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       O evento aconteceu no dia 24 de setembro, no Clube Atlético Monte Líbano, e reuniu cerca de 2.000 pessoas, entre dirigentes e colaboradores, autoridades e representantes de outras entidades sindicais. 
       Presente na ocasião, o vereador pelo PSB, Eliseu Gabriel, falou da importância do SEESP em defesa da categoria e também da sua participação política através das propostas para a sociedade. “É um sindicato comprometido com o desenvolvimento do País.” 
       Seguindo a mesma linha, Aldo Rebelo, deputado federal pelo PCdoB, disse que o sindicato tem forte atuação na vida política, econômica, social e cultural de São Paulo. “O sindicato ajudou a fundar uma mentalidade de desenvolvimento e de progresso no Estado e no País. Por essa razão esses 76 anos devem ser celebrados como um grande acontecimento na vida de São Paulo”, enfatizou.
       Representando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Luiz Bucalem, destacou a forte representatividade do SEESP na luta pela categoria e o sucesso da sua trajetória política e social.

 

       Parabenizando o sindicato por sua longa trajetória, Campos Machado, deputado estadual pelo PTB, afirmou que não existe futuro no Brasil sem a figura do engenheiro.

       Também participaram da comemoração os deputados federais Antonio Carlos Mendes Thame, Arnaldo Faria de Sá e Paulo Teixeira; a vereadora Sandra Tadeu; o ex-governador de São Paulo, José Maria Marin; o candidato a deputado federal pelo PTB, Claury Alves da Silva; Professor Hélio Guerra; o presidente do Instituto de Engenharia, Aluízio de Barros Fagundes; o presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Antonio Sousa Ramalho; o presidente da Figueiredo Ferraz Consultoria e membro do Conselho Diretor do Sinaenco Nacional, João Antonio Del Nero; o presidente do Sindicato dos Eletricitários, Carlos Alberto dos Reis; o secretário adjunto de Esporte, Lazer e Turismo, Flávio Brízida; o reitor da Unilins, Milton Léo; o presidente da VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), Edgar Horny; o presidente do Crea-Paraná, Álvaro José Cabrini; o presidente da Avepema (Associação do verde e Proteção do Meio Ambiente), Antonio Abel Rocha da Silva; o superintendente do DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Sérgio Augusto de Arruda Camargo; entre outras personalidades.

 

 

 

Temos interesse em estabelecer relações comerciais com o Brasil, principalmente no setor de petróleo e gás - afirmou o ministro do Comércio Exterior e Desenvolvimento finlandês, Paavo Väyrynen

       Nos quase 338 mil quilômetros quadrados de terras geladas da Finlândia, não existe petróleo. Em compensação, o país dispõe de uma bem desenvolvida indústria de equipamentos para os setores naval e petrolífero. Unir a matéria-prima promissora das camadas do pré-sal brasileiro com o avançado conhecimento da tecnologia para a exploração destes recursos seria o casamento perfeito. É o que defendem os representantes tanto do governo, quanto do setor privado finlandeses.
        - Temos interesse em estabelecer relações comerciais com o Brasil, principalmente no setor de petróleo e gás - afirmou o ministro do Comércio Exterior e Desenvolvimento, Paavo Väyrynen.
      Väyrynen esteve no Brasil e conversou não só com ministros, mas com o próprio presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Apesar de todo o interesse, tanto o governo finlandês quanto as empresas estão cientes das regras impostas pelo governo brasileiro, com a exigência de que em média 65% de equipamentos e tecnologia sejam fornecidos por empresas nacionais na fase de exploração do pré-sal. Mas essa exigência não parece intimidar os finlandeses.
       Caso da ABB, fabricante de motores e equipamentos para navios e embarcações, inclusive para plataformas de petróleo. A companhia ainda não tem contratos com nenhuma empresa no Brasil, mas o plano é começar no início do ano que vem. Caso o projeto se concretize, cerca de 200 empregos podem ser criados para fabricar cerca de 20 propulsores por ano, equipamentos fundamentais para perfurações em grande profundidade.
        Algumas empresas já estabeleceram parcerias, como a Lamor que, junto com o grupo brasileiro Alpina, iniciou sua entrada no Brasil. A Lamor fornece barreiras de contenção e skimmers (espécie de filtro que separa impurezas e libera água limpa), usados em caso de vazamento de óleo no mar.
        Com o aumento das preocupações do setor com segurança ambiental, após o maior vazamento de petróleo da História, em abril deste ano, o fornecimento de material para a British Petroleum (BP), cliente da Lamor, deve fazer o faturamento da finlandesa aumentar em 60%, para cerca de 80 milhões por ano. Agora, a companhia quer sensibilizar o Brasil sobre a importância de estabelecer um contrato preventivo para acidentes.
        - Gostaria de poder conversar diretamente com o funcionário da Petrobras que teria o pescoço em risco, caso houvesse um vazamento - brincou Jari Ahoranta, diretor global de vendas da Lamor.

