedade intelectual sobre elas, aumentando assim a distância entre os que têm acesso e os que não têm”. A diretora acredita que isso tornará os países mais pobres ainda mais dependentes dos ricos.

Para Fátima Mello, não existem garantias de que essas novas tecnologias serão apropriadas como deveriam, isto é, como um bem comum. “Nós temos visto exatamente o contrário. Que as tecnologias são criadas para gerar mais lucro e mais concentração de saber. Elas não são amplamente socializadas”. Na sua opinião, a economia verde, cujo foco são as novas tecnologias, é um grande risco.

Em contrapartida à tese da ONU, a Cúpula dos Povos pretende mostrar que existem saberes entre as populações tradicionais e alternativas reais que estão sendo construídas por grupos sociais no mundo todo, que têm de ser recuperados e valorizados. A agroecologia e o campesinato são alguns, citou Fátima. “Esses saberes que estão sendo jogados no lixo e substituídos pelo da grande agricultura industrial, voltada para a exportação, nós precisamos recuperar”.

Sobre a posição brasileira na Rio+20, a diretora disse que esperava uma postura mais ousada. “Nós esperávamos que o Brasil, como anfitrião e país megadiverso, tivesse uma postura, uma iniciativa mais ousada e proativa, no sentido de enfrentar os problemas do planeta”.

Ela lembrou que a estratégia e o papel da Cúpula dos Povos é “botar o dedo na ferida, exigir, pressionar e mobilizar a população para que cobre soluções muito mais amplas e profundas do que os governos estão propondo”.

 

Imprensa – SEESP
* Agência Brasil

 

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No segundo e último dia de visita aos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff faz nesta terça-feira (10/04) palestras em Boston, nas universidades de Massachussetts e Harvard. As duas instituições têm mulheres no comando. A presidente aproveitará a oportunidade para assinar acordos inseridos no programa Ciência sem Fronteiras – que pretende enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014, a maioria para instituições norte-americanas.

Em seus discursos, Dilma defende a troca de experiências entre pesquisadores. O governo brasileiro quer aumentar a cooperação científica com os Estados Unidos e fazer com que um quinto dos cientistas inscritos como bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras faça intercâmbio em universidades e empresas norte-americanas. A ideia é enviar 100 mil pesquisadores, em quatro anos, para diversos países: 20 mil só para os Estados Unidos.

O governo promete custear 75 mil bolsas e espera que a iniciativa privada viabilize outras 25 mil. O programa inclui desde bolsas sanduíche de graduação até pós-doutorados em 18 áreas de tecnologia, engenharia, biomedicina e biodiversidade.

Dos 800 bolsistas do Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos, 31 estudam em oito universidades, entre elas Massachusetts, John Hopkins, Stanford e New York University.

 

Imprensa – SEESP
* Agência Brasil

 

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Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira (9), em Washington, nos Estados Unidos, que a crise econômica mundial impõe a todos a busca pela superação de paradigmas e de novas oportunidades. No caso brasileiro, o crescimento da classe média é o estímulo para o país manter os esforços para o crescimento econômico, disse a presidenta. Segundo ela, mais brasileiros serão incluídos neste nicho da sociedade, alcançando 60% da população em 2018.

“[A classe média] é a chave para a força e a capacidade de crescimento da economia em nosso país”, ratificou a presidenta, durante encontro com empresários norte-americanos e brasileiros, além de representantes de várias universidades. “A crise econômica internacional impõe a nós imensos desafios. Mas tem sido também a oportunidade para ultrapassar paradigmas.”

Dilma lembrou que o Brasil tem se esforçado, consolidando a superação de dificuldades econômicas em pilares sólidos. Ela ressaltou que atualmente o Brasil tem reservas líquidas acima de sua dívida externa. Também destacou que em 2002 a dívida líquida brasileira sobre o Produto Interno Bruto (PIB) era 64% e agora está em 36,5%.

