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A Ambev abriu, neste domingo (13/08), as inscrições para o seu Programa de Estágio 2018. As oportunidades estão disponíveis para alunos de todo o País que integrem as turmas que irão se formar em dezembro de 2019, ou seja, penúltimo e último ano de seus respectivos cursos. As vagas, que percorrem praticamente todas as áreas da cervejaria, estão disponíveis a graduandos de todos os cursos universitários e instituições de ensino: o mais importante é o alinhamento do estudante com os valores e a cultura Ambev, de meritocracia, atitude de dono, fomento à autenticidade e à inovação, além de disposição para enfrentar novos desafios.

Após a inscrição, os currículos são avaliados e os candidatos pré-selecionados são encaminhados para testes online, que consistem em prova de inglês e raciocínio lógico, entre outros. Os aprovados são chamados para dinâmica e entrevista. Ao longo deste processo, os futuros estagiários são direcionados à área de atuação que for mais compatível com seu perfil e/ou interesse.

Na Ambev, os estagiários tocam projetos importantes desde o início. Eles têm a missão de desenvolver planos de melhoria em suas áreas, contribuindo para o crescimento da companhia, com autonomia para execução das atividades de rotina, contando com o suporte da equipe e dos gestores da área. "A formação de lideranças na Ambev é feita dentro de casa e começa com o estágio. Por isso, estamos sempre em busca de jovens proativos, que tenham muito interesse em aprender e vivenciar coisas novas”, declara Renata Figueiredo, gerente de seleção de talentos da empresa.

A cervejaria é uma empresa jovem, criativa e preza pela autenticidade de sua gente, por isso está em busca de estudantes com esse mesmo perfil: dinâmico, proativo, empreendedor, que saibam trabalhar em equipe e que gostem de desafios. Para se inscrever, basta entrar no site www.queroserambev.com.br até o dia 22 de setembro.

O programa tem duração de até dois anos e oferece bolsa-auxílio, refeição, transporte e possibilidade de efetivação. A seleção dos candidatos será feita por cada unidade regional da companhia. Os estudantes aprovados começarão a trabalhar na cervejaria em janeiro de 2018.

 

Comunicação SEESP
Informação da assessoria de imprensa da Ambev

 

 

 

 

 

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), instituição de ensino mantida pelo SEESP, realizará a Semana da Engenharia de Custos de 21 a 26 de agosto próximo, na capital paulista. A atividade vai abordar três pontos básicos: a viabilidade econômica e financeira na construção civil; as técnicas de planejamento e de orçamento de obras. Garanta já a sua vaga fazendo a inscrição aqui. Mais informações sobre a semana a seguir:

Mariles Carvalho*

Participei do 27º Workshop Integrativo, realizado por alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o Poli Júnior, nos dias 9 e 10 de agosto último. O evento é considerado o maior em participação de empresas (70) e tem como foco aproximar o estudante do mercado de trabalho. Empresas de grande porte são convidadas para apresentar seus programas de estágio e trainee, promover oficinas, palestras e simulação de processos seletivos com feedback para os jovens. Boa parte dessas está com processos seletivos em andamento para este segundo semestre.  

O mais interessante é o contato que os jovens têm com os representantes das empresas – de estagiários à diretoria –, que tiram dúvidas sobre rotinas de trabalho, etapas do processo seletivo, diferencial para conquistar a tão sonhada vaga etc.. Também conversei com eles para entender o que as empresas buscam de um estagiário ou trainee atualmente, o que me esclareceu muitos pontos. 

Por exemplo, para as grandes empresas, o estagiário tem um papel fundamental na organização. Os programas de estágio estão muito próximos do modelo de trainee, em relação ao processo seletivo, responsabilidade e atitudes esperadas. Eles são mais estruturados e têm como foco um plano de melhoria ou implementação que pode durar de seis meses a dois anos. Em contrapartida, é oferecido ao estudante o que eles mais buscam em uma oportunidade: crescimento rápido, desafios constantes, trabalho relevante e treinamento.