UFRJ firmará convênio com universidade finlandesa
        Com tanto interesse das empresas finlandesas no Brasil, foi firmada uma parceria entre a Universidade de Aalto, em Helsinque, capital da Finlândia, com a UFRJ. O convênio será assinado em outubro, durante a semana da indústria naval, promovida pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena). A ideia é promover o intercâmbio de informações, com a possibilidade de um fundo finlandês patrocinar bolsas de estudo. 

 

A repórter Ana Paula Cardoso, de O Globo, viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia
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Decisão aconteceu após Folha ter noticiado que obra do PAC estava atropelando complexo no sudoeste baiano

       O governo paralisou a pavimentação de uma estrada na Bahia que atropelou a caverna onde está o maior lago subterrâneo do Brasil.
       A decisão ocorreu após a Folha ter noticiado, no domingo, que a BR-135, uma obra do PAC, estava destruindo o chamado Buraco do Inferno e outras cavernas do município de São Desidério, sudoeste baiano.
       A denúncia foi feita por um espeleólogo (especialista em cavernas) e motivou uma vistoria do Instituto Chico Mendes ao local.
       Os técnicos do instituto presenciaram a queda de blocos de rocha do teto da caverna -um deles do tamanho de uma geladeira.
       "Todas as confirmações são de que os impactos são causados pelas obras da BR", disse o chefe do Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas) do Instituto Chico Mendes, Jocy Cruz.
       Segundo Cruz, os impactos estão ocorrendo no trecho da estrada que teve licença de instalação concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) neste ano.
       O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável pela obra, informou na quarta-feira (22/9) à Folha que a paralisação foi feita "por precaução", até uma nova visita de técnicos do Ibama ao local, programada para hoje.
       O Dnit afirmou, porém, que dados do estudo geofísico da obra "não apontaram nenhum perigo". A caverna é considerada de relevância máxima por abrigar o lago subterrâneo do Cruzeiro, de 13.860 m2.
       Ela integra o sistema de João Rodrigues, no carste (formação de rocha calcária com cavernas) de São Desidério. O sistema contém cerca de 30 grutas importantes.
       A vistoria do Cecav não esclarece se o Ibama sabia da existência das cavernas no trecho licenciado.
       A Folha solicitou ao Ibama acesso ao estudo de impacto ambiental da obra, documento público.
       A assessora de imprensa do órgão, Sandra Sato, afirmou que a pessoa que poderia autorizar o acesso estava "numa reunião no ministério". Sugeriu à reportagem que obtivesse o documento junto ao Dnit.
       A assessoria do Dnit, por sua vez, afirmou não possuir nem o estudo de impacto, nem a licença de instalação do trecho, nem o levantamento geofísico que indicaria a "ausência de risco". Pediu à reportagem que procurasse o Ibama.

 

Cláudio Ângelo
Folha de SP, 23/9

 

 

       O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Korea Institute of Industrial Technology (Kitech), da Coreia do Sul, assinaram acordo de cooperação técnica que permitirá às duas instituições trocar experiências e informações em áreas estratégicas em pesquisa e desenvolvimento.
       O acordo, que terá vigência de cinco anos, prevê desenvolvimento de projetos nas áreas de plásticos verdes, gaseificação de biomassa e silício grau solar (aplicado na fabricação de células fotovoltaicas).
       Além disso, a cooperação permitirá dar suporte tecnológico ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas nessas áreas.
       De acordo com o IPT, uma das vantagens da cooperação é a semelhança de perfil entre as duas entidades, composto basicamente por 50% de serviços tecnológicos e 50% de projetos em pesquisa e desenvolvimento.
       Outro ponto em comum é que ambos os institutos trabalham com tecnologias em processo final de maturação, preparando-as para sua inserção no mercado.

