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     As Faculdades Logatti, de Araraquara, ministram o curso de especialização em Gestão de Sistemas de Saneamento Ambiental. Trata-se de uma pós-graduação que objetiva capacitar os profissionais em projeto, implantação, operação e gestão dos meios e serviços do setor, com direcionamento à questão ambiental.
     A grade traz conceitos de planejamento e gestão, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade social, educação e legislação ambiental, saúde pública e epidemiologia, administração de empresas de saneamento, avaliação de impactos, controle de perdas em sistemas de abastecimento de água, controle laboratorial, geologia e geotécnica e sistemas de gestão ambiental ISO 14.000.
     O currículo traz ainda informações geográficas aplicadas ao planejamento e gestão de recursos hídricos, resíduos atmosféricos, líquidos e sólidos, abastecimento de água, drenagem urbana, sistemas hidráulicos prediais e metodologia de ensino superior.
     As inscrições estão abertas até 21 de novembro. Com início em 24 do mesmo mês, o curso tem duração de 14 meses, 456 horas de carga e aulas das 7h30 às 17h30. O pagamento é em 20 parcelas de R$ 320,00. Outras informações no site www.logatti.edu.br, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e telefone (16) 3301-2410.

 

 

06/12/2009

CURSOS

PRESIDENTE PRUDENTE
Unitoledo (Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”)

Site: www.unitoledo.br
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Telefone: (18) 3901-4005
• Projetos agroindustriais.
Para quem quer se capacitar no desenvolvimento de projetos para a gestão de negócios na agroindústria. Preço de R$ 840,00, em três parcelas. Nos dias 9, 10, 23, 24 e 30 de novembro e 1º de dezembro.
Com carga de 36 horas.

SANTOS
Clube do Conhecimento – Unimonte
Site: www.clube.unimonte.br
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Telefone: (13) 3235-6510
• Curso básico de Matlab.
Dia 24 de novembro, das 8h às 18h, o curso trata da utilização do ambiente Matlab para realização de cálculos simples e complexos. Custo de R$ 90,00.

UniSanta (Universidade de Santa Cecília)
Site: www.unisanta.br
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Telefone: (13) 3202-7100
• Engenharia de petróleo e gás natural. O curso apresenta as áreas de geologia e aspectos das engenharias de poços, reservatórios, produção, processamento, logística e avaliação econômica de projetos de produção. Com início previsto para o dia 10 de novembro de 2007 e término em abril de 2009. São 456 horas de carga e pagamento em
18 parcelas de R$ 650,00.

SÃO PAULO
Anpei (Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras)
Site: www.anpei.org.br
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Telefone: (11) 3842-3533
• Gestão da inovação tecnológica: modelo e ferramentas. Nos dias 12 e 13 de novembro, para conhecer conceitos, métodos e ferramentas de gerenciamento de processos inovadores. As inscrições estão abertas até 8 de novembro. Custo de R$ 1.210,00.

Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto)
Site: www.ibracon.org.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone: (11) 4741-6022
• Como projetar sistemas de impermeabilização eficientes e duradouros para proteção das edificações. Curso para selecionar, detalhar e fiscalizar sistemas de impermeabilização eficientes para as áreas sujeitas à ação da água e demais fluidos. Com casos reais ocorridos em obras. Preço de R$ 160,00. Dia 29 de novembro, com carga de 8 horas.

 

 

06/12/2009

Canteiro

Responsabilidade civil e penal é tema em Marília
      Realizou-se em 18 de outubro, na Unimar (Universidade de Marília), palestra sobre responsabilidade civil e penal dos profissionais e empresas relativa a acidentes de trabalho. Promovido pelo SEESP, por meio de sua delegacia sindical na cidade, o evento ministrado pelo engenheiro de segurança do trabalho Celso Atienza, vice-presidente dessa entidade, reuniu cerca de 150 pessoas. Na ocasião, os participantes puderam se informar sobre a teoria das responsabilidades profissionais, ética e conduta observadas em relação a acidentes de trabalho. Para o palestrante, iniciativas como essa são importantes porque muitas vezes o envolvimento em processos criminais e civis se dá por desconhecimento sobre essas questões. Entre os assuntos abordados, as ordens de serviço necessárias de acordo com o item 1.7 da NR-1 (norma regulamentadora) e as responsabilidades em uma empresa, nos diversos níveis hierárquicos.