A presidenta disse ainda que os esforços do governo são para dar mais transparência aos gastos públicos e aplicar de maneira adequada os recursos federais. Segundo ela, essa disposição faz parte de uma opção feita pelos setores público e privado, assim como pela sociedade brasileira: “É importante que se destaque a iniciativa, que é do governo, dos empresários e do povo brasileiro”.

Para Dilma, há uma “opção clara” no Brasil por estimular o crescimento econômico com medidas de justiça social e mais democracia.  “Buscamos um mercado de consumo de massa que é uma forma de justiça social”, disse, lembrando que as mudanças no Brasil refletem o que ocorre no mundo como um todo.

Ao defender a participação da classe média como força motriz na economia, Dilma lembrou que processo semelhante ocorre na Rússia, Índia, China e África do Sul, países que compõem o bloco do Brics. Ela reiterou que os cinco países têm grandes extensões territoriais e desafios comuns a perseguir, como a inserção das classes marginalizadas, pobres e que têm fome.

A visita de dois dias da presidenta Dilma aos Estados Unidos acaba nesta terça-feira (10). Ontem, ela esteve em Washington e hoje passa o dia em Boston, quando irá às universidades de Harvard e Massachusetts. Em ambas, a presidenta deverá apresentar as parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras.


Imprensa - SEESP
* Agência Brasil


 

A ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) pretende apresentar ao Governo Federal proposta para incluir o setor no Plano Brasil Maior, cuja ampliação foi anunciada em solenidade no último dia 3. A iniciativa integra as políticas industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff.

De acordo com o presidente do ANTF, Rodrigo Vilaça [foto ao lado], será uma forma de ampliar a produtividade do sistema ferroviário do país, cujo crescimento foi apresentado nesta segunda-feira (9/04) pela entidade. “Os números positivos podem ficar ainda melhores. Vamos fazer essa provocação ao governo”, afirmou.

O dirigente explica que a meta setorial é duplicar a capacidade do sistema ferroviário até o final da década, para alcançar 6 mil locomotivas e 200 mil vagões em 2020. “Mas isso só acontecerá caso se confirme a expansão da malha”, acrescentou. Sem os benefícios, o crescimento do sistema ferroviário será somente de 3 mil para 5 mil locomotivas, e de 101 mil para 140 mil vagões.

A proposta que a ANTF apresentará a Mantega inclui a desoneração dos usuários, a fim de estimulá-los a usar dos serviços ferroviários; redução de impostos estaduais; e ainda linhas de financiamento com prazos de 20 a 25 anos, com taxas “significativamente reduzidas”, de acordo com Rodrigo Vilaça.

“Os impostos federais já estão praticamente isentos [para o setor], exceto no que se refere à compra de matéria prima. A ideia é estimular a redução dos impostos estaduais e abrir linhas de financiamento com prazos de 20 a 25 anos, a taxas significativamente reduzidas. Isso trará pelo menos mais 30 mil pessoas para trabalhar no sistema”, argumentou o presidente da ANTF.

O estudo da ANTF aponta que os investimentos nas malhas concedidas à iniciativa privada já somam praticamente R$ 30 bilhões entre 1997 e 2011. Destes, apenas R$ 1,39 bilhões foram aplicados pela União. “Ou seja, as concessionárias investiram R$ 28,58 bilhões”, detalhou Rodrigo Vilaça.

De acordo com a ANTF, em 2011 o total de investimentos feitos pelas concessionárias atingiu R$ 4,6 bilhões, configurando crescimento de 56,3% na comparação com 2010. Esses recursos foram aplicados em ações visando à recuperação da malha, adoção de novas tecnologias, capacitação profissional, aumento da segurança, aquisição e reforma de locomotivas e vagões.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da Agência Brasil

 

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Artur Araújo, consultor da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), diz que as obras para a Copa do Mundo de 2014 estarão prontas a tempo, embora possam ficar mais caras quanto mais perto dos jogos. Leia, a seguir, entrevista de Araújo ao jornal “A Crítica”, de Manaus.

