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Lucélia Barbosa

        Facilitar a elaboração dos projetos pedagógicos pelas instituições, orientar os estudantes nas escolhas profissionais, favorecer a mobilidade e empregabilidade dos alunos e garantir mais clareza às empresas e órgãos públicos na identificação da formação necessária aos seus quadros de pessoal. Esses são os objetivos apresentados pelo MEC (Ministério da Educação) para promover o processo de revisão que pretende reduzir os aproximadamente 250 títulos de engenharia hoje existentes para apenas 22 denominações. 
        O trabalho, que não tem previsão de término, começou a ser feito no ano passado, após consulta pública disponibilizada na Internet pela Sesu (Secretaria de Educação Superior), responsável pela mudança. Contendo os referenciais curriculares mínimos de cada curso proposto, a página ficou no ar por um mês. Durante esse período, diversos segmentos interessados no assunto, como representantes da comunidade acadêmica, conselhos profissionais e entidades de classe, puderam agregar informações e sugerir modificações. Ao todo, segundo a Sesu, foram mais de 2 mil contribuições. Após a finalização da consulta, teve início a preparação do documento final. 
        Para José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, os prazos foram curtos. “Acredito que essa medida está sendo feita de fato um pouco corrida até para evitar espaço de muita discussão, porque é algo que precisa ser feito. Uma sugestão seria implantar a mudança de forma escalonada, a cada cinco anos, por exemplo, possibilitando que as escolas se adaptem gradualmente.” 
        Na opinião de Jayme Nunes, coordenador da Caep (Comissão de Assuntos do Exercício Profissional) no âmbito do SEESP, a alteração é correta e fundamental, porque estabelece um referencial. “Não precisamos de 200 nomes, um engenheiro pleno nas modalidades habituais, como civil, elétrica, mecânica ou química, pode fazer cursos de pós-graduação e ter novas atribuições depois de formado”, argumenta.
        Para Antonio Octaviano, coordenador-geral do projeto que implantará a IES (Instituição de Ensino Superior) do SEESP, essa multiplicação de títulos foi uma decorrência natural da própria evolução das áreas técnicas e da economia, que levou ao surgimento de novos campos de atuação preenchidos pelas escolas com mais cursos e denominações. Por outro lado, ele acredita que de fato existe um excesso e que é necessário reorganizar a estrutura dos títulos. “Essa mudança tem que ser bem estudada e flexível, porque existem cursos com nomenclaturas diferentes, mas que contemplam demandas importantes da atualidade. Portanto, a análise deve buscar a racionalidade, até para encontrar suporte na realidade”, salienta.

Reforma necessária
        Conforme explica Cardoso, o excesso de denominações prejudica a mobilidade dos estudantes formados. “Um engenheiro de telecomunicações, por exemplo, pode exercer qualquer outra atividade ligada à área elétrica. Porém, pelo fato de ter no título essa nomenclatura específica, não é contratado para outras funções. A redução possibilitará um mercado bem mais amplo”, aposta. 
        Segundo ele, muitas especialidades foram criadas para acomodar divergências internas nas universidades ou para atrair novos alunos com denominações de cursos ilusórias, oriundas mais de ações de marketing do que da real necessidade do País. “Essa mudança já acontece lá fora há muito tempo. A Europa limitou em 14 os títulos e, na América do Sul, a Argentina reduziu a 22 também”, pontua.
        Por outro lado, Octaviano ressalta que a principal preocupação é se a medida permitirá criar o novo. “Esse é o receio de todos quando falam em reduzir os nomes a 10% do que existe hoje. Em breve, vamos implantar a IES SEESP com um curso de graduação intitulado Engenharia da Inovação e não sabemos se haverá autorização, nem em qual modalidade poderá ser enquadrado”, explica.
        Nesse sentido, o MEC informa que estará atento às mudanças tecnológicas e que as instituições de ensino superior poderão criar novos cursos, mas que essa situação será sempre avaliada com o cruzamento de dados dos referenciais curriculares nacionais. Outro aspecto importante é que a nova lista de títulos passará por revisão e atualização periodicamente, podendo haver alterações de acordo com a manifestação das instituições. O conjunto final de nomenclaturas funcionará como referência, e as escolas que julgarem que seus cursos não se encaixam poderão contestar e sugerir mudanças.