Diante dessas observações, qual é o perfil que as empresas esperam dos candidatos nos processos de estágio e trainee? Relaciono, a seguir, as atitudes e habilidades mais procuradas pelo setor de recursos humanos: ter bom autoconhecimento, apontando qualidades e interesses; apresentar disposição de pôr a “mão na massa”, ou seja, que gostem de se colocar em ação, fazer acontecer; ter postura autêntica no comportamento, aspirações, valores e escolhas; mostrar coragem para questionar e não apenas reproduzir o que já existe; ter capacidade de resolver problemas por meio de análise e interpretação de dados; saber se comunicar para sustentar seus pontos de vista ou para simplesmente responder um e-mail; ter a inovação no horizonte profissional, o que pode significar “pensar fora da caixa” e usar a criatividade para melhorar o que já existe.

Claro que o conhecimento técnico também é muito e bem avaliado, com perguntas voltadas às experiências acadêmicas e atividades extracurriculares. Se você está em busca de oportunidades em programas de estágio e ainda não sabe como se apresentar ao mercado, busque os serviços da área de Oportunidades do SEESP.



Mariles Carvalho é psicóloga e coordenadora do setor de Oportunidades e Desenvolvimento do SEESP. Contatos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e telefones (11) 3113-2666/2669/2674

 

 

 

 

 

Morreu em São Paulo, no dia 11 de agosto último, aos 93 anos, o engenheiro geotécnico Sigmundo Golombek. Professor universitário e empresário, Golombek projetou as fundações de grandes obras urbanas, como a Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, e de obras de arte rodoviárias (pontes e viadutos) nas rodovias dos Bandeirantes e Imigrantes, entre centenas de outros projetos espalhados por todo o país.

Nascido em São Paulo em 1923, Golombek mostrou desde cedo excelente performance acadêmica. Formou-se engenheiro na Escola Politécnica da USP e um pouco mais tarde foi professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, atividade que exerceu por 19 anos.

A mais destacada obra de Golombek talvez tenha sido o seu pioneirismo ao abrir a primeira empresa de consultoria independente na área de fundações e contenções, a Consultrix. Até então, as empresas executoras de fundações faziam elas próprias o projeto de fundações – o que nem sempre redundava na melhor solução técnica.

Golombek abriu, portanto, um novo mercado. As empresas construtoras compreenderam, gradualmente, que era melhor, do ponto de vista técnico, contratar uma consultoria independente para fazer o projeto de fundações de um edifício ou de uma grande obra do que deixar essa atividade para a própria empresa de fundações.

“Meu pai viveu para o trabalho”, lembra Milton Golombek, que está à frente da Consultrix desde o ano 2000. “Ele comparecia diariamente à empresa até 2001, deixando de fazê-lo apenas em função de problemas de saúde”.

“Trata-se uma grande perda para a engenharia geotécnica brasileira”, afirma o engenheiro Ilan D. Gotlieb, presidente da ABEG, Associação que reúne das empresas de projetos de fundações, da qual a Consultrix faz parte. “Golombek deixou um exemplo de trabalho, ética e competência técnica insuperáveis”.

 

Comunicação SEESP
Informação de assessoria de comunicação

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Na capital do Pará realizou-se a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) em sua 74ª versão. Foi organizada pelo sistema de fiscalização profissional dos engenheiros, agrônomos, geógrafos, geólogos, técnicos e tecnólogos, profissões do campo da engenharia, e reuniu mais de 3.500 profissionais de todo o País.

Nela são apresentados estudos e informações dos vários campos de atuação profissional, e durante o evento as entidades representadas e os profissionais estabelecem entre si relações de aproximação e reconhecimento mútuo buscando seu fortalecimento. Este ano o espectro que assombrou a semana foi o das futuras eleições diretas para presidentes do Confea (nacional), dos Creas (estaduais) e da Mútua, além de conselheiros federais do sistema.

Constato, entristecido, assim como muitos dos participantes, que com sua grandiosidade a semana não tenha sido marcada pela preocupação central dos profissionais em resistir ao desmanche da engenharia nacional, das empresas e das escolas e às agressões às entidades de representação, sindicatos e associações.

A Soea não se colocou à altura dos desafios e das responsabilidades da engenharia unida nesta quadra terrível da vida nacional.

Para se aquilatar o autoisolamento imposto ao sistema profissional pelo formato do evento, basta dizer que o único político (com meu conhecimento) que se fez presente foi o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, a convite da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do Crea-AL.

A Soea foi, a meu juízo, um grande elefante sem osso; flácida, perdulária e inconsequente.

