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         O objetivo do evento é discutir os principais argumentos para a aceitação do ingresso no Antropoceno proposto por cientistas e as perspectivas para a Conferência Rio+20, que ocorrerá em 2012. Os expositores debaterão o papel que a conferência desempenhará diante da pressão social por escolhas ecologicamente viáveis.

         A denominação Antropoceno foi popularizada pelo geoquímico holandês Paul Crutzen, prêmio Nobel de Química em 2002, para determinar as mudanças no planeta ocasionadas pelo homem a partir do início da Revolução Industrial.

        Em conferência a ser realizada em 2012, na Austrália, a Comissão de Estratigrafia da Sociedade Geológica de Londres (Reino Unido) decidirá se o atual momento do planeta pode ser classificado como uma nova época geológica moldada pelo ser humano.

         O evento terá a participação do economista e sociólogo Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, da França, do ambientalista Fabio Feldman, consultor, ex-presidente do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, do economista Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, e do geógrafo Wagner Costa Ribeiro, professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

         O seminário é uma realização do Grupo de Pesquisa em Ciências Ambientais do IEA e do Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa) da FEA-USP.

Mais informações: www.iea.usp.br.



(Agência Fapesp)
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       Está agendada para junho/2012 a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20.

       O momento político da cena sócio-ambiental no mundo, e, especificamente no nosso país e no Estado de São Paulo impõe ao cidadão assumir posições.

       Mas, ao se posicionar de algum modo o cidadão/a cidadã tem que fazê-lo com consciência do que está posto como problema.

       Essa conferência será uma oportunidade de traduzirmos o que foi feito ao longo de vinte anos desde a Rio 92 em termos da assertiva do conceito de "desenvolvimento sustentável", onde o crescimento econômico, em tese, não impediria que se fizesse conservação ou preservação ambiental.

       Esse conceito se consolidou como uma realidade plausível e confiável a ponto de impedir, por exemplo, o que os cientistas vem anunciando nos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) para um horizonte próximo - de que se não fizermos algo a tempo que diminua as emissões de gases estufa e impeça o aumento da temperatura do planeta teremos sérias dificuldades em gerenciar os problemas decorrentes de variações climáticas extremas? Ao que tudo indica, a resposta vem demonstrando que "não"! Mas não podemos negar os avanços e é o que pretendemos aprofundar juntos até a Rio+20 envolvendo a maior parte da sociedade paulista.

       Com o objetivo específico de articular e facilitar a participação da sociedade civil foi criado o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20, que tem sua versão no estado de São Paulo como Comitê Paulista para a Rio+20:

http://www.rio2012.org.br/images/stories/pub/Venha_reinventar_o_mundo_na_Rio.pdf

http://www.facebook.com/groups/2183...

        Nesse sentido, com o objetivo de difundir e entender o "estado da arte", assim como, questionar o que está posto como pauta de discussões da Rio+20, convidamos a sociedade paulista para participar do 1° Seminário São Paulo rumo a Rio+20, organizado pelo Comitê Paulista para a Rio+20, acontece neste sábado, dia 10 de setembro, das 9h00 às 17h30, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo - Auditório Franco Montoro (Av. Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera, São Paulo/SP).

        A programação e todas as informações a respeito do evento seguem na imagem anexa e também estão disponíveis aqui: http://www.facebook.com/event.php?e....

        O seminário terá enorme importância nos desdobramentos do que será construído no âmbito do Comitê como fruto da contribuição da comunidade paulista ao evento da sociedade civil na Rio+20.



(Sourak Aranha Borralho, Comitê Paulista para a Rio+20)
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Deputados aprovam MP que permite a isenção fiscal para equipamentos produzidos com componentes fabricados no País. Ideia é popularizar a venda do aparelho.

        A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (6), em votação simbólica após acordo entre governo e oposição, a Medida Provisória nº 534/11, que, entre outros incentivos, reduz de 9,25% para zero o PIS e a Cofins incidente sobre a venda de tablets produzidos no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União em maio e agora só depende da chancela do Senado.

        Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pelo menos 25 empresas já pediram para se enquadrar nas novas regras e nove já estão autorizadas. Para se beneficiar do pacote de incentivos fiscais oferecidos pelo governo, elas terão de usar componentes nacionais na fabricação dos aparelhos, conforme determinam as regras do Processo Produtivo Básico (PPB), que preveem ainda a desoneração de parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

        Na avaliação da deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), relatora da MP, o objetivo da medida é, "além de estimular o desenvolvimento da indústria local, permitir a inclusão digital com o barateamento dos dispositivos". O texto estabelece incentivos aos equipamentos "que tenham uma unidade central de processamento com entrada e saída de dados por meio de uma tela sensível ao toque de área superior a 140 centímetros quadrados". A definição era necessária, pois, até então, a ausência de teclado impedia que a Receita Federal aplicasse aos tablets os mesmos incentivos previstos para os computadores. Nos cálculos do governo, a medida representará uma renúncia fiscal de R$ 6 milhões por ano.

        Para chegar ao acordo, a relatora retirou pontos polêmicos do relatório, como a proposta de permitir a dedução no Imposto de Renda de despesas das empresas que capacitassem pessoas para trabalhar no desenvolvimento de software. No texto da relatora, as empresas que financiassem cursos técnicos, de ensino superior ou de pós-graduação na área de desenvolvimento de software para seus funcionários poderiam descontar do IR essas despesas. Também foi excluída do projeto a reformulação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

        O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi contrário à ideia de se consolidar a dedução de IR em lei. "Hoje, essa é uma possibilidade normatizada pela Receita Federal e todo tipo de empresa faz uso desse recurso. O que não dá é para colocar isso em lei e transformar a dedução em algo perene", ponderou Vaccarezza.

        Banda larga - A sessão de votação começou às 9h, mas, em véspera de feriado, muitos deputados estavam ausentes e o quórum mínimo de 257 parlamentares só foi alcançado às 15h. Enquanto esperavam os colegas, os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) defenderam a criação de uma emenda constitucional para transformar o acesso à banda larga em direito básico dos brasileiros. "A importância da banda larga, hoje, equivale à da luz elétrica no século passado. É preciso que toda a população tenha acesso à internet", declarou o pedetista. Ceitec - Outro item polêmico retirado do relatório foi a possibilidade concedida ao Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) - uma empresa pública federal com sede em Porto Alegre, que fabrica semicondutores e chips - de constituir subsidiárias no Brasil e no exterior. "Para definir um assunto tão complexo, é melhor que haja outra MP", defende Cândido Vaccarezza.



(Correio Braziliense)
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        A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reavaliou nesta quinta-feira (8), para baixo, as perspectivas de crescimento econômico, indicando uma recuperação desacelerada a partir dos índices referentes aos países que compõem o G7 – as maiores economias do mundo. A entidade se refere diretamente aos Estados Unidos, ao Japão, à Alemanha, ao Reino Unido, à França, Itália e ao Canadá.

        O economista chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, disse que a recuperação econômica desses países demonstra estar paralisada, indicando queda de confiança nos negócios, com ameaça de afetar o comércio mundial e o mercado de trabalho. No entanto, nas economias emergentes a tendência é oposta, de crescimento intenso.

        Segundo Pardoan, a inflação atingiu o pico nos mercados emergentes, permitindo a flexibilização de políticas econômicas. Ele ressaltou, porém, que os níveis de investimento em vários países da OCDE estão abaixo das médias históricas. “É fundamental reconstruir a confiança", disse.

        Padoan fez a análise durante apresentação do documento mais recente da OCDE denominado Avaliação Econômica. De acordo com o relatório, o G7, exceto o Japão, terá uma taxa anual de crescimento de menos de 1% no segundo semestre de 2011.

        A conclusão do documento se baseou na política fiscal dos Estados Unidos, na crise da dívida de alguns países europeus – principalmente a Itália e a França – e na ausência de propostas dos governos para estimular o crescimento.

        Segundo os analistas da OCDE, as indicações são de redução da oferta de mercado de trabalho, demonstrando riscos de aumentar o nível de desemprego de forma generalizada na região do G7. Eles observam, porém, como positiva a iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de anunciar hoje o pacote de medidas para estimular a economia e movimentar o mercado de trabalho.

        Para a OCDE, é fundamental que os bancos centrais busquem reduzir as taxas de juros, indicando possibilidades de recuperação da economia. Também há recomendações para que, paralelamente à iniciativa, sejam adotadas reformas estruturais.