 

 

17/11/2010

CANTEIRO

Fechado acordo inédito com a CPTM
        Em assembleia realizada em 25 de outubro, os engenheiros que atuam na CPTM aprovaram a proposta feita pela empresa em audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Assim, foi assinado o Acordo Coletivo de Trabalho 2010 no dia 28 do mesmo mês – o qual inclui mudança da data-base de 1º de setembro para 1º de março –, conjuntamente com outro específico relativo à implantação do PPR (Programa de Participação nos Resultados) para o ano de 2011. A conquista – inédita – é antiga bandeira de luta da categoria. Os valores corresponderão ao limite máximo de uma folha nominal de salários de dezembro, considerado o vencimento base acrescido de anuênios e gratificação de função. A distribuição se dará da seguinte forma: 50% linear e 50% proporcional à remuneração do profissional. Metade do montante apurado até 30 de junho do próximo ano será paga no mês seguinte, a título de adiantamento. O acerto do restante será efetuado no 15º dia de janeiro de 2012. A companhia comprometeu-se com a criação de uma comissão paritária para acompanhamento semestral da evolução dos indicadores e metas do PPR 2011, com o objetivo de aprimorar programas futuros.

Prêmio Personalidade da Tecnologia 2010
         Em comemoração ao Dia do Engenheiro – 11 de dezembro –, o SEESP homenageará profissionais que se destacaram durante o ano pela ousadia e criatividade na execução de seus trabalhos, com a entrega do prêmio “Personalidade da Tecnologia 2010”. A cerimônia será realizada no dia 10 de dezembro próximo, a partir das 19h, na sede dessa entidade, na Capital paulista.
        Em sua 24ª edição, o evento já tradicional agraciará Alex Kenya Abiko (na categoria Engenharia urbana), Fernando Galembeck (Engenharia e inovação tecnológica), Luiz Roberto Batista Chagas (Internacionalização da engenharia), José Roberto Cardoso (Educação), Jurandir Fernandes (Transportes e logística) e Paulo Pereira da Silva (Valorização profissional).

Conferência do desenvolvimento ocorre neste mês em Brasília
        De 24 a 26 de novembro, acontece na Esplanada dos Ministérios, na Capital Federal, a I Code (Conferência do Desenvolvimento). Iniciativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), tem por objetivo promover e disseminar o debate sobre a questão do desenvolvimento junto à sociedade em geral. Entre os temas a serem tratados nos painéis, sustentabilidade; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; inserção internacional soberana; fortalecimento do Estado; macroeconomia; planejamento e desenvolvimento. O evento incluirá ainda oficinas acerca do assunto, em que serão apresentados dados sobre diversos setores. Entre as previstas, estão várias relativas a políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Mais informações e inscrições em http://ipea.gov.br/code/index.html.

Homenagem no ABC
       Organizada pela Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC em conjunto com associações de engenheiros e arquitetos da região, ocorreu em 9 de novembro, na Câmara Municipal de Santo André, sessão solene em comemoração ao Dia do Engenheiro – celebrado oficialmente em 11 de dezembro. A iniciativa reuniu cerca de 80 pessoas, incluindo autoridades, personalidades da área tecnológica e representantes da sociedade civil em geral. Na ocasião, foi homenageado o engenheiro civil Joaquim da Silva Boaventura, por relevantes serviços prestados no ABC. Em Santo André, entre outras funções, atuou como secretário de obras (1975) e de Planejamento (1993). Foi ainda diretor-superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) em 1976 e 1977, vereador por dois mandatos (1988 e 1992). Atualmente é gerente técnico da Fundação Memorial da América Latina, na Capital.