 

Mais informações: www.ipt.br
Agência Fapesp, 23/9
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       O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, cobrou nesta sexta-feira (24) que os representantes dos 192 países que integram a instituição intensifiquem os esforços para livrar o mundo das armas de destruição em massa. O apelo de Moon ocorreu na reunião sobre desarmamento, na 65ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo ele, apenas com o empenho coletivo será possível obter resultados mais rápidos.
       As informações são da agência de notícias das Nações Unidas. “Os próximos anos serão críticos. Nós podemos fazer progressos no campo da não proliferação nuclear e do fim do desarmamento ou andar para trás”, advertiu Moon. “As diferenças e preocupações podem e devem ser abordadas por meio de negociações. É essa a essência da diplomacia multilateral”, acrescentou.
       Moon cobrou responsabilidade dos integrantes das Nações Unidas, mas reconheceu que houve “progressos” na área. Ele alertou que é fundamental ampliar a “vontade política” . De acordo com o secretário, devem ser eliminadas armas de destruição em massa e também as convencionais.
       Ban Ki-moon lembrou que um fórum multilateral de negociação única sobre desarmamento levou à aprovação de um programa de trabalho para a definição de metas urgentes. A proposta a ser elaborada institui objetivos que devem ser cumpridos no período até dez anos a partir da aprovação do texto.

 

Renata Giraldi, Edição: Graça Adjuto, Agência Brasil
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Bahia, Ceará e Mato Grosso, cujas capitais estão entre as 12 sedes da Copa do Mundo no Brasil, serão os beneficiários dos empréstimos do programa ProCopa Arenas

       O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou os três primeiros projetos do programa ProCopa Arenas, instituído para financiar a construção ou reforma de estádios que receberão jogos do Mundial de 2014. Os Estados da Bahia (R$ 323,6 milhões), do Ceará (R$ 351,5 milhões) e do Mato Grosso (R$ 393 milhões), cujas capitais estão entre as 12 sedes da Copa do Mundo no Brasil, serão os beneficiários dos empréstimos.

       No caso da Bahia, o financiamento é de R$ 323,6 milhões, que serão utilizados na demolição e posterior reconstrução do Estádio Octávio Mangabeira, a Arena Fonte Nova, em Salvador. O novo estádio terá capacidade para 50.273 espectadores, o que o habilita a receber jogos de quartas-de-final.

       Em Fortaleza, será financiada com R$ 351,5 milhões (75% do investimento total) a reforma e adequação do estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão. Finalizada a obra, o que está previsto para dezembro de 2012, o Castelão terá capacidade para 66.500 espectadores. Dessa forma, será a única arena do Norte e Nordeste apta a receber jogos de abertura, final ou semifinais da Copa.

       Em Cuiabá, a Arena Multiuso Pantanal será construída com R$ 393 milhões de financiamento do BNDES, o que corresponde a 74% do investimento total. O estádio terá capacidade para 42 mil espectadores, o que o credencia como sede em potencial para jogos de quartas de final.

 

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       As tarifas de energia elétrica ficarão mais baratas. Isso deverá ficar mais perceptível para a população a partir do momento em que o retorno financeiro das usinas hidrelétricas superar o valor investido. A partir de então, a operação dessas usinas necessitará de poucos investimentos e isso refletirá nos preços cobrados do consumidor final. A previsão é do ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

       Segundo ele, diferentemente do que muitos pensam, as tarifas de energia no Brasil não estão entre as mais caras do mundo. “O Brasil tem uma tarifa que está em condição intermediária em relação a outros países do mundo. Até porque países em desenvolvimento têm de implantar maior infraestrutura e, ao mesmo tempo, corrigir distorções econômicas e sociais”, disse Zimmermann após participar do programa Bom Dia, Ministro, que é produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

       Ele acrescentou que isso acaba gerando uma carga tributária maior para que o Estado possa atuar na correção dessas distorções. “Quando você soma todos esses fatores resulta em uma tarifação intermediária [para o padrão global]”, acrescenta. “Mas o modelo energético que adotamos é baseado na busca pela modicidade dos preços. Em um prazo maior, tenderá a favorecer a redução das tarifas”, disse.

