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A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) encerrará as atividades desse ano com grandes atividades nos dias 9 e 10 de dezembro, em São Paulo. Na quarta-feira, das 9h às 18h, o departamento Jovem Profissional da entidade realiza o seminário “Trabalho, política e cultura: construindo diretrizes e propostas de ações”, cujo objetivo principal será o de elaborar uma política nacional de juventude da confederação. 

E no dia 10, das 9h às 21h, será o 3º Encontro Nacional da CNTU, que reunirá as lideranças sindicais das seis categorias que compõem a entidade, de cinco federações e 97 sindicatos, além de conselheiros consultivos e parceiros, para debater a conjuntura brasileira e superação das dificuldades no seu 3º Encontro Nacional. Será um dia de debates e trocas de ideias sobre o nosso país, afirmando e ampliando o papel da CNTU e dos profissionais universitários que ela representa.

O tema norteador do evento será “Democracia e Desenvolvimento”, visando não apenas o progresso material, mas, também, o humano e social, os quais não são garantidos pelo acesso ao consumo de produtos, demandando educação, cultura e valores éticos. O assunto, conforme os organizadores da atividade, não tem relação obrigatória, trata-se de um entendimento social e uma construção política permanentemente aperfeiçoada para os melhores meios de convivência e distribuição da riqueza. Esse binômio também pode ser entendido como uma necessidade contemporânea de desenvolver a política e democratizar a economia como grandes desafios que temos hoje no Brasil.

A partir disso, o terceiro encontro realiza, pela manhã, a mesa-redonda “O direito à educação continuada dos profissionais universitários e sua importância ao desenvolvimento brasileiro”. A atividade é uma animação da campanha da CNTU denominada Brasil Inteligente – Por um sistema nacional de educação continuada dos profissionais universitários, que busca criar uma legislação e um ambiente cultural no País que incentivem e promovam a educação permanente do segmento. Ou seja, dos 15 milhões de brasileiros que possuem um diploma universitário.

O debate contará com a participação do  economista, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Claudemir Galvani; do  engenheiro, diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), José Roberto Castilho Piqueira; da  farmacêutica, diretora de educação da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Silvana Nair Leite Contezini; da  médica, coordenadora do curso de medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), de 2003 a 2012, pesquisadora e professora em cirurgia plástica, Ivone Duarte; da nutricionista, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo, Sandra Maria Chemin Seabra da Silva;  do odontologista, professor da  Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Associação Brasileira de Educação Odontológica, Celso Zilbovicius; e da  educadora, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Maria Rosa Abreu.

Educação continuada
A educação continuada é um direito contemporâneo, inclusive no âmbito do direito ao trabalho, pois educação e trabalho têm confluência na sociedade do conhecimento.

O aprimoramento continuado de todos os trabalhadores, com atenção especial à porção mais escolarizada da população, é decisivo ao crescimento da produtividade da economia brasileira e ao desenvolvimento científico, tecnológico e inovacional do País.

Já na programação à tarde, a conferência “Caminhos para o País que queremos” está no escopo do projeto Brasil 2022: o país que queremos, que a CNTU tem a honra de propor a toda a sociedade brasileira no contexto da comemoração altiva do Bicentenário da Independência do Brasil. Isso significa constituir, desde já, um processo de mobilização social de orientação democrática para desenvolver a soberania cidadã, por meio do debate criativo, com o uso de várias linguagens, experiências, e singularidades. A conferência será proferida pelo economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ladislau Dowbor.

A 8ª plenária do “Conselho das mil cabeças” dá continuidade ao debate apresentando propostas dos conselheiros consultivos da CNTU.

À noite, como acontece a cada ano, a CNTU realiza a cerimônia de entrega dos troféus e diplomas a sete personalidades profissionais, sendo seis delas indicadas pelas federações filiadas, e o sétimo, em Excelência em Gestão Pública, indicado pela diretoria da CNTU.

