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A VLI, empresa de soluções logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, prorrogou as inscrições para 3 de agosto do processo seletivo para o programa Trainee VLI 2018. Seleção é voltada para graduados em engenharia.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.99jobs.com/vli. Os aprovados no processo seletivo da empresa farão parte de um time de mais de sete mil pessoas distribuídas por dez Estados e o Distrito Federal.

Para participar, é preciso ter graduação concluída entre dezembro de 2015 e dezembro de 2017, conhecimentos avançados em inglês e informática, além de disponibilidade para mudanças. Os selecionados atuarão em áreas de planejamento, manutenção e operação que englobam as operações ferroviárias, portuárias e de terminais da empresa. Todas as oportunidades da VLI se aplicam aos profissionais com deficiência.

Os cursos que podem participar são os de engenharia nas modalidades: produção, mecânica, processos, minas, transporte, eletrônica, elétrica, civil, metalúrgica, materiais, eletroeletrônica, eletromecânica, controle e automação, telecomunicações, energia, química, ambiental, mecatrônica e ferroviária.

O processo seletivo é composto pelas etapas de inscrição, testes online, workshop de desenvolvimento e entrevistas, teste oral de inglês, painel com executivos da VLI e, por fim, encontro com o diretor-presidente da empresa.

A VLI oferece salário, além de benefícios como vale-refeição, vale-alimentação, participação nos lucros, assistência-médica e odontológica, seguro de vida e previdência privada.

 

Informação e foto da home da VLI
Comunicação SEESP

 

 

 

 

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, a Prefeitura Municipal de Bauru e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) firmaram, no dia 25 de julho último, Protocolo de Intenções com o objetivo de estabelecer um conjunto de ações capaz de promover a implantação de um Centro de Inovação Tecnológica no município, identificando as atuais dificuldades e necessidades e proporcionando condições para a concretização desse objetivo, a ser efetivado mediante instrumentos próprios, obedecidas as normas pertinentes.

Marcelo Strama, subsecretário da pasta, representou, no ato, o secretário Márcio França. Ele lembrou que esse tipo de documento é de grande importância para fomentar ações conjuntas entre o setor produtivo e as áreas responsáveis pela geração de conhecimento. "É ótimo ver as possibilidades que se abrem de aproximação entre Estado, Prefeituras e Universidades hoje", comentou.

O Centro de Inovação Tecnológica de Bauru (CITeB) propõe-se um estimulador de novos empreendimentos e integração entre a universidade, governo, órgãos de fomento ao empreendedorismo e à inovação e novos negócios que surgem com o apoio desses agentes.

Assim, toda a estrutura do centro é alicerçada sobre o Sistema Local de Inovação de Bauru e seu entorno, com base na cultura da inovação, concepção da pesquisa, desenvolvimento e engenharia de novos produtos e/ou processos, atendendo empresas e organizações, objetivando proteger e fortalecer a competitividade e a sustentabilidade econômica e o desenvolvimento social desses empreendimentos.

A inclusão do CITeB à Rede Paulista de Centros de Inovação Tecnológica significará a expansão do programa de desenvolvimento urbano regional planejado, baseado no empreendedorismo, na inovação, na sustentabilidade social e econômica, articulado com as vocações já demarcadas na região e voltado para a produção cientifica, tecnológica e corporativa e para a disseminação do conhecimento e aumento da competitividade dos arranjos locais produtivos.

Desse modo, o CiTeB irá cada vez mais distinguir-se como gerador do progresso social e material da região, harmonizando o desenvolvimento regional e cumprindo seu papel de gerar renda, criar empregos e atuar como catalisador de investimentos em CT&I. E a Unesp como intuição de grande relevância e reputação no cenário nacional e internacional na produção de conhecimento científico que é determinante para o desenvolvimento da sociedade e crescimento sócio econômico das cidades, do estado e do país.

Esta iniciativa da Unesp de Bauru é fundamental ao sucesso da ação e integração desenvolvimentista da região, pois a cidade apresenta um perfil voltado para universidades (são 11 ao todo na cidade e entorno de 12 km), comércio variado, indústrias de inovação em madeiras para mobiliário e de alimentos e bebidas, papel, plástico e lubrificantes, design, economia criativa, saúde e medicina reparadora, além de ser um polo de logística de distribuição, negócios e administração de energia e telecomunicações, e empresas de advocacia, seguros e apoio a sistemas financeiros e de cobrança.

 

Da Unesp Agência de Notícias
Comunicação SEESP

 

 

 

 

Uma denúncia anônima recebida por procuradores do Trabalho de Minas Gerais permitiu o resgate, no dia 10 de julho último, de uma empregada doméstica de 68 anos que trabalhava em condições análogas às de trabalho escravo na cidade de Rubim, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste mineiro. Além de não pagar o salário da doméstica, a empregadora, de 50 anos, ainda usava o dinheiro da pensão que a trabalhadora recebia pela morte do marido e chegou a fazer três empréstimos consignados, num total de R$ 9 mil, em nome da empregada.