Assinado acordo com a AES Tietê
     No dia 17 de outubro, o SEESP e a empresa assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho 2007/2010. Destacam-se entre os itens contemplados reajuste de 4,5% (limitado ao teto de R$ 7.800,00, a partir do qual o reajuste transforma-se em acréscimo salarial fixo de R$ 351,00); garantia de pagamento de PLR (participação nos lucros e resultados) e de adicional dessa para os anos de 2008, 2009 e 2010 em valores e condições a serem negociadas anualmente; piso de R$ 3.657,50, manutenção de 96% do quadro funcional da AES Tietê, gratificação de férias correspondente a R$ 1.323,30 (valor fixo) + 40% da diferença entre esse e o salário do empregado (inclusos os adicionais de periculosidade, insalubridade e de turno), além de vigência bianual do acordo, com prorrogação automática até 31 de maio de 2010, à exceção da cláusula de reajuste salarial, que será negociada anualmente na data-base (1º de junho).

Julgado dissídio contra Cesp e Emae
     Realizado em 25 de outubro no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), o julgamento do dissídio coletivo impetrado pelo SEESP contra a Emae e a Cesp, relativo às campanhas salariais 2007, resultou em avanços para a categoria. A Justiça determinou reajuste de 4,67% retroativo à data-base (1º de junho), PRR (programa de remuneração por resultados) de uma folha de pagamento, englobando o salário nominal mais adicionais e vigência de um ano para a norma coletiva de trabalho.

Diretor do SEESP em Bauru assume regional dos Correios
     O engenheiro civil Luiz Roberto Pagani, presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru, assumiu em 8 de outubro a Diretoria Regional São Paulo-Interior dos Correios. Essa abrange área geográfica de 224 mil quilômetros quadrados, que reúne população em torno de 17 milhões de habitantes. A seu cargo, ficam, assim, 583 municípios paulistas – as exceções são os da Região Metropolitana de São Paulo e Baixada Santista, sob incumbência da Diretoria Regional Metropolitana. 
     Segundo Pagani, nos Correios, os planos para 2008 incluem aumentar o número de postos de atendimento – a previsão é de instalação de cerca de cem novas unidades –, assim como o contingente para entrega de correspondências, com contratação de pessoal para distribuição. O objetivo é também a reestruturação das regiões operacionais, “estrategicamente distribuídas em 12 cidades do Interior”. São elas: São José dos Campos, Campinas, Sorocaba, Rio Claro, Ribeirão Preto, Araraquara, São José do Rio Preto, Votuporanga, Araçatuba, Bauru, Botucatu e Presidente Prudente.

Continuam abertas as inscrições para o I EcoSão Paulo
     Incluindo temas como o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado em 2006 pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), que reúne as contribuições da categoria a uma plataforma nacional de desenvolvimento com inclusão social –, fontes renováveis de energia, aquecimento global, recursos hídricos, agricultura e meio ambiente, entre outros, o I EcoSão Paulo (Encontro de Meio Ambiente) continua com inscrições abertas, sem qualquer ônus. O evento acontecerá de 7 a 9 de novembro, no Novotel São Paulo Center Norte, na Capital. Maiores informações no site http://www.ecovale.org.br ou pelo telefone (12) 3633-5411.

