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Por iniciativa da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru, contando, ainda, com o apoio da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusConSP), será realizado o “Workshop Internacional da Engenharia para atualização em Segurança do Trabalho”, no dia 29 de agosto próximo, das 8h às 18h, na sede da Assenag (Rua Dr. Fuas de Mattos Sabino, 1-15). 

A atividade tem por objetivo propiciar atualização profissional na correta aplicação das Normas Regulamentadoras, com apresentação e discussão por especialistas nacionais e da Organização Internacional do Trabalho (OIT)-Turim. As inscrições já estão abertas, são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelos telefones (14) 3224-1970  e 3224-1096. 

Confira, a seguir, a programação completa: 

8h
Recepção

8h45
Abertura oficial

9h15
Apresentação Ministério do Trabalho – Ações Regionais de Bauru

9h30
Tendências internacionais da gestão da Segurança e Saúde no Trabalho na indústria da construção
Palestrante: Luis Alves Dias - Licenciado e doutor em Engenharia Civil, professor da Universidade de Lisboa, ex-vice-presidente da Associação Internacional de Seguridade Social – Seção da Construção e colaborador da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

10h15
Sistema alternativo de equipamento de proteção coletiva (EPC) com a utilização de redes de segurança normatizadas
Palestrante: Andre Azevedo – da Disemaq – Redes de Segurança

10h45
Intervalo para café 

11h15
NR-35 – Trabalho em Altura - Anexo II – Dispositivos de Ancoragem
Palestrante: Gianfranco Pampalon - Auditor-fiscal do Trabalho na Superintendência Regional do Trabalho – SP 

12h
ABNT NBR 16.489 – Informações e orientações para seleção e uso de um Sistema de Proteção Individual contra Queda (Spiq)
Palestrante: Marcos Amazonas - Coordenador da Comissão de Estudos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na elaboração da NBR 16.489 e supervisor de produto da Honeywell

12h30
Intervalo para almoço

13h45
Atualização das NRs na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP)
Palestrante: Luiz Carlos Lumbrera Rocha - Auditor-fiscal do Trabalho na Superintendência Regional do Trabalho – RJ 

14h30
Diálogo social e fiscalização no Estado de São Paulo - Avaliação do risco no setor elétrico
Palestrantes: Aguinaldo Bizzo de Almeida - Engenheiro de Segurança do Trabalho, membro do GTT- NR-10, diretor do SEESP e da DPS; e Gianfranco Pampalon -Auditor-fiscal do Trabalho na SRT – SP 

15h
Novas tecnologias para equipamentos para trabalhos com eletricidade
Apresentação: Leal Equipamentos 

15h30
Intervalo para café 

16h
Anexo XII da NR-12 – Equipamentos de guindar para elevação de pessoas
Palestrante: Hélio Domingos R. Carvalho - Engenheiro mecânico, coordenador da Área de Ferramentas e Equipamentos de Trabalho da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Comissão de Estudos de Cestas Aéreas da ABNT – CE 519.06 e do GT de Emissão Acústica para Cestas Aéreas e Guindastes, membro do Grupo Técnico do Anexo XII da NR-12 e do Grupo Tripartite da NR-35

16h30
Cestas aéreas Imap e ensaios pró-acústica conforme Anexo XII da NR-12 – Equipamentos de guindar para elevação de pessoas
Palestrante: Gilvan Nogueira Fonte Bôa - Múltipla Representações e Consultoria

17h
Análise de riscos para máquinas e equipamentos conforme NR-12
Palestrante: Francisco Drumond -Engenheiro de Segurança do Trabalho da Sellix Ambiental

17h30
Encerramento

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Em diversas campanhas salariais, segmentos do patronato já tentam antecipar eventuais itens da reforma trabalhista em tramitação no Congresso Nacional. O movimento sindical está atento, até porque o segundo semestre terá negociações de categorias numerosas como bancários, metalúrgicos, comerciários, têxteis e outras.
 

Agência Sindical ouviu dirigentes de diversas entidades. Miguel Torres, que preside o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e também a confederação da categoria (CNTM/Força Sindical), critica: “Tentam impor a reforma na lei ou na marra. Vamos resistir.” O sindicalista promove reuniões da CNTM e do sindicato, para debater meios de enfrentar a ofensiva patronal. A orientação é mobilizar e resistir por fábrica.

