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Soraya Misleh


       No dia 9 de fevereiro, no auditório do SEESP, na Capital paulista, aconteceu o seminário “Mobilidade urbana no contexto do plano estratégico do SP 2040”. A atividade contou com aproximadamente 300 participantes, incluindo autoridades, técnicos e especialistas do setor. À abertura, o coordenador da iniciativa e diretor do sindicato, Edilson Reis, destacou que esse é o primeiro de uma série de eventos que serão desenvolvidos ao longo deste ano com o objetivo de debater o planejamento estratégico da cidade.

       Presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro salientou que, nesse contexto, o plano SP 2040 – apresentado em 2011 pela Prefeitura de São Paulo e em debate – é um caminho para se discutir mobilidade. Para o gerente técnico da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, João Alencar Oliveira Junior, a própria lei da mobilidade urbana (nº 12.587/12) vincula as demais instâncias de governo – estaduais e municipais – a olharem para esse horizonte de longo prazo.

       Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Miguel Bucalem, o SP 2040 traz a visão da cidade que se quer e das grandes escolhas necessárias. Tem como um dos cinco eixos a mobilidade. Nesse sentido, Bucalem informou que a fluidez no deslocamento foi um dos itens apontados como prioritários pelos cidadãos que participaram recentemente de consulta pública sobre o plano. Na sua opinião, talvez o grande desafio para resolver o problema seja dar conta de soluções que transformem o cenário atual, em que ¾ dos empregos estão concentrados no centro expandido, portanto, em ¼ do território.

       Outro desafio apontado por ele é ampliar o índice de cidadãos transportados por veículos sobre trilhos. Dialogando com planos do governo estadual – conforme enfatizado pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes –, o SP 2040, que inclui um horizonte intermediário até 2025, traz como meta para daqui a 13 anos ter-se 220km de metrô, ante os cerca de 74km atuais. A importância de se incrementar inversões na implantação de veículos leves sobre trilhos, aí incluídos trens regionais e de alta velocidade, foi abordada por Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), e Peter Ludwig Alouche, consultor na área de transportes.De acordo com Bucalem, outros modais também estão contemplados no SP2040.

       Para Laurindo Junqueira, da SPTrans, nessa discussão de planejamento estratégico, é fundamental levar em consideração a centralidade do município em relação ao País, cuja vocação não deve se alterar em 2040. “Fluxos diversos passam por São Paulo, que influencia diretamente 1.026 cidades brasileiras.” Assim, na sua visão, para solucionar o problema da mobilidade, é importante que as várias instâncias de governo promovam ações articuladas. Ele salientou ainda o desafio de se mudar o panorama em que a frota de automóveis é de 7,3 milhões, sendo que metade sai diariamente às ruas, priorizando-se o transporte coletivo. Na sua concepção, é preponderante pensar na escassez não apenas do ambiente, mas também de outros elementos, como espaço urbano. “Os planos têm que levar isso em conta e tornar acessível o território aos cidadãos, diminuindo distâncias.” Fernandes ponderou que a cidade policêntrica e compacta, como refletido no SP 2040, é tema essencial.


Política de estacionamento
       Para Nazareno Affonso, ao lado da priorização ao transporte público, é preciso ter uma política de estacionamento para disciplinar o uso de automóveis. O que, indicou, está previsto na lei nacional de mobilidade urbana. Emiliano Stanislau Affonso, diretor do SEESP, observou que o sindicato inclui há muitos anos a temática entre suas preocupações. O assunto é abordado no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006, com a adesão das organizações a ela filiadas, como a entidade paulista, e atualizado em 2009.

       Para ilustrar sua importância, Carlos Carvalho, técnico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), citou que o órgão em que trabalha foi procurado pelo CAD (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o qual investigava concentração de mercado nesse segmento. De olho em tal filão, um banco estava comprando estacionamentos em áreas centrais das principais cidades brasileiras. “O Estado tem que desenvolver política voltada para as pessoas, não para os veículos.” Na sua ótica, isso significaria definir a oferta desses serviços em determinadas áreas da cidade, limitando-os por exemplo nos grandes centros.