        A OCDE é uma organização internacional que reúne 34 países apontados como de renda elevada. O Brasil não integra a organização, que existe há 63 anos e tem sede em Paris, na França. Inicialmente, o grupo foi criado com o objetivo de reconstruir a Europa depois da 2ª Guerra Mundial. Em 1961, a organização passou por uma reforma.



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        O governo brasileiro deveria abandonar o câmbio flutuante para um regime de cotações da moeda administrado pelo Banco Central (BC), como faz a China. A lição não cabe apenas ao Brasil, mas a todos os países emergentes que sofrem com o forte ingresso de capitais estrangeiros, que tem ampliado a valorização cambial e com isso debilitado o setor produtivo e aumentado a dependência externa.

        Esta é a avaliação da agência econômica da Organização das Nações Unidas (ONU), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O câmbio flutuante, assumido hoje como um dogma "imexível" pela equipe econômica, começou a ser adotado no Brasil no início de 1999, quando o governo FHC foi forçado a mudar a política cambial.

        Ficou a herança neoliberal que o ex-presidente Lula se comprometeu a manter na chamada "Carta aos brasileiros", uma espécie de vaca sagrada do pacto estabelecido com a banca.


Melhor defesa
        A livre flutuação, nas condições atuais, favorece a valorização excessiva do real e deixa a economia nacional à mercê da política monetária dos EUA, que ultimamente persegue a desvalorização deliberada do dólar, com a finalidade de estimular a produção industrial, através da chamada.

        A Unctad sugere que o Brasil adote a mesma política da China, que mantém um câmbio administrado, sob controle, e com isto consegue se defender melhor da estratégia de desvalorização do dólar adotada pelos EUA. O ministro Mantega, porém, ainda não parece convencido da necessidade de abandonar o câmbio flutuante.


Vulnerabilidade
        Apesar de manterem um crescimento econômico forte, os países emergentes permanecem vulneráveis aos choques comerciais e financeiros do mundo, conforme o relatório intitulado Comércio e Desenvolvimento 2011 - A Economia Mundial em Face dos Desafios do Pós-Crise, divulgado na última terça-feira (6).

        A Unctad ressalta que as economias emergentes estão expostas aos movimentos de capitais especulativos gerados nos países desenvolvidos. Daí provém a necessidade de estabelecer barreiras ao fluxo de capitais e controlar o câmbio. Diferentemente do descolamento ocorrido em 2008, desta vez, tais mercados não serão poupados por uma nova recessão nas economias ricas, segundo o relatório.

        "Apesar do crescimento dos países em desenvolvimento ter se tornado cada vez mais dependente da expansão dos mercados internos, essas nações ainda enfrentam sérios riscos externos devido ao enfraquecimento econômico dos países desenvolvidos e à falta de reformas reais dos mercados financeiros internacionais", diz o estudo.


Desaceleração
        O relatório constata que, após uma rápida recuperação pós-crise, a economia global está desacelerando. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, que foi de 4% em 2010, não deverá ultrapassar 3% neste ano.

        Na América Latina, o crescimento continua "robusto", estimulado pelo consumo interno, pela demanda de investimentos e pelos ganhos no comércio internacional, observa a Unctad, que prevê aumento de 4,7% do PIB da região em 2011.

        "Enquanto a economia brasileira está desacelerando, a Argentina e a maioria dos países andinos devem registrar outro ano de rápido crescimento". Segundo a Unctad, a economia brasileira deve crescer cerca de 4% neste ano, taxa próxima às novas estimativas do governo, que reduziu as previsões de crescimento.

        Novos choques financeiros e comerciais podem, no entanto, afetar seriamente o volume das exportações dos países em desenvolvimento e também os preços das commodities, como ocorreu na crise em 2008, destaca a Unctad.


Demanda fraca
        No relatório, consta que a recuperação econômica dos países ricos está perdendo o fôlego porque a demanda interna privada continua fraca. Além disso, as medidas macroeconômicas de estímulo à economia, adotadas durante a crise, passaram a ser substituídas desde meados de 2010 por planos de rigor para tentar recuperar a confiança dos mercados financeiros.

        A organização também argumenta que a "aplicação de medidas orçamentárias e monetárias mais rigorosas representa um grande risco de prolongar o período de crescimento medíocre e até mesmo [resvalar para] uma contração".