Minha alegria em Belém foi poder falar para os jovens engenheiros e estudantes de engenharia mobilizados pelos núcleos jovens de 12 estados dos sindicatos filiados à FNE. Como é praxe, na semana, muitas entidades aproveitam-se da presença de seus filiados para realizar suas reuniões costumeiras.

Esse foi o caso dos jovens da FNE. O balanço que realizaram constatou um crescimento exponencial da iniciativa, com adesões apaixonadas e a real inserção dos jovens nas atividades dos sindicatos. A coordenadora nacional da FNE, Marcellie, demonstrou a todos que a chama sagrada da luta sindical e a responsabilidade militante dos jovens está acesa e enobrece a representação unitária dos engenheiros, garantindo-lhe futuro.

 


* Consultor sindical

 

 

 

 

 

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (11/8), os trabalhadores da Ford iniciaram um processo de mobilização contra as demissões de 364 metalúrgicos, que estavam em lay-off (suspensão temporária de contratos de trabalho). Os desligamentos foram anunciados pela fábrica ontem (10). Hoje ficará parado o setor de estamparia, área considerada estratégica por dificultar o restante da produção.

Segundo o coordenador do comitê sindical na empresa, José Quixabeira de Anchieta, a montadora agiu de forma irresponsável ao romper as negociações com o sindicato e anunciar as demissões, sendo que o acordo coletivo em vigor – negociado no final de 2015 – garante estabilidade no emprego até janeiro de 2018. A fábrica alega que já utilizou as ferramentas de flexibilização possíveis e se recusa a abrir um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV).

“Estávamos debatendo o futuro da fábrica e, de repente, vieram os telegramas. Os trabalhadores jamais aceitarão demissões sumárias. É preciso que respeitem a história de luta dos metalúrgicos do ABC e da representação dos trabalhadores nessa empresa. Estamos abertos a dialogar com a empresa, mas enquanto não houver uma solução, a luta vai continuar. Vamos fazer com que nos respeitem”, afirmou o coordenador.

O vice-presidente do sindicato, Paulo Cayres, também trabalhador da Ford, ressaltou que somente a luta e a solidariedade de todos os metalúrgicos garantirá os postos de trabalho: “Nossa assembleia de hoje está buscando uma alternativa com respeito e dignidade. Não dá para aceitar que companheiros com mais de 15, 20 anos de casa sejam tratados dessa forma,” 

A entidade orientou os trabalhadores que receberam os informes de demissão a não assinarem a recisão nesta sexta, conforme a intenção da empresa. Como a Ford anunciou que vai manter a fábrica parada nas próximas segunda e terça-feira (14 e 15), o comitê sindical convocou todos os metalúrgicos para uma nova assembleia na próxima quarta-feira (16).

 

Comunicação SEESP

Notícia editada do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista 

Confira o curso de curta duração do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP. Conhecimento e aperfeiçoamento profissional em primeiro lugar.

O aquecimento global e as mudanças no clima podem afetar a ocorrência de polinizadores naturais. Em artigo publicado na revista PLOS One, pesquisadores avaliaram 95 polinizadores de 13 culturas agrícolas dependentes de polinização. Concluíram que quase 90% dos 4.975 municípios analisados enfrentarão perda de espécies polinizadoras nos próximos 30 anos, de acordo com informações da assessoria de comunicação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Em todo o País, a probabilidade de ocorrência de polinizadores é de queda de 13% até 2050, segundo o estudo.

Assinado por um time multidisciplinar encabeçado pela bióloga e pós-doc da Poli-USP, Tereza Cristina Giannini, o artigo Projected climate change threatens pollinators and crop production in Brazil aponta que a região Sudeste será a mais impactada, ao passo que na região Norte há possibilidade de um leve aumento da ocorrência de determinados polinizadores. Entretanto, como afirmou Giannini, atualmente pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, as perdas serão maiores que os ganhos.

As culturas agrícolas estudadas foram acerola, urucum e maracujá (classificadas como aquelas em que a polinização é essencial); abacate, goiaba, girassol e tomate (muito dependentes da polinização); coco, café e algodão (modestamente dependentes); feijão, tangerina e caqui (pouco dependentes). A dependência se deve à morfologia: há flores que não precisam de polinizador animal (o vento, por exemplo, já resolve). Outras precisam que o polinizador carregue o grão de pólen.