Padeiros
Após espera de três meses, o sindicato patronal respondeu a pauta de reivindicações da categoria. Na contraproposta eles queriam a retirada de itens da Convenção Coletiva como distribuição de cesta básica, convênio médico, participação nos lucros (PLR) e gratificação pelo Dia do Padeiro.

A categoria realizou assembleia no dia 7 último e rejeitou qualquer retrocesso. "Querem nos impor a reforma trabalhista, antes mesmo de ser apreciada no Senado. Isso é inaceitável. São conquistas que levaram anos de luta. Não abriremos mão delas", destaca Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

A vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, Jacira Campelo Araújo Santos, afirma que a situação se repete no setor público. “Antes mesmo da reforma ser efetivada, há governos, como o da Prefeitura de Ribeirão Preto, querendo cortar itens como convênio médico”, diz.

Ela explica que o acordo coletivo em vigor foi conquistado na data-base (1º de março) após greve de 21 dias. “Ainda existem cláusulas não cumpridas e já querem retirar outras conquistadas”, afirma a dirigente.

Votação
O Senado deve concluir nesta terça (11) a votação da reforma trabalhista. Centrais e sindicatos prepararam manifestações, para manter a pressão no dia. Ontem houve ato no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, para pressionar parlamentares a votarem contra o projeto.

 

Notícia editada da Agência Sindical
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Mariles Carvalho* 

A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o desemprego é menor para o estudante de ensino superior (6,4%), muito abaixo dos 11,7% que representa àqueles com ensino médio completo. O primeiro grupo é visto pelo selecionador como mais qualificado. 

Mesmo o Brasil ocupando a pior posição em relação à criação de emprego em 2016, o mercado de trabalho para os estudantes ainda é melhor do que para os profissionais formados. 

Desde 2015 divulgamos mais vagas para estudantes de engenharia do que para profissionais em nosso portal. Em janeiro de 2017, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) registrou um aumento de 20% no número de vagas de estágio, normalmente no começo do ano muitos processos começam e terminam em média em meados de março. Mesmo com essa alta, o jovem ainda encontra um mercado competitivo e exigente, em que as empresas têm priorizado os mais bem preparados. 

De acordo com o Ciee, de janeiro de 2017 a 30 de junho último, foram preenchidas 2.152 vagas de estágio nas diversas áreas de engenharia, assim distribuídas: São Paulo (Capital), 850 vagas; Alphaville/ABC/Guarulhos, 197; e interior paulista, 1.107. 

O cenário atual do País, que enfrenta uma das suas piores crises institucional e econômica, exige das empresas uma seleção ainda mais criteriosa na seleção devido ao grande número de candidatos por vaga. Atualmente os requisitos mais solicitados são as competências comportamentais, disponibilidade de horário e para viagem, idioma e conhecimento acadêmico. 

Por outro lado, para os estudantes, a principal barreira é ter retorno das empresas em relação aos currículos que enviam. Isso porque boa parte não sabe nem se o selecionador chegou a analisar o currículo ou se esse está adequado. Em relação às entrevistas, a reclamação é a mesma. 

Na área de Oportunidades do SEESP, nosso foco no atendimento ao estudante de engenharia é ajudá-lo a se posicionar melhor no mercado de trabalho. Noventa por cento dos jovens atendidos se fecham em suas rotinas diárias e não buscam informações sobre sua área de atuação e o mercado de trabalho; nem mesmo mantêm relação com outros profissionais e estudantes de engenharia. 

Por isso, o nosso setor oferece um atendimento personalizado, abordando tudo o que se refere à profissão: entendimento sobre o mercado de trabalho, análise de pontos fortes, dificuldades, currículo, objetivos e estratégias para chamar a atenção do selecionador. Fazemos ainda simulação de entrevista e coaching de carreira, que ajudam nesse caminho inicial.   



Mariles Carvalho é psicóloga e coordenadora do setor de Oportunidades e Desenvolvimento do SEESP. Contatos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e telefones (11) 3113-2666/2669/2674.