Engenharia civil está entre cursos mais procurados na USP
        Com 36,52 candidatos/vaga, a profissão está em alta na disputa para o vestibular da Fuvest 2011. O curso na USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos é o quinto mais procurado, atrás apenas de medicina, publicidade e propaganda, relações internacionais e ciências médicas (Ribeirão Preto). Em relação a 2010, a demanda por uma cadeira em engenharia civil aumentou; para ingresso no ano passado, era de 26,37 candidatos/vaga. Para 2011, estão inscritos na Fuvest 132.993 estudantes, sendo 10.816 treineiros. Informações detalhadas sobre notas de corte e procura pelas engenharias em geral podem ser obtidas em www.fuvest.br.

Oportunidades
        Segundo levantamento feito até dia 10 de novembro, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 127 vagas, sendo 117 para engenheiros das diversas modalidades, nove para estudantes e um, trainee. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.

 

 

 

 

Entre os desafios da categoria, IV Eco São Paulo debaterá temas ambientais como: veículos elétricos, energia e nanotecnologia na agricultura

        Profissionais do desenvolvimento por excelência, engenheiros se reúnem em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de novembro, para propor iniciativas sustentáveis no contexto do aquecimento econômico brasileiro. Com vistas à realização de grandes obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e Olimpíadas 2016, além da exploração das camadas pré-sal, o desafio da categoria é ainda maior no sentido de considerar aspectos sustentáveis em seus projetos. A análise e discussão desse cenário é o objetivo do IV Eco São Paulo 2010, ciclo de debates promovido anualmente pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), em parceria com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
        Tendo como base o documento “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, elaborado por especialistas de diversas áreas da engenharia nacional, novas soluções serão discutidas e apresentadas. O centro da discussão é ampliar o crescimento econômico do país sem comprometer os recursos para as gerações futuras.
        “Como percebemos, cada vez mais o tema sustentabilidade ambiental vem sendo sedimentado na cultura brasileira. Foi tema dos presidenciáveis e é tema no mundo inteiro. E o mais importante é mostrar que crescimento e preservação ambiental não são ideias antagônicas. A engenharia pode ajudar muito na busca desse ideal sustentável”, garante o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro.

Veículos Elétricos
        A tecnologia de veículos elétricos está se desenvolvendo a passos largos. Já existem modelos sendo comercializados e a tendência é que esse número aumente ainda mais com melhoria da tecnologia e a massificação de seu consumo. No entanto, os principais gargalos para que os veículos elétricos estejam cada vez mais presentes nas ruas das cidades são os ainda altos custos de produção e a criação de infraestrutura que atenda às novas formas de abastecimento.
        “Atualmente, o custo de um veículo elétrico, sem impostos, é o dobro de um veículo convencional. A justificativa disso é o custo da bateria. A bateria é o principal desafio técnico a ser vencido”, elucida Celso Novais, da Coordenação-Geral Brasileira do Projeto Veículo Elétrico da Usina de Itaipu.

Nanotecnologia na Agricultura
        Em um país em que o agronegócio tem grande importância como o Brasil, a nanotecnologia pode ser um grande diferencial se aplicado devidamente à agricultura. No entanto, os recursos para pesquisa e desenvolvimento nessa área ainda são recentes e escassos. Um dos benefícios da aplicação da nanotecnologia na agricultura é o aumento da produção em uma mesma área cultivada, sem a necessidade de expansão territorial. Além da eficiência no plantio, a tecnologia pode ajudar na melhoria dos produtos agrícolas. 
        Na Embrapa, por exemplo, são desenvolvidos revestimentos comestíveis e embalagens inteligentes que são aplicados em frutos e hortaliças diretamente, aumentando o seu tempo de vida e garantindo qualidade e higiene. “Esses benefícios serão observados do ponto de vista econômico, social e ambiental, o que certamente terá reflexo na qualidade de vida da população, só basta esforço e interesse no assunto”, explica Cauê de Oliveira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
        Sobre o Eco-SP - Resultado do Eco-Vale, realizado por quatro anos na cidade de Taubaté para discutir as questões ambientais da região do Vale do Paraíba, o Eco-SP firma-se como importante fórum de debate na busca de soluções para uma sociedade sustentável e justa.