A Crítica - Com praticamente todas as obras previstas para a Copa de 2014 atrasadas, os governos locais já falam em decretar feriado nos dias de jogos. O Brasil abriu mão do chamado legado da Copa?
Artur Araújo -
Em primeiro lugar essa história de que as obras estão atrasadas não é um fato. Isso não é verdade. A grande maioria dos estádios cumprirá seus cronogramas, assim como os aeroportos, os projetos de comunicações e de Segurança Pública. O que há são dúvidas em algumas cidades em torno das obras de mobilidade urbana. Se criou uma ideia que não é verdadeira. Se você vai ao concreto dos fatos, verá que as obras não estão todas atrasadas.

AC - Mas o Ipea (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada) divulgou recentemente um estudo afirmando que, por exemplo, os aeroportos, em sua grande maioria, não estarão prontos até a Copa de 2014...
Artur Araújo -
Esse estudo do Ipea é absolutamente questionável. O problema é que o assunto deixou de ser técnico e virou opinião. Na nossa opinião, a única área que exige cuidados porque houve atrasos na definição da alternativa adotada, é a questão de mobilidade. Vários municípios atrasaram a definição... se seria veículo leve sobre trilhos, BRT, metrô. Naquilo que é de conjunto do país, vamos cumprir: estádio, aeroportos, comunicações e Segurança Pública.

AC - Então, na avaliação da Federação Nacional dos Engenheiros, as obras de mobilidade urbana não são prioridade?
Artur Araújo -
Veja bem. Fundamental para uma copa do mundo é estádio. Porque sem estádio não tem Copa. Sem aeroporto, as pessoas não chegam nem vão embora. Sem segurança, você pode ter crise séria. A mobilidade urbana é um caso que muito menos que a necessidade em si para a copa, ela seria um dos bons legados que o evento poderia deixar. A verdade é a seguinte: você consegue resolver o problema de mobilidade urbana durante os jogos. As cidades brasileiras sabem o que fazer em dia de jogo. Em nenhuma cidade haverá um estádio que exceda enormemente o fluxo de pessoas em uma determinada área. É claro que poderíamos ter um nível maior de conforto e é aí que poderíamos ter o legado. Os gestores poderiam usar o momento da copa e criar um clima propício às grandes obras. Porque obra de mobilidade urbana só é boa depois que ela está pronta. Durante os anos em que ela está sendo feita, as cidades viram um inferno. Dentro dessa perspectiva, as obras de mobilidade urbana não nos preocupam.

AC - Então, é possível que o Brasil acabe sem esse legado?
Artur Araújo -
Eu não diria que não vamos ter. Vamos ter, mas pode vir numa dimensão inferior à que se esperava e que se podia ter. Veja o caso de Barcelona e Atlanta, onde houve Olimpíadas. Elas mudaram a forma como as pessoas se deslocavam por conta do evento. Se nós não nos mobilizarmos, vamos perder uma oportunidade importante para as nossas cidades.

AC - Mas faltando tão pouco tempo para a realização da Copa do Mundo, ainda dá tempo?
Artur Araújo -
Sim. O principio básico do cronograma de qualquer obra é a função entre dinheiro e vontade de realizar. Qualquer dos projetos que estão em discussão tem condição de execução. Quanto mais você se aproxima do prazo, vai sair mais caro, obviamente. Se tivéssemos feito antes, provavelmente, sairia mais barato, mas ainda não chegamos a um ponto crítico em nenhum projeto.

AC - Os projetos do monotrilho e do BRT em Manaus já são dados como obras que não irão estar concluídas até a Copa de 2014. O senhor acha que ainda dá tempo?
Artur Araújo -
Eu sempre tenho pé atrás quando me dizem que em dois anos não dá tempo de fazer. Como eu disse, se houver dinheiro e vontade de fazer, vão fazer. Você pode colocar gente trabalhando 24 horas, por exemplo. Tem momentos, porém, que não adianta, porque nem colocando uma multidão trabalhando não daria tempo.