 

 

 

 

 

Em entrevista concedida à Revista Digital de Engenharia, da Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (Apeaesp), Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, fala sobre como a crise econômica chega primeiro aos profissionais da área. “(...) desde a reeleição de Dilma Rousseff, o País rendeu-se à lógica neoliberal, que preconiza o abandono de investimentos públicos, em detrimento daqueles selecionados pelo 'mercado'. Passa-se, assim, a gerir as contas públicas com as regras da economia doméstica: gastar menos do que arrecada e destinar o saldo porventura existente ao pagamento de juros. É uma política de interesse exclusivo do capital financeiro, o que leva ao estrangulamento da economia e, em consequência, da engenharia.”

Ao mesmo tempo, como salienta Celestino, o Brasil, por ser um país em construção, não pode abrir mão da engenharia, do conhecimento e do desenvolvimento com valor agregado. Ele observa que são muitas as demandas que serão atendidas apenas em décadas, em diversas áreas, como habitação, saneamento, mobilidade urbana, transportes (rodoviário, ferroviário, fluvial, terminais portuários e aeroportos). Por outro lado, continua o dirigente, “as áreas de óleo e gás – o pré-sal, a maior descoberta de hidrocarbonetos no planeta nos últimos 30 anos –, aeronáutica e nuclear terão também papel de destaque crescente na nossa economia”.

Diante disso, ele classifica o desmonte da engenharia brasileira como uma atitude criminosa, “pois nos coloca à mercê de concorrentes estrangeiros”. E critica: “Nas últimas décadas, exportamos serviços de engenharia para mais de 40 países, agora regrediremos à condição colonial.”

Nesse sentido, Celestino defende a separação do combate, necessário, aos desmandos e à corrupção, mas sem que isso implique “destruição da capacidade técnica e gerencial acumulada nas últimas seis décadas”. Para ilustrar a posição, o presidente do Clube de Engenharia cita o caso recente da montadora alemã Volkswagen, que foi alvo de vultoso processo por fraudar consumidores quanto a índices de poluição atmosférica dos veículos por ela produzidos. “Seus diretores foram afastados, processados, a empresa foi condenada a pagar multas bilionárias, mas não deixou de produzir veículos, nem dispensou pessoal. Aqui, jogam fora a água, a bacia e a criança”, lamenta.

Petrobras
Celestino também falou sobre a Petrobras, sendo taxativo: “A crise da Petrobras é falsa.” E ensina: “[a empresa] endividou-se porque achou petróleo, e tem plenas condições de rolar sua dívida. O que está por trás da campanha de desgaste da Petrobras é afastá-la do pré-sal, para que as petroleiras estrangeiras o explorem.” Para ele, se tal desmonte não for revertido, a companhia brasileira, em quatro ou cinco anos, será uma mera “produtora de petróleo bruto de porte médio, e o nosso mercado será abastecido por petroleiras estrangeiras, com produtos importados. A engenharia, a cadeia de mais de 5 mil fornecedores, nacionais e estrangeiros, vão para o ralo”.

>> Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Sobre a 'deforma' trabalhista a ser votada nesta terça-feira (11) no Senado e sobre seus efeitos nefastos para os trabalhadores, recomendo duas táticas que se complementam.

A primeira delas é a manifestação forte das direções sindicais durante as discussões finais e as votações.

Devemos apoiar e valorizar os senadores e senadoras que se opõem a ela ou querem introduzir modificações no texto que veio da Câmara. Devemos argumentar convincentemente com os que têm dúvidas ou não percebem ainda a tragédia social que se avizinha com sua aprovação. E devemos denunciar todos os outros que apoiam a 'deforma' e obedecem passivamente aos deputados, mostrando a eles (principalmente àqueles que disputarão os votos em 2018 para manter suas cadeiras) o descrédito e o desgosto que os atingirão entre os trabalhadores.

Essa presença forte servirá também para desmentir que foi feito, pela direção sindical, um acordo em que se troca dinheiro por direito, afrouxando a resistência para garantir as verbas sindicais.

Se tal acordo existe, ele se dá entre as lideranças políticas e nada garante seu cumprimento, já que os vetos e medidas provisórias prometidas terão que passar, de todo modo, pela Câmara.