       O ministro ressaltou que os investimentos em hidrelétricas permitem custos menores de geração. “Uma usina como Belo Monte tem um custo de R$ 70 o megawatt-hora (MWh). É quase dez vezes mais barata do que uma usina a óleo, que produz energia a um custo entre R$ 600 e R$ 700 por MWh. Portanto, quando priorizamos fontes mais baratas, como as hidrelétricas, estamos exercendo uma política que visa a redução de preços, ainda que a médio prazo”, argumentou.

       “Só que o Brasil é diferente de um país que não tem crescimento ou que cresce muito pouco e que, por isso, não precisa construir mais usinas. As tarifas começarão a cair a partir do momento em que as usinas forem pagas. É um trabalho contínuo, e os efeitos – maiores ou mais sensíveis – vão ocorrer ao longo do tempo”, afirmou. “Tenho usinas cuja concessão estará paga a partir de 2015. [Neste caso,] só a partir dessa data é que os preços começarão a ter queda.”

       Zimmermann destacou que o “Brasil está ancorado na hidreletricidade” e lembrou que uma usina hidrelétrica se paga em 20 anos. “Depois ela vai operar por mais de 200 anos, com poucos investimentos e a um custo baixíssimo. Essa é a realidade que o Brasil tem pela frente: uma perspectiva de custo baixo que é natural para quem trabalha com fontes renováveis.”

 

Edição: Juliana Andrade
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Hoje há mais de 200 nomes diferentes, alguns bastante específicos, como engenheira de petróleo e gás. Processo está em curso e, por enquanto, número de cursos caiu para 53. Mudança causa polêmica entre MEC, especialistas e instituições de ensino

       Revisão dos cursos de graduação feita pelo Ministério da Educação (MEC) reduzirá a variedade dos cursos de Engenharia oferecidos pelas universidades e faculdades do país. Atualmente há mais de 200 nomes diferentes de cursos, alguns bastante especializados, como Engenharia de Automação Empresarial e Engenharia de Petróleo e Gás.

       O processo de revisão está em andamento e, por enquanto, o número de cursos caiu para 53.

       A mudança está provocando polêmica entre o ministério, especialistas e representantes de instituições de ensino superior, que afirmam não terem sido consultados. Eles acusam o ministério de querer engessar o mercado.

       "Concordamos que há um exagero no número de cursos criados e muitos realmente não justificam ter um novo nome, mas a forma como isso aconteceu está errada", diz o presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), João Sérgio Cordeiro.

       Cordeiro diz que os avanços tecnológicos, cada vez mais rápidos, criam novas profissões e exigem a abertura de cursos. "As universidades precisam ter agilidade para acompanhar essa evolução. Além disso, há casos em que a diferenciação é necessária e isso não foi considerado, e outros ainda em que a intervenção fere a legislação. Quem fez esse trabalho não entende do mercado", completa.

       Responsável pela Secretaria de Ensino Superior do MEC (Sesu), Maria Paula Dallari Bucci contesta a afirmação. "Eles estão desatualizados. Houve uma consulta pública e dela tiramos uma lista que foi usada como subsídio para o cadastro do e-MEC", rebate.

       O e-MEC é um sistema eletrônico de cadastramento dos cursos que foi implementado em 2007 e é, atualmente, o único acesso para cadastros dos cursos de graduação no país.

       A lista de engenharias que está hoje no e-MEC conta com 53 tipos diferentes de cursos. Constam no cadastro, considerando todas as instituições do Brasil, 1,3 mil cursos de Engenharia.

       Segundo Maria Paula, a mudança facilitará também a avaliação dos cursos. "Muitas instituições usam um nome novo para fugir do Enade e escapar da avaliação." O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos alunos de cursos de graduação.