Serviço
IV Eco São Paulo
Data: 17 a 19 de novembro de 2009
Local: Novotel São Paulo Center Norte
(Av. Zaki Narchi, 500 – Vila Gulherme – São Paulo)

Inscrições e informações:
www.ecovale-seesp.com.br

Pollyanna Nóbrega
Assessora de Comunicação
(61) 3322-6753 ramal: 202
(61) 84289837
Skype: pollyanna.nobrega

 

 

       Desde os anos 70 o Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro. A data foi escolhida para celebrar a luta e resistência de Zumbi dos Palmares, morto em 1695, para denunciar a gravidade da situação de discriminação e o preconceito e exigir o fim do racismo no Brasil.
       O feriado municipal ou estadual nesta data já reconhecido em 225 cidades de 11 estados. Em São Paulo o feriado foi sancionado pela então prefeita Marta Suplicy através da Lei Nº 13.707, 2004, e desde então o fórum das entidades negras promovem uma caminhada para celebrar o dia da consciência negra.
       Em 2010 será realizada a 7ª. Marcha da Consciência Negra, celebrando o Centenário da Revolta da Chibata e seu líder, João Candido, o Almirante Negro.
      A grande expectativa é que o Dia Nacional a Consciência Negra seja comemorado como feriado nacional, conforme projeto do senador Paulo Paim, que aguarda aprovação.

Com informação do blog da 7ª Marcha. Acompanhe notícias da programação nacional na Ciranda Afro.

 

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      Com 49,25 candidatos para cada vaga, medicina é o curso mais concorrido do processo seletivo 2011 da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. Em seguida aparecem os cursos de publicidade e propaganda com 44,44 concorrentes por posto, relações internacionais com 37,82 e ciências médicas em Ribeirão Preto, com 37,35.
      Dos 132.993 inscritos neste ano, 10.816 são treineiros. Ou seja, são estudantes que estão fazendo a prova apenas como teste, sem concorrer efetivamente a uma vaga. Dentro deste grupo, 4.366 se inscreveram na prova de humanas, 3.538 em exatas e 2.912 em biológicas.
      A relação candidato/vaga para todos os cursos foi divulgada nesta quarta-feira (10) pela Fuvest; confira:

CONFIRA CURSOS MAIS CONCORRIDOS DA FUVEST 2011*

CURSOCONCORRÊNCIA (candidadto/vaga)
Medicina49,25
Publicidade e propaganda44,44
Relações internacionais37,82
Ciências médicas - Ribeirão Preto37,35
Engenharia civil - São Carlos36,52
Jornalismo34,62
Curso superior do audiovisual31,4
Artes cênicas - Bacharelado30,27
Psicologia29,17
Design28,53
Arquitetura - São Carlos26,04
*Sem levar em conta os treineiros/ Fonte: Fuvest 

 