“Para as culturas agrícolas e os polinizadores que estudamos, esse foi o resultado. Isso não significa que seja válido para todas as espécies”, afirmou Giannini, ponderando que no oeste da região Norte, ainda bem protegido por mata nativa, o impacto das mudanças de clima pode ser menor do que em áreas do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

“É importante ressaltar as seguintes descobertas: primeiro, as perdas maiores afetam municípios com baixo PIB, o que pode impactar ainda mais os níveis de pobreza dessas regiões; e segundo, ao mesmo tempo [e em menor grau], elas afetam também um grupo de municípios muito rico, com valores de PIB muito altos que podem ser potencialmente reduzidos pelas perdas de polinizadores”, afirmou a pesquisadora.

O grupo usou a Modelagem de Distribuição de Espécies (MDE), técnica que determina áreas potenciais de ocorrência de espécies e projeta sua distribuição futura. Para estimar a ocorrência e localização de cada espécie polinizadora, foram utilizados os bancos de dados do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria) e do Global Biodiversity Information Facility (GBIF).

“A modelagem de distribuição de espécies já tem sido usada há alguns anos. O ineditismo desse trabalho foi a abordagem de cruzar a estimativa dos polinizadores do País, com foco nos municípios, com o impacto que isso tem na produção agrícola, município por município”, resume o professor Antonio Mauro Saraiva, do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação da Poli-USP. Supervisor de Giannini no pós-doutorado, ele afirma que o enfoque ultrapassa o de um mero exercício científico. “Não se trata de entender apenas como as mudanças climáticas afetarão os polinizadores, mas como poderão impactar diretamente as culturas polinizadas e a produção agrícola, e os efeitos econômicos disso – algo que tem uma importância social grande. Esses resultados podem ser apresentados para tomadores de decisão e produtores, e a metodologia tem potencial para tornar-se uma ferramenta de políticas públicas.”

“De modo geral, achamos que a adaptação provavelmente vai acontecer com espécies que toleram amplas faixas de temperatura e precipitação. Mas isso é muito difícil de medir. Podemos mensurar a tolerância de um polinizador à mudança de calor, por exemplo. Mas como medir essa mesma tolerância se a mudança demorar dez anos para acontecer?”

Entre as espécies estudadas pelo grupo, Giannini aponta como relevantes as abelhas sem ferrão do gênero Melipona e a Tetragonisca angustula (chamada de jataí), bem como Bombus e Xylocopa (as mamangavas) e Centris (abelhas de óleo).

O artigo é assinado ainda por William França Costa, também pós-doc na Poli, Guaraci Duran Cordeiro, Vera Lucia Imperatriz-Fonseca, Jacobus Biesmeijer, da Holanda, e Lucas Alejandro Garibaldi, da Argentina, além do professor Antonio Mauro Saraiva.

 

Notícia editada da Agência Fapesp

 

 

 

 

 

 

 

 

Rafael Turella, formado há quatro anos em engenharia ambiental pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Sorocaba, é cofundador da CUBi Energia, startup brasileira que atua no segmento de monitoramente energético. Recentemente, o empreendimento alavancou R$ 400 mil por meio do edital de inovação para a indústria do Sesi/Senai/Sebrae para compor um projeto que totaliza cerca de R$ 1 milhão de reais. Tal feito foi realizado em parceria com uma grande empresa do setor automobilístico e um instituto de tecnologia americano.

Turella explica que a startup surgiu depois que desenvolveu, por alguns anos, o seu mestrado nos Estados Unidos graças ao programa “Ciência sem Fronteiras”. “Retornei ao País e iniciei uma empresa própria [a CUBI Energia]. Estamos ganhando tração e expressividade ao participar de uma aceleração do Sebrae e alavancar recursos de desenvolvimento tecnológico de grandes programas como esse”, destaca. Segundo ele, "existem muitas maneiras pelas quais os gestores ou tomadores de decisão podem melhorar seus processos e reduzir custos, algumas melhores e outras piores. O nosso trabalho é ajudar a identificar as melhores oportunidades de eficiência energética".

Radiografia
Criada em 2016, a startup oferece serviços de monitoramento de energia elétrica de baixo custo que auxiliam indústrias a capturar oportunidades de economia de energia. Durante 2017 foi eleita uma das 20 mais atrativas do setor energético pela Rockstart Energy Accelerator e participou do programa de aceleração, Startup SP promovido pelo Sebrae.

Apesar de jovens, os fundadores já acumulam bons resultados no setor energético. Em 2015 concluíram um trabalho de auditoria energética que economizou um milhão de dólares para a universidade americana com a qual tinham vínculo. Foram os resultados positivos deste trabalho que levaram os quatro sócios a retornar ao Brasil para empreender.

O investimento de subvenção feito pelo Sesi/Senai/Sebrae será utilizado nos próximos doze meses no desenvolvimento e aprimoramento do hardware e software proprietários que compõem o produto da startup. Esse recurso faz parte de um orçamento de 54 milhões de reais disponibilizados para apoiar projetos com o objetivo de impulsionar a competitividade da indústria brasileira.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações da Agência Unesp de Notícias

 

 

 

 

 

Clemente Ganz Lúcio*

O ritmo de fechamento de postos de trabalho diminuiu no primeiro semestre de 2017, com a economia no fundo do poço, após uma queda de mais de 9% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação ficou em 13,7% no primeiro trimestre deste ano (em 2014, chegou a 6,5%) e em 13% no segundo, primeira queda estatisticamente significativa desde 2014. O mercado de trabalho brasileiro tem quase 104 milhões de pessoas, 90,2 milhões de ocupados ou empregados e outros 13,5 milhões de desempregados.

No desemprego medido pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (Dieese/Seade/parceiros regionais), realizada nas regiões metropolitanas, as taxas continuam altas, mas há alguma diferença no comportamento do desemprego. A região metropolitana de Salvador apresentou, em junho, desemprego em alta, com taxa de 24,9%; a de Porto Alegre tem taxa de desemprego muito menor e estável, na casa de 11%; na região de São Paulo, o maior mercado de trabalho metropolitano, o desemprego é de 18,6% e, no Distrito Federal, de 19,9%, as duas áreas com redução das taxas.

Além da queda do ritmo de fechamento de postos de trabalho, os indicadores refletem a criação de vagas temporárias na agricultura e o aumento do número de trabalhadores autônomos, por conta própria e assalariados sem Carteira assinada.

O travamento da economia torna a situação de desemprego duradoura. O tempo médio de procura por trabalho (segundo a PED) é de 60 semanas na região metropolitana de Salvador, 43 semanas na de São Paulo e 37 semanas na de Porto Alegre.

Em resumo, o desemprego estaciona, mas em elevados patamares, deixando como resultado o desalento diante de extenso e tortuoso tempo de procura para encontrar vagas precárias no setor informal (autônomos e assalariados sem Carteira).

E o futuro ainda pretende entregar três pacotes com presentes bomba para os trabalhadores.

O primeiro será aberto em novembro, quando a reforma trabalhista entrar em vigor para, em um mercado de trabalho debilitado por uma economia em recessão, brindar os trabalhadores com múltiplas formas precárias e, agora, legais de contratação, de arrochar salários, reduzir direitos e benefícios.

O segundo presente reserva para 2017 e 2018 uma economia andando de lado, escorregando no limo da recessão. Os trabalhadores serão ainda mais pressionados pelo desemprego e, desesperados, submetidos “à livre escolha” de aceitar os novos postos de trabalho precários, abrindo “livremente” mão dos direitos.

O terceiro presente virá no centro da profunda desnacionalização da economia (a venda dos ativos de um País que está barato). O capital internacional imputará uma modernização tecnológica na base dos ativos adquiridos, aumentando a produtividade das empresas, com tecnologias que desempregam e ajustes estruturais do custo do trabalho permitidos pela reforma trabalhista – a produtividade espúria ganhará legalidade.

Ao Brasil está sendo imposto um caminho para experimentar um processo de vertiginosa mudança do padrão produtivo, uma imensa concentração de riqueza e acentuada extensão da pobreza, resultado de uma soberania reduzida à servidão ao capital financeiro.

Será preciso lutar, sustentar a democracia na raça, para que os brasileiros e brasileiras deem, pelo voto, outro destino ao País. Será preciso jogar esses presentes no lixo da história e retomar, com altivez, a tarefa que cabe a uma nação: conduzir o desenvolvimento do País para promover desenvolvimento econômico e social que gere bem-estar com qualidade de vida e sustentabilidade ambiental para todos.

 


*Sociólogo e diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

 

 

 

 

 

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