Sindicato discutirá projeto que cria conselho municipal de C&T
     Apresentado na Câmara Municipal de São Paulo pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB), o Projeto de Lei nº 634/2007, que trata da criação do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, será discutido com o SEESP. O objetivo é levar em conta a experiência dos engenheiros na instituição desses fóruns em outras cidades e agregar suas contribuições para a implementação na Capital, o que pode redundar inclusive em substitutivo à proposta. Conforme o PL, o conselho, com caráter consultivo, visaria apoiar e incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico na cidade, cooperando com a política para a área a ser instituída pela Prefeitura de São Paulo.

Jantar em Taubaté
     O SEESP, por intermédio de sua delegacia sindical em Taubaté, realiza no dia 1º de dezembro próximo jantar em comemoração ao Dia do Engenheiro e do Arquiteto – 11 do mesmo mês. O evento já tradicional ocorrerá neste ano na Mansão Fabelle, no município, e será animado pela San Francisco Tropical Band, que fará viagem ao tempo desde os anos 60 e 80 até os dias atuais. Os convites estão à venda. Maiores informações pelos telefones (12) 3633-5411 ou 3633-7371.

Engenheiros na Conferência das Cidades
     Representando a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), estarão presentes à 3ª Conferência Nacional das Cidades 15 delegados titulares. De São Paulo, serão cinco, que o SEESP conseguiu eleger no evento estadual. Visando influir nas políticas públicas, os engenheiros defenderão duas propostas prioritárias, aprovadas no Ceará: a criação do programa de assistência técnica nos moldes do “Saúde da Família”, com inclusão de equipes multiprofissionais na área tecnológica, e de um fundo ao seu funcionamento. Sob o lema “Avançando na gestão democrática das cidades” e o tema “Desenvolvimento urbano com participação popular e justiça social”, a conferência nacional acontece em Brasília, de 25 a 29 de novembro próximo.

 

 

    Conforme divulgado pela imprensa no início do mês, a Secretaria da Fazenda desenha, a pedido do governador José Serra, um plano para privatizar a Cesp Paraná, única geradora que sobrou ao Estado após o desmonte dos anos 90. Depois de, em setembro último, anunciar que venderia apenas ações que excedessem o controle sobre as diversas empresas estaduais, agora o Governo pretende se desfazer totalmente da companhia, avaliada – a parte que pertence ao Estado – em R$ 5 bilhões. O argumento apresentado para tal decisão não é novo: não há necessidade de ter uma geradora de energia. Os que pretendem levar a leilão a empresa também consideram apropriado o momento de risco de apagão para vendê-la.
      Difícil saber em que parte do raciocínio reside o maior equívoco. Em primeiro lugar, ao abrir mão da geradora, ainda uma das maiores do País embora tenha sido fatiada em três, o Governo paulista desiste também de um importante instrumento de indução do desenvolvimento. Como se sabe, geração de energia não é qualquer atividade econômica e trata-se, sim, de interesse de Estado com importantes repercussões na vida da população, na atividade industrial e na economia em geral. 
      Além disso, chega a surpreender que a iminência de escassez de energia pareça apropriada para que São Paulo abra mão de qualquer possibilidade de intervir no planejamento do setor elétrico e de contribuir para tentar evitar o problema. Imagina-se que o cálculo seja com relação à arrecadação, que pode ser maior já que energia será um bom negócio. A atitude revela uma visão pautada pela especulação e longe de ser estratégica, o que a torna nada apropriada ao gestor público e francamente lamentável. A decisão chama ainda a atenção tendo em vista que o Governo do Estado havia desistido da privatização da Cesp em 2001, exatamente quando houve o racionamento de energia, causado, como se sabe, pelo processo de desestatização que trouxe aumento de tarifas, queda na qualidade dos serviços e desobrigação de expandir o sistema.
     Já autorizado por lei a vender a companhia, o Governo precisa ser convencido politicamente pela sociedade civil que está à beira de cometer um grande equívoco. Também de acordo com as notícias divulgadas, a idéia é realizar a venda no início de 2008. Nesse curto período, é preciso unir forças e reverter tal projeto, que, como se viu no passado e por todos os motivos da conjuntura atual, tende a ser extremamente danoso ao povo paulista.

