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04/11/2011

Garantir água limpa e consumo responsável

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Duas iniciativas apresentadas na quinta edição do EcoSP visam dar conta desses desafios.

        O tema foi abordado em duas palestras, durante a tarde do dia 4 de novembro, na segunda sessão plenária do EcoSP (Encontro Ambiental de São Paulo). Em sua quinta edição, o evento contou com a apresentação de Letycia Janot, da Iter Consultoria e do Sinesp (Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo), sobre consumo responsável do recurso hídrico, e de Márcio Correia Ribeiro, do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que discorreu acerca do Programa Água Limpa.

        Introduzindo o assunto, Janot destacou que o modelo atual não é sustentável a longo prazo. Baseia-se, conforme sua explanação, na superexploração de recursos naturais, resulta em muitas perdas e gera volumes consideráveis de resíduos a serem descartados. “Temos que promover mudanças no estilo de vida atual, seja na impermeabilização do solo, na questão do transporte, fontes de energia, através de ações integradas” - de governo, corporações e individuais. Ela acrescentou: “É preciso mudar o processo produtivo, de modo que se tenha materiais reaproveitados indefinidamente ou completamente biodegradáveis, e a forma de consumo, por meio da educação ambiental.” Para assegurar a conscientização, de acordo com Janot, é imprescindível fornecer informações transparentes aos consumidores sobre os impactos nos hábitos de consumo.

        A consultora apresentou o projeto “Água na Jarra”, da ONG Igtiba (em tupi-guarani, água em abundância, como explicou ela), da qual é uma das sócias-fundadoras, como uma iniciativa para despertar o consumo responsável entre os cidadãos. Trata-se de elucidar sobre o valor de se consumir água filtrada em detrimento da engarrafada. “O objetivo é priorizar seu uso, o que vai além de reduzir as PETs; valorizá-la custo menos e tem a ver com a importância de proteção dos mananciais.” Ademais, vai ao encontro de movimento mundial “a favor da água da torneira”. Na vanguarda, segundo Janot, 14 restaurantes no Estado de São Paulo se engajaram a essa proposta e passaram a servir a seus clientes o líquido filtrado, “na jarra”.

        O Programa Água Limpa, do Daee, objeto da palestra de Ribeiro, casa-se, como indicado por ele, com a ideia de sustentabilidade pensada no projeto da Igtiba. Com investimentos da ordem de R$ 616,06 milhões financiados pelo Governo do Estado a cidades a fundo perdido, dos quais R$ 98 milhões já aplicados em obras concluídas, deve beneficiar, asseverou o representante do órgão, 3,1 milhões de habitantes quando finalizado, em 2017. O universo corresponde a 280 municípios paulistas não operados pela Sabesp, em que estão projetadas ou em desenvolvimento ações para assegurar sobretudo coleta e tratamento de esgoto. Em sua apresentação, o quadro que o programa tenta reverter, pelo menos localmente: sete crianças morrem diariamente no País, vítimas de diarreia, e mais de 700 mil pessoas são internadas por falta desses serviços. “O acesso ao saneamento reduz em 36% essas incidências”, atestou Ribeiro, para quem ainda os engenheiros são peça-chave para tocar essa iniciativa.



foto: Beatriz Arruda
www.fne.org.br




Lido 4004 vezes Última modificação em 05/11/2011
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