O resgate da trabalhadora foi uma operação conjunta do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, composto por representantes do Ministério do Trabalho (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A denúncia anônima foi feita à Procuradoria do Trabalho em Teófilo Otoni e repassada à Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) do MPT, que acionou o Grupo Móvel.

De acordo com a procuradora do Trabalho, Juliane Mombelli, que integra o Grupo Móvel, a doméstica trabalhava em situação análoga à de escravo há cerca de oito anos. Além de não receber o salário pelo trabalho doméstico, a empregadora ainda sacava o dinheiro do benefício da pensão para custear gastos feitos em uma venda de propriedade da sua família. A procuradora preferiu não revelar o nome da vítima nem da empregadora, porque o processo ainda irá ser instaurado.

“A trabalhadora é uma pessoa idosa, analfabeta, não sabia a quem recorrer. Era conhecida da família e quando o marido morreu, ficou desamparada, e a empregadora encaminhou os documentos para receber o benefício da pensão. A empregadora alegou que não repassava o benefício porque ela tinha uma dívida na venda, que é de propriedade da empregadora. Isso caracteriza servidão por dívida”, afirma a procuradora.

A doméstica cuidava da casa de três quartos, onde moravam a empregadora, dois filhos e uma neta. E morava em um quarto separado da casa, com um filho maior de idade. “Tem a questão da submissão psicológica: mora aqui, contribui com serviço e comprando mantimentos. A patroa alegou que fazia um bem para ela, porque ela não tinha onde morar “, contou Juliane Mombelli. “O resgate se deu na região mais pobre do estado de Minas. É fruto de desinformação, de achar que trabalho doméstico não é trabalho e não precisa ser remunerado. Não se pode admitir a troca de serviço por moradia e alimentação.”

Punição
Segundo o coordenador do Grupo Móvel, o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Geraldo Fontana, foi lavrado um auto de infração e determinado o pagamento das verbas trabalhistas pela empregadora, que terá que arcar com cerca de R$ 72 mil pelos últimos cinco anos não pagos. Ainda não foi possível chegar ao valor que a empregadora reteve da pensão da doméstica. “ Vamos emitir também um guia de seguro desemprego para ela”, acrescentou o auditor.

Ele informou ter visitado a região há cerca de um mês, ocasião em que foram constatados indícios de trabalho escravo tanto em residências nas cidades quanto em fazendas. E que a denúncia do MPT permitiu o flagrante. “É um hábito ainda vivo na cultura deles. O empregador manter como agregados pessoas em vulnerabilidade social, isso remonta à República Velha, é um retrocesso que persiste."

 

 

Notícia do site do Ministério Público do Trabalho - Procuradoria-Geral
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Um dos maiores problemas relacionados à agroindústria é a abundante quantidade de resíduos gerados durante o processamento da matéria-prima. Na maioria dos casos, essas sobras não são tratadas e reaproveitadas, apresentando uma disposição ambientalmente inadequada, com potenciais riscos de contaminação dos solos e da água.

Diante desse contexto, o professor Severino Matias de Alencar, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, pesquisa alternativas para os principais resíduos gerados na agroindústria alimentícia. Ele coordena o projeto Prospecção e identificação de compostos bioativos de resíduos agroindustriais para aplicação em alimentos e bebidas.

Foto: Priscilla Melo
Resíduos agroindustriais da uva: o cultivo das vinhas e a fabricação de vinho geram subprodutos, como o bagaço (casca e sementes),
que podem representar até 30% da quantidade total de uvas vinificadas.


A proposta é mapear suas potenciais formas de reaproveitamento, no intuito de fornecer informações para a elaboração de planos de gestão adequados ao setor. O trabalho ocorre em conjunto com alunos de iniciação científica do curso de Ciências dos Alimentos da Esalq, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, além de contar com o professor Pedro Luiz Rosalen e sua respectiva equipe de pós-graduandos e pós-doutorandos da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A vitivinicultura (atividade que envolve o cultivo das vinhas e a fabricação de vinho) gera subprodutos, como o bagaço (composto de casca e sementes), que podem representar até 30% da quantidade total de uvas vinificadas. A estimativa de produção de uvas no Brasil para 2017 é de 1,3 milhão de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Supondo que a produção total de uvas seja processada, cerca de 390 mil toneladas de resíduos serão geradas somente no Brasil e a maioria descartada sem qualquer tipo de tratamento, um grande impacto ambiental seria causado. “Estudos já mostraram que esses subprodutos podem ser fontes de antioxidantes naturais, especialmente porque contêm compostos fenólicos. Esses materiais podem ser reutilizados como substitutos de aditivos ou novos ingredientes nas indústrias alimentícias e farmacêuticas”, avalia Alencar.