 

 

Osvaldo Passadore Junior

     Uma instituição não chega aos 40 anos por mero acaso. E foi essa a marca que a Aecesp (Associação dos Engenheiros das Companhias Energéticas no Estado de São Paulo) atingiu no dia 14 de novembro último, motivo de grande orgulho e alegria para todos nós, que fazemos parte dessa história.
     A entidade surgiu em 1967, como Associação dos Engenheiros da Cesp, em função da necessidade de os engenheiros da recém-criada companhia – que nasceu como Centrais Elétricas de São Paulo e depois passaria a Companhia Energética do Estado de São Paulo – terem uma representação que atuaria defendendo seus interesses junto à diretoria da empresa.
      Nas décadas de 60 e 70, no auge do desenvolvimento nacional, quando foram implantadas as principais usinas hidrelétricas do Estado de São Paulo, tais como Jupiá e Ilha Solteira, a Aecesp participou das principais decisões técnicas desse processo. O lema, então, era: “Vamos arregaçar as mangas.”
     Nos anos 80, mais madura, a associação ganhou as ruas e participou ativamente no processo de redemocratização do Brasil e da campanha pelas “Diretas já”. Na década de 90, exerceu forte pressão para influenciar a estrutura do novo modelo energético brasileiro, defendendo que a expansão do sistema é que deveria ter grande participação da iniciativa privada, trabalhando com as grandes estatais em projetos que contemplassem as PPPs (Parcerias Público-privadas).
      No mesmo período, a Aecesp empenhou-se em se adaptar à nova realidade do setor em São Paulo, tendo em vista que a Cesp foi dividida em cinco novas empresas, várias delas privatizadas depois. Assim, em 1998, a entidade teve seu estatuto atualizado e mudou seu nome para Associação dos Engenheiros das Companhias Energéticas de São Paulo.
     No século XXI, após concluído o processo de privatização da Cesp – que por enquanto só não afetou a Cesp Paraná –, desafio surge no horizonte: conseguir novos associados e tomar decisões que a levem a comemorar, daqui a 40 anos, o seu 80º aniversário, continuando a ser referência às demais agremiações de engenheiros que surgirão por todo o País. Com esse norte, a Aecesp defenderá sempre os interesses dos profissionais das energéticas e também os do cidadão brasileiro.


Osvaldo Passadore Junior é diretor do SEESP e presidente da Aecesp (Associação
dos Engenheiros das Companhias Energéticas no Estado de São Paulo)

 

 

