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07/11/2011

V EcoSP debate poluição atmosférica

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Estratégias para reduzir gases do efeito estufa e o aquecimento global foram abordadas.

       O quinto bloco de palestras do V EcoSP, realizado na tarde do último sábado (5), discutiu a neutralização de gases do efeito estufa, a recuperação de áreas degradadas e o mercado de crédito de carbono. A palestra foi ministrada por Heloisa Candia Hollnagel, da Agência Ambiental Pick-upau.

       No início de sua apresentação, ela traçou um panorama histórico dos marcos regulatórios que demonstram a preocupação do ser humano com as mudanças do clima, entre eles o Protocolo de Kyoto (1997), o Rio + 10 (2002) e a implementação da Lei nº 12.187 (2009), que dispõe acerca da Política Nacional sobre Mudanças do Clima.

       Conforme a especialista, essas iniciativas visam o desenvolvimento sustentável, isto é, satisfazer as necessidades presentes de produção e consumo sem comprometer a capacidade das gerações futuras e o equilíbrio ambiental do planeta. “É nesse contexto que surge o conceito de gestão ambiental, caracterizado por um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente”, citou.

       Durante a palestra, Hollnagel explicou o que é um inventário de GEE (Gases do Efeito Estufa) – um diagnóstico de uma empresa, setor econômico, cidade, estado ou país para se determinar fontes que geram esses gases nas atividades produtivas e a quantidade lançada na atmosfera. Esse relatório segue padrão internacional e para realizá-lo é necessário definir os limites organizacionais do inventário e os operacionais, selecionar metodologia de cálculo e fatores de emissão, coletar dados das atividades que resultam na emissão de GEE, calcular as emissões e por fim elaborar o relatório.

       Conforme a palestrante, com os resultados do inventário de GEE, é possível contribuir para a diminuição dos gases na atmosfera, captar recursos ou novos investimentos (economia verde), planejar processos que garantam a eficiência econômica, energética ou operacional, reduzir custos e gerar oportunidades de novos negócios no mercado de créditos de carbono através das RVE (Reduções Verificadas de Emissões), REDD (Reduções das Emissões de Desmatamento e Degradação) e Incremento de Estoque de Carbono Florestal. A comercialização desses créditos no Brasil é definida pela norma ABNT–NBR 15.948, que especifica princípios, requisitos e orienta a atividade no mercado voluntário de carbono.

       Sobre a recuperação de áreas degradadas, Hollnagel citou alguns exemplos de degradação, tais como desmatamento, incêndios, queima de combustíveis fósseis e aterros sanitários. “O conceito de recuperação está associado à ideia de que o local alterado deverá ter qualidades próximas às anteriores, devolvendo o equilíbrio dos processos ambientais”, explicou.

       Entre as estratégias de recuperação, sucessão ecológica – recuperação natural, reflorestamento, indução do banco de sementes/plântulas e enriquecimento vegetal. “Os projetos de reflorestamento devem conter estudo dos remanescentes florestais dos locais a serem recuperados, levantamento das condições ambientais e possíveis formas de degradação, análise do solo e escolha do modelo de recuperação, de acordo, é claro, com os objetivos e características locais”, explicou.



foto: Beatriz Arruda
www.fne.org.br




Lido 4256 vezes Última modificação em 07/11/2011
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