O Prêmio Personalidade Profissional da CNTU encontra-se em sua 5ª edição, contando já com uma expressiva galeria de homenageados, ainda mais enriquecida em 2015, com mais sete premiados pelo significado e excelência dos serviços prestados à sociedade. Este ano, serão homenageados o economista Sérgio Mendonça, o engenheiro Carlos Saboia Monte, o farmacêutico  José Miguel do Nascimento Júnior, o médico Geraldo Ferreira Filho, a nutricionista Patricia Constante Jaime, a odontologista Rozângela Fernandes Camapum e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

O seminário do Departamento Jovem Profissional e o 3º Encontro Nacional serão realizados no auditório do SEESP, na Capital paulista (Rua Genebra, 25 – Bela Vista). Informações e inscrições gratuitas podem ser solicitadas pelos telefones (11) 3113-2641 e (61) 3225-2288 ou e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..



Imprensa SEESP
Informação da Redação da CNTU








 

O Fórum Cresce Baixada se reúne, em plenária, nesta quarta-feira (2/12), às 16h, na sede do Sindicato da Administração Portuária de Santos (Sindaport), a Rua Júlio Conceição, 91, Vila Mathias. O encontro vai repercutir o depoimento do presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no dia 26 de novembro último, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Na ocasião, o dirigente empresarial reafirmou a decisão da siderúrgica, cuja matriz é em Ipatinga (MG), de demitir mais de quatro mil trabalhadores da planta industrial paulista de Cubatão, alegando que isso significará a garantia de outros 16 mil postos de trabalho em outras unidades da empresa. Newton Guenaga Filho, presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, lamenta a declaração de Souza, pois ela mostra que a direção da siderúrgica não tem nenhum compromisso com a região.


Usiminas CPIClique aqui e confira o depoimento do presidente da Usiminas
à CPI do BNDES, no dia 26 de novembro de 2015


O sindicalista informa que, após muito esforço, foi agendada a primeira reunião de negociação entre a empresa e sindicatos visando minimizar o impacto das demissões, garantindo benefícios extras aos empregados. O encontro está marcado para está quinta-feira (3/12), às 14h, na usina cubatense. Caso não se alcance um consenso, as partes acordaram, em reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT), em 23 de novembro último, que a intermediação será do próprio MPT.

O Cresce Baixada elaborou um plano de trabalho que visa apresentar propostas de desenvolvimento econômico para a região, como a implantação de nvoos empreendimentos como estaleiros navais, fábricas de implementos ferroviários e no campo social, a utilização do aço para a construção de moradias. Além disso, o movimento reivindica a taxação do aço importado e a redução de taxas e impostos cobrados na sua fabricação.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP










Estão abertas até sexta-feira, dia 4 de dezembro, inscrições do processo seletivo referente para contratação de um docente temporário para o Departamento de Engenharia de Transportes (STT) da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP). A vaga é para o cargo de professor contratado, nível III, por tempo determinado, com salário de R$1.795,81 e jornada de 12 horas semanais de trabalho ministrando as disciplinas: STT0610 ­– Logística e Transportes; STT0626 – Pesquisa Operacional para Sistemas Logísticos e Engenharia de Transportes; e STT0403 – Aeroportos, Portos e Vias Navegáveis.

Os interessados devem inscrever-se pessoalmente ou por procuração, das 8 horas às 11h30 e das 14 às 17 horas, no Serviço de Assistência aos Colegiados da EESC-USP, localizado no 1º andar do Bloco E-1, campus 1 da USP em São Carlos, situado na Av. Trabalhador são-carlense, 400, São Carlos (SP). Não serão aceitas inscrições por via postal, e-mail ou fax. Mais informação pelo telefone (16) 3373-9231 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br.


 

Imprensa SEESP
Com informações da assessoria de comunicação da instituição







Maringoni benefícios 2 editadaO verão está chegando e o associado ao SEESP e seus familiares têm ao seu alcance várias opções de viagens no litoral de São Paulo, no interior do Estado e em outras cidades espalhadas pelo Brasil e exterior.

São vários convênios com hotéis, pousadas, chalés e resorts e agências de turismo. Essas disponibilizam diversos tipos de pacotes e passagens aéreas nacionais e internacionais, cruzeiros, locação de carros, passagens de trens, assessoria de viagens corporativas e em eventos, todos com desconto.

O benefício mais recente firmado nesse setor é o All Inn Sorocaba, com café da manhã incluído na diária, wi-fi e estacionamento, mais informação pelo telefone (15) 3032-1400 e no site www.alliahotels.com.br. Desconto de 10%.

Consulte a relação completa dos benefícios de turismo em http://goo.gl/6F0eMb.

 

 

 

Lourdes Silva
Imprensa SEESP







O processamento de minérios gera resíduos que normalmente são estocados em lagoas de decantação, ou de rejeitos, criadas a partir da construção de barragens denominadas ‘barragens de rejeito’. Segundo o pesquisador Luiz Antonio Pereira de Souza, do Centro de Tecnologias Geoambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), métodos indiretos de investigação – geofísicos – podem contribuir em pelo menos duas fases de um projeto de construção das barragens e das lagoas de rejeito.

Em uma primeira fase, os métodos geofísicos contribuem efetivamente para os estudos de caracterização da natureza geológica do terreno onde o projeto será implantado, fornecendo informações relevantes para a avaliação da viabilidade, como os ensaios de refração sísmica realizados na superfície do terreno. “A partir deles é possível determinar a velocidade de propagação do som nos diferentes materiais geológicos que compõem o terreno investigado, um parâmetro fundamental para o dimensionamento das estruturas a serem implantadas”, explica o pesquisador.

Outros métodos geofísicos podem também ser empregados nesta fase do projeto, como eletrorresistividade e reflexão sísmica, que geram produtos igualmente correlacionáveis com a natureza geológica do terreno, contribuindo com o processo de avaliação da viabilidade do projeto.

Acúmulo de sedimentos
Com a barragem instalada e o lago inundado, os métodos geofísicos denominados ‘sísmicos’ podem ser utilizados para o monitoramento do processo de acúmulo de sedimentos. Se aplicados sistemática e periodicamente, os produtos dos ensaios permitem mensurar a evolução do processo de acúmulo de sedimentos na bacia projetada da lagoa de decantação, assim como avaliar se o processo de enchimento da lagoa evolui conforme previsto no projeto original. “Em determinado momento, o responsável pelo projeto poderá concluir se a lagoa de decantação atingiu o máximo de sua capacidade, determinando a interrupção do processo de lançamento de resíduos e a construção de uma nova bacia de decantação”, afirma ele.

Quando a lagoa de decantação encontra-se coberta por lama e água, o método geofísico empregado é o de perfilagem sísmica contínua, que consiste no uso de equipamentos acústicos instalados em uma embarcação de pequeno porte. A navegação ocorre em várias direções de um lado ao outro da lagoa, possibilitando a determinação da espessura dos estratos sedimentares acumulados ao longo dos anos.

A partir dos ensaios acústicos também é possível avaliar o nível de compactação dos ‘pacotes’ de sedimentos ao longo da coluna sedimentar, pois as ondas acústicas emitidas respondem às mudanças das características físicas das camadas. Ensaios sísmicos, que possibilitam a obtenção de dados desta natureza, são comumente executados com equipamentos que lidam com fontes acústicas de emissão de frequências controladas entre 2 e 20 quiloHertz.

Métodos geofísicos também podem contribuir na investigação do estado de conservação das estruturas. Ensaios de eletrorresistividade, executados no corpo da barragem, podem indicar a presença de setores com alguma fragilidade, o que pode ocasionar pontos de fuga ou vazamentos que, em médio ou longo prazo, irão comprometer a estabilidade. “O IPT possui um corpo técnico de alta capacitação e equipamentos geofísicos de última geração para a realização de ensaios geofísicos tanto no corpo da barragem quanto na área submersa. Isso permite gerar um conjunto de dados que contribui efetivamente para a maior segurança das barragens”, completa Souza.


 

Fonte: IPT








O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acaba de produzir a Nota Técnica nº 151, com 11 páginas, resgatando a história dos sindicatos e da mobilização sindical dos trabalhadores e como tudo isso significou ações e lutas fundamentais para a conquista de vários direitos trabalhistas, hoje garantidos a todos e todas.