     O evento realizado pelo SEESP entre 7 e 9 de novembro na Capital colocou em pauta o grande desafio da atualidade: crescer de forma sustentável, ou seja, assegurando que as futuras gerações tenham à disposição os recursos naturais necessários à sua sobrevivência. Sucessor do EcoVale, que aconteceu por quatro anos consecutivos na cidade de Taubaté, o I EcoSP (Encontro de Meio Ambiente de São Paulo) incluiu em sua pauta o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”.
     O primeiro tema a ser tratado, pelo professor da Unitau (Universidade de Taubaté), Márcio Joaquim Estefano de Oliveira, foi justamente “desenvolvimento sustentável”, que, segundo ele, implica “planejar e executar ações, levando em conta simultaneamente as dimensões econômica, ambiental e social”.
     O superintendente de Planejamento Estratégico de Transporte da SPTrans (São Paulo Transporte), Laurindo Martins Junqueira Filho, recorreu ao mito de Prometeu, que roubou o fogo dos deuses e o franqueou aos humanos, para lembrar que a sociedade contemporânea debate-se com uma questão ancestral: a luta entre a natureza e o homem, sendo que esse hoje precisa ter em mente as conseqüências de suas ações. “Portanto, ao planejar o sistema de transporte, precisamos fazer opções sustentáveis”, ponderou. Nesse contexto, ele lembrou a importância de se buscar fontes alternativas de energia ao diesel, presente na maior parte da frota de ônibus da cidade de São Paulo.
     Simão Saura Neto, da Superintendência de Serviços Veiculares da SPTrans, falou sobre a importância das condições de operação, conforme aponta pesquisa. “Na simulação do ciclo Expresso (no corredor exclusivo, com velocidade de 25km/h), há redução de 52% no consumo de diesel, 74% nas emissões de CO, 46% de HC e 57% de NOx e de material particulado”, relatou.
     Jorge Moya Diez, engenheiro de controle ambiental da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), conclamou os cidadãos a fazerem a sua parte, lembrando que “as entidades de fiscalização jamais conseguirão estar em todos os lugares. É preciso conscientização sobre, por exemplo, desperdício de água, que já é escassa em várias partes do mundo”.
     Essa foi exatamente a questão abordada por Edmundo Garcia Agudo, que atua desde 1994 junto à ONU (Organização das Nações Unidas), para quem é preciso saber usar para não faltar. Como exemplo positivo nessa área, ele citou o que foi feito na cidade estadunidense de El Paso, no Texas, e em sua vizinha mexicana Ciudad Juaréz, essa última fadada a ficar sem o precioso líquido já em 2005, devido ao desperdício.
     Segundo Agudo, na localidade texana, foi necessário um esforço de gestão para cortar pela metade o gasto médio diário por pessoa de 830 litros – quando o volume considerado adequado mundialmente é de 150 litros. Entre as medidas, instituiu-se a cobrança pelo uso do recurso hídrico, dias de semana alternados para irrigação, além de soluções como reciclagem de esgoto e dessalinização. O Brasil, apesar da condição privilegiada de detentor das maiores reservas de água doce do mundo, para ele, deveria começar a pensar em gestão sustentável desde já. Inclusive de seus aqüíferos, os quais “têm que ser considerados recursos estratégicos em épocas de crise”. O consultor da ONU alertou ainda que a elevação do nível do mar – conseqüência do aquecimento global – também afeta a disponibilidade de água doce no planeta.
     Equacionar o problema, na concepção de Rubens Harry Born, diretor executivo do Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, passa por medidas tecnológicas, econômicas e sociais, entre elas contribuir para o reflorestamento, transformar sistemas produtivos, tecnológicos e hábitos de consumo. Entre as alternativas, Suani Teixeira Coelho, secretária executiva do Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa), discorreu sobre o uso de energias renováveis, com ênfase para o etanol.
     Completaram a programação Ricardo Salgado, superintendente de Meio Ambiente da Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista), e Alexandre Breda, gerente de grande comércio da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), que falaram respectivamente sobre o programa ambiental na empresa e o cenário de gás natural no Estado.

Transgênicos
      A grande polêmica do I EcoSP ficou reservada para o tema “Agricultura e meio ambiente”, tratado pelo professor e pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Mohamed Habib. Na palestra, mereceu destaque a questão das plantas geneticamente modificadas: “Reconhece-se o valor da pesquisa, que é positiva, mas quanto à aplicação dessa tecnologia é preciso avaliar melhor.”
      Segundo Habib, para ser sustentável, o transgênico deveria ser: tecnicamente aplicável, legalmente regulado, economicamente vantajoso, moral e eticamente aceitável, socialmente benéfico, ambiental e biologicamente seguro. “Apenas as duas primeiras exigências são atendidas”, observou ele. Além disso, afirmou o professor, a Lei de Biossegurança ainda deixa a desejar. “Deveria haver uma legislação para pesquisa e outra para a aplicação e serem separadas as regras para transgenia agronômica e médica”, apontou.
     O princípio da precaução com relação aos transgênicos foi também defendido pela pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Deise Maria Fontana Capalbo, e pelo professor da Unicamp, José Maria Gusman Ferraz. De acordo com esse último, os estudos feitos até agora não descartam a possibilidade de haver efeitos sobre a saúde humana e animal. Por isso e tendo em vista que 90% dos alimentos processados possuem ingredientes transgênicos, ele propôs a correta identificação e rotulagem desses produtos.
      A defesa dos geneticamente modificados ficou a cargo de Eugênio Cesar Ulian, gerente de relacionamento com a comunidade científica da Monsanto: “Por serem tão estudadas e terem se mostrado tão seguras, essas culturas são um sucesso. Tem evoluído entre 10% e 15% ao ano para controle de ervas daninhas e insetos.” A mesma posição tomou o biólogo e professor da USP (Universidade de São Paulo), Crodowaldo Pavan, radicalmente favorável ao uso da tecnologia como forma de garantir a produção de alimentos necessários à humanidade. “Sabe-se mais o que acontece nesse processo que no melhoramento tradicional”, asseverou. Contudo, ele condenou o patenteamento de sementes por grandes empresas. “É um absurdo de lógica.”