Riscos especulativos
        O relatório recomenda aos países que estão fazendo restrições "esquecer a regra de confiança no mercado financeiro", que, neste momento, não tem crédito. Em vez das medidas de contenção, uma boa alternativa poderia ser, sem aumentar despesas, maximizar o efeito multiplicador dos ingressos fiscais e o Estado viabilizar mais recursos para os setores que podem consumir (expandindo a economia) e eliminar a redução de impostos para os mais ricos e diminuir os tributos dos mais pobres (mantendo calibradas as receitas).

        Aponta ainda a falta de avanço na regulação dos sistema financeiro internacional e levanta a possibilidade de riscos especulativos; como, por exemplo, o que é feito com a negociação de commodities (produtos básicos como petróleo e minério de ferro) no mercado de ações. Com a especulação, os preços podem subir ou se depreciar rapidamente, expondo a riscos as economias exportadoras (como o Brasil) ou as que dependam do fornecimento.

       
O déficit e a crise
        A Unctad critica duramente as políticas adotadas nos países desenvolvidos, que têm aprovado pacotes de apertos fiscais como forma de enfrentar a crise da dívida. Para Alfredo Calcagno, economista-sênior da Unctad, os países ricos se precipitaram em retirar os estímulos fiscais promovidos entre 2009 e 2010. "A situação fiscal da maior parte dos países, ricos e emergentes, era boa antes da explosão da crise mundial. O déficit fiscal atual foi consequência da crise, não sua causa. Então não se pode atacá-lo", afirma.

        Para a Unctad, os países emergentes poderão sofrer um "forte impacto" do novo agravamento da crise via exportações. De acordo com a entidade, a enorme liquidez global proporcionada pela falta de ativos atraentes para aplicação, uma vez que as taxas de juros nos países ricos é próxima de zero, continuará migrando para mercados emergentes, o que ampliará a valorização de suas moedas e, consequentemente, a perda de valor de suas exportações. "Os emergentes não tiveram que nacionalizar bancos e empresas, como fizeram os países ricos, então não precisam arcar com grandes ônus fiscais", afirma Calcagno.

        A organização da ONU aponta a origem e os paradoxos da crise, que foi causada pela oligarquia financeira, mas é paga pela classe trabalhadora. "Os bancos que causaram a crise agora são os credores dos Estados, e querem que os governos tenham dinheiro para pagar suas dívidas em dia, então desejam um aperto fiscal. Mas o aperto fiscal reduz o crescimento, algo que os mercados também não gostam, então a confiança não sobe nunca", analisa o especialista da Unctad.

        Enfim, a saída para a crise provocada pela classe dominante e as potências capitalistas, onde ficam os bancos credores, é falsa e está ampliando a instabilidade. A verdadeira solução pressupõe uma mudança política que só pode ser viabilizada por meio de uma forte unidade e mobilização da classe trabalhadora. É este o caminho apontado, por exemplo, pela greve geral que os trabalhadores italianos realizaram na terça-feira (6), contra o pacote fiscal proposto pelo governo Berlusconi.



(Fonte: Portal Vermelho, com agências)
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A CODE é uma conferência que reúne os mais diversos setores da sociedade, autoridades públicas e grandes especialistas para debater temas ligados ao desenvolvimento brasileiro. Interessados podem enviar artigos até 18 de setembro.

        Professores, pesquisadores e estudantes têm até o dia 18 de setembro para enviar propostas de trabalhos para a II Conferência do Desenvolvimento (Code), que será realizada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), entre os dias 23 e 25 de novembro. Os trabalhos devem ter relação com uma das 11 áreas temáticas, definidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com as associações brasileiras de pós-graduação da área de humanidades (ABA, ABEPSS, ANPEC, ANPED, ANPOCS, ANPUH, Anpur, Compedi, Intercom, SBS e ABPC). 

        A CODE é uma conferência que reúne os mais diversos setores da sociedade, autoridades públicas e grandes especialistas para debater temas ligados ao desenvolvimento brasileiro. “O Ipea quer fomentar um debate sobre o desenvolvimento com caráter multidisciplinar, produzindo estudos variados podemos melhor assessorar o Estado em suas políticas públicas”, afirmou Aristides Monteiro, assessor-chefe de Planejamento do Ipea, durante a solenidade de lançamento da chamada de trabalhos.