(Vestibular Uol)
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        "É um contingente enorme que representa a primeira geração de suas famílias a obter um diploma de nível superior", constata Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa.
        O estudo mostra que os estudantes da classe D, oriundos de famílias que ganham menos de 3 salários mínimos (R$ 1.530), ultrapassaram os filhos da elite nos campi. Uma das razões para esta revolução no ensino apontada por Meirelles foi o Programa Universidade para Todos (ProUni) que já atendeu 747 mil estudantes de baixa renda nos últimos seis anos.
        De 2002 a 2009, as faculdades, públicas e particulares, receberam 700 mil estudantes da classe D - média de 100 mil jovens a cada ano. Se há oito anos eles ocupavam somente 5% do bolo universitário, em 2009 chegaram a 15,3%. Já os da classe A perderam participação no total: a fatia caiu de 24,6% para 7,3%.
        Ronald Rosa Fonseca, 25 anos, passou pelo funil da exclusão social. Filho de uma doméstica e de um mecânico, teve o apoio dos patrões da mãe para cursar o 4º período de Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC). "Eles permitiram que eu morasse na casa deles, no Leme, onde minha mãe trabalha. Não teria condições de estudar morando em Magé", conta ele, que passou em 11º lugar no vestibular. Graças ao bom desempenho, a PUC deu a ele bolsa integral, passagem, alimentação e livros.
        De acordo com Meirelles, para esses jovens a universidade é um investimento pesado, mas que vale a pena: "A família vê no estudo a única chance de mudar as condições de vida de todos".
        Em retribuição à ajuda que recebeu para entrar na faculdade, Ronald voltou para o pré-vestibular gratuito mantido pela empresa ExxonMobil como coordenador. "Quem consegue entrar tem quase um compromisso de voltar e fazer o mesmo por outros jovens", diz ele. Além do curso, os alunos participam de oficinas culturais, palestras, visitas a museus, universidades e empresas. Em janeiro, será aberta nova seleção. Informações: 2505-1233 e 2505-1256.
        Entre 2002 e 2009, o número de universitários no Brasil passou de 3,6 milhões para 5,8 milhões, um avanço de 57%.
        Noventa por cento da população ganham até 10 salários mínimos e movimentam R$ 760 bilhões ao ano. As classes A e B detêm 26,3% das vagas no ensino superior, enquanto estudantes da C, D e E representam 73,7% do total.
        Em todas as classes sociais, houve aumento dos homens nas faculdades, mas as mulheres são a maioria (57%). A média da idade dos universitários aumentou: passou de 25,87 em 2002 para 26,32, em 2009.
        A necessidade de trabalhar para pagar a faculdade faz com que a maioria prefira estudar à noite ou em meio período.
        Para atravessar os portões das universidades, estudantes de baixa renda contam com extensa rede de apoio que inclui programa de bolsas em faculdades privadas, orientação profissional e pré-vestibular social patrocinados por grandes empresas. É o caso do estudante Carlos Henrique Simões, 22 anos, morador de Realengo, Zona Oeste, que será o primeiro da família a prestar vestibular.
        Há um ano, ele frequenta as aulas do pré-vestibular custeado pela empresa petrolífera Exxon Mobil, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). Os alunos recebem bolsa-auxílio de R$ 100 por mês e vale-transporte para que não abandonem os estudos. "Eles chegam com tanta vontade de fazer faculdade que demonstram uma força imensa, capaz de superar qualquer obstáculo", diz Valéria Lopes, supervisora do CIEE.
        Desde que foi criado, em 2004, o Programa Mais ajudou 51 estudantes a ingressar na universidade. Carlos não só está próximo de realizar seu sonho, como está levando junto a família. "Minha mãe voltou a estudar e está a caminho de concluir o Ensino Médio. Meu irmão mais velho também retomou os estudos", conta o estudante, que fará Serviço Social.
        A ascensão dos jovens de baixa renda aos bancos universitários foi favorecida pela universalização do Ensino Médio e pela expansão das faculdades privadas, que fez despencar o preço das mensalidades. Além disso, foram criados cursos universitários de dois anos e a classe D obteve aumento na renda. "Depois de pagar a comida, aluguel e condução, começou a sobrar dinheiro para pagar os estudos", observa Renato Meirelles.
        Segundo ele, a classe C já representa o maior número de alunos em escolas privadas, com mais de 4 milhões de crianças matriculadas. "É um círculo virtuoso baseado na reciprocidade. Quem é ajudado ajuda outros a melhorar de vida", explica. Ainda na classe C, 68% das pessoas estudaram mais do que os pais; entre a classe A esse percentual é de apenas 10%.
        A partir do ano que vem, jovens terão mais um incentivo. A UFRJ vai destinar 20% das vagas para estudantes de escolas públicas. Os candidatos serão aprovados por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A instituição planeja dar mil bolsas-auxílio, Bilhete Único Intermunicipal e netbooks.