       O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alvaro Prata, concorda. "A revisão é necessária. Precisamos padronizar e ter uma referência. Muitas instituições privadas têm usado esse artifício para evitar um comprometimento com o sistema de avaliações", afirma. "Desse jeito, não há como averiguar a qualificação desses cursos."

       Mas, por outro lado, as universidades devem ter asssegurado o direito de inovar, argumenta Prata. "Qual engenharia queremos para o futuro? É essencial que as instituições reconhecidas não percam a capacidade de inovação, pois elas precisam agregar os valores da modernidade."

Organização e concorrência
       Com a revisão dos nomes, o objetivo do governo é unificar a base de dados do e-MEC. A secretária do MEC diz que a unificação manterá a consistência dos cursos e limitará aventuras inconsequentes. "A instituição que não concordar com a exclusão do nome pode enviar uma contestação com uma justificativa para o uso de um novo nome. Se for consistente, aprovamos o novo nome", explica. O cadastro atual do e-MEC lista as denominações já consolidadas. "As atualizações serão constantes a partir de agora."

       Especialistas em ensino superior dividem opiniões sobre a reformulação. Para o consultor educacional Ryon Braga, a ideia do MEC é positiva. "O Brasil está na contramão em relação ao resto do mundo. No exterior, as graduações são generalistas, com tempo mais curto, não chegam a esse nível de profundidade. Temos uma cultura errada de um bacharelado que é muito especializado", opina. "A revisão vai facilitar a vida dos estudantes e vestibulandos."

       Já o consultor Carlos Monteiro pensa que a padronização vai minar a concorrência de mercado. "Se os nomes, currículos e laboratórios forem iguais, qual será o diferencial de um curso para o outro?", questiona. "Vai facilitar a vida do MEC e complicar a das instituições."

       Posição semelhante tem o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). "Criar um catálogo de cursos, como o MEC fez com os cursos tecnológicos, é engessar o mercado", defende José Roberto Covac, do departamento jurídico do Semesp. "Isso fere a autonomia das universidades e restringe a criatividade das instituições."

 

Lilian Primi e Mariana Mandelli, O Estado de S. Paulo
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      Ministro afirmou em Berlin, que ao absorver a tecnologia do trem de alta velocidade, o Brasil poderia realizar três novos projetos, com data ainda não definida, entre São Paulo-Curitiba, Campinas-Belo Horizonte e Campinas-Triângulo Mineiro.
      O ministro dos Transportes, Paulo Passos, disse ontem que a transferência de tecnologia será o principal critério para a avaliação das propostas dos consórcios internacionais para a construção do trem de alta velocidade (TAV) entre o Rio e São Paulo. Em Berlim, para expor o projeto na maior feira de transporte ferroviário do mundo, a Inno Trans, que começa hoje, Passos afirmou que ao absorver a tecnologia do trem de alta velocidade, o Brasil poderia realizar três novos projetos, com data ainda não definida, entre São Paulo-Curitiba, Campinas-Belo Horizonte e Campinas-Triângulo Mineiro.
      Nós não vamos fazer imediatamente, mas vamos logo fazer os estudos de viabilidade disse o ministro.
      De acordo com Passos, esses planos são a longo prazo e não dependem do candidato à Presidência que vai vencer.
      O processo de estudos de viabilidade para o primeiro TAV brasileiro ligando RioSão Paulo-Campinas demorou bem mais tempo do que o previsto. Ele não ficará pronto para a Copa de 2014, mas o leilão está finalmente marcado para o próximo dia 16 de dezembro. Os consórcios internacionais poderão apresentar suas propostas até o fim de novembro.
      Os cálculos são de que o projeto, com investimentos de cerca de R$ 34 bilhões, estará concluído dentro de cerca de cinco anos.
      Pode até ser um pouco antes, mas isso vai depender das propostas apresentadas disse Passos.
      Hoje, ele se reúne com o ministro dos Transportes da Alemanha, Peter Ramsauer.
      Consórcios da Coreia do Sul, do Japão, da França e da Alemanha já anunciaram que vão apresentar propostas.