Bom humor
      Após a maratona de debates, o evento foi encerrado pelo comentarista da rádio CBN e do Fantástico, na TV Globo, Max Gehringer, que garantiu o toque bem-humorado, com sua palestra “A comédia corporativa”. Entre as observações que arrancaram risos da platéia, um alerta: é fundamental estar atento às mudanças.
      Ainda conforme Gehringer, a grande transformação ocorrida no mercado de trabalho foi a ascensão feminina, cuja presença em cargos de chefia amplia-se um ponto percentual a cada ano. Nesse ritmo, apontam pesquisas, em 2027, as mulheres serão 52% do total nas gerências. Ele indicou ainda a receita para o sucesso profissional: “ter talento, criatividade e manter-se atualizado.” Nas empresas, é preciso ter visão de futuro e respeito pela experiência.


Rita Casaro
Colaborou Soraya Misleh


 

     Ao dar início ao I EcoSP (Encontro de Meio Ambiente de São Paulo), na noite de 7 de novembro, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, lembrou as questões cruciais que seriam tratadas até o final do evento. “Nesta edição, falaremos sobre recursos hídricos, biotecnologia e mudanças climáticas. Ao final, deveremos ter um documento sobre o tema para apresentar nossas propostas aos nossos governantes”, afirmou.
     O presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Marcos Túlio de Melo, lembrou a importância de a categoria se envolver no debate acerca da sustentabilidade. “Temos mais responsabilidade nesse processo, seja quanto ao planejamento estratégico ou à adequação de nossos projetos para que se evite a degradação ambiental. A FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e o SEESP têm dado um exemplo fantástico com o ‘Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento’”, ressaltou.
     Na mesma linha, o presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro), Reinaldo Barros, destacou o esforço que as entidades vêm fazendo em prol do debate sobre desenvolvimento e fez um chamado à categoria: “Cabe aos engenheiros detalharem todas as medidas mitigadoras.” Para o presidente do Crea-SP, José Tadeu da Silva, tanto o “Cresce Brasil” quanto o EcoSP estão “intimamente ligados à engenharia” e são de grande importância.
     Prestigiaram o evento ainda os presidentes do Crea-AM, Afonso Lins Júnior, e Crea-MA, Raimundo José Aranha Portelada, o procurador do Estado de São Paulo, Jaques Lamac, da Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, e o superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e ex-presidente do Seesp, Ubirajara Tannuri Felix, além do deputado estadual do Acre, Taumaturgo Lima.
     Encerrou a cerimônia o coordenador do evento e vice-presidente do SEESP, Carlos Alberto Guimarães Garcez. “O objetivo do Eco São Paulo, promovido pelo sindicato com o apoio da FNE, é mexer com a cabeça das pessoas para que cada uma faça a sua parte”, concluiu.