AC - Essa incompetência gerencial não vai causar um gasto desnecessário?
Artur Araújo -
Provavelmente (as obras) vão custar mais do que se tivessem feitas no prazo. Mas eu não chamaria isso de incompetência gerencial. Existe autonomia dos municípios do Brasil. Não somos um Estado unitário, em que se baixa uma regra e todos os Estados e municípios são obrigados a cumprir. Somos uma federação. Os municípios tem disponibilidade de recursos, mas o processo decisório dos municípios, têm um problema de natureza política. Passa pelo que cada prefeito vê como prioridade. Do nosso ponto de vista todas as cidades que usassem a copa como gancho para realizar suas obras de infraestrutura teriam feito um belíssimo trabalho. É um momento em que dinheiro e vontade aparecem. Eu atribuo menos a uma incompetência geral e mais a uma definição política.

AC - Em sua opinião, Manaus está perdendo essa chance?
Artur Araújo -
Até o momento, sim.

AC - Quando a Copa foi anunciada para o Brasil, o governo falava que a maior parte das obras seria feita por parcerias público-privadas. No entanto, hoje o Estado é o principal investidor da Copa. O que deu errado com as PPPs?
Artur Araújo -
Falta de interesse empresarial. As taxas de retorno não foram convidativas, ou os empresários esperavam subsídios que não vieram e resultou em poucos interessados. Mas isso variou bastante. Veja que em São Paulo choveu candidato para fazer Estádios. Na questão dos aeroportos. A privatização foi um sucesso. De resto, nos parece que não se construíram modelos com taxa de retorno atrativa para a iniciativa privada. Em muitos lugares as arenas só se viabilizarão se forem multiuso. E aí precisa ver se essa cidade teria vocação para isso. Se a iniciativa privada não se convence disso, ela não investe.

AC - Na África do Sul, onde a última Copa foi realizada, há pelo menos duas ou três arenas que se transformaram em elefantes brancos. Esse será o destino de algumas arenas como as de Manaus, Natal e Cuiabá?
Artur Araújo -
Se elas não desenvolverem projetos de adaptação física e marketing, sim.

AC - Mas a partir de quanto esse planejamento deveria começar a ser feito?
Artur Araújo -
Deveria ter sido pensado sempre, agora, há uma flexibilidade. Você pode salvar um projeto desses posteriormente. Agora, as arenas nessas três cidades vão ter mais dificuldade. O nível de atividade esportiva não mantém uma arena desse tamanho. Por isso que é preciso viabilizar essa arenas depois da Copa.

AC - Tanto o Ministério dos Esportes quanto o comitê organizador da Copa (COL) têm sido cargos ocupados por políticos. Esse perfil pode ajudar a explicar porque o projeto Copa vem sofrendo tantas críticas interna e externamente?
Artur Araújo -
Não vejo qualquer associação entre uma coisa e outra. Primeiro porque todo ministro é um político. Seria novidade se não fosse. Todos os ministros de todos os ministérios em qualquer lugar do mundo são políticos. Ele pode ou não ter competência técnica associada a isso. Isso para mim não pode implicar ou não em ter dificultado o projeto da copa. O projeto pode ser bem sucedido ou mal sucedido e eu não vejo o cenário da copa como um cenário a caminho de problemas. Não é nossa avaliação o Brasil vai conseguir fazer uma copa bastante boa.

AC - Boa comparada a que? Ao que foi feito na África do Sul?
Artur Araújo -
Particularmente em relação à África do Sul e sem deixar nada a perder para Alemanha, Japão e Coreia. O problema é que o legado está perto de ser menor do que o esperado. Em relação à realização do evento especificamente, o processo brasileiro é absolutamente idêntico. Teve envolvimento dos governos, das federações e debaixo disso se montou uma estrutura de profissionais contratados.

AC - O Governo Federal se acovardou ao deixar a decisão sobre o consumo de bebidas alcoólicas nos Estádios para que cada Estado defina?
Artur Araújo -
É um acordo político. A legislação sobre os estádios não é nacional. O estatuto do torcedor foi alterado. Do ponto de vista do Governo Federal, está liberada. Agora, cada Estado tem sua legislação e como cada estado vai fazer, isso vai depender de cada realidade.

Para ler a entrevista na íntegra clique aqui.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da FNE

 

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