        Serão escolhidos de 200 a 300 artigos para a Conferência. As comissões avaliadoras em cada área temática são compostas por membros das respectivas associações de pós-graduação e técnicos do Ipea. Cada autor poderá enviar apenas um trabalho e a seleção será feita pelo sistema blind review, preservando-se o anonimato da proposta. Detalhes sobre o formato de envio dos trabalhos e informações sobre as áreas temáticas podem ser consultadas no hotsite da Chamada de Trabalhos para a II Conferência do Desenvolvimento.



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O novo regime foi criado há quase um mês, mas ainda não foi usado nas contratações da prefeitura do Rio de Janeiro, cidade-sede da Copa

        Apesar das grandes contratações para a Copa do Mundo de 2014 já estarem concluídas, como é o caso das reformas de estádios, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Benjamin Zymler, disse ontem (5), no Rio de Janeiro, que ainda existem possibilidades de serem fechados contratos via Regime Diferenciado de Contratação Pública (RDC) para o Mundial.

        “Estamos falando de reforma de estádios, mas estamos falando também de obras de mobilidade urbana, de aeroportos, de compras e serviços que são contratados para viabilizar a Copa do Mundo. Ainda há um conjunto de obras importante que ainda não foi licitado. E para as Paraolimpíadas ainda há muita coisa que pode ser feita com o RDC”, disse Zymler.

        O novo regime foi criado há quase um mês, mas ainda não foi usado nas contratações da prefeitura do Rio de Janeiro, cidade-sede da Copa. “Talvez seja uma reação inicial do prefeito. Acho que a evolução da utilização do RDC e a observação de que outros estados o utilizam pode levar a uma reflexão maior por parte do prefeito. Mas é uma opção. O prefeito mostrou que as obras estão dentro do cronograma, então, a opção pela [Lei] 8.666 [das Licitações], com seus prazos maiores, é também confortável se o planejamento é adequado”, avaliou o presidente do TCU.

        Zymler voltou a afirmar que acredita que o RDC “é uma evolução em relação à 8.666 e a ponta de lança para um novo regime”. O presidente do TCU ainda defendeu que o governo trabalhe para o “esclarecimento, para incentivar o gestor a utilizar [o RDC] quando conveniente. É facultativo, mas deve ser usado, na minha opinião. Estamos falando de licitações mais transparentes, mais rápidas e eventualmente por preços menores”.



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O Brasil está ficando para trás em uma área de fronteira do conhecimento, denominada "sistemas complexos", que é tão importante como a nanotecnologia e as terapias com células-tronco, nas quais o país tem investido e em que a nova área também se aplica.

       O alerta é de Sérgio Mascarenhas, professor e coordenador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). No início da década de 1970, quando foi reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mascarenhas idealizou e lançou o curso de engenharia de materiais, pioneiro na América Latina.

       Segundo ele, o País deve investir agora na criação da engenharia de sistemas que interagem entre si e que são de alta complexidade, como são definidos os sistemas complexos. Ou, caso contrário, poderá ficar muito atrás de países como os Estados Unidos, que lideram nas pesquisas nessa nova área que reúne física, química, biologia, educação e economia, entre outras especialidades.

       Em 2008, Mascarenhas fundou no IEA de São Carlos, juntamente com o professor do Instituto de Química da USP de São Carlos Hamilton Brandão Varela de Albuquerque e a professora do Instituto de Física Yvonne Primerano Mascarenhas, um grupo de trabalho em sistemas complexos para contribuir para o desenvolvimento de pesquisas na área no País.

       Por meio de uma associação com o Nobel de Química de 2007, Gerhard Ertl, premiado por suas pesquisas em sistemas complexos, e com um aluno do cientista alemão na Coreia do Sul, os pesquisadores brasileiros estabeleceram uma rede internacional de pesquisas na área conectando os três países.

       Agora, a proposta de Mascarenhas é fomentar no Brasil a criação de um programa de pós-graduação em engenharia de sistemas complexos para diminuir o atraso do País nessa área.

       Professor aposentado da USP, Mascarenhas contribuiu para a criação da área de pesquisa em física da matéria condensada no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), no fim dos anos 1950; da Embrapa Instrumentação Agropecuária, no final da década seguinte, na mesma cidade, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no começo dos anos 60.

       Em 2007, Mascarenhas ganhou o prêmio Conrado Wessel de Ciência Geral e, em 2002, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

       Professor visitante de diversas universidades estrangeiras, em suas pesquisas Mascarenhas tratou de assuntos diversos, como os eletretos, corpos permanentemente polarizados que produzem um campo elétrico e que seriam utilizados mundialmente na fabricação de microfones e aparelhos telefônicos.