A presença forte das direções sindicais também se faz necessária nesta reta final devido ao caráter simbólico adquirido pela votação da 'deforma' trabalhista no desenrolar da crise institucional de governabilidade. Com Temer ou com Maia, o mercado tem exigido a aprovação integral da 'deforma', sem modificações, porque assim ficaria garantido o rumo do eventual governo, contornando a crise e a Lava-Jato. Aos senadores e senadoras caberia o papel de obedecer “como cadáver”, mas não ao movimento, que está vivo.

A outra tática que recomendo diz respeito à nossa postura de resistência nas fábricas e nos demais ambientes de trabalho e, em geral, nas relações entre os sindicatos e o patronato.

Em cada empresa, devemos erguer, junto com os trabalhadores, um muro de contenção aos procedimentos da nova lei, que já anda excitando os RHs e os gerentes para sua aplicação imediata nas negociações trabalhistas.

No mundo do trabalho, a orientação deve ser a de que a 'deforma' trabalhista não passará; cada um de seus itens deve ser alvo de contestação e desobediência, amparadas pelo direito e pela Justiça.

Essas duas táticas, na cúpula e na base, se completam como os braços e as pernas da ação sindical e se equilibram, garantindo para o movimento sua relevância perante os trabalhadores e a sociedade. 

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

O Grupo de Trabalho de Infraestrutura de Redes, do Conselho Assessor de Comunicação e Telecomunicações do Conselho Tecnológico do SEESP, realiza, na quinta-feira (13/07), às 14h30, a palestra “Infravias – Ruas completas sustentáveis”, que será ministrada pelo engenheiro civil e diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina (Senge-SC), Aloísio Pereira da Silva. A atividade será na sede do SEESP, na capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista).

Em artigo publicado, Silva explica que o “Infravias” é fruto de uma pesquisa que iniciou em 2008 referente à implantação de redes de infraestrutura nas cidades, sendo também sua tese de doutorado concluída na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na Texas A&M Institute.

Segundo ele, o conceito de "Rua Completa Sustentável" é pautado na condição de que o automóvel não deve ser o único meio de locomoção priorizado nas cidades, focando também na construção de calçadas e ciclovias eficientes e seguras. “Essas qualidades vêm em conjunto com uma largura adequada, uso apropriado de materiais e disposição adequada de seus equipamentos, de forma a tornar as ruas seguras e o passeio prazeroso”, defende.

Para conhecer e saber mais sobre o projeto participe da palestra desta quinta-feira, que é aberta ao público.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

O Grupo de Pesquisa "Linguagem, discurso e organização do conhecimento", liderado pelo professor-doutor João Batista Ernesto de Moraes, do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Marília, promoverá no dia 25 de julho reunião aberta acerca do debate "Sobre a natureza humana", de Noam Chomsky e Michel Foucault. Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e (14) 3414-9612.

O evento ocorrerá a partir das 14h30, na sala 41 do Prédio de Atividades Didáticas, é gratuito e aberto à comunidade acadêmica, sem necessidade de inscrição prévia. Serão emitidos certificados aos participantes.

Tal debate é um raro momento entre os pensadores. O filósofo Michel Foucault conversa com Noam Chomsky, linguista do Massachusetts Institute of Technology (MIT), mas que à época já tinha seu ativismo político relacionado com a desobediência civil. Foi promovido por um canal de televisão holandês, em 1971, e teve como tema central a seguinte questão: há algo que se possa dizer ser inato à natureza humana?

O vídeo desse debate, subsídio às discussões do dia 25 de julho na Unesp de Marília, está disponível no YouTube, com legendas em português. Assista a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=2ZlzoWBVqkE

 

Notícia editada da Unesp Agência de Notícias
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Antônio Augusto de Queiroz*

A perda acelerada de legitimidade e das reais condições de governabilidade de Temer sinalizam para uma enorme dificuldade de o presidente concluir seu mandato, seja em razão da crise ético-moral que atinge seu governo, seja pelas dificuldades fiscais e pela incapacidade de aprovar as reformas que prometeu quando de sua efetivação, e cuja promessa de “delivery” (entrega) contava com uma aceitação quase bovina, pelo Congresso e pela sociedade, de seus conteúdos.

São basicamente três os cenários imaginados: 1) renúncia, por exaustão do governo; 2) cassação, por decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], após autorização da Câmara dos Deputados; e 3) "Sarneyzação" do governo, ou a imagem do “pato manco”, com a equipe econômica e o Congresso fazendo o “feijão com arroz”, sem qualquer reforma relevante. O primeiro é realista, o segundo pessimista e o terceiro otimista.

O primeiro – de renúncia – poderá vir por exaustão do governo. O agravamento das crises política e ético-moral, com a possível delação de alguns dos aliados do presidente presos – como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Alves – e o preço das concessões à base aliada para a manutenção do mandato, o custo psicológico e o tempo dedicado à gestão da crise poderão levar o presidente a rever sua decisão de não renunciar.

Para tanto, dois tipos de estímulos poderão ser determinantes, positivo ou negativo. O positivo seria um acordo que afastasse o risco de prisão imediata após a renúncia, seja por indulto ou por aprovação de foro privilegiado para ex-presidente, seja por outro tipo de arranjo. O negativo seria por abandono do mercado, da base, da própria equipe econômica ou por pressão popular, mediante grandes manifestações com o mote “Fora Temer”. A queda de popularidade do presidente, medida por diferentes institutos de pesquisa, mostra que essa possibilidade não está muito distante de ocorrer.

O segundo – de cassação – poderá vir pela provável saída do PSDB da base, que levaria consigo alguns outros partidos, deixando o governo sem condições de promover reformas, sem sustentação perante o mercado e sem votos para impedir a autorização de abertura do processo por crime comum perante o STF.

Para um partido com perspectiva de poder, como o PSDB, é um custo insuportável rejeitar na Câmara três denúncias de natureza ético-moral, e com forte suporte fático, propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da República. A primeira, já em curso, sobre corrupção passiva. A segunda, a ser proposta, sobre obstrução da Justiça. E a terceira, também a ser proposta, sobre formação de quadrilha.

O eventual desembarque do PSDB certamente seria acompanhado por seus potenciais aliados no pleito de 2018, e isso poderia deixar o presidente Temer sem condições de barrar na Câmara a abertura do processo no STF, senão já na primeira, possivelmente na segunda ou na terceira tentativa.

Outro vetor que poderia contribuir para esse cenário seria o establishment encontrar um nome que reunisse as cinco condições consideradas ideais para substituir Temer e fazer a transição e a posse do novo presidente eleito diretamente: 1) ter voto no Congresso (Câmara e Senado) para ser eleito; 2) manter a agenda de reformas; 3) continuar com a equipe econômica atual; 4) não estar sendo investigado por desvio de conduta; e 5) ter maturidade e equilíbrio emocional para conduzir o País nesse período delicado de transição.

Esse é o cenário menos provável, até porque o presidente, percebendo esses movimentos, poderia renunciar antes, evitando o vexame de não reunir 172 votos para se manter à frente do governo. Além disto, o presidente sabe que uma vez autorizada a abertura do processo, com seu imediato afastamento por 180 dias, a chance de voltar é praticamente zero.

Por fim, o cenário de Sarneyzação, que seria a continuação, piorada, do que já vem ocorrendo. O governo conseguiria rejeitar os pedidos de cassação na Câmara, mas ficaria sem forças para aprovar reformas e sem condições de impor sua vontade no governo, passando a depender integralmente da equipe econômica e da base fisiológica do Congresso. O natural enfraquecimento do presidente, por já estar em final de mandato, seria agravado pela sua total incapacidade de garantir sustentação a qualquer medida de relevo que pudesse recuperar a sua credibilidade.

Esse cenário, aliás, tende a prevalecer mesmo na hipótese de substituição de Temer, caso o sucessor seja alguém do Congresso. Seria mantido o padrão atual, com sua agonia a cada dia.

O desafio seria manter os fundamentos macroeconômicos a cargo do Banco Central, como o controle da inflação, a redução das taxas de juros, o equilíbrio do câmbio e da política monetária, além da preservação das reservas cambiais.

Atualmente, o governo tem aliviado a situação das finanças públicas e da população com receitas provisórias, mas que não se sustentam sem reformas, sem aumento de tributos ou sem o descongelamento do gasto público.

No caso do governo Temer, o alívio decorre da venda de ativos, de receitas de concessões e eventuais privatizações, do novo Refis, da repatriação e do contingenciamento do orçamento e agora do resgate de precatórios não retirados pelos titulares. Porém, se até setembro não houver o descontingenciamento, a máquina vai parar. Alguns setores essenciais já estão evidenciando esse colapso, notadamente as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).

No caso da população, o alívio decorre da liberação do FGTS e da devolução do Imposto de Renda, cujos efeitos são passageiros, e da redução da inflação e do valor dos alugueis que, embora sejam importantes, não compensam as perdas decorrentes da estagnação da economia e do desemprego. Paradoxalmente, voltam ao debate medidas de supressão de direitos, como a extinção do abono salarial, já cogitado em momentos anteriores, e que já foi objeto da redução do valor devido aos trabalhadores, por meio da Medida Provisória 664, em 2015.

A sequência natural disso é que a situação fiscal se deteriora a cada dia, pois o novo regime fiscal não se sustenta sem reformas e sem o aumento de tributos, porque o orçamento congelado em 2016 não dá conta de manter os atuais serviços públicos e programas sociais. A reação popular será apenas uma questão de tempo, caso se mantenha a meta fiscal sem flexibilização, não haja aumento de receita ou não sejam liberados os recursos orçamentários contingenciados.

 


Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)

 

 

 

 

 

 

Pouco mais de dois meses após chegar ao Senado e 864 emendas de seus parlamentares apresentadas, que os relatores não acataram, há possibilidade de o Plenária dessa Casa votar pela extinção, nesta terça-feira (11), da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), da Justiça e do Direito do Trabalho contida na chamada reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17). Confira, a seguir, o prognóstico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

A discussão do projeto em si está encerrada. O Plenário dedicou as últimas quarta e quinta-feira (5 e 6) ao debate de conteúdo da matéria. Assim, na terça, os líderes de partidos e de blocos partidários poderão encaminhar a votação, que é quando o líder orienta sua bancada para aprovar ou rejeitar o projeto. Não vai haver, segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), discursos de senadores que não são líderes. Em seguida, acontece a votação nominal, e o resultado vai ser divulgado logo em seguida.

Caso o projeto seja aprovado, vai à sanção presidencial, que comprometeu-se a vetar certos pontos, com envio de medida provisória ao Congresso tratando deles, a saber: 1) trabalho intermitente; 2) jornada 12h/36h; 3) participação sindical/negociação coletiva; 4) gestantes/lactantes; 5) insalubridade/negociação coletiva; 6) dano extrapatrimonial; 7) autônomo exclusivo; e 8) contribuição sindical. Se for rejeitado, será arquivado.

Especulações sobre o placar
A resistência da oposição ao projeto, encabeçada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), revigorou a luta contra a chamada reforma trabalhista dentro e fora do Congresso Nacional.

Em grande medida, pela perda de força do governo, cujo presidente da República, Michel Temer, é acusado pelo Supremo de corrupção passiva, surgem especulações sobre o placar de votação. Entre as que se encontram nas redes sociais, a de que o governo conta apenas com 42 votos, apenas um a mais para aprovar a matéria. Pode ou não ser.

O fato é que todos os setores contrários ao projeto devem atuar entre os dias que restam para senão convencer a maioria dos senadores a rejeitá-lo, pelo menos modificá-lo, a fim de que retorne à Câmara dos Deputados.

 

Notícia editada do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Os mecanismos genéticos e celulares que levam à formação ou ausência da semente na uva (apirenia) acabam de ser desvendados pela equipe do Laboratório de Genética Molecular Vegetal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), em conjunto com cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A descoberta tem potencial de acelerar e subsidiar pesquisas para desenvolver uvas sem sementes, por meio do uso de técnicas de biotecnologia.


Fotos: Jornalista Viviane Zanella/Embrapa
Pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho.

 

Apesar da ampla apreciação das uvas de mesa sem sementes, que vem crescendo ano a ano, pouco se sabia sobre os mecanismos celulares e genéticos responsáveis pelo desenvolvimento delas. Os brasileiros identificaram o papel do gene VviAGL11 no desenvolvimento de sementes nas uvas. A descoberta foi registrada em artigo publicado no Journal of Experimental Botany, editado pela Universidade de Oxford, Inglaterra.

O grupo liderado pelo pesquisador da Embrapa Luís Fernando Revers apresentou de forma inequívoca os resultados das pesquisas que desvendaram grande parte da biologia por trás da ausência de sementes de uvas de mesa, mostrando o papel principal do gene VviAGL11. “O artigo é bastante completo e descreve o gene, sua estrutura genética, a regulação de sua expressão e os efeitos de sua função na formação das sementes de videira”, informa Revers, que coordena o Laboratório de Genética Molecular Vegetal, na qual foram desenvolvidas partes importantes da pesquisa.




“Desde que cheguei à Embrapa Uva e Vinho, em 2001, uma das missões a que fui incumbido foi ajudar a desvendar como funciona a ausência de sementes. Fico feliz em escrever essa parte importante da história”, comemora Revers. O resultado apresentado no artigo engloba o conhecimento agregado ao longo desses 16 anos, com a participação de analistas, bolsistas de iniciação científica, mestrandos e doutorandos trabalhando em equipe.

Segundo Jaiana Malabarba, uma das autoras, cuja tese de doutorado foi a base do artigo, o objetivo era compreender o papel do gene VviAGL11 durante a formação da semente.  Para isso, o gene foi estudado nas cultivares Chardonnay e Sultanina (respectivamente com e sem semente), utilizando sequenciamento alelo-específico, hibridização in situ, análise de expressão por RT-qPCR e complementação de fenótipo na planta modelo Arabidopsis Thaliana.

“Com isso, identificamos que os níveis de transcritos de VviAGL11 aumentaram significativamente na segunda e na quarta semanas após a floração em sementes de ‘Chardonnay’, especificamente na camada dupla do integumento médio da semente, sendo essa camada responsável por formar a casca das sementes, o que sugeriu a relação desse gene com a formação das sementes”, informa Jaiana. Ela complementa que na cultivar Sultanina o gene não é expresso durante o desenvolvimento do fruto e da semente, o que resultaria na ausência de semente nessa cultivar, hipótese que foi comprovada. “Fica claro que quando o gene está funcionando corretamente, essa camada se desenvolve e tem papel decisivo na formação de uma semente normal, caso contrário, a semente não consegue crescer e fica apenas como um traço, encontrado nas uvas apirênicas”, detalha.

Após a publicação do artigo no Journal of Experimental Botany, a equipe tem recebido contatos de laboratórios de diferentes países, principalmente da China. “Tinha a expectativa de que a repercussão fosse boa, mas estou surpreendido como grupos de pesquisa de outros países também estavam em busca dessas respostas e agora nossos achados estão auxiliando outros cientistas”, comenta Revers.

Segundo ele, o trabalho representa um avanço para auxiliar os programas de melhoramento genético no planejamento de cruzamentos e na seleção de uvas apirênicas. “A aplicação do conhecimento a longo prazo tem potencial de ajudar o desenvolvimento de novas cultivares, facilitando o trabalho e reduzindo o tempo. “A expectativa é de transformar esse conhecimento em uma ferramenta de modo que, antes mesmo de produzir a fruta, com testes de DNA, pode-se saber se a uva terá sementes ou não”, disse o pesquisador. A equipe continua trabalhando, e o próximo desafio é avaliar a utilização desse gene em videiras adultas. “Com isso, a intenção é modificar o tamanho das sementes, tornando-as menores, por exemplo, por meio do silenciamento do gene VviAGL11”, antecipa.

O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, relembra que faz quase 20 anos que a Embrapa Uva e Vinho passou a desenvolver novas variedades de uva sem semente, empregando técnicas de resgate de embriões e do melhoramento clássico de plantas. “Agora, com esses estudos que identificam os genes responsáveis pelo caráter sem semente, avançamos na base científica que regula essa importante tecnologia, abrindo as portas para aperfeiçoarmos o melhoramento genético da videira, reduzindo seus custos e acelerando o desenvolvimento de novas variedades", avalia.

 

Informação editada da Secretaria de Comunicação da Embrapa Uva e Vinho
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

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