Ação antioxidante
Em um estudo conduzido pela pesquisadora Priscilla Melo, doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Esalq, foram analisadas as castas francesas Chenin Blanc, Petit Verdot e Syrah. Essas variedades de uva foram cultivadas e vinificadas em uma importante região de vitivinicultura no Brasil, no município de Petrolina, no Vale do Rio São Francisco.

O estudo avaliou o potencial antioxidante de extratos de subprodutos vinícolas, o qual foi determinado com base na capacidade de desativação de radicais livres sintéticos e espécies reativas de oxigênio (ROS). Segundo os professores, dentro do universo conhecido, esta é a primeira vez que o potencial antioxidante dos subprodutos dessas três variedades de uvas europeias, aclimatadas a uma região semiárida, é avaliado.

Os resultados obtidos mostraram que os resíduos possuem elevada atividade antioxidante, além de serem fontes de moléculas bioativas naturais, tais como catequina, procianidina B1, epicatequina e ácido gálico. A pesquisa foi publicada na revista Food Chemistry.

Ação anti-inflamatória
Atualmente, a uva francesa Petit Verdot é cultivada no Vale do Rio São Francisco, em Pernambuco, para produzir vinhos finos envelhecidos devido ao potencial fenólico elevado. Adaptada pela primeira vez em uma extensão tropical, essa variedade tornou-se alvo de diversas pesquisas para verificar sua composição química e suas propriedades biológicas.

Um estudo preliminar no modelo de edema de pata de ratos, conduzido por Carina Denny, pós-doutoranda em Farmacologia, Terapêutica e Anestesiologia pela Unicamp, selecionou o extrato etanólico do bagaço Petit Verdot, devido a efeitos anti-inflamatórios e alto teor de conteúdo fenólico.

O estudo avaliou a atividade anti-inflamatória do extrato do bagaço de uva e suas frações de hexano, clorofórmio e acetato de etila, além de identificar o potencial das frações ou dos compostos ativos. Foi observada uma redução significativa do edema de origem inflamatória. Os resultados foram publicados no Journal of Functional Foods.

Investimento e sustentabilidade
Para os professores, é imprescindível a continuidade de pesquisas nesta área, fomentada por órgãos de pesquisa, buscando soluções ambientais, sociais e economicamente corretas, antes mesmo da intensificação destes problemas nos próximos anos.

O professor Rosalen, da Unicamp, destaca a necessidade de o governo investir mais nas universidades e o papel dos educadores. “Nós precisamos que o governo fomente mais e que tenha uma política de ciência e tecnologia nessa área de pesquisa, que, além de colaborar com a sustentabilidade da produção agrícola, pode agregar significativamente valor ao setor agroindustrial. Nós formamos alunos de alto nível, publicamos as pesquisas e temos patente, ou seja, a Universidade está cumprindo a sua função.”

Pensando na sustentabilidade, o professor Alencar destaca o que vai acontecer futuramente se nós não reaproveitarmos melhor os resíduos agroindustriais, assim como já é feito na Europa e nos Estados Unidos. “Se não nos preocuparmos com a relação meio ambiente x resíduos, ao passo em que crescermos e aumentarmos nossa produção aumentará também a poluição causada pelo descarte inadequado desses materiais. Isso pode representar também uma forma de perdermos competitividade no mercado, já que algumas indústrias e setores de mercados externos olham como nós produzimos e se nós desmatamos. Portanto, isso tudo é importante para que o mercado internacional, no futuro, não crie barreiras advindas da grande geração de resíduos agroindustriais e da falta de destino adequado a eles”, finaliza.

 

Da Divisão de Comunicação da Esalq, com edição do Jornal da USP
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

Nos últimos dez anos, os engenheiros do Rio Grande do Sul tiveram importante participação nas discussões e propostas para o desenvolvimento nacional que ajudaram a formatar o projeto "Cresce Brasil", lançado pela FNE em 2006. Agora, novamente são obrigados a se mobilizar para reverter uma situação de crise que impacta diretamente a profissão, e em particular a engenharia civil.

O reconhecimento do papel fundamental do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS) foi salientado pelo presidente da federação e do SEESP, Murilo Pinheiro, ao participar do 23° Congresso Brasileiro de Engenheiros Civis (CBENC), que aconteceu de 19 a 21 de julho último, em Porto Alegre. A liderança, no ensejo, registrou a preocupação com as obras paradas no País e os exemplos no estado gaúcho. "No Rio Grande do Sul, há um estaleiro enorme com as obras paradas", apontou. "Precisamos retomar o papel da engenharia, atuando e participando ativamente das discussões da área tecnológica", exortou, lembrando que este tem sido um objetivo do movimento Engenharia Unida, lançado em 2016, a partir dos debates sobre a grave crise que se apresentava e que permanece.


Foto: Paula Bortolini
Murilo Pinheiro destaca papel da engenharia na retomada do crescimento do País em evento que reuniu engenheiros civis.

O Engenharia Unida cresceu a partir de um trabalho conjunto das entidades, conselhos, sindicatos, estudantes, dirigentes, "para debater e trazer propostas factíveis para saída da crise, voltar o protagonismo da engenharia, por mais oportunidades aos profissionais e cidadãos brasileiros".

A primeira saída, indicou Murilo, é cobrar a retomada das cinco mil obras paradas pelo governo federal. "Cada obra retomada traz desenvolvimento para o estado, para o local, gerando empregos, desenvolvimento industrial e social". Por estar em todas as áreas, "a engenharia civil é fundamental para retomada do crescimento."

Algumas estratégias são colocadas pela FNE e as entidades mobilizadas, entre elas a de não descuidar da formação e qualificação dos profissionais. "Temos a convicção de pensarmos na educação, crescimento e desenvolvimento, podemos contribuir para questões muito importantes para o País." Murilo citou as parcerias da federação e do SEESP com a Mútua Nacional e também com o Instituto Superior de Tecnologia (Isitec) - essa falculdade pioneira em Engenharia de Inovação mantida pelo sindicato paulista.

Outra posição importante, na atual conjuntura política, é o combate à corrupção, mas sem desmontar as empresas brasileiras. "A engenharia não pode ser pautada pela judicialização, sem a opinião técnica real da situação voltada à área tecnológica", advertiu. Portanto, participar fortemente do movimento Engenharia Unida é uma forma de ter voz na discussão sobre o País e os rumos da área. "Precisamos nos fazer ouvir! Ocupar o espaço destinado à área tecnológica, que hoje não está sendo feito", exortou.

Murilo observou que as entidades já estão atuando de forma conjunta no Congresso Nacional, com a criação e fortalecimento da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, presidida pelo deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), inserindo pautas do setor no Legislativo, que dizem respeito à área tecnológica, como o conteúdo local, a Lei 8.666, a criação da carreira de estado, entre outras.

 

Da Redação FNE
Com informações de Paula Bortolini
Comunicação SEESP

 

 

 

 

Marcellie Dessimoni e Jéssica Trindade*

A engenharia é vista ainda hoje como uma profissão majoritariamente masculina, porém gradativamente a participação feminina nos cursos vem aumentando, conforme pesquisa realizada em 2015 por Waldir Quadros, economista, especialista em economia do trabalho, professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Nunca se tornou tão visível a possibilidade em alavancar o enfrentamento das desigualdades sociais, culturais e econômicas em busca do empoderamento das mulheres sob o prisma de qualidade de vida baseado nos parâmetros internacionais no combate à discriminação, conforme citações da Organização das Nações da Unidas (ONU).

Empoderar mulheres e promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da economia são garantias para o efetivo fortalecimento das economias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças, e para o desenvolvimento sustentável. (ONU MULHERES, 2017)

Desde 8 de março de 1857, a constante luta da mulher por melhores condições de trabalho e pelo reconhecimento de suas atividades e habilidades continua sendo abordada e debatida em todo o mundo. Porém, ainda enxergamos dentro do mercado de trabalho inúmeros desafios a serem enfrentados, como a desvalorização  profissional, a desigualdade de oportunidades, a diferenciação salarial, o assédio moral velado – que é invisibilizado e atua como desencadeador de dores psicológicas ao profissional, entre outros, principalmente nas áreas tecnológicas como é o caso da engenharia.

Em todos os setores de atividades, o trabalho da mulher é inquestionável, destacando-se, no entanto, o primeiro lugar, os serviços domésticos (17% das mulheres ocupadas). O segundo lugar é dos serviços de educação, saúde e assistência social, empatado com o setor de comércio (16,8% das mulheres ocupadas em cada). No quarto lugar está a indústria de transformação (com 12,4% das mulheres ocupadas) e o quinto está com o setor rural (12,2% das mulheres ocupadas). (IBGE, PNAD, 2009, apud Dieese 2011).

O mercado exige da mulher o dobro de empenho, garra e dedicação para alcançar o mesmo espaço que os homens e ainda conciliar a vida pessoal e familiar com as diversas jornadas exercidas no dia a dia, onde o seu par não foi educado e preparado para exercer a responsabilidade compartilhada nas atividades domésticas. Essa é uma concorrência desleal.

A jovem mulher atual sofre desde o ingresso na universidade onde o preconceito é muito sutil podendo passar despercebido, em sua maioria vem em forma de assédio, assim como o ingresso no mundo do trabalho que ocorre de maneira discriminatória marcada por tendências instintivas de que a mulher não tem habilidades e competências necessárias para se inserir neste mercado, não sendo vista como profissional capaz de solucionar problemas técnicos ou realizar serviços de produção pesada. Esta concepção machista está presente no cotidiano educacional das crianças que separa meninas e meninos nas atividades de estimulação cognitiva cerebral, onde o sexo masculino desenvolve brincadeiras voltadas a criação e ciências exatas e o sexo feminino realiza recreação voltada aos cuidados do lar e da ciência humana.

O Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP recebe inúmeros depoimentos de jovens engenheiras que são discriminadas e que não são respeitadas pelos próprios pares “colegas de profissão” como profissionais pelo fato de serem mulheres, no entanto é através do trabalho digno e de qualidade que inúmeras engenheiras avançam quebrando paradigmas e conquistando espaços importantes e cargos de gerencia em suas áreas é uma conquista que deve ser valorizada, apoiada e principalmente estimulada para que todas as mulheres engenheiras do Brasil tenham a mesma oportunidade em mostrar a sua competência, conhecimentos e habilidades dentro da área tecnológica.

Cito como exemplo um caso que tomamos conhecimento de uma  estudante de engenharia mecânica, que ao realizar sua atividade de estágio e visitas técnicas passou por algumas situações desagradáveis e constrangedoras, quando seus futuros colegas de profissão comentaram que pelo fato de ser mulher não serviria para realizar a função de engenheira mecânica e inclusive ressaltaram que ela estava com unhas pintadas e que não possuía mãos de engenheira mecânica, na visão deles a acadêmica deveria estar com roupas sujas de graxa, com mão calejada e totalmente desarrumada para que ela se encaixasse no suposto perfil criado pelo preconceito e pelo machismo enraizado na sociedade.

Acreditamos que cenários como este acontecem a todo o momento, porém as mulheres cada vez mais empoderadas compreendem o seu valor e buscam ultrapassar os desafios impostos por este modelo social. Percebemos que não existem barreiras ou obstáculos que não possam ser ultrapassados, através da dedicação, esforço e muito trabalho, nossos objetivos serão alcançados. O lugar da mulher é onde ela quiser e a engenharia é o nosso lugar! A engenharia do século XXI se diferencia pela participação feminina trazendo uma visão holística e periférica dentro do contexto global.

 

Marcellie Dessimoni (à dir.), engenheira Ambiental e Sanitarista e coordenadora do  Núcleo Jovem Engenheiro da FNE; e Jéssica Trindade, estagiária do Núcleo Jovem do SEESP e estudante do curso de engenharia mecânica

 

 

 

 

 

 

 

O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Santos (Sintracomos) aguarda agendamento de mesa-redonda, pelo escritório local do Ministério do Trabalho, para reclamar verbas rescisórias de 22 operários demitidos por uma empresa que prestou serviços terceirizados à Petrobras.

O vice-presidente do sindicato, Luiz Carlos de Andrade, protocolou o requerimento na segunda-feira (24/07) e espera que a audiência seja marcada com brevidade. Isso porque, segundo o dirigente, "são 22 famílias, no mínimo 60 pessoas, passando necessidades como alugueis e contas atrasadas, além de comida faltando nas mesas e gêneros de primeira necessidade”.

O sindicalista pediu a citação da Petrobras, como corresponsável pelas empreiteiras Arpoador Engenharia e Marcenaria C.A. Horn dos Santos, instaladas na Rua Cardeal, 42, bairro Helena Maria, Guarujá. Segundo Andrade, as verbas rescisórias estão atrasadas há mais de três meses.

 

Comunicação SEESP
Informações da assessoria de imprensa do Sintracomos

 

 

 

A Editoria Unesp disponibilizou para download gratuito, no site Cultura Acadêmica, 18 novos livros da Coleção Propg-Digital produzidos por docentes, pós-graduandos e pós-graduados da Universidade Estadual Paulista (Unesp). As obras abrangem as áreas de Artes, Ciência da Informação, Ciências da Motricidade, Ciências Sociais, Comunicação, Educação, Estudos Literários, Geografia, História, Letras, Linguística e Psicologia e são frutos da tradicional parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp (Propg) e a Fundação Editora da Unesp.
 

O Cultura Acadêmica é o segundo selo da Fundação Editora da Unesp (o primeiro é o Editora Unesp), idealizado para atender ao contingente de demandas editoriais dos múltiplos câmpus da Universidade Estadual Paulista. A missão primordial é a de prestar-se a “novas experimentações”, com abertura “a parcerias editoriais com órgãos da direção central da Unesp assim como com suas várias unidades universitárias e cursos de pós-graduação, buscando sempre a qualidade pautada nos conselhos editorias e comissões científicas responsáveis por cada um dos volumes publicados”.            