       No início da carreira, o pesquisador se dedicou ao estudo do efeito termo-dielétrico. Mais tarde, também realizou trabalhos na área de dosimetria de radiações (processo de monitoramento de radiação emitida), o que lhe permitiu, por exemplo, medir a quantidade de radiação existente em ossos de vítimas de Hiroshima.

       Recentemente, Mascarenhas desenvolveu um método minimamente invasivo para medir pressão intracraniana que recebeu apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser difundido no Brasil e em toda a América Latina. O projeto foi desenvolvido com apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).


Agência Fapesp - O que é a engenharia de sistemas complexos?
Sérgio Mascarenhas - É uma engenharia de sistemas de sistemas. O que já existe é a engenharia de sistemas, que é aplicada em logística, em transporte e em sistemas construtivos, entre outras áreas. O que não existe é uma engenharia de sistemas que interagem entre si e que são complexos. O melhor exemplo de um sistema de sistemas é a internet, onde há desde pornografia até o Wikileaks e o Google.


Agência Fapesp - Em quais áreas a engenharia de sistemas complexos pode ser aplicada?
Mascarenhas - Ela se aplica não só a materiais mas em operações financeiras e no agronegócio, por exemplo, em que há uma série de problemas que influenciam a produção agrícola. Há o problema do solo, de defensivos e insumos agrícolas, de estocagem e transporte, por exemplo, para que toda a produção da região Centro-Oeste do Brasil seja exportada.


Agência Fapesp - São sistemas que envolvem muitas variáveis?
Mascarenhas
- Exatamente. Todo sistema que apresenta muitas variáveis é um sistema complexo. E isso pode se agravar se a interação entre essas variáveis for não linear. Por exemplo, no agronegócio, se dobrar a produção de milho, se quadruplicar o preço do transporte do sistema logístico frente às dificuldades das estradas brasileiras, aí aparecem as chamadas não linearidades. Então, quando se tem um sistema complexo, as variáveis podem interagir não linearmente. Elas podem se multiplicar até exponencialmente.


Agência Fapesp - O que o motivou a encampar a criação no Brasil dessa nova área?
Mascarenhas
- Neste ano se comemoram 40 anos da criação do curso de graduação em engenharia de materiais na UFSCar, que idealizei quando era reitor da universidade e que é um sucesso. Agora, achei que deveria propor algo mais moderno, voltado para o século 21. A engenharia de sistemas complexos é uma área nova e muito interessante e para qual não está sendo dada a devida atenção no Brasil. Se fala bastante no País em pesquisa em áreas como a nanotecnologia e células-tronco, mas não sobre a engenharia de sistemas complexos, que se aplica a todas essas áreas e na qual não estamos formando gente.


Agência Fapesp - Como essa nova engenharia poderia ser implementada no País?
Mascarenhas - A ideia seria criar um programa de pós-graduação em engenharia de sistemas para formar professores e pesquisadores nessa área. Não existe engenharia de sistemas complexos no Brasil e não há pesquisadores no país nessas áreas nem em faculdades tradicionais, como a Escola Politécnica da USP e as Faculdades de Engenharia da USP de São Carlos e da UFSCar. O que já existe no Brasil é engenharia de sistemas, mas não uma engenharia de sistemas que interagem entre si e que são de alta complexidade.


Agência Fapesp - Por que essa nova engenharia ainda não existe no Brasil?
Mascarenhas - Porque é uma área muito nova e no Brasil há uma preocupação em "tapar o buraco" de uma porção de outras engenharias, como a de materiais, de sistemas elétricos e até de meio ambiente, e se perde o futuro tratando do passado. É um atraso muito grande da engenharia brasileira ainda não atuar em sistemas complexos. Além disso, o problema dessas áreas novas é que é preciso ter bons contatos internacionais e políticas de Estado - e não de governo - para enfrentar algo que representa um risco.


Agência Fapesp - De que modo as pesquisas nessa área no Brasil poderiam ser articuladas?
Mascarenhas - Teríamos que ter uma rede. Hoje não se faz nada, se se quer ter impacto, sem falar em rede de pesquisa. Mesmo porque ainda somos tão poucos no Brasil que se não nos juntