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Após suspender eleição no Estado, Justiça declara que votos obtidos irregularmente não valem e determina que a Comissão Eleitorial Federal e o Confea cumpram decisão, sob pena de multa e responsabilidade penal.

       Tendo em vista irregularidades na distribuição de urnas no Estado de São Paulo, o juiz Novély Vilanova da Silva Reis, da 7ª Vara da Justiça Federal da Primeira Região do Distrito Federal, concedeu liminar para suspensão pela CEF (Comissão Eleitoral Federal) do pleito em São Paulo, no dia 8 de novembro. O pedido foi feito pelo Seesp, buscando preservar a transparência e democracia no processo eleitoral do Sistema Confea/Creas (Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e garantir, assim, ampla participação dos profissionais. Apesar de a CER (Comissão Eleitoral Regional) ter tomado conhecimento da determinação judicial por volta das 12h, esta não foi respeitada.

       Consequentemente, o processo em São Paulo foi considerado nulo pela Justiça, em decisão proferida no dia 9, o que implicará a realização de novas eleições em data a ser definida. O descumprimento pode acarretar a responsabilização criminal de membros da CEF. Numa segunda decisão do mesmo juiz, essa atendendo a ação impetrada pela FNE, além da responsabilidade penal, prevê-se multa de R$ 150.000,00 ao Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), caso a determinação não seja seguida. Após ter ciência dessas determinações, a CEF enviou comunicado a CER, exigindo a paralisação da apuração dos votos recolhidos indevidamente no dia 8. Finalmente, o órgão regional respondeu que acataria a ordem.


Democracia em risco
       A determinação de suspender as eleições está amparada pela Deliberação nº 132 da CEF, de 21 de outubro último, que conclui pela obrigatoriedade de realocação de urnas e estabelece ser competência da CEF: “atuar em âmbito nacional como órgão decisório, deliberativo, disciplinador, coordenador, consultivo e fiscalizador do processo eleitoral, podendo intervir nas instâncias inferiores, a qualquer tempo, de modo a assegurar a legitimidade e a moralidade do processo eleitoral”.

       A má distribuição de urnas no Estado foi amplamente denunciada pela coordenação da campanha do candidato ao Crea-SP, Amaury Hernandes, apoiado pelo Seesp, conforme matéria publicada na edição 397 do Jornal do Engenheiro . Entre os problemas, o baixo número e a ausência de mesas receptoras e escrutinadoras em locais de grande concentração de profissionais, bem como a colocação em outros onde não poderia haver urnas. Caso de empresas, associações e lojas comerciais não vinculadas ao conselho. Na Deliberação nº 132, o vaticínio: “Havendo delegacias ou representações de sindicatos ligados ao Sistema Confea/Crea, deverá obrigatoriamente ser alterado o local” para esses. Ainda segundo determina tal resolução, deve-se modificar “a Decisão Plenária nº 897/2011 do Crea-SP, que definiu os locais de votação no Estado de São Paulo com um total de 371 urnas [...]”. Não bastasse o ínfimo montante, já que o Estado é o maior colégio eleitoral do Sistema – abrange 1/3 dos quase 1 milhão de profissionais da área tecnológica –, à Capital paulista, por exemplo, cujos eleitores potenciais são 80 mil, foram destinados apenas 21 pontos de coleta de votos. No Interior, a distribuição também constituiu-se num atentado à lógica e ao bom senso. A municípios com menos de duas dezenas de votantes foi destinada uma mesa receptora, em igual situação com outros com milhares de possíveis participantes do pleito. Os dados foram apurados pelo Seesp, que tentou incessantemente reverter esse cenário drástico na Justiça a tempo de assegurar a votação em 8 de novembro, em prol das categorias e de sua representatividade pelo Sistema Confea/Creas.


Caso de polícia
       Como as arbitrariedades se mantiveram, não restou ao sindicato outra alternativa senão pleitear a suspensão das eleições em São Paulo. A liminar favorável à reivindicação da entidade foi comunicada à CER pelo presidente da CEF, Afonso Lins, no início da tarde do dia 8. Até então, segundo levantamento feito pelo fiscal do candidato Amaury Hernandes junto às mesas receptoras, Flávio Brízida, nas três urnas instaladas no prédio do Crea na Faria Lima, haviam sido depositados apenas 192 votos – o total de potenciais eleitores naquele local era de cerca de 16 mil. As informações que chegavam eram de que nos demais pontos espalhados pelo Estado a situação se repetia. O que desmente notícia divulgada pelo conselho paulista em seu site, de que “até a hora do almoço, o número de profissionais que tinham procurado os postos de votação na Capital e no Interior chegou a surpreender, o que demonstrou a mobilização da categoria”.

       O que transcorreu a seguir foi inimaginável. A CER passou literalmente ao largo da decisão judicial e não interrompeu o processo. Em seu site, comunicado falacioso dessa comissão, divulgado no próprio dia 8 de novembro, tenta justificar sua atitude: “Em nenhum momento, a Comissão Eleitoral Federal se apresentou para dar cumprimento à intervenção de que trata a Deliberação 142/2011.”

       Além de faltar com a verdade, houve tentativas de se manobrar a situação, com afirmações a eleitora que se dirigiu à Faria Lima para votar e questionou sobre a suspensão do processo de que a informação não passava de “terrorismo eleitoral”. Além de impor dificuldades para receber e acatar a ordem da Justiça. Uma das maneiras beira o absurdo. A entrada do prédio que levaria ao andar onde se encontravam os membros da CER, em determinado momento, foi fechado e o acesso até mesmo de advogado do Seesp e da imprensa foi bloqueado. A Polícia Militar foi acionada e boletim de ocorrência foi lavrado registrando os fatos.


Veja as decisões da Justiça
Download: Decisão08-11-2011.pdf
Download: Decisão Judicial 7ª Vara 09-11-2011.pdf
Download: Decisão09-11-2011-FNE.pdf



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Fazem parte da lista as 27 capitais e as cidades com mais de 100 mil habitantes integradas ao Sine. Os cursos devem ser realizados no primeiro trimestre do ano que vem.

       Com a sanção do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no dia 26, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome lança hoje o braço do plano Brasil Sem Miséria que será responsável pela qualificação e colocação no mercado de trabalho da população urbana mais pobre.

       O Brasil Sem Miséria, anunciado pela presidente Dilma Rousseff no início de junho, tem como meta tirar da pobreza extrema 16 milhões de pessoas que habitam os grotões ou as zonas mais segregadas das grandes cidades do País. O programa buscará qualificar 1 milhão de pessoas até 2014 no meio urbano.

       Hoje, o ministério realiza uma oficina com prefeitos e secretários municipais e estaduais do Trabalho, Educação e Assistência Social dos 161 maiores municípios brasileiros. Fazem parte da lista as 27 capitais e as cidades com população superior a 100 mil habitantes e que estiverem integradas à rede do Sistema Nacional de Emprego (Sine), a qual organiza informações sobre o mercado de trabalho e a oferta de mão de obra. Nesta primeira etapa, 60 mil vagas serão abertas. Os cursos devem ser realizados no primeiro trimestre do ano que vem.

       "Estamos com toda uma estratégia de curtíssimo prazo organizada para botar os cursos na rua e oferecer vagas para esse público, que preferencialmente é o público dos programas de transferência de renda, o Bolsa Família e o Cadastro Único", disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. "Não vamos conseguir fazer com o Brasil todo neste primeiro momento. Com esse recorte, a gente acaba trabalhando com mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e mais de 60% dos empregos no Brasil. Não queremos perder tempo."

       Segundo a ministra, o público-alvo do Brasil Sem Miséria é um grupo que quer mais renda, mas nunca teve suporte. Faz bicos e trabalha no mercado informal e, por isso, está exposto a piores condições de trabalho.

       O Ministério do Desenvolvimento Social contará com a ajuda do Ministério da Educação, institutos federais e Sistema S. Já os municípios e as equipes locais do Bolsa Família ficarão responsáveis pela mobilização dos trabalhadores e do empresariado. Serão oferecidos cursos de ofícios dos setores industrial, comércio e serviços, como consultor de vendas, auxiliar de almoxarifado, sushi man, cozinheiro industrial, camareira, jardineiro, cuidador infantil e de idoso, recreador infantil, pintor, pedreiro, azulejista e soldador. As aulas conterão reforço de português, matemática e de raciocínio lógico.

       A partir do ano que vem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai montar mesas permanentes de negociação nos estados para fazer o planejamento das vagas a serem oferecidas em 2012. Assim, os governos federal e estaduais e as prefeituras ficarão em contato com entidades empresariais e representantes do Sistema S para que seja construído um mapa de oportunidades.

       "A ideia é poder melhorar a capacidade dessas pessoas, dar ferramenta e instrumental", explicou a ministra. "Queremos fazer casada a qualificação profissional com a intermediação de mão de obra, melhorando a inserção e a condição de empregabilidade desses trabalhadores", afirmou.

       No entanto, a participação nos cursos de capacitação do Brasil Sem Miséria não significará automaticamente que os trabalhadores beneficiados passarão pela chamada "porta de saída" do Bolsa Família. O programa de transferência de renda tem como critério o nível de pobreza das famílias, destacou a ministra, e não o fato de se ter carteira de trabalho assinada ou não. "O critério continua o mesmo", disse a ministra. "A ideia é que eles possam, com os cursos, melhorar o seu rendimento."

       Tereza Campello contou que o braço de qualificação profissional de trabalhadores do setor urbano só pôde ser lançado após a sanção do Pronatec. Ressaltou, porém, que os outros vetores do Brasil Sem Miséria estão sendo executados. Na área de transferência de renda, as metas do programa são incluir mais 800 mil famílias, ampliar a cobertura de três para cinco crianças beneficiadas por família e incluir gestantes e mulheres que estejam amamentando seus filhos no Bolsa Família. De acordo com a ministra, 180 mil novas famílias já foram incluídas e nutrizes e gestantes passarão a receber seus benefícios na semana que vem. A ampliação do limite de crianças contempladas por família também saiu do papel.

       No eixo rural, a expectativa inicial era dar assistência técnica e sementes a 33 mil famílias. O governo espera agora beneficiar 50 mil famílias e está fazendo acordos para que redes varejistas comprem a produção de cooperativas de beneficiários do Brasil Sem Miséria. Em relação ao Bolsa Verde, que pagará a cada trimestre R$ 300 a famílias que preservarem as florestas dos locais onde vivem, o programa deve contar com 11 mil famílias inscritas até o fim do ano. A ideia do governo é chegar a um total de 73 mil famílias.



(Valor Econômico)
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       A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu hoje (9) sobre a necessidade de a comunidade internacional ficar em alerta e buscar a atuação conjunta para combater os efeitos da crise econômica mundial. "Há um risco de espiral de instabilidade financeira mundial" , disse ela.

       "Se não agirmos em conjunto, a economia mundial corre o risco de uma espiral de incerteza e de instabilidade financeira", disse Lagarde, que visita a China. "A economia mundial entrou em fase perigosa e incerta e a Ásia não está imune", acrescentou.

       Para Lagarde, o governo chinês deve rever a condução de parte de sua política econômica e monetária. “A China necessita de uma moeda mais forte", disse. Nas reuniões internacionais, vários representantes estrangeiros reclamam que o yuan (a moeda da China) está subvalorizado e que essa situação reproduz excedentes comerciais acumulados por Pequim.

       Na capital chinesa, Lagarde se reúne com autoridades do governo para discutir as consequências da crise da dívida europeia e as condições e os impactos sobre a China e o restante do mundo.



*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto
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Decisão atende a mandado de segurança do Sindicato dos Engenheiros, que demonstrou irregularidade na instalação de urnas em todo o Estado.

       O juiz federal Novély Vilanova da Silva Reis, determinou suspensão do processo eleitoral do Sistema Confea/Creas em todo o Estado de São Paulo. Assim, a votação será interrompida a partir da comunicação às mesas receptoras. No restante do Brasil, o pleito segue normalmente.

       A decisão, da sétima vara do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, atende a mandado de segurança impetrado pelo Seesp – Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que apontava inúmeras irregularidades no processo, especialmente quanto à distribuição de urnas pela CER (Comissão Eleitoral Regional). Essa, em desobediência a determinações da CEF (Comissão Eleitoral Federal), instalou pontos de votação em locais em desacordo com o código eleitoral, tais como lojas comerciais e empresas não ligadas ao sistema, e se recusou a atender requerimento para instalação de urnas em lugares devidamente habilitados para tal.

       A Comissão Eleitoral Federal tem agora dez dias para apresentar informações à Justiça. Após isso, deve ser marcada nova data para a votação no Estado de São Paulo.


Confira a decisão judicial e a deliberação da CEF
Download: Decisão08-11-2011.pdf
Download: Deliberacao142-2011-CEF.pdf





No velho estilo do banquinho e violão, o artista trouxe no repertório clássicos de sua carreira e da música popular brasileira em geral. E contou muitas histórias.

       No encerramento da quinta edição do EcoSP (Encontro Ambiental de São Paulo), no dia 5 último, momento de poesia, música e descontração trazido pelo artista João Bosco. No velho estilo do banquinho e violão, ele trouxe no repertório clássicos de sua carreira e da música popular brasileira em geral. E contou muitas histórias de – e para – engenheiro.

       Antes de se tornar um ícone da MPB, o cantor era um jovem estudante da profissão na Universidade de Ouro Preto. Formou-se, mas o diploma foi substituído pela voz e melodia. Fazendo questão de frisar estar bastante à vontade entre seus colegas, para ele, muito do legado trazido da faculdade está na música.

       Entre as narrativas que intercalou com o repertório escolhido – e que serviram de recurso para montá-lo –, a de que tinha um sonho recorrente, de que todos os seus colegas se formavam e ele continuava ali. Considerando-se que a engenharia é a arte de se criar e promover transformações em prol da sociedade, pode-se dizer que não tem qualquer fundamento na realidade. João Bosco, com seu talento, consegue realizar esses feitos.


foto: Beatriz Arruda
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Fechando as plenárias no V EcoSP, o tema foi abordado pelo professor José Bezerra Pessoa Filho, do IAE/CTA. O especialista traçou histórico das pesquisas e descobertas espaciais e sua importância para a humanidade.

       Fechando as plenárias no V EcoSP, no final da tarde do dia 5 último, o tema foi abordado pelo professor José Bezerra Pessoa Filho, do IAE/CTA (Instituto de Aeronáutica e Espaço/Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial). O especialista, em sua preleção, traçou histórico das pesquisas e descobertas espaciais e sua importância para a humanidade. Segundo ele, a preocupação com o assunto está presente entre cientistas há muitos séculos. “Kepler, em carta a Galileu Galilei de 19 de abril de 1610, destacou que enquanto não fossem criados os meios para a viagem ao espaço, eles deveriam criar mapas celestes.”

       Num salto no tempo, Bezerra enfatizou a contribuição dada a partir da Segunda Guerra Mundial. Depois, na corrida espacial entre Estados Unidos e a antiga União Soviética, esta última lançou em 4 de outubro de 1957 o satélite Sputnik I. Em reação, seu rival lançou o desafio da chegada do homem à Lua, o que ocorreu no Natal de 1968, com a nave Apollo 8. Naquele primeiro momento, os astronautas orbitaram o satélite, mas o pouso só ocorreria em julho de 1969. Conforme o palestrante, um dos participantes da missão teria afirmado: viemos explorar a Lua e acabamos descobrindo a Terra.

       Como resultado dessa disputa entre as duas grandes potências por hegemonia global, de acordo com o palestrante, muitas transformações ocorreram nos anos 60. Cresceu também a preocupação com o meio ambiente. “Desde o Sputnik, cerca de 5 mil satélites foram colocados no espaço.” Desses, conforme sua explanação, aproximadamente mil, muitos de telecomunicações, ainda encontram-se ali, sendo 50% dos EUA e boa parte do restante da Rússia, China e Índia.

       Além de contribuições à meteorologia, a avaliações como sobre o desmatamento na floresta amazônica e outros impactos ao meio ambiente, para Bezerra o principal legado da era espacial é a possibilidade de se ter uma visão global da Terra. E assim perceber a necessidade premente de preservação e de mudança nos estilos de vida, produção e consumo.



foto: Beatriz Arruda
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Estratégias para reduzir gases do efeito estufa e o aquecimento global foram abordadas.