Confira abaixo, por áreas, os títulos publicados:          

Artes  

Título: É um livro...? Mediações e leituras possíveis 
Autor: Camila Feltre - IA - São Paulo  

Título: Mediação cultural em museus e exposições de história: Conversas sobre imagens/história e suas interpretações 
Autor: Valéria Peixoto de Alencar - IA - São Paulo        

Ciência da Informação  

Título: A mediação da informação na teoria arquivística 
Autor: Mariana Lousada - FC - Marília  

Título: Exclusão digital: Discurso e poder sobre a tecnologia da informação 
Autor: Cristian Berrio-Zapata e Ricardo César Gonçalves Sant'Anna - FC - Marília         

Ciências da Motricidade

Título: Políticas docentes de formação de professores no estágio supervisionado Colômbia, Brasil, Argentina e Chile
Autor: Carlos Federico Ayala Zuluaga, Samuel de Souza Neto e Tadeu Laochite - IB - Rio Claro  

Ciências Sociais  

Título: Do perigo ao risco: A gestão e o controle da juventude no sistema socioeducativo de São Paulo 
Autor: Joana D'Arc Teixeira - FC - Marília  

Comunicação  

Título: #descontent@mento: O que comunicam os protestos brasileiros de 2013 
Autor: Claudio Bertolli Filho e Vinícius Martins Carrasco de Oliveira - FC - Bauru         

Educação  

Título: Em defesa da escola pública: O fórum de educação na constituinte e o princípio da gestão democrática no ensino público 
Autor: Camila Pinheiro - FC - Marília  

Título: Uma arqueologia do ensino de filosofia no Brasil: Formação discursiva na produção acadêmica de 1930 a 1968
Autor: Tiago Bretam Perencini - FC - Marília  

Estudos Literários  

Título: Absurdo e censura no teatro português: A produção dramatúrgica de Helder Prista Monteiro (1959-1972)
Autor: Márcia Regina Rodrigues - FCL - Araraquara  

Título: O esquecido de si, Dante Milano: Rastros de uma poética do esquecimento
Autor: Márcia Regina Rodrigues - FCL - Araraquara        

Geografia  

Título: Territórios, multiterritorialidades e memórias dos povos Guarani e Kaiowá: Diferenças geográficas e as lutas pela des-colonização na reserva indígenas e nos acampamentos - Tehoka - Dourados (MS)
Autor: Juliana Grasiéli Bueno Mota - FCT - Presidente Prudente  

Título: A produção imobiliária e a reestruturação das cidades médias: Londrina e Maringá (PR) 
Autor: Wagner Vinícius Amorim - FCT - Presidente Prudente         

História  

Título: Biografia e história em Raimundo Magalhães Junior: Narrativas de panteonização e iconoclastia 
Autor: João Muniz Junior - FCL - Assis 

Letras  

Título: Inglês de Souza: Imprensa, literatura e realismo 
Autor: Marcela Ferreira - FCL - Assis        

Linguística  

Título: Análise fonológica de nomes próprios de origem estrangeira e novas criações em português brasileiro 
Autor: Natália Zaninetti Macedo - FCL - Araraquara  

Título: Brasil, Moçambique e Angola: Desvendando relações sociolinguísticas pelo prisma das formas de tratamento
Autor: Sabrina Rodrigues Garcia Balsalobre - FCL - Araraquara       

Psicologia  

Título: O discurso do humor politicamente incorreto no mundo contemporâneo 
Autor: Mateus Pranzetti Paul Gruda - FCL - Assis

Mais informações sobre os livros publicados pela Editora Unesp estão disponíveis no site: www.editoraunesp.com.br

 
Notícia da Assessoria de imprensa da Fundação Editora da Unesp
Comunicação SEESP
 
 
 
 
 

Reproduzimos, a seguir, matéria bem interessante publicada na Revista E, do Sesc, edição de julho (nº 253), com o médico patologista e pesquisador Paulo Saldiva. Ele acredita em novas maneiras de se relacionar e interagir com o espaço urbano para a longevidade nas metrópoles. Nascido em 1954, na cidade de São Paulo, Saldiva ausculta o pulmão da capital, como se ela fosse um paciente, e prescreve mudanças de comportamento aos cidadãos, células desse organismo complexo. Especialista em poluição e doenças relacionadas ao tema, Saldiva dirige, atualmente, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) e já participou (como autor e coautor) de 580 artigos científicos nas áreas de patologia pulmonar, patologia ambiental e poluição atmosférica. A seguir, trechos do depoimento do pesquisador, no qual ele fala sobre mobilidade urbana, novos hábitos, importância das relações sociais e contato com as artes como aliados da qualidade de vida.

Nasci em São Paulo em 1954. Naquele período, a cidade se imaginava e flertava com a ideia de ser uma cidade moderna e sofisticada. Uma esperança antes de ela crescer como uma pipoca e sucumbir à própria estrutura. Como asmático, percebia que alterações de clima e poluição faziam com que minha asma piorasse. Eu me dediquei ao tema da poluição e estudei doenças respiratórias. Para isso, escolhi a patologia.

Tenho o duvidoso privilégio de ver os paulistanos pela última vez. Fazemos 15 mil autópsias de morte natural por ano e em cada uma delas vejo as marcas que a cidade deixa nas pessoas e nas suas famílias, a exemplo das manchas de carbono no pulmão. Mas o fato é que a poluição é apenas um dos indicadores dos exames alterados de uma cidade doente.

Corpo urbano
Comparo a cidade a um ser vivo: cada bairro é um órgão e nós somos as células que constituem esses órgãos. A cidade de São Paulo é uma senhora de 463 anos, obesa, que já não suporta sua estrutura. Quando chove, ela faz edema; quando não chove, desidrata. Ela tem deficiência renal porque não filtramos a água; diabetes, porque usamos a energia de forma perdulária; doenças autoimunes que fazem com que as próprias células de defesa agridam, por sua vez, células residentes sem motivo aparente. Tem calvície, ou seja, onde tem gente não tem verde, e onde tem verde não tem gente. Na cidade, as ruas são artérias que fazem a comunicação precária que vemos atualmente.

Arte, educação e socialização
Já foi comprovado que viver perto de um equipamento de lazer diminui em 30% o risco de doença cardiovascular. Mas a gente não prescreve isso. Quando o indivíduo realiza alguma atividade artística ou se reúne com pessoas para fazer algo prazeroso, ele produz mais substâncias anti-inflamatórias. Não é à toa que os hospitais têm cada vez mais áreas verdes e promovem mais arte, porque os pacientes saram com maior rapidez. Então, existe uma resposta orgânica ao estético.

Temos receptores para a beleza, para o conhecimento, para as relações afetivas. Indivíduos que vivem isolados morrem mais rápido de câncer, suportam pior a quimioterapia, têm maior incidência de doenças cardiovasculares. Por isso, o desafio é incorporar esses novos conhecimentos a políticas de saúde.

Casos aqui e fora
Há estudos que mostram a influência na saúde e na expectativa de vida com indicadores como parques, bibliotecas, atividades associativas. Em Medelín (Colômbia), por exemplo, o governo conseguiu resgatar uma geração que poderia se encaminhar para a criminalidade criando bibliotecas vivas, espaços de encontro. Dados de um estudo em Londres associam o metrô à expectativa de vida: no centro da cidade, a expectativa é de 90 anos, mas você perde um ano de vida a cada duas estações rumo à periferia. Em São Paulo esse número é de seis anos.

Acredito, sinceramente, que existe uma dimensão oculta de qualidade de vida e de saúde dentro de uma visão ecossistêmica do que é uma cidade. Se você não souber manter ou recriar relações afetivas sociais, por exemplo, você está perdido. Por isso, o melhor que você pode fazer depois dos 60 anos – comparando com parar de fumar e parar de beber – é manter relações afetivas sociais. Essa discussão incorpora temas que fogem da saúde convencional, ou seja, a saúde não cabe mais na saúde.


https://www.youtube.com/watch?v=yw1yXtFrbB4&index

 

 

Comunicação SEESP

 

 

Estudo desenvolvido pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) elencou e hierarquizou uma série de obras prioritárias para ampliar a participação dos portos do chamado Arco Norte no escoamento da safra de grãos para o mercado externo. A aplicação de investimentos em obras estratégicas e o fortalecimento da logística na região seriam fundamentais para garantir a competitividade e a expansão da produção de grãos no Brasil nos próximos dez anos. O Arco Norte engloba todos os portos dos estados da região Norte e também o Maranhão.

Resultados preliminares desse estudo foram apresentados em audiência com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, em fevereiro deste ano e desde então são acompanhados pelo secretário-executivo do ministério, Eumar Novacki. “O sistema desenvolvido pela Embrapa fornece regularmente informações fundamentais para a atuação do Ministério da Agricultura na temática da logística e do planejamento territorial, de forma extremamente qualificada”, afirma o secretário-executivo, que mantém contato direto com a equipe do projeto em Campinas (SP).

De modo a atender às projeções do setor para a produção em 2025, o Arco Norte deve mais que dobrar sua capacidade atual de escoamento, alcançando 40% de participação no volume total de grãos exportados pelo País. Para isso, o estudo aponta a necessidade de investimentos de curto e médio prazo na infraestrutura logística do transporte dos grãos em Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso.

A ampliação da participação dos portos de Itacoatiara, Santarém, Barcarena/Vila do Conde e Itaqui nas exportações contribuirá para diminuir o custo do frete e aumentar a rentabilidade do produtor. Esses portos estão mais próximos dos principais mercados internacionais e também das maiores zonas produtoras de grãos, como a região Centro-Oeste, que concentra 42% da produção nacional, e podem oferecer vantagens competitivas em relação aos portos das regiões Sudeste e Sul, ainda responsáveis por 81,5% do escoamento da safra nacional de grãos de acordo com dados de 2015. Dos cerca de 85 milhões de toneladas de grãos exportados naquele ano, os portos do Arco Norte responderam por apenas 18,5% do volume total.

As obras classificadas como prioritárias contemplam os três modais logísticos da região e incluem a duplicação, asfaltamento e melhorias na sinalização das pistas, vias de contorno de cidades e acessos aos terminais portuários ou intermodais de quatro rodovias federais e de uma rodovia estadual (BR-163, BR-080, BR-364, BR-242 e MT-319). Também estão listadas obras para o aumento da capacidade de fluxo das hidrovias dos rios Madeira e Amazonas, por meio de dragagens e melhorias na sinalização, além da operacionalização de novos trechos da Ferrovia Norte-Sul e a construção de uma nova estrada de ferro, a Ferrogrão, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA).

Para a hierarquização das principais obras e intervenções, a Embrapa desenvolveu um Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE), baseado em geotecnologias, que possibilitou analisar cenários futuros com base nas projeções do Mapa para 2025. Previsões otimistas indicam que as exportações de soja e milho podem chegar a 182 milhões de toneladas. “Levantamos a situação atual e futura de cada um dos portos que fazem parte do sistema Arco Norte e de sua bacia logística. Caso essa projeção se concretize e os portos da região não realizem novos investimentos, além dos programados, haverá um déficit operacional de seis milhões de toneladas, mesmo atuando com 100% da capacidade projetada”, explica Gustavo Spadotti, analista do Gite. Em um cenário mais conservador, com o volume exportado alcançando 124 milhões de toneladas, os portos do Arco Norte continuariam aptos a atender o fluxo para o mercado externo, escoando 40% da produção de grãos.

Logística traz resultados rápidos
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo de Miranda, que coordena o estudo, a curto prazo os ganhos de competitividade da agricultura brasileira com a melhoria da logística podem ser muito maiores e mais rápidos do que os obtidos atualmente pela adoção de inovações tecnológicas no sistema produtivo. “O agronegócio precisa conhecer, gerir e intervir melhor no tema da sua macrologística, como já faz o setor de mineração e industrial”, destaca.

A indicação das obras necessárias para melhorar a logística do escoamento da safra considerou as bases temporais sobre a produção de grãos, os dados geocodificados sobre os modais logísticos, a retrologística de insumos e as modalidades de investimento possíveis – concessões, parcerias público-privadas e recursos do Tesouro Nacional. “Isso implica em uma série de cálculos de custos, competitividade e retorno de ganhos econômicos e financeiros”, ressalta Miranda. Com isso, ele complementa, pode-se dizer se uma determinada obra rodoviária de médio prazo pode ser concedida ou não, ou orientar gestões públicas quanto ao melhor tipo de investimento, sempre tendo como foco a competitividade.

Macrologística Agropecuária
A proposta da Embrapa ao desenvolver um Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE) é oferecer uma visão dinâmica e integrada para governos e setor privado sobre a macrologística agropecuária. O objetivo é organizar e agregar informações sobre os modais de transporte e os dados das principais cadeias agropecuárias, integrando informações sobre os fluxos de origem e destino da produção, voltada tanto para o mercado interno quanto para a exportação, e a retrologística de insumos. O SITE da Macrologística Agropecuária permite análises da situação atual e a construção de cenários futuros para o escoamento da produção e a demanda por investimentos.

Até o momento, o Gite cartografou, qualificou e quantificou os caminhos seguidos pela safra de grãos no território nacional desde as áreas de produção até a exportação. Foram estruturados bancos de dados geocodificados sobre as áreas de produção, delimitadas as principais bacias logísticas de escoamento da safra, identificada e geocodificada a logística viária associada a cada bacia logística e quantificados os fluxos das exportações brasileiras de grãos e farelos. O mapeamento mostrou, por exemplo, que a safra destinada às exportações em 2015 chegou aos dez principais portos brasileiros principalmente via modal ferroviário (47%), seguida pelo rodoviário (42%) e hidroviário (11%).

Para a construção do sistema, foram integrados dados gerados por diversos órgãos, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dos Transportes, Portos e Aviação Civil e da Indústria e Comércio. Também foram consideradas informações vindas do setor privado, associações, cooperativas e instâncias representativas, como a Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, da qual a equipe do Gite é membro.

 

Notícia do Boletim Embrapa, nº 139
Comunicação SEESP
Foto da home: Pixabay

 

 

 

 

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