logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69


A LINHA 3
-Vermelha do Metrô de São Paulo, que liga as zonas leste e oeste da capital e é conhecida pela superlotação dos trens, foi objeto de uma pesquisa de mestrado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP, em São Carlos, que deu enfoque ao bairro de Itaquera, na zona leste. A baixa oferta de empregos na região é determinante para a situação da via. Segundo o jornalista Wellington Ramalhoso, autor da pesquisa, são necessárias alternativas de transporte sobre trilhos paralelas para suprir a demanda da Linha Vermelha. O estudo abordou a história do planejamento e da construção da via na zona leste, bem como a relação da linha com a implantação de Conjuntos Habitacionais da COHAB-SP em Itaquera e regiões próximas.

A sobrecarga da via “está acima do humanamente tolerável”, classifica Ramalhoso. Segundo dados da Companhia do Metropolitano de São Paulo, ela transportou mais de 1,1 milhão de passageiros por dia útil em 2012, mais que todas as outras linhas. Ele explica que isto se deve à baixa oferta de empregos na periferia, já que diariamente os moradores usam o metrô para ir ao trabalho, passando pelo centro. Desde 1969, havia o interesse de que Itaquera se tornasse um centro regional, integrando moradia, transporte e emprego, como previa o Plano Urbanístico Básico (PUB), encomendado pela prefeitura para se tornar o primeiro plano diretor da história da cidade. Ao longo dos anos, porém, a geração de trabalho no bairro foi deixada de lado devido, principalmente, às descontinuidades políticas e do planejamento urbano deste período até os dias atuais.
 

Foto: Arquivo Imprensa/SEESP
transporte

Transporte sobrecarregado em razão do crescimento desordenado das cidades,
com o emprego 
longe do local de moradia das pessoas


“Maior conciliação entre os governos federal, estadual e municipal resultaria em investimentos para construção de linhas que auxiliassem no transporte da região”, sugere Ramalhoso. Ele explica que, no início de seu estudo, acreditava que o principal problema da Linha Vermelha fosse o traçado dos trilhos que atravessam a cidade, mas percebeu que a real necessidade é a de novas linhas, que ajudariam a aliviar a superlotação nos horários de pico. Segundo o jornalista, o projeto original do Metrô, de 1968, previa que até 1980 fossem construídos 66 quilômetros (km) de metrô, marca que São Paulo só alcançou recentemente. Já o PUB, em 1969, propunha uma rede metroviária com 450 km e abrangência metropolitana.

A construção de estações do metrô não contribuiu para a elitização de Itaquera, segundo Ramalhoso. O jornalista conta que este processo pode acontecer no bairro devido às obras do estádio do Corinthians, que sediará jogos na Copa do Mundo de 2014. Quando ele iniciou a pesquisa, este projeto ainda não existia, mas conversando com moradores do local, ele percebeu que “o estádio talvez venha a gerar uma expulsão de pessoas de menor renda e uma elitização da região”.

Conjuntos habitacionais
Desde meados do século 20, houve uma onda de migração para as periferias de São Paulo. Respostas a este crescimento acelerado foram dadas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH), que, entre outras medidas, construiu COHABs em áreas afastadas do Centro. Porém, a falta de infraestrutura, inclusive de transportes, nestes locais levou a um insucesso dos primeiros conjuntos e a uma posterior estagnação dos projetos, no início dos anos 1970.
 

Foto: Marcelo Min/Agência USP de Notícias
ConjuntoshabitacionaisOs conjuntos habitacionais foram a solução encontrada para o problema de habitação da capital 

 
Levando em conta planos como o PUB e o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado (PMDI), contratado pelo governo estadual e concluído em 1970, a COHAB-SP decidiu ampliar o investimento em Itaquera logo que o Ministério dos Transportes traçou a rota do que seria a Linha Vermelha do Metrô, em 1974. Esta foi a primeira e única linha cujo traçado foi definido no âmbito do governo federal. Ramalhoso conta que, destes projetos da Cohab na Zona Leste, “Itaquera é um exemplo único e positivo de articulação entre transporte e habitação”. Logo em 1978, os primeiros conjuntos no bairro eram entregues, mas estes habitantes tiveram que esperar até que em 1988 a estação Itaquera fosse inaugurada.

Sob orientação de Renato Luiz Sobral Anelli, o jornalista consultou arquivos do Metrô, documentos históricos sobre este tema da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado de São Paulo, além de ir a Brasília examinar os registros do BNH. Ele apresentou sua dissertação de mestrado, intitulada Destino Itaquera: o metrô rumo aos conjuntos habitacionais da COHAB-SP, em fevereiro deste ano.

 

Fonte: Agência USP de Notícias




 

A FEDERAÇÃO Nacional dos Engenheiros (FNE) manifesta sua posição contrária à proposta aventada pelo Governo Federal de importar engenheiros estrangeiros para trabalhar no Brasil. “A medida, como solução à falta de quadros técnicos nas prefeituras brasileiras, constitui um equívoco e não se justifica”, afirma o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Segundo ele, é preciso aproveitar a mão de obra qualificada disponível no País, sendo necessário que os municípios realizem concursos públicos oferecendo remuneração justa para contratar os profissionais necessários. Essa, lembra o sindicalista, deve ter como referência o piso da categoria definido pela Lei 4.950-A/66, que equivale a nove salários mínimos, ou seja, atualmente, R$ 6.102,00 para jornada de oito horas diárias.  “A importação de mão de obra se limitaria a resolver o problema de forma paliativa e não nos deixaria nenhum legado. A nossa proposta é bem diferente e diz respeito à mudança de paradigmas, colocando a questão tecnológica como prioridade”, completa Pinheiro.
 

Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Murilo 2dentroMurilo Pinheiro: "A medida, como solução à falta de quadros técnicos nas prefeituras,
constitui um equívoco."


O presidente da FNE ressalta ainda que desde 2006 a FNE vem alertando para a necessidade de se garantir a oferta adequada de mão de obra qualificada, apta a operar um novo sistema de desenvolvimento. Com a retomada do crescimento registrada em 2007, as empresas passaram a acusar a escassez desses profissionais em setores como construção civil, que teve forte reaquecimento nos últimos anos, naval, revivido mais recentemente, e petróleo e gás, no qual as perspectivas são muito otimistas.  Longe de ser um problema a se lamentar, pondera ele, a atual demanda por engenheiros é um desafio que a sociedade brasileira deve enfrentar com otimismo e determinação. “É preciso recuperar esse prejuízo, lançando mão de todas as possibilidades: tanto requalificar os profissionais disponíveis, mas à margem do mercado, quanto garantir que mais jovens ingressem nos cursos voltados às áreas tecnológicas, assegurando a formação de qualidade”, acredita Pinheiro.

O Brasil forma cerca de 42 mil engenheiros por ano, segundo  o censo de 2011 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O dado é positivo em relação a 2006 quando graduavam-se apenas 30 mil por ano, mas ainda insuficiente. “Consideramos necessário chegarem ao mercado ao menos 60 mil engenheiros por ano, diante da perspectiva de recuperação da economia, apesar do atual quadro de baixo crescimento”.

Pensando nisso, a FNE apoia a criação do Instituto Superior de Inovação Tecnológica (Isitec), uma iniciativa do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), que deve receber a primeira turma de graduação, no curso de Engenharia de Inovação, em 2014. A proposta é graduar profissionais com sólida formação básica, educados numa cultura de inovação, aptos a buscar soluções aos desafios do setor produtivo para atuar nos mais diversos segmentos da economia.

 

Imprensa – SEESP





A COMISSÃO de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados prepara-se para votar esta semana o Projeto de Lei 4.330/2004. A matéria, que regulamenta a terceirização no Brasil, é objeto de preocupação da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) que entende que a proposta precariza os direitos dos trabalhadores, levando em conta apenas uma alegada eficiência empresarial. O texto que deve ser apreciado pela CCJ foi construído por um grupo quatripartite (empregadores, governo e parlamentares, com a oposição dos trabalhadores) e deve ser adotado como substitutivo pelo relator da proposta na CCJ.

 "O projeto é uma grave ameaça ao Direito do Trabalho. Na prática, ele dilui a responsabilidade do empregador, acaba com a identidade das categorias profissionais e mitiga conquistas e garantias hoje consolidadas, apontando para um caminho em direção ao passado, à escuridão social", alerta o presidente da Anamatra, Paulo Luiz Schmidt.
 

Foto: Beatriz Arruda/SEESP
CNTUAto11JULHOdentro

No dia 11 de julho, trabalhadores foram às ruas com várias bandeiras,
entre elas contra o PL 4.330

 

Entre as principais preocupações da Anamatra com a proposta está a liberação geral da terceirização, inclusive na atividade-fim, além da permissão da subcontratação de forma indefinida. "Não há qualquer menção no texto à restrição da terceirização na atividade principal da empresa. Na prática, a terceirização vai ocorrer em qualquer etapa da cadeia produtiva e no futuro vamos ter empresas sem empregados", explica o magistrado, lembrando que isso contraria a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proíbe a prática da terceirização na atividade-fim. "A última versão do texto chega ao absurdo de prever a existência de empresa especializada em terceirizar", completa o magistrado, lembrando que a proposta também significará o enfraquecimento da organização sindical.

Na visão de Paulo Schmidt, a regulamentação da terceirização nos moldes como está sendo proposta na Câmara vai significar o aumento desenfreado dessa forma de contratação. "O Brasil tem hoje cerca de 43 milhões de pessoas empregadas. Deste total, mais de 11 milhões são trabalhadores terceirizados. Se a lei permitir a terceirização para a atividade-fim, sem isonomia e sem responsabilidade solidária, com subcontratação liberada, posso afirmar que em menos de 10 anos essa proporção vai se inverter. Perspectivas negativas indicam que, com o texto aprovado, dez milhões dos 32 milhões de empregados diretos migrarão para a terceirização nos próximos cinco anos, o que resultará numa drástica redução da massa salarial no período. Não é demais estimar que, em dez anos, o número de terceirizados venha a ultrapassar o de empregados diretos das empresas. Do ponto de vista social, isso é um retrocesso sem precedentes, com aumento drástico da concentração de renda e consequente diminuição do fator trabalho na renda nacional", analisa o presidente.

O presidente da Anamatra também lembra que outra preocupação da entidade com a prática da terceirização é a falta de isonomia de salários e de condições de trabalho entre empregado direto e o terceirizado. "Basta comparar o nível remuneratório de dois trabalhadores, um empregado direto e um terceirizado na mesma empresa. A diferença é de, no mínimo, um terço", afirma Paulo Schmidt. Para o magistrado, isso corrobora para a tese de que o projeto segue uma lógica mercantilista e de estímulo à terceirização de forma irresponsável e sem freios.

 

Imprensa – SEESP




 

Um dos temas levantados nas manifestações que tomaram as ruas brasileiras em junho último, e prossegue com força total no país, é o da democratização da mídia nacional. O programa de televisão do SEESP, o Jornal do Engenheiro (JE), entra no debate. Por isso, nesta semana, o jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, mostrará quais as mudanças necessárias para que os meios de comunicação se tornem mais democráticos e representativos dos interesses da sociedade brasileira. 

Borges observa que a questão se torna ainda mais importante com a internet, onde o papel passivo não cabe mais, como se tem nos modelos tradicionais de televisão, jornais impressos e rádios. Hoje, observa o jornalista, não se quer apenas receber ou ler informações, mas produzir também conteúdo próprio ou apresentar outras versões sobre fatos e notícias. Nesse sentido, toda a atenção à discussão do marco civil da internet para que não sejam aprovados dispositivos que tirem o caráter mais democrático da mídia digital. 

Economia
Ainda no JE na TV desta semana tem a entrevista com o economista e professor Antonio Corrêa de Lacerda, também professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e integrante do Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Ele falará sobre as perspectivas da economia brasileira e como o tripé superávit primário, taxa de juros e câmbio flutuante se reflete na vida do brasileiro. 

O quadro “No Ponto”, com o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, defende um serviço público de qualidade, principalmente nas áreas de saúde, educação, habitação e transporte. 

Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP




Nesta semana, de 13 a 15 de agosto, acontece o primeiro curso de capacitação para gestores em iluminação pública, de acordo com as novas regras baixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que entrarão em vigor já em janeiro de 2014. A organização da atividade é do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), instituição de ensino mantida pelo SEESP. 

Além do impacto que as mudanças no sistema de iluminação pública pode causar na conta de luz dos consumidores, o serviço, que hoje é prestado, em grande parte dos municípios, passaria obrigatoriamente às mãos das prefeituras. Com isso, as administrações terão a obrigação de realizar a manutenção do sistema de iluminação pública (lâmpadas, braços e reatores). O repasse dos ativos aos municípios conforme determina o artigo 218 da Resolução 414 pode encarecer o serviço e os custos serem repassados aos consumidores via CIP ou Cosip (contribuições para custeio da iluminação pública) – hoje cobradas na conta de energia elétrica. 

Os municípios que contarem com profissionais mais capacitados poderão transformar e melhorar o modelo atual aplicado à iluminação pública. Por isso, a resolução da Aneel será um dos temas do curso do Isitec. 

A realização de um curso sobre capacitação nessa área é uma ação necessária e importante para que os gestores municipais e técnicos que atuam em empresas que oferecem serviços nesse mercado em desenvolvimento e expansão adquiram maior conhecimento sobre o tema e com isso tenham condições de tratar um serviço de forma profissional, aumentando sua qualidade e elevando seus municípios a modelo a ser seguido pelos demais. 

Sem equipes próprias, estrutura adequada ou recursos, muitas prefeituras entregariam o serviço a empresas terceirizadas, que não são fiscalizadas pelo órgão. “Com isso, estariam à margem princípios como modicidade tarifária. Além disso, o cidadão teria dificuldades em saber a quem recorrer para, por exemplo, reivindicar manutenção num poste de luz em sua rua”, destaca o especialista. 

Capacitação
O curso do Isitec vai abordar os principais temas de cunho técnico, gerencial e legal, relacionados a iluminação pública, além de discutir e refletir sobre as boas práticas para o segmento, o planejamento, a implementação, o gerenciamento do serviço e os principais impactos decorrentes da nova legislação Aneel. Inscrições pelo site www.isitec.org.br ou pelo telefone (11) 3254-6864. O curso será na sede do instituto, na Capital paulista (Rua Martiniano de Carvalho, nº 170, Bela Vista). 

 

Imprensa – SEESP




O Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo divulga o workshop “Direito e Inovação”, no dia 14 de agosto, às 19h, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Largo São Francisco, nº 95, 1º andar. O evento é aberto e pretende discutir respostas jurídicas que melhorem o ambiente da inovação da cidade paulistana. 

Segundo a professora de Direito da instituição e assessora jurídica da Agência USP de Inovação, Maria Paula Dallari Bucci, é fato que a cidade tem pessoas empreendedoras, inteligência, mas que esbarram em dificuldades imensas na hora de apresentar ou executar um projeto de inovação no município. Por isso, o evento, explica Bucci, abordará dois temas centrais, que são: os gargalos jurídicos da inovação e os parques tecnológicos e a cidade de São Paulo. 

Acompanhe, a seguir, o vídeo de apresentação da atividade com a apresentação de Miklos Hormada, coordenador do conselho. 


 


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP





As mudanças previstas no sistema de iluminação pública, que passam a valer em janeiro de 2014, podem impactar diretamente na conta de luz dos consumidores, alerta a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). O serviço hoje prestado em grande parte dos municípios pelas distribuidoras, sob regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), passaria obrigatoriamente às mãos das prefeituras.

Com isso, as prefeituras terão a obrigação de realizar a manutenção do sistema de iluminação pública (lâmpadas, braços e reatores). O repasse dos ativos aos municípios conforme determina o artigo 218 da Resolução 414 pode encarecer o serviço e os custos serem repassados aos consumidores via CIP ou Cosip (contribuições para custeio da iluminação pública) – hoje cobradas na conta de energia elétrica.

Os municípios que contarem com profissionais mais capacitados poderão transformar e melhorar o modelo atual aplicado à iluminação pública. Por isso, a resolução da Aneel será um dos temas do curso de capacitação para gestores em iluminação pública, de 13 a 15 de agosto, no Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec).

“Os gastos mensais com manutenção de iluminação pública (10% do total da conta) poderão sofrer aumento de até 527% e o gasto no total (fornecimento mais manutenção) um acréscimo de 47%”, explica o consultor da FNE, Carlos Augusto Kirchner.

A realização de um curso sobre capacitação nessa área é uma ação necessária e importante para que os gestores municipais e técnicos que atuam em empresas que oferecem serviços nesse mercado em desenvolvimento e expansão adquiram maior conhecimento sobre o tema e com isso tenham condições de tratar um serviço de forma profissional, aumentando sua qualidade e elevando seus municípios a modelo a ser seguido pelos demais.

Sem equipes próprias, estrutura adequada ou recursos, muitas prefeituras entregariam o serviço a empresas terceirizadas, que não são fiscalizadas pelo órgão. “Com isso, estariam à margem princípios como modicidade tarifária. Além disso, o cidadão teria dificuldades em saber a quem recorrer para, por exemplo, reivindicar manutenção num poste de luz em sua rua”, destaca o especialista.

Capacitação

O curso do Isitec vai abordar os principais temas de cunho técnico, gerencial e legal, relacionados a iluminação pública, além de discutir e refletir sobre as boas práticas para o segmento, o planejamento, a implementação, o gerenciamento do serviço e os principais impactos decorrentes da nova legislação Aneel.

Serviço:
Capacitação para gestores em iluminação pública
Data: 13 a 15 de agosto
Horário: 9 às 17h30
Local: ISITEC - Rua Martiniano de Carvalho, 170 – Bela Vista – SP
Inscrições: www.isitec.org.br ou pelo telefone (11)3254-6864
Vagas limitadas

Informações para a imprensa:
Departamento de Imprensa do SEESP
Rita Casaro
(11) 3113-2651
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.




O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, entregou ao presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), Francisco Kurimori, no dia 9 de agosto, documento solicitando ao órgão que tome as providências cabíveis para assegurar aos engenheiros o exercício das atividades a eles atribuídas pela legislação.

O alerta foi provocado pela Resolução nº 51 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), de julho de 2013, que define, em seu artigo 2º, as atribuições que são privativas desses profissionais, entre as quais: projetos arquitetônico de edificação ou de reforma, urbanístico e de parcelamento do solo mediante loteamento, de sistema viário urbano, de arquitetura paisagística e de acessibilidade, iluminação e ergonomia em edificações e no espaço urbano; e ainda a coordenação de equipes de planejamento urbano ou de regularização fundiária.

Pinheiro observa que a matéria traz atribuições coincidentes com as dos engenheiros, previstas na Lei 5.194/1966, que dispõe em seu artigo 7º as atividades e atribuições do profissional engenheiro, como a do planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; e estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica.
 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP




Estudo desenvolvido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP evidencia a distância de compreensão que estudantes, com idade entre 15 e 18 anos, e professores da rede pública têm das finalidades do uso da internet. O autor da pesquisa, o psicólogo Fabiano Simões Corrêa, concluiu em maio o mestrado Um estudo qualitativo sobre as representações utilizadas por professores e alunos para significar o uso da internet, que levou três anos para ser desenvolvido. Mas, para o pesquisador, se o levantamento fosse feito nos dias atuais, o resultado poderia ser outro. A constatação é o reflexo da velocidade e do impacto que esse “meio de comunicação” vem causando nas relações da sociedade.

O estudo foi realizado sob a orientação do professor Sérgio Kodato, e teve o objetivo de contribuir com reflexões que auxiliem as práticas pedagógicas e didáticas capazes de subsidiar políticas públicas de inclusão digital, em instituições públicas de ensino. A pesquisa foi feita em uma escola pública da cidade de Ribeirão Preto. No local, havia mais de dois mil alunos, mas apenas 20 computadores para os estudantes e salas de aula sem acesso à internet.

Corrêa comenta que um aspecto interessante da aprendizagem para o aluno é que quando você pergunta para ele qual a diferença de aprender na escola e aprender na internet, e ele responde que na internet é tudo muito rápido, muito direto. “Ele vai na informação de uma forma prática. O aluno tem muito essa percepção, essa representação da internet, que ela é um instrumento muito bom por ser direta e rápida.”

Já os professores revelaram o lugar paradoxal em que se tornou o espaço escolar. Há um lado de discurso hegemônico de que a escola deveria se atualizar com a absorção das novas tecnologias da informação, mas que carece de investimentos concretos, e da negatividade da internet que rotula a utilização pelos alunos como “superficial”.

Certo medo da internet

Para Corrêa, o professor tem certo medo da internet, pois ninguém fala muito bem para ele como deve utilizá-la. “O medo está neste aspecto. Não acho que o professor tenha medo de ser substituído pela internet, o medo é na verdade um sentimento de impotência de não estar muito claro como é que se utiliza a internet na escola. Precisamos de mais pesquisa nessa direção, para indicar os caminhos.”

Segundo a pesquisa de Corrêa, na visão da maioria dos professores e mesmo no senso comum escolar, o estudante fica somente dedicado às redes sociais com coisas que são consideradas fúteis. Mas na prática, o uso dessas ferramentas podem ser positivas. “O aluno usa de forma predominante as redes sociais, mas por meio das redes ele consegue se comunicar, muitas vezes produzir conhecimento, produzir relações produtivas, divulgar o pensamento dele, se expressar politicamente, ajudando a construir uma inteligência coletiva.”

Observando a distância entre as visões do “estudante” e do “professor”, Corrêa destaca a reprodução do conflito entre os mundos dos adultos e dos adolescentes. “Nós, os mais adultos, tendemos a olhar a utilização da internet como superficial porque ela é diferente do que a gente conhece”, afirma. “Estávamos mais acostumados a nos relacionarmos com os veículos de comunicação de massa como o rádio e a televisão e não temos muitas vezes a capacidade de entender o que é esse fenômeno de comunicação em rede que eles, adolescentes, estão fazendo.”

Lembrando a velocidade com que os temas se multiplicam nas redes sociais, o pesquisador sugere mais estudos sobre o tema. “Não podemos ficar nesse viés do senso comum de que a internet aliena, de que não é legal, é fútil”, recomenda. “Vide o que aconteceu recentemente com as manifestações que lotaram as ruas. Grande parte dessa força, dessas manifestações foi graças à comunicação que aconteceu via internet, das redes sociais. Acho que surpreendeu muita gente.” Segundo o pesquisador, “talvez hoje, se refizéssemos essa pesquisa, os resultados seriam um pouco diferente, talvez isso já tenha mudado um pouco a representação desse senso comum que a internet é algo fútil.”

 

Fonte: Agência USP de Notícias




Um casamento há muito esperado por parte da comunidade acadêmica ocorreu no fim de julho, em São Paulo. Um novo centro de estudos “uniu” Hannah Arendt (1906-1975), pensadora alemã de origem judaica, uma das mais importantes filósofas do século 20, com o filósofo e professor italiano Norberto Bobbio (1909-2004), expoente da área dos direitos humanos e da democracia. Mais informações sobre o Centro de Estudos Hannah Arendt aqui.

Entre as testemunhas estiveram Celso Lafer, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), que foi aluno de Arendt, Wolfgang Heuer, professor na Universidade Livre de Berlim, Cristina Sánchez Muñoz, professora na Universidade Autônoma de Madrid, e Alexander Bazelow, estudioso independente que trabalhou com Arendt entre 1970 e 1975.

Os quatro participaram do colóquio que marcou a inauguração do Centro de Estudos Hannah Arendt, vinculado ao Instituto Norberto Bobbio, ambos presididos por Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da BM&FBovespa, e coordenados por Cláudia Perrone-Moisés, professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

“O professor Lafer e a professora Cláudia sempre quiseram promover esse ‘casamento’, esse diálogo entre os dois pensadores, que pensaram muitos temas em comum, só que de perspectivas diferentes e enfrentando a realidade no mesmo tempo: ele com a questão do fascismo, ela com o totalitarismo”, disse à Agência FAPESP a pesquisadora Laura Mascaro, desde novembro na equipe do Instituto Norberto Bobbio para a abertura do centro.

O novo espaço tem objetivos como o de difundir o pensamento de Arendt, criar um ambiente para o estudo de sua obra – que inclui clássicos como As Origens do Totalitarismo – Anti-semitismo, imperialismo, totalitarismo e Eichmann em Jerusalém – Um relato sobre a banalidade do mal – e promover publicações, como coletâneas e traduções. No mesmo dia do colóquio, 29 de julho, foi lançada a Revista do Centro de Estudos Hannah Arendt, publicação eletrônica com previsão de periodicidade semestral.

“Aprendi, com Hannah Arendt, que o poder é um agir conjunto e que esse agir pode trazer resultados excepcionais na prática”, escreveu Magliano Filho no editorial da revista. “Da mesma forma, o Centro de Estudos Hannah Arendt é fruto de uma longa história e muitos esforços conjuntos entre o Instituto Norberto Bobbio, seus colaboradores e parceiros.”

Além da Faculdade de Direito da USP, Magliano Filho destacou o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP –, que abrigou entre 2004 e 2010 o Grupo de Estudos e Arquivo Hannah Arendt.

Um dos resultados das atividades desse grupo foi a criação, em 2008, de um blog, mantido atualmente pelo Instituto Norberto Bobbio. O blog também informa sobre eventos, lançamentos, grupos de estudos e atividades do Centro de Estudos Hannah Arendt.

A revista recém-lançada traz ainda textos de Bazelow, Mascaro e Heuer, além de uma entrevista com Lafer, que foi aluno de Hannah Arendt nos anos 1960 na Cornell University, nos Estados Unidos.

“Devo muito à influência de Hannah Arendt, na maneira de lidar com tantos e tantos assuntos. Escrevi muito sobre a obra dela, sobre a temática de direitos humanos, sobre o conceito de autoridade, sobre o juízo reflexivo, que é o juízo da política e o juízo diplomático, que são, entre outras coisas, facetas da minha maneira de ver as coisas”, disse Lafer.

“Hanna Arendt ajuda a parar para pensar, sem ideias pré-concebidas. Como diz [o escritor Italo] Calvino, o clássico é uma obra que nunca termina de dizer o que tem para dizer. Ainda que ela tenha pensado a partir de sua experiência com o século XX, o que ela disse e os conceitos que criou são úteis para entendermos o mundo que nos cerca”, afirmou Lafer.

Seleção de pesquisadores

Após fugir da Alemanha nazista em 1933, Arendt morou em Paris até 1940, de onde teve de fugir mais uma vez depois que o governo francês exigiu que os refugiados judeus se apresentassem. Em 1941, chegou a Nova York. A cidadania norte-americana foi obtida dez anos depois.

Um filme atualmente em cartaz em São Paulo, da diretora alemã Margarethe Von Trotta, apresenta algumas das ideias de Arendt a partir de um período polêmico na vida da filósofa, quando ela, morando nos Estados Unidos, foi cobrir em 1961 para a revista New Yorker o julgamento do nazista Adolf Eichmann em Jerusalém.

Dois anos depois, ela publicou Eichmann em Jerusalém, a partir dos artigos publicados na New Yorker, no qual aborda temas como a natureza do crime do genocídio, o que é o mal e em que medida a capacidade de pensar ajuda a distinguir e diferenciar o bem do mal.

Esses e outros temas deverão ser abordados por um grupo de estudos prestes a ser criado pelo novo centro. O processo de seleção de pesquisadores deverá ser aberto em breve.

“Em princípio, esse grupo, que também dialogará com o pensamento do Bobbio, fará reuniões mensais tendo como base textos desses autores e tentará pensar questões atuais e locais. Porque tanto Bobbio quanto Hannah Arendt tinham essa relação com a política muito forte, com o pensar da política, de como fazê-la”, disse Mascaro.

A biblioteca do Instituto Norberto Bobbio, que dispõe de 1.147 títulos, já conta com a obra completa da autora em português e em seus idiomas de origem e a ideia é expandi-la.

“Buscaremos ampliar a biblioteca adquirindo obras em sua língua original ou em outras traduções também, como inglês e espanhol, porque queremos ser um centro de referência para o Brasil e para a América Latina”, disse Mascaro.


Fonte: Agência Fapesp




Receba o SEESP Notícias *

agenda