 

(Maria Luisa Barros,O Dia)
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Code terá entrada franca e reunirá importantes pensadores brasileiros. As inscrições vão até 12 de novembro

        Entre os dias 24 e 26 de novembro, o Ipea vai levar ao centro da Esplanada dos Ministérios parte de seu conhecimento em pesquisas econômicas aplicadas para realizar a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code). A conferência tem entrada franca, e as inscrições podem ser feitas por meio de preenchimento de formulário no sítio www.ipea.gov.br/code, até 12 de novembro. Durante os três dias, serão nove painéis temáticos sobre o desenvolvimento, 88 oficinas do desenvolvimento e 50 lançamentos de livros. São esperados mais de 200 palestrantes e debatedores.
        O objetivo da Code é criar um espaço nacional de debates no coração do Brasil, no momento em que o país volta a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento. Para isso, a conferência terá vídeos, apresentações de livros, instalações, projeções, oficinas e palestras. As exposições serão norteadas pelos sete eixos temáticos do desenvolvimento definidos pelo Ipea: inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.
        A programação é dividida em três tipos de atividades: painéis (palestras e debates mais abrangentes, no plenário da conferência); oficinas do desenvolvimento (exposições e mesas de debate realizadas em salas de aula dentro da Code); e desenvolvimento cultural (apresentações de experiências de desenvolvimento do ponto de vista da cultura). Para obter outras informações sobre as atividades e anotar o horário das que mais interessam, acesse www.ipea.gov.br/code.
        Aberta a toda a sociedade, a conferência será realizada no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral de Brasília. Estarão presentes conselheiros de orientação do Ipea, diretores e técnicos de planejamento e pesquisa do Instituto, além de acadêmicos e autoridades de todas as regiões do país. O Ipea não arcará com despesas de transporte, alojamento e alimentação, que ficarão a cargo do público.

Saiba mais sobre a Conferência no site do evento

 

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Editorial do Jornal do Commercio diz que "há o consenso de que está faltando, desde muito tempo, despertar o interesse dos jovens pelo estudo das ciências exatas, melhorar a qualidade do ensino básico e, sobretudo, melhorar a qualidade dos professores". Leia

       Em todos os fóruns de debate sobre o futuro de um Brasil muito próximo de uma potência econômica, acadêmicos, lideranças empresariais e políticas, cientistas sociais ou economistas se deparam inevitavelmente com um obstáculo: a expansão e qualificação de nossa mão de obra, para acompanhar o ritmo de crescimento. E nessa área uma sobressai como das mais necessárias e mais deficitárias: a engenharia.
       Recente seminário sobre os desafios na formação de profissionais de engenharia para o século 21 - realizado em São Paulo pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) - constatou que além de formar menos da metade dos engenheiros de que precisa a cada ano, o nosso país ainda enfrenta a disparidade entre a qualificação obtida nas universidades e as necessidades das empresas.
       Essa combinação, além de óbvia explica todos os casos de crescimento de outros países hoje postos como modelos. Da mesma forma, quando os estudiosos se debruçam sobre os mecanismos que levaram algumas nações a crescer mais que outras, o contraste numérico é sempre enfatizado. Como a constatação de que o Brasil oferece seis engenheiros para cada mil pessoas economicamente ativas, enquanto na Europa e na Ásia a média é de 25 engenheiros.
       Essa defasagem é ainda mais notável quando nos advertimos que a busca por engenheiros qualificados não é restrita à ideia de que estamos falando de profissionais para a construção civil. Pelo contrário, o campo de atuação desse setor é cada vez mais amplo e mais sofisticado. Estende-se pela engenharia elétrica, mecânica, química, naval, mecatrônica, ou de produção, das quais depende o Brasil que todos sonhamos.
       Entretanto, formamos hoje algo em torno de 32 mil engenheiros por ano, quando a demanda é superior a 60 mil profissionais. O Conselho Nacional da Indústria estima que em 2012 haverá no Brasil um déficit de 150 mil engenheiros. Somente para nos prendermos ao Bric - o grupo de países emergentes do qual fazemos parte - a nossa distância é preocupante: a China forma 400 mil engenheiros por ano, a Índia chega a 250 mil e a Rússia a 100 mil.
       No seminário promovido pela CNI, o diretor-geral do Instituto Euvaldo Lodi, Paulo Afonso Ferreira, desenhou em uma frase a condição atual do engenheiro no Brasil e o que precisamos fazer: "Hoje a indústria primeiro contrata o engenheiro e depois pergunta o que ele sabe fazer. A disputa é acirrada".
       Apesar da carência, contudo, há o consenso de que está faltando, desde muito tempo, despertar o interesse dos jovens pelo estudo das ciências exatas, melhorar a qualidade do ensino básico - o que é um instrumento capaz de despertar os jovens para disciplinas tidas como muito difíceis, a exemplo de matemática e física - e, sobretudo, melhorar a qualidade dos professores.
       Essa seria a plataforma para o fundamental: a inserção dos profissionais no processo de desenvolvimento, que implica em avanços tecnológicos. A formação de um engenheiro para o setor elétrico e eletrônico, por exemplo, exige capacidade de inovação. "A antecipação da tendência tecnológica é a estratégia das companhias. Esse é o desafio das empresas", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
       Para a Nação, o desafio é superar esse bloqueio na formação de profissionais de engenharia, o que passa - repetimos - pela educação básica, pelos 12 anos que antecedem a entrada na universidade. Essa educação foi contemplada com alguns pequenos momentos de debates nas eleições que acabamos de realizar. Mas está claro que o que ficou é muito pouco esclarecedor para a urgência que temos de uma autêntica revolução educacional, que nos dê profissionais de qualidade em todas as áreas, a exemplo dos engenheiros tão necessários e tão escassos.