       O quinto bloco de palestras do V EcoSP, realizado na tarde do último sábado (5), discutiu a neutralização de gases do efeito estufa, a recuperação de áreas degradadas e o mercado de crédito de carbono. A palestra foi ministrada por Heloisa Candia Hollnagel, da Agência Ambiental Pick-upau.

       No início de sua apresentação, ela traçou um panorama histórico dos marcos regulatórios que demonstram a preocupação do ser humano com as mudanças do clima, entre eles o Protocolo de Kyoto (1997), o Rio + 10 (2002) e a implementação da Lei nº 12.187 (2009), que dispõe acerca da Política Nacional sobre Mudanças do Clima.

       Conforme a especialista, essas iniciativas visam o desenvolvimento sustentável, isto é, satisfazer as necessidades presentes de produção e consumo sem comprometer a capacidade das gerações futuras e o equilíbrio ambiental do planeta. “É nesse contexto que surge o conceito de gestão ambiental, caracterizado por um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente”, citou.

       Durante a palestra, Hollnagel explicou o que é um inventário de GEE (Gases do Efeito Estufa) – um diagnóstico de uma empresa, setor econômico, cidade, estado ou país para se determinar fontes que geram esses gases nas atividades produtivas e a quantidade lançada na atmosfera. Esse relatório segue padrão internacional e para realizá-lo é necessário definir os limites organizacionais do inventário e os operacionais, selecionar metodologia de cálculo e fatores de emissão, coletar dados das atividades que resultam na emissão de GEE, calcular as emissões e por fim elaborar o relatório.

       Conforme a palestrante, com os resultados do inventário de GEE, é possível contribuir para a diminuição dos gases na atmosfera, captar recursos ou novos investimentos (economia verde), planejar processos que garantam a eficiência econômica, energética ou operacional, reduzir custos e gerar oportunidades de novos negócios no mercado de créditos de carbono através das RVE (Reduções Verificadas de Emissões), REDD (Reduções das Emissões de Desmatamento e Degradação) e Incremento de Estoque de Carbono Florestal. A comercialização desses créditos no Brasil é definida pela norma ABNT–NBR 15.948, que especifica princípios, requisitos e orienta a atividade no mercado voluntário de carbono.

       Sobre a recuperação de áreas degradadas, Hollnagel citou alguns exemplos de degradação, tais como desmatamento, incêndios, queima de combustíveis fósseis e aterros sanitários. “O conceito de recuperação está associado à ideia de que o local alterado deverá ter qualidades próximas às anteriores, devolvendo o equilíbrio dos processos ambientais”, explicou.

       Entre as estratégias de recuperação, sucessão ecológica – recuperação natural, reflorestamento, indução do banco de sementes/plântulas e enriquecimento vegetal. “Os projetos de reflorestamento devem conter estudo dos remanescentes florestais dos locais a serem recuperados, levantamento das condições ambientais e possíveis formas de degradação, análise do solo e escolha do modelo de recuperação, de acordo, é claro, com os objetivos e características locais”, explicou.



foto: Beatriz Arruda
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        A solenidade será realizada no Sindicato dos Engenheiros de S. Paulo (SEESP), a partir das 18h do dia 18 de Novembro. Pela primeira vez, a CNTU entregará seu Prêmio Personalidades a profissionais que se destacaram em suas categorias, reafirmando o compromisso da Confederação em atuar pela sua valorização profissional e estimular a participacão dos segmentos representados na política nacional, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e uma Nação democrática, inclusiva e com qualidade de vida para a população.

        Com esse horizonte, a CNTU e as entidades que a integram reconheceram o destaque da atuação profissionais de sete profissionais, seis deles representando categorias que participam da Confedereção, e um deles com excelência na gestão pública. 

       Os agraciados do I Prêmio Personalidades Profissionais 2011 são Dércio Garcia Munhoz (Economia), Arnaldo Kalil Pereira Jardim (Engenharia), Norberto Rech (Farmácia), Ricardo Paiva (Medicina), Valéria Paschoal (Nutrição), Gilberto Afredo Pucca Júnior (Odontologia) e Gilson de Cássia Marques de Carvalho (Excelência em Gestão Pública).



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       A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (7) que a saída para crise econômica mundial é enfrentar o desemprego. Segundo ela, essa foi a resposta defendida pelo Brasil durante a reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, na França, na semana passada.