       O seminário contou ainda com a presença do vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB); de Eduardo Vasconcelos, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos); e de José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP.


Confira as as apresentações feitas no seminário: http://migre.me/7Vq4Q




Rita Casaro*


       Sob esse mote e como evento preparatório à Rio+20, a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, aconteceu entre os dias 24 e 29 de janeiro, na cidade de Porto Alegre, o Fórum Social Temático 2012. Sem a concentração tradicional das edições mundiais do evento, as atividades se espalharam por diversos locais da capital gaúcha e das cidades vizinhas, entre eles as instalações da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a Assembleia Legislativa, a Câmara Municipal, o Cais do Porto e a Casa de Cultura Mario Quintana, que concentrou as iniciativas de comunicação livre.

       Segundo dados da organização, o FST teve cerca de 40 mil participantes, sendo 30 mil em Porto Alegre e mais de 10 mil nos demais municípios. A marcha de abertura, sob forte chuva, reuniu 20 mil pessoas. Aos shows realizados durante o evento (dois em Porto Alegre, dois em Canoas e um em São Leopoldo) compareceram mais de 50 mil. Foram 10 mil inscritos de 38 países oriundos dos cinco continentes. Foram realizadas cerca de 670 atividades das mais de 800 inscritas.

       Ainda conforme o comitê local, cujo balanço sobre o evento foi positivo, os resultados apontam para a possibilidade de um novo encontro em Porto Alegre em 2014. “Programado para ser um fórum temático visando articular as várias redes internacionais que pretendem estar na Rio+20, o FST cumpriu seu objetivo porque trouxe a Porto Alegre mais de 3 mil lideranças internacionais dos vários movimentos: ambiental, de mulheres, sindical, urbano e, inclusive, de parte das redes sociais que atuam no tema da sustentabilidade.” Avalia-se ainda que o evento contribuiu para avanços relativos ao debate que se dará em junho próximo, no Rio de Janeiro: “O sucesso do FST se deu também porque pautou na base dos movimentos sociais o tema da Rio+20 e no próprio governo brasileiro que, com a presença da presidenta Dilma, entrou de fato na preparação e organização tanto da conferência oficial quanto da Cúpula dos Povos.”

       Confirmando a avaliação da organização do FST quanto à inclusão do tema da Rio+20 na agenda, a Assembleia dos Movimentos Sociais, realizada na tarde de 28 de janeiro, no auditório da Usina do Gasômetro, aprovou um ato conjunto a ocorrer em 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente. A ideia é uma mobilização de caráter global contra o capitalismo e em defesa de justiça ambiental e social.


Agenda popular
       O documento aprovado na plenária, que teve a participação de cerca de mil ativistas, aponta a posição das organizações: “A tentativa de esverdeamento do capitalismo, acompanhada pela imposição de novos instrumentos da ‘economia verde’, é um alerta para que nós, dos movimentos sociais, reforcemos a resistência e assumamos o protagonismo na construção de verdadeiras alternativas à crise.”

       Na abertura das discussões, um dos coordenadores da Via Campesina e do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), João Pedro Stédile, fez um chamado à ação unitária que alcance o conjunto da população. “Temos que ser mais criativos para envolver as massas. Sem isso, não teremos força para derrotar o capitalismo nessa crise que assola os povos do mundo.” Nesse esforço, pontuou, será imprescindível fazer a disputa ideológica também nos meios de comunicação. “A burguesia no mundo controla as massas pela televisão, a esquerda não está na televisão.”

       A necessidade de manter a unidade na ação foi também o mote do seminário “Mundo do trabalho”, convocado pelas centrais sindicais do Rio Grande do Sul e realizado em 25 e 26 de janeiro na Assembleia Legislativa gaúcha. No primeiro dia da atividade, representantes de organizações brasileiras, das Américas e de Angola revezaram-se ao microfone apontando prioridades na ação dos trabalhadores diante da crise econômica e na luta pelo trabalho decente.

       Nivaldo Santana, falando pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), destacou a necessidade de o Brasil se defender dos efeitos mais nefastos das turbulências econômicas que assolam o mundo. “É fundamental que crie barreiras contra a crise. Para isso, defendemos como principal bandeira um projeto de desenvolvimento nacional”, afirmou. Segundo ele, esse deve se pautar pelo fortalecimento do mercado interno, o que exige medidas como a valorização salarial, a redução da jornada de trabalho e o fim da demissão imotivada.

       Lembrando que em 2012 acontecerá, além da Rio+20, a Conferência do Trabalho Decente, Quintino Severo, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), salientou a necessidade de demarcar os interesses da força produtiva nesses debates. “Ambos são momentos para reafirmar a concepção de classe trabalhadora de como enfrentar a crise. Não adianta falar em desenvolvimento sustentável sem distribuição de renda. Não queremos que os Estados Unidos e a Europa venham dizer que não podemos nos desenvolver. Não vamos à Rio+20 para dizer amém”, disparou.

       João Carlos Gonçaves, o Juruna, da Força Sindical, enfatizou a necessidade de manter a unidade construída pelas centrais nos últimos anos. Entre os brasileiros, participaram ainda representantes da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), da UGT (União Geral dos Trabalhadores), da NCS (Nova Central Sindical), além de Nair Goulart, da CSI (Confederação Sindical Internacional), e João Batista Lemos, da FSM (Federação Sindical Mundial).


Com a colaboração de Ciranda, Carta Maior e FST 2012




 

 

 

16/02/2012

CANTEIRO

Presidente do SEESP é homenageado
       
Em evento realizado no dia 9 de fevereiro na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Jacareí, as delegacias sindicais do SEESP no Vale do Paraíba homenagearam o presidente estadual da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Prestigiaram a atividade cerca de 80 pessoas. A iniciativa foi reconhecimento pelo desempenho e dedicação desse engenheiro à frente da organização. Em sua gestão, tem sido dada ênfase à valorização e fortalecimento das delegacias, inclusive com a compra de várias sedes próprias, numa política de descentralização dos trabalhos do SEESP e sua fixação no Interior paulista. A intenção é aproximar cada vez mais a organização de seus representados e aprimorar o atendimento a esse público.


Ganho real para aposentados na Baixada Santista
       
Como resultado de reunião realizada em 31 de janeiro último, o Movimento dos Aposentados e Pensionistas da Baixada Santista, que reúne diversas entidades representativas dos trabalhadores ativos e inativos, encaminhou ofício à presidenta da República, Dilma Rousseff, solicitando audiência. A pretensão é discutir as principais reivindicações do grupo, na luta por ganho real aos aposentados. Entre elas, o fim do fator previdenciário, a recuperação das perdas salariais e a criação da Secretaria Nacional do Idoso. O SEESP tem participado do movimento, representado pelo presidente da sua delegacia sindical na região, Newton Güenaga Filho.


Luta pelo Portus
       
Também na Baixada, centenas de portuários aposentados realizaram em 8 de fevereiro passeata pelas ruas de Santos até os portões da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). O SEESP, por intermédio de sua delegacia sindical na região, participou da iniciativa. O objetivo é pressionar por uma solução ao fundo de previdência Portus, que se encontra deficitário. Os aposentados temem não ter o complemento em seus benefícios caso a situação não seja sanada. Alternativa apresentada pela Codesp é propor a cisão do fundo de previdência nacional, criando-se o Portus Santos, com o apoio dessa companhia.


Concurso público para Sabesp será em maio
       
A Fundação Carlos Chagas será responsável por finalizar o concurso público para o preenchimento de 389 vagas para diversos cargos na Sabesp e regiões. A seleção chegou a ser realizada em 18 de dezembro último, mas as provas foram anuladas pela companhia mediante ação cautelar e liminar. Os exames agora estão previstos para 6 de maio próximo, ao que será revalidado o cadastro das inscrições feitas (não haverá novas). Ficam mantidas as condições do edital do concurso.


Oportunidades
       
Segundo levantamento feito até o dia 13 de fevereiro, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 43 vagas, sendo 38 para engenheiros das diversas modalidades, três para estudantes e duas para docentes. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.




Além do déficit de profissionais, os dados do Ipea apontam 35% dos formados nas engenharias atuando em áreas alheias à profissão.

        A situação não está pra brincadeira. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) nos dá a notícia de que a cada ano há um déficit de 20 mil engenheiros no Brasil. No acumulado de poucos anos, não é preciso ser nenhum engenheiro para se calcular o estrago que isso representa na sustentação do desenvolvimento do País. Ao lado disso, e agora os dados são do Ipea, 35% dos formados nas engenharias estão atuando em áreas alheias à função.

        Se partirmos para as comparações, o quadro se evidencia como mais preocupante ainda. Para cada mil trabalhadores ativos, por exemplo, o Brasil conta com seis engenheiros; Japão e Estados, com 25; França, com 15. Limitando-se aos países do chamado BRIC, o Confea nos dá os indicadores de que, enquanto em nosso País formam-se 23 mil engenheiros por ano, na China esses números chegam a 300 mil, na Índia, 200 mil e na Rússia 100 mil.

        No que tange às diferentes regiões brasileiras, há outra projeção de dados, desta vez do Censo da Pesquisa no Brasil do CNPq, que não pode passar despercebida, porque nela está a base da produção de novos conhecimentos e da geração de novas tecnologias. Na região Sudeste concentra-se 49% dos pesquisadores nas diversas engenharias; na região Sul, 24%; Nordeste, 18%; Centro-Oeste, 5%, enquanto na região Norte apenas 4%. Limitado ao número de somente pesquisadores doutores, os números continuam desproporcionais. No Sudeste estão 53%, no Sul 22%, no Nordeste 17%, no Centro-Oeste 5,3% e aqui no Norte apenas 2,7%.

        Diante desse cenário, não há para onde correr senão montar estratégias de toda ordem que permitam, de imediato, amenizar o estrangulamento do desenvolvimento do País e, em médio e longo prazo, superar essa adversidade. Aqui no Amazonas, o governo estadual, via Sect e Fapeam, abriu duas frentes de ações. A primeira, de resultado mais imediato e iniciada há dois anos, consistiu no mapeamento das áreas das engenharias mais afetadas, transformando-as em áreas estratégicas. Buscou-se parceria com o CNPq e a Capes para a oferta de 170 bolsas de doutorado destinadas a formar massa crítica de alto nível.

        A segunda, o Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias no Amazonas (Pro-Engenharias), em parceria com a Seduc. Em edição piloto e em fase de julgamento do processo, consiste na seleção de grupos com os melhores alunos, a partir do segundo ano do ensino médio da rede pública, os quais, com estímulo permanente de bolsas de estudo e atividades práticas complementares exclusivas, serão acompanhados e monitorados até o final da graduação e eventual ingresso na pós. Pela sua originalidade e pioneirismo, penso que vale a pena destrinchar aqui o programa na próxima semana.


Odenildo Sena é secretário de Ciência e Tecnologia do Amazonas e presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti). Artigo publicado simultaneamente no Diário do Amazonas e no Portal Amazônia no dia 14 de fevereiro e reproduzido dia 15 pelo Jornal da Ciëncia



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Subprogramas são modais de transporte, máquinas e equipamentos, energias renováveis, resíduos com aproveitamento energético, carvão vegetal e combate à desertificação

       Novo programa possui taxas de juros atrativas para estimular investimentos. Programa foi lançado pela ministra Izabella Teixeira e pelo presidente do banco, Luciano Coutinho.

       A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, lançaram nesta segunda-feira (13), no Rio de Janeiro, as linhas de crédito do Programa Fundo Clima. O objetivo do novo Fundo é apoiar projetos relacionados a ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e redução de emissões de gases do efeito estufa.

       "O Fundo Clima é um dos principais instrumentos da política brasileira de mudança do clima e até 2014 seus recursos poderão atingir até R$ 1 bilhão", disse Izabella. Os recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) são provenientes da parcela de até 60% da Participação Especial do Petróleo, recebida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os recursos estão divididos em duas modalidades: reembolsável, que será operada pelo BNDES, e não reembolsável, sob gestão direta do MMA.

       Em 2011, o orçamento destinado às duas modalidades foi de R$ 230 milhões. Do total, R$ 30 milhões correspondem à parcela não reembolsável, que já entrou em vigor no ano passado, e R$ 200 milhões para a modalidade reembolsável, que estará disponível a partir de agora, com o lançamento da linha de crédito. Para 2012, o orçamento da parcela reembolsável é de R$ 360 milhões.

       A nova linha, com o intuito de estimular investimentos privados, municipais e estaduais com maior eficiência do ponto de vista climático, apresenta juros mais atrativos do que os aplicados atualmente pelo BNDES. As novas taxas variam de acordo com os subprogramas, começando em 2,5% ao ano.

       Os prazos de financiamento, também variáveis em função da aplicação, chegam a 25 anos - prazo máximo para empreendimentos de transporte urbano sobre trilhos. A participação do BNDES poderá ser de até 90% do valor dos itens financiáveis para todos os subprogramas.


Os subprogramas são os seguintes:
Modais de transporte eficientes - Voltado a projetos que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e de poluentes locais no transporte coletivo urbano de passageiros, bem como para a melhoria da mobilidade urbana nas regiões metropolitanas.

Máquinas e equipamentos eficientes - Financiamento de máquinas e equipamentos novos e nacionais com maiores índices de eficiência energética.

Energias renováveis - Voltado para investimentos em geração de energia a partir da energia eólica em sistemas isolados, do uso de biomassa, dos oceanos e da radiação solar, além de projetos de desenvolvimento tecnológico e da cadeia produtiva desses setores.

Resíduos com aproveitamento energético - Apoio a projetos de racionalização da limpeza urbana e disposição de resíduos com geração de energia nas cidades-sede da Copa do Mundo ou em suas regiões metropolitanas.

Carvão vegetal - Destinado a investimentos voltados à melhoria da eficiência energética na produção de carvão vegetal.

Combate à desertificação - Projetos de restauração de biomas e de atividades produtivas sustentáveis de madeiras nativas, fibras e frutos na região Nordeste.



(Ascom do MMA)
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Centrais e os representantes do empresariado informaram que no primeiro semestre deste ano, as entidades irão às ruas de várias capitais para que o movimento ganhe uma dimensão maior.

        As centrais sindicais e diversas entidades empresariais se reuniram segunda-feira (13) e reforçaram ações para formalizar o "pacto pelo desenvolvimento do Brasil".

        De acordo com informações do Portal da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), a reunião realizada na sede do Sindicato Nacional de Indústria de Maquinas (Sindimaq), as lideranças entraram em acordo pela definição de um calendário de mobilizações em todo o país, com vistas à defesa do emprego e ao combate à desindustrialização.


Agenda de ações 
        Centrais e os representantes do empresariado informaram que no primeiro semestre deste ano, as entidades irão às ruas de várias capitais para que o movimento ganhe uma dimensão maior.

        Segundo informações da CTB, a ideia inicial das entidades é realizar grandes atos nas diferentes regiões do Brasil. Antes disso, haverá a divulgação do manifesto, ainda durante o mês de fevereiro.

        Em 15 de março, Porto Alegre dará início ao calendário. Em 5 de abril, o ato ocorrerá em São Paulo. As demais datas e cidades serão oficialmente divulgadas nos próximos dias.


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Labdebug tem quatro razões para estudar a mídia digital com perspectiva de gênero: as mulheres precisam acabar com o mito de que a tecnologia é coisa de homens; mulheres são objetos e não sujeitos nas tecnologias; as mulheres pouco participam das decisões sobre a infraestrutura técnica e lógica das redes digitais e as mulheres são subestimadas e exploradas na web. Uma das dificuldades do grupo é encontrar professoras especialistas na área de tecnologia. 

       A cultura digital com um olhar de gênero: a experiência de produção digital das mulheres. Esta foi a atividade realizada pela professora de comunicação social da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Graciela Natanshon, durante o I Encontro Nacional sobre o Direito à Comunicação, que aconteceu no Recife, até este sábado (11).

       Graciela faz parte, com outra professora, Karla Brunet, do GIG@ - Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura e coordena o projeto de pesquisa e extensão “Mulheres e Tecnologia: teoria e práticas na cultura digital”, também conhecido por Labdebug.

       “O Labdebug é um espaço de produção digital dirigido às mulheres, feito por mulheres, usando software livre e analisando e incentivando o acesso das mulheres as tecnologias”, informa Graciela, que é mestra e doutora em Comunicação pela Universidade Nacional de La Plata. Ela aponta quatro razões para estudar a mídia digital com perspectiva de gênero: as mulheres precisam acabar com o mito de que a tecnologia é coisa de homens; mulheres são objetos e não sujeitos nas tecnologias; as mulheres pouco participam das decisões sobre a infraestrutura técnica e lógica das redes digitais e as mulheres são subestimadas e exploradas na web. “Pornografia, exploração da imagem, tráfico internacional de mulheres, venda de serviços sexuais gerenciada por exploradores, fazem parte da paisagem da web. Amor, sexo, moda, beleza, consumo, futilidades e vida doméstica são as categorias associadas à mulher, numa “googleada” rápida. Se o pessoal é político, como foi dito faz mais de 40 anos, devemos politizar a web, assumir nosso lugar como sujeit@s, produzir conteúdos e criar redes que sirvam aos próprios interesses.”, afirma Graciela Natanhson.

       As alunas do Labdebug aprendem nas oficinas –aulas a montar e desmontar micros, instalar software, criar wikis e blogs, produzir vídeo digital, manipulação de câmaras e computadores em tempo real, edição, DJ e VJS, e ainda realizam performances com tecnologia, experimentações com sensores, streamings e vídeos, que receberam o título de “Arte, Corpo e Tecnologia” 

       “A tecnologia também precisa ser um tema incluído como prioritário na agenda feminista brasileira” atenta Graciela. De acordo com pesquisa do IBGE de 2009/2010, as mulheres tem acessado cada vez mais a internet, mas elas não estão nas tomadas de decisões sobre tecnologia digital (ministérios, empresas, educação e tecnologia da informação) e o movimento de software livre raramente discute a inclusão das mulheres. “No Comitê Gestor de Internet há apenas duas mulheres, representando o terceiro setor. No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a maioria esmagadora dos cargos políticos são de homens. Os artefatos técnicos são conformados pelas relações, significados e identidades de gênero; hierarquias da diferença sexual afetam o desenvolvimento, a difusão e o uso e apropriação da tecnologia. Se as mulheres não participam do desenho e planejamento das tecnologias, mal podem ser contemplados seus interesses.”, ressalta.

       O que é Labdebug - Bug e debug são termos bastante usados na Informática, hoje. Quando um programa dá “erro”, se diz que há um bug ( e o debug resolveria o problema). Contudo, foi lá em 1945, enquanto Grace Murray Hopper (1906-1992) trabalhava num software para o computador Mark I, que a máquina parou de funcionar. Procurando o problema achou uma mariposa (bug) no meio dos circuitos da máquina e, ao retirá-la (debugging), a máquina voltou a funcionar. (Por Mabel Dias)

       Para conhecer mais sobre o Labdebug, o Gig@ e a participação das mulheres na área de tecnologia, acesse http://labdebug.net/labdebug/ e http://gigaufba.wordpress.com


foto: Mulheres debatem tecnologia em Encontro de Comunicação, em Recife
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Reativada em 2010 para colocar de pé ambicioso plano de popularização da internet, a Telebras praticamente não saiu do lugar. Foi alvo constante de críticas das operadoras de telefonia, perdeu orçamento e sofreu com auditorias do Tribunal de Contas da União. Agora, o governo decidiu dar novo alento à estatal

        Desde que foi reativada, há exatamente dois anos, a Telebras conseguiu estar no centro de quase tudo, menos das telecomunicações. Recriada para liderar um projeto inédito de popularização da internet rápida no país, a estatal passou a ser alvo constante de críticas por parte das operadoras privadas de telefonia, sofreu esvaziamento político e financeiro, foi emparedada pelas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e acabou metida em um ostracismo que transformou seus planos e metas em belas peças de ficção.

        "Tudo isso passou", diz Caio Bonilha, que há nove meses assumiu a presidência da Telebras. Na semana passada, uma dúzia de fornecedores de equipamentos esteve na sede da estatal, em Brasília, para checar detalhes do que a empresa comprará ao longo de 2012. "É uma forma de todo mundo se antecipar e estar preparado para as licitações", diz o executivo.

        Bonilha abre uma sequência de slides no laptop e enumera os projetos que, segundo ele, "viraram a página" da Telebras. Neste ano serão investidos R$ 510 milhões em projetos de peso, como a instalação de milhares de quilômetros de fibras ópticas pelo país, a construção de cabos submarinos internacionais, a montagem de um satélite geoestacionário em parceria com a Embraer e a criação de centros de internet ultrarrápida para apoiar as cidades-sedes da Copa das Confederações.

        O investimento, diz ele, já está garantido pela União, mas também são grandes as chances de a Telebras fazer uma emissão de debêntures neste ano para se capitalizar. O plano é usar a nova lei sancionada pelo Palácio do Planalto, que favorece a emissão de títulos de dívida por empresas ligadas a projetos de infraestrutura. "Com certeza vamos aproveitar esse mecanismo, que pode ajudar a nos fortalecer", comenta Bonilha. "Estamos caminhando, apesar de todas as dificuldades que enfrentamos. E, finalmente, o mercado começa a acreditar que a Telebras existe."

        É fato que a estatal ainda está muito longe de suas ambições originais. Previa-se, por exemplo, que até dezembro passado 1,1 mil municípios estariam plugados em uma rede central ("backbone") de fibra óptica da Telebras, alcançando metade da população do país. Para essa cobertura, seriam investidos R$ 1 bilhão em 2011, com mais R$ 1,5 bilhão em 2012. A realidade é que as primeiras cidades passaram a receber o sinal do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) só em julho do ano passado e os desembolsos acabaram minguando para cerca de R$ 70 milhões. No final das contas, o investimento necessário de R$ 2,5 bilhões para os dois anos foi reduzido para R$ 580 milhões no período.

        Os bilhões de reais prometidos, segundo Bonilha, já não são mais necessários, porque a estatal revisou todos os seus projetos. "Quando fizemos o desenho da Telebras, achávamos que faríamos tudo do zero, principalmente nas áreas metropolitanas. Mas isso mudou radicalmente após os acordos firmados com as empresas de energia", comenta. "Outra razão para a queda no orçamento é a redução do preço dos equipamentos em relação àquilo que estimávamos. Tudo caiu bastante ao longo do tempo."

        A Telebras tem hoje 200 funcionários, mas pretende chegar a 500 profissionais no quadro próprio até o fim deste ano, por meio de concurso público. Uma consultoria já foi contratada para elaborar um plano de cargos e remuneração. "Hoje, se um funcionário adoece, não tem ninguém para repor", diz Bonilha.

        Os planos e metas podem ter mudado bastante, mas a companhia ainda está no vermelho. Em 2010, o resultado líquido ficou negativo em R$ 13,8 milhões. Entre janeiro e setembro de 2011, o saldo negativo chegou a R$ 30,1 milhões. Para Bonilha, os resultados estão dentro do esperado. "Estamos em um setor de capital intensivo, no qual é impossível dar lucro antes de três, quatros anos. Além disso, nossa estratégia não é o lucro imediato, como é a das teles", comenta. "Estamos implantando uma política de governo. Sabemos de nossa responsabilidade de regular o mercado." 



foto:Imagem do processo de fabricação de fibras ópticas
(Valor Econômico)
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Até dezembro, a Telebras planeja chegar a 31 mil km de fibra óptica ativa no país. Para levar essa infraestrutura aos provedores de acesso serão instaladas pelo menos mais 250 estações de distribuição.

       O prometido Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) vai começar, finalmente, a mostrar a que veio. Neste mês, um total de 10,5 mil quilômetros de fibra óptica estará "iluminado" pela Telebras em Estados de Norte a Sul do país. A rede, conhecida como backbone, usa a malha de fibra óptica que está instalada ao longo das linhas de transmissão de energia do sistema Eletrobras, mas que estavam subutilizadas até agora. Coube à Telebras instalar equipamentos ao longo dessa rede para, finalmente, torná-la ativa.

       Com essa infraestrutura, a Telebras passa a ter capacidade de atender até 600 municípios do país a partir de março, segundo o presidente da estatal, Caio Bonilha. Cerca de 60 centros de distribuição (torres de disseminação de sinal) entrarão em operação neste mês. É nessas estações que o provedor de acesso busca suas conexões para oferecer o serviço - por cabo ou rede sem fio - até a casa do usuário.

       Até dezembro, a estatal planeja chegar a 31 mil km de fibra óptica ativa no país. Para levar essa infraestrutura aos provedores de acesso serão instaladas pelo menos mais 250 estações de distribuição. A Telebras só atende o segmento de consumo, e não o de empresas, mas sempre por meio de outros provedores. "Fecharemos o ano com a cobertura em todos os Estados e 21 mil cidades poderão ser atendidas em um raio de até 50 quilômetros do backbone", diz Bonilha. "Até lá, queremos ter ao menos 510 provedores plugados nessa rede."

       Com a rede preparada, estatal terá condições de atender até 600 municípios a partir de março

       Antes de instalar suas estações de distribuição de sinal, porém, a Telebras precisa encontrar terrenos para isso. No mês passado, a estatal disparou cartas para 2 mil prefeituras, convidando o gestor municipal a ceder uma área de pelo menos 100 metros quadradros para receber a central e, assim, passar a ser beneficiado pela cobertura do sinal digital. O retorno não foi muito empolgante. "Nossa grande dificuldade hoje é conseguir esses terrenos, sem contar as licenças ambientais envolvidas no processo, que facilmente levam mais de 120 dias para ser liberadas", diz Bonilha. Para 2012, a meta é encontrar pelo menos 350 terrenos.

       Embora a oferta do PNBL por provedores ainda esteja engatinhando, é fato que a entrada da Telebras no mercado já causou efeitos práticos para queda de preço do acesso. Entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, conforme levantamento feito pela própria estatal, o preço do megabit contratado pelo provedor caiu, em média, 54%. Há casos de provedores que pagavam R$ 400 pelo link de uma grande operadora e hoje desembolsam R$ 90 mensais pelo mesmo serviço.

       Uma nova série de licitações será feita nos próximos meses para garantir a entrega da rede. Paralelamente, a Telebras está construindo trechos próprios de fibra óptica em cidades com mais de 50 mil habitantes. Ao todo, serão construídos 5 mil km de malha para se plugar às redes já existentes da Eletrobras e da Petrobras, outra parceira do projeto. "Neste ano vamos implantar uns 4 mil quilômetros de fibra em áreas metropolitanas", diz o presidente da estatal.

       Boa parte dessa nova estrutura será destinada a atender as seis cidades-sede da Copa das Confederações: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Só neste ano essas cidades receberão investimentos de R$ 80 milhões em infraestrutura de telecomunicações por conta da Telebras. "Faremos um teste em breve para ver como essa rede vai funcionar."

       Paralelamente, a estatal quer concluir até abril os projetos para as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014. Bonilha nega atraso na execução das obras e afirma que os problemas se devem exclusivamente à indefinição causada pela Fifa, que ainda não indicou onde ficarão os centros de treinamento e concentração das seleções, que hotéis serão usados etc. "Estamos cobrando essas informações. Sem isso, não conseguimos avançar."



(Artigo "Finalmente, plano de banda larga começa a virar realidade", do Valor Econômico)
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