Rita Casaro

     Além de recolocar a cidade como fundamental ao País do ponto de vista logístico, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) propiciará o redesenho de sua geografia urbana. A explanação feita pelo prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), refere-se a um dos projetos no município incluídos no plano do Governo Federal: o novo contorno ferroviário. Posicionado fora do perímetro urbano, tal engloba a retirada dos trilhos da região central e sua transferência, bem como do pátio de manobras e oficinas para Tutóia, na zona norte. A ser concluído em dois anos, consumirá em torno de R$ 145 milhões de um total aproximado de R$ 165 milhões previstos no PAC para investimentos em infra-estrutura local.
     Já aprovada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), com licenças ambientais e licitações realizadas para a sua realização – aguardando homologação de resultados e julgamento de recursos impetrados por empresas concorrentes para seu início –, a idéia de retirada dos trilhos não é nova. Segundo o secretário de Governo de Araraquara, Manoel de Araújo Sobrinho, vem sendo discutida desde os anos 40. Na década de 60, chegou a ser criado bairro com o nome Jardim das Estações, na margem da cidade, para a instalação da estação ferroviária ali. Em 2001, ainda conforme ele, foi feito projeto executivo de novo trecho, o qual foi finalmente inserido neste ano no PAC – com verba do Orçamento da União e sem contrapartida financeira do município.

Impacto urbano
     Na sua ótica, a iniciativa terá como “grande impacto urbano positivo” a ligação do centro com bairros antigos e populosos, como o Vila Xavier, sem a necessidade de viadutos e pontilhões. Segundo informa, com a obra serão liberados “praticamente 1,5 milhão de metros quadrados de área urbana”. Assim, teria solução problema ocasionado pela expansão desordenada do município, fundado em 1817 e que em meados do século XIX viu chegarem as ferrovias. Sobrinho conta que a cidade cresceu no entorno dessas, sem planejamento adequado. Em decorrência, ficou dividida ao meio pelos trilhos.
     O secretário acredita que a obra vai causar revolução urbana. “Teremos grande parque linear composto de empreendimentos imobiliários e a expansão da cidade”, vislumbra. Para conter eventual especulação, ele assegura que têm sido tomados os cuidados a que o município seja ocupado de forma sustentável. Sobrinho aponta também ganhos na qualidade de vida da população, com a minimização de problemas ambientais, como a poluição sonora, e de riscos de acidentes no centro.
     De acordo com o DNIT, circulam diariamente pela região “11 pares de trens, carregados com soja, açúcar e produtos perigosos como álcool, gasolina e óleo diesel, totalizando 11 milhões de toneladas/ano. A expectativa é movimentar 16 milhões em 2010”. Para esse órgão, o traçado ferroviário implantado no século XIX não atende as necessidades operacionais atuais. Com 12km de extensão, o novo, segundo seu coordenador geral de obras ferroviárias, José dos Passos Nogueira, será de última geração, garantindo menor desgaste dos trilhos e rodas do trem, além de maior segurança e economia de combustível. O amplo pátio, em área de 27 hectares, também propiciará, afirma ele, melhores condições de operação.
     De olho no filão, companhias do setor já vêm anunciando nos últimos meses inversões na região. E o aperfeiçoamento da logística local deve despertar interesse ainda maior de investidores para Araraquara, que, como informa Sobrinho, “é importante corredor de exportação”.


Soraya Misleh

 

 

06/12/2009

CANTEIRO

Promore garante construção de 41 casas em Campinas
     Mediante parceria com a Cohab Campinas e o Fundap (Fundo de Apoio à População de Subhabitação Urbana), a Delegacia Sindical do SEESP na cidade, através do Promore (Programa de Moradia Econômica), possibilitou a construção de 41 unidades no Residencial Esperança, no município. Todas as casas foram feitas pelo regime de autoconstrução.
     Quando o processo começou, cada morador já havia iniciado a obra, sem assistência técnica. Com o convênio, o sindicato selecionou os profissionais que elaboraram projetos para cada moradia, quantificou e orçou os materiais e mão-de-obra especializada para a conclusão das unidades, bem como encaminhou a aprovação das plantas e está supervisionando o processo de construção. Premiada neste ano com o “Selo de Mérito” pelas parcerias firmadas para a diminuição do déficit habitacional, a Cohab Campinas organizou toda a operação e liberou os recursos do PSH (Programa de Subsídio Habitacional). E o Fundap financiou o restante das despesas.