 

(Jornal do Commercio/PE, 8/11)
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        O documento foi entregue na sexta-feira (5/11) ao secretário-geral, Ban Ki-moon, por um painel de especialistas integrado pelo megainvestidor George Soros e pelo conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Summers, ex-reitor da Universidade Harvard.
        Em fevereiro, a equipe foi encarregada por Ban de encontrar fontes de verba para que os países ricos cumpram sua promessa de levantar US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para combater as emissões de carbono e ajudar os países pobres a se adaptarem ao clima.
        A promessa foi feita na cúpula do clima de Copenhague, no ano passado.
        O painel diz que bancar a luta contra o aquecimento é "financeiramente factível e politicamente viável".
        Porém, "será necessária uma vontade política consistente", declarou Ban ao receber o relatório dos chefes do grupo, o premiê etíope Meles Zenawi e seu colega norueguês Jens Stoltenberg.
        Segundo Stoltenberg, o grupo chegou a três conclusões: primeiro, será preciso colocar um preço nas emissões de CO2, principal gás-estufa, da ordem de US$ 25 a tonelada. Depois, "novos instrumentos de financiamento público poderiam levantar dezenas de bilhões de dólares por ano".
        Entre eles está uma CPMF internacional, que contribuiria com até US$ 27 bilhões; impostos nacionais sobre CO2 nos países ricos, que poderiam gerar US$ 10 bilhões ao ano; e impostos sobre transporte marítimo e aéreo, que poderiam gerar mais US$ 10 bilhões.
        Por fim, o setor privado deverá gerar grande parte da verba, com investimentos amortizados por bancos de desenvolvimento.
        "Os países ricos não têm mais desculpa para adiarem o compromisso [de contribuir]", afirmou Steve Herz, do Greenpeace.
        A ONG Amigos da Terra, porém, criticou o relatório por enfatizar demais o papel do setor privado.
        As conclusões chegam num momento ruim para o governo dos EUA: Summers, afinal, é assessor de Barack Obama e defende impostos sobre o CO2 na semana da vitória republicana no Congresso. Qualquer mecanismo de financiamento do clima depende dos EUA.
        "Não acho que o governo vá varrer o relatório para debaixo do tapete", diz Herz. "Eles fizeram uma promessa em Copenhague. E este é um compromisso que vai além desta legislatura."

 

(Claudio Ângelo, Folha de S. Paulo)
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