 

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         Neste mês, celebra-se em diversas cidades o Dia Mundial sem Carro (22/9), data em que se busca mostrar a importância de cidades pensadas para pessoas e não para motores. Infelizmente, no Distrito Federal ainda se mantém a lógica rodoviarista da década de 1950. Ao contrário de outras cidades que despertaram para a mobilidade sustentável, a exemplo de Londres, Copenhague, Nova York e Bogotá, aqui ainda se prioriza o transporte por automóvel. Criação e ampliação de vias, construção de viadutos e túneis fazem do DF um canteiro de obras viárias. Para completar, vagas de estacionamento gratuitas e possibilidade de estacionar o carro em calçadas, canteiros e outros locais proibidos.
         O transporte coletivo é uma lástima, caro e desintegrado. Longa espera, falta de informação sobre linhas e itinerários, ausência de abrigos, terminais e corredores exclusivos são características do transporte por ônibus. No metrô, superlotação, espera relativamente longa e baixa extensão. Aos que optam por caminhar, faltam calçadas. Quando existem, estão em mau estado ou invadidas por carros. Dos 600km de ciclovias prometidos até 2010, foram concluídos 42km. Não existe ligação entre as poucas ciclovias, faltam vagas para bicicletas, campanhas educativas e fiscalização voltadas à segurança de quem pedala.
         Enquanto isso, nas vias expressas, os carros ganham ainda mais espaço. EPGU, Epar, Epia e EPTG foram ampliadas. Apesar dos 2 mil pedestres e ciclistas mortos em 10 anos, apenas no DF, o governo continua com a política de transporte voltada à fluidez motorizada, que inclui o aumento do limite de velocidade nas vias e a conversão de acostamentos em terceira pista para a circulação de carros.
         Em cidades civilizadas, ciclistas e pedestres têm mais liberdade e segurança para circular. Copenhague, uma cidade europeia com inverno rigoroso, ostenta a marca de 40% dos deslocamentos diários feitos de bicicleta. Nas cidades da Holanda, a bicicleta é o veículo principal de jovens, crianças e idosos. Na América Latina, Bogotá se destaca. Investimentos em ciclovias e no transporte coletivo transformaram a cidade. Graças ao sistema rápido de ônibus (Transmilenio), que inclui corredores exclusivos, 70% dos deslocamentos motorizados são feitos de ônibus.
         No Brasil também há bons exemplos de mobilidade urbana. Sorocaba, cidade no interior paulista, passou a investir em rotas seguras para ciclistas e instalou vagas públicas de estacionamento para bicicletas. A tinta vermelha usada nas ciclovias colore boa parte da cidade. A região da Grande Vitória, no Espírito Santo, possui sistema integrado de ônibus com terminais, linhas expressas e executivas. Com o valor de uma tarifa (R$ 2,15), pode-se cruzar de norte a sul a área metropolitana, uma distância de 90km.
         O Dia sem Carro seria um momento de mostrar que uma Brasília mais humana é possível. Restringir o espaço dos automóveis e criar áreas de lazer e convívio são ações adotadas em diversas cidades que celebram a data. Vagas de estacionamento para carros transformam-se em pontos de leitura, com poltronas e livros, e passam a se denominar vagas vivas. Espaços para descanso, alongamento e práticas esportivas são espalhados pela cidade. No Distrito Federal, apesar de a data ter sido instituída em lei de 2005, nunca foi feito algo de relevante por parte do governo.
         Justamente no mês em que se celebra o Dia sem Carro, os usuários de bicicleta do DF receberam um péssimo presente. A Estrada Parque Taguatinga (EPTG), chamada pelo governo de Linha Verde, passa por mega-ampliação aos carros e não terá ciclovia. Apesar da via para bicicletas estar toda projetada, a rodovia será entregue apenas para atender o fluxo de carros. As centenas de usuários de bicicleta que usam a via todo dia continuarão a dividir espaço com os motoristas. E os usuários de ônibus não terão, no início, o prometido corredor exclusivo, que daria maior rapidez ao transporte coletivo.
         Mesmo com fama de moderna, a capital do país resiste aos rumos da sustentabilidade. É difícil reduzir a pressa automotiva e incentivar as formas coletivas e não motorizadas de locomoção num único dia do ano.

 

(Uirá Lourenço, Consultor legislativo da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Legislativa do Distrito Federal e ciclista por opção, publicado no Correio Brasiliense)
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