Assinado acordo de PLR com a Vulkan
     Em reunião no dia 29 de outubro último, os engenheiros da Vulkan do Brasil Ltda. aprovaram o primeiro acordo de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) entre o SEESP e a empresa. O acordo prevê o pagamento de até R$ 1.350,00 em duas parcelas, sendo uma de R$ 900,00 antecipada em 31 de outubro e o restante, em valor dependente de metas a serem atingidas, até 18 de janeiro de 2008.

Seminários em Rio Claro
     Formado em 2 de outubro a partir da iniciativa do SEESP na localidade, o Conselho Tecnológico Regional de Rio Claro dará a largada nas discussões de temas relativos a desenvolvimento sustentável com a realização do seminário “Emprego e relacionamento empresa-universidade” (veja quadro com cronograma completo de atividades). O evento acontecerá no dia 26 de novembro, a partir das 14h, no auditório das Faculdades Claretianas, na Av. Santo Antonio Maria Claret, 1.724, Jardim Claret, no município. Terá a participação de Eduardo Rantin (Sebrae São Carlos) e Roberto Astor Moschetta (Tecnopuc – Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Maiores informações na Delegacia Sindical do SEESP em Rio Claro pelo telefone (19) 3534-9921.

Jantar em Jacareí
     Acontece na cidade, em 6 de dezembro, jantar de confraternização e comemoração ao Dia do Engenheiro e Arquiteto. Promoção da Delegacia Sindical do SEESP na localidade e Aeaj (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Jacareí), o evento será sediado nessa entidade, no Salão Nobre Edson Mega de Miranda, na Av. Pensilvânia,531, Jd. Flórida, a partir das 20h30. Os convites estão à venda. Maiores informações pelos telefones (12) 3952-4840 ou 3952-8732.

ABC celebra Dia do Engenheiro
     Em 6 de novembro realizou-se na Câmara Municipal de Santo André ato solene em comemoração ao Dia do Engenheiro e Arquiteto. O evento foi organizado pela Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC, em conjunto com associações dos engenheiros e arquitetos da região. Na sessão conduzida pelo vereador Dr. Samuel Siqueira (PDT), foi homenageado o engenheiro Dino Vezzá, por relevantes serviços prestados ao ABC. Nascido em Santo André, ele foi o fundador de diversas entidades de representação da categoria e atuou, até se aposentar em 1987, junto à administração municipal. A cerimônia contou com a presença de autoridades locais e profissionais da área tecnológica.

Lei determina comemoração em Franca
     Desde o ano passado, o Dia do Engenheiro e Arquiteto é lembrado também em Franca, mediante a promulgação pelo prefeito Sidnei Franco da Rocha da Lei 6.739/06 – de autoria de Rui Engrácia Garcia Caluz, vereador e diretor do SEESP na região. Com sua aprovação, a data – 11 de dezembro – passou a constar no calendário oficial de eventos da cidade. Na semana correspondente, em dia e local a serem confirmados, ocorrerá solenidade na qual será homenageado o engenheiro civil João Gomes Areias, que trabalha na Sabesp e é diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Franca.

Definidas contribuições associativa e sindical 2008
      Em 31 de outubro, em assembléias gerais extraordinária e ordinária na sede do SEESP, foram definidas respectivamente a contribuição sindical dos engenheiros – em R$ 114,00 – e a anuidade do associado para 2008. Quanto a essa última, para quitação a vista e sem débitos anteriores, o valor é de R$ 270,00. Até dia 21 de dezembro haverá desconto no pagamento.

 

 

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