       “A crise econômica mundial, que está abalando, principalmente, os países da Europa e os Estados Unidos, não pode ser resolvida com desemprego e muito menos com a redução dos direitos trabalhistas. A questão do desemprego é extremamente preocupante”, disse em seu programa de rádio semanal, Café com a Presidenta.

       A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam 200 milhões de pessoas sem emprego no mundo, a maioria jovens.

       Para Dilma Rousseff, todos os países devem cooperar para encontrar uma solução à crise econômica. “O grande desafio para essa crise é o caminho para retomar o crescimento: o caminho do investimento, do consumo e da geração de empregos. Todos concordaram que nós temos de ajudar, fazendo a nossa parte. Ninguém ganha com a crise. Até agora, os países emergentes vêm sustentando o crescimento da economia mundial, eles também reduziram um pouco o seu crescimento, porque foram atingidos por efeitos indiretos. Mas quem sustenta o crescimento mundial são esses países, somos nós”, disse.

       Na semana passada, a presidenta descartou uma contribuição direta do governo brasileiro para o Fundo Europeu de Estabilização.



(ABr)
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O uso de aquecedor solar como alternativa ao chuveiro elétrico e a cobrança pelo uso da água foram temas abordados na manhã deste sábado (5), durante o EcoSP.

       O uso de aquecedor solar como alternativa ao chuveiro elétrico e a cobrança pelo uso da água para assegurar recursos à preservação foram os temas abordados na manhã deste sábado (5), no EcoSP (Encontro Ambiental de São Paulo). Claudete Canada abriu a plenária. Doutoranda em recursos hídricos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), ela recorreu em sua fala à Declaração de Dublin, de 1992, para explicar de onde surgiu a ideia da cobrança, ainda incipiente no Brasil. O documento a que se referiu, segundo relatou a especialista, foi resultado de uma conferência na capital irlandesa que reuniu mais de 500 pessoas e 100 países. A preocupação central era como atuar perante a escassez de recursos hídricos, “ligada ao desperdício”. Entre as conclusões, a declaração aponta o papel crucial da sociedade para garantir água no futuro e a necessidade de sua conservação e gestão, tendo em vista que a cada 20 anos dobra o volume consumido pela população. Proteção e preservação que, disse Canada, “devem ser promovidas em todos os usos econômicos”. O caminho encontrado para melhorar a eficiência seria a cobrança pela utilização da água - o que está previsto, de acordo com a especialista, nas políticas paulista e nacional de recursos hídricos e vai se expandir no País. O repasse a quem está nas bacias hidrográficas vem “através de projetos para garantir os diversos usos”, completou. A forma de resolver conflitos, na sua ótica, seria instituir tribunais da água, a exemplo do que existe em países europeus.

       Outro tema fundamental quando se fala em preservação ambiental, a eficiência energética foi abordada por Paulo Roberto dos Santos, também doutorando pela Unicamp. Destacando sua importância, já que o consumo atual – em constante ascensão - vai dobrar até 2030, ele explanou sobre o assunto a partir de estudo de caso sobre os “impactos do uso solar para o aquecimento de água em novos conjuntos habitacionais populares no Brasil”. A análise foi feita com base em projeção feita caso as 1 milhão de moradias prometidas pelo governo federal na primeira fase do programa “Minha casa, minha vida” utilizassem aquecedor solar em lugar de chuveiro elétrico. Uma das conclusões é que a redução de picos de consumo seria imensa, “o que faria muita diferença” para o sistema como um todo. “Consigo economia e sucessos ambientais enormes”, complementou.

       O chuveiro elétrico, “uma invenção brasileira”, presente em aproximadamente 73% dos domicílios no País, representa cerca de 25% da conta de energia nas residências. “O investimento inicial e de instalação é baixo, é muito eficiente (para garantir banho quente), mas o consumo é muito elevado”, enfatizou Santos. Como faltam incentivos governamentais ao uso de aquecedores solares e seu custo não é tão vantajoso - além de a eficiência depender da temperatura ambiente -, a utilização híbrida com os chuveiros elétricos seria, na sua concepção, a solução. Asseguraria melhora na eficiência energética e menor impacto ambiental, segundo sua preleção.



foto: Beatriz Arruda
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