Conforme o documento: “Os sindicatos são organizações de representação dos interesses dos trabalhadores, criadas para compensar o poder dos empregadores na relação contratual sempre desigual e reconhecidamente conflituosa entre capital e trabalho. Nascem na primeira metade do século XIX, como reação às precárias condições de trabalho e remuneração a que estão submetidos os trabalhadores no capitalismo.

Ao final do século XIX, os sindicatos obtiveram reconhecimento institucional nos principais países industrializados. Desde então, têm exercido papel fundamental na organização da classe trabalhadora para a luta por uma sociedade justa e democrática, pressionando pela ampliação dos limites dos direitos individuais e coletivos ainda hoje estreitos em muitos países, entre os quais o Brasil.

Um dos marcos do reconhecimento da importância das organizações sindicais ocorreu em 1919, logo após a 1ª Guerra Mundial, com a criação da Liga das Nações, entidade tripartite que deu origem à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nos documentos e convenções da OIT, são reconhecidos o direito de sindicalização, o direito de negociação coletiva e o direito de greve, instrumentos de afirmação dos interesses dos trabalhadores e do poder sindical. Também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, reconhece esse direito fundamental no Artigo 23, que estabelece: “Toda pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses”.

São resultado da ação organizada dos trabalhadores importantes avanços sociais, entre os quais se destaca a redução gradual da jornada de trabalho, de um total de até 16 horas, no século XVIII, para as atuais 8 horas ou menos, na maioria dos países.

As experiências vividas pelos países nórdicos e da Europa Ocidental, onde se atingiu o patamar civilizatório mais desenvolvido no sistema capitalista, resultaram de lutas e negociações entre sindicatos, entidades representativas de empregadores e governos, evidenciando que uma dimensão indispensável da democracia é a existência de um Sistema de Relações de Trabalho democrático, tanto mais avançado e duradouro quando constituído por agentes legítimos e representativos.

No Brasil, os sindicatos são atores sociais que reivindicam e organizam a classe trabalhadora no contexto de uma democracia representativa e também participativa, como previsto na Constituição Federal de 1988.

Nas últimas décadas, o Movimento Sindical brasileiro, além da organização e defesa dos direitos da classe trabalhadora, tem exercido um importante papel na vida política nacional. Destaca-se sua atuação no combate à ditadura e na luta pela redemocratização do país, nas campanhas pela anistia, pelas eleições diretas para presidente da República e pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A atuação dos sindicatos nos Comitês Pró-Participação Popular na Constituinte contribuiu decisivamente para que a Constituição de 1988 reservasse todo o Artigo 7º, com 34 incisos, aos direitos dos trabalhadores, ali reconhecidos como fundamentais.”

* Para ler o trabalho na íntegra clique aqui.




Imprensa SEESP









2015 foi o Ano Internacional dos Solos, conforme declarou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO-ONU). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Solos fará um balanço do que ocorreu ao longo do ano no País em seminário no dia 8 de dezembro próximo, no Rio de Janeiro, com a participação de cientistas e autoridades nacionais e internacionais comprometidas com o tema. O chefe geral da Embrapa Solos, Daniel, Vidal Pérez, destaca que uma grande contribuição deste ano foi ter demonstrado, inclusive para o público urbano, a multifuncionalidade do solo. "O solo não é só a produtividade agrícola - embora ainda seja sua principal função -, ele também influencia as mudanças climáticas, a saúde do ser humano e sua herança cultural", explica o pesquisador.

Um exemplo recente da importância do estudo do solo foi a tragédia na região de Mariana. Pesquisadores da Embrapa Solos estiveram na área afetada coletando amostras de solo visando a recuperação agrícola do terreno.

Um evento que marcou o Ano Internacional dos Solos foi a conferência sobre governança do solo, que aconteceu em março, em Brasília. Desta conferência saíram as diretrizes que orientarão o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (Pronasolos), que reunirá um grupo de especialistas no assunto a fim de criar instrumentos para a governança do solo no Brasil.

No evento do dia 8 serão debatidos temas ligados ao solo, como legislação, manejo, conservação e estado da arte.


 

Edição Rosângela Ribeiro Gil
Com informações da Embrapa









Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos, tendo como principal objetivo a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. 

Por resíduo sólido, entende-se qualquer "material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível". (1)

Valendo-se dos princípios da ecologia industrial, a lei coloca entre seus principais objetivos a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Como atingir esses objetivos? O caminho para a correta implementação da PNRS passa necessariamente pelo desenvolvimento científico e tecnológico, bem como pela implementação de ferramentas tecnológicas já disponíveis para a indústria e o poder público.

Os sistemas industriais são alimentados por energia, matéria-prima e água, que, transformados pelos processos industriais, resultam em produtos e resíduos. O termo "ecologia industrial" engloba diferentes princípios e estratégias para evitar o desperdício de materiais e energia, minimizando a geração de resíduos e encontrando formas de incorporá-los novamente aos ciclos produtivos.

O estudo da ecologia industrial visa propulsionar a circulação desse fluxo de materiais dentro do sistema, aumentando seu aproveitamento e balanceando os fluxos de entrada e saída a fim de não alterar o equilíbrio do ambiente. O princípio de produzir sem desperdício e sem emissões, evitando impactos ambientais, é a base ecológica para o desenvolvimento sustentável. (2) (3)

Identificar e caracterizar as possíveis fontes de impactos ambientais, no caso é o primeiro passo para a aplicação do conceito de sustentabilidade ao processo industrial, desde a obtenção da matéria-prima, a manufatura, até o consumo e o descarte final. Isso significa acompanhar e gerenciar a produção de resíduos e rejeitos (reaproveitáveis ou não) não só na saída do processo produtivo, mas ao longo de todas as suas etapas - um dos princípios básicos da nova legislação.

Os resíduos e rejeitos não reaproveitáveis, particularmente, demandam o desenvolvimento de técnicas e métodos de tratamento visando ao descarte ou disposição final ambientalmente adequada. Além disso, necessitam de pesquisas tecnológicas para viabilizar sua reciclagem ou reaproveitamento, tendo como diretriz a meta de rejeito zero.

Além da pesquisa e desenvolvimento tecnológicos para assegurar a implantação da PNRS, evidencia-se como questão crucial o planejamento das atividades de gerenciamento dos resíduos sólidos, ou seja, sua logística no aspecto econômico e social. Atualmente, ainda não há um mercado capaz de assimilar os custos para a segregação e armazenamento de muitos materiais descartados, hoje considerados resíduos ou rejeitos. O problema exige uma abordagem global que inclua estudos para a viabilização econômica dos procedimentos, a caracterização dos resíduos, ações que promovam a educação ambiental e o envolvimento do terceiro setor, bem como a elaboração de mecanismos simplificados para operações unitárias para armazenamento, organização e transporte. Trata-se de um grande desafio a ser enfrentado pelas indústrias, governos, e sociedade civil, com o apoio tecnológico das instituições de pesquisa.

O IPT já se consolidou como parceiro do setor público e industrial nesta questão. Embora a PNRS seja recente, o Instituto acumula grande experiência em estudos para gestão de resíduos, desenvolvendo desde a década de 90 planos de ações para os resíduos sólidos urbanos municipais. 

Sua atuação multidisciplinar permite a realização de análises complexas dos processos produtivos da indústria primária e de transformação, melhorando sua produtividade e minimizando a geração de resíduos industriais. Além disso, o IPT desenvolve tecnologias de reciclagem e tratamento, visando o reaproveitamento dos resíduos ou o seu correto descarte.

Nas próximas colunas técnicas, discutiremos as ferramentas da Ecologia Industrial que podem ser aplicadas ao setor produtivo para o atendimento dos objetivos da PNRS (não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final), promovendo simultaneamente a adequação à nova legislação e ao princípio da sustentabilidade.

Notas:

(1) Ver capítulos I e II da Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010


Referências Bibliográficas:

(2) ERKMAN, S. Industrial ecology: an historical view. J. Cleaner Prod.; vol 5, n° 1-2, pp. 1-10, 1997.

(3) ALMEIDA, C. M. V. B.; GIANNETTI, B. F. Ecologia Industrial: conceitos, ferramentas e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher; 2006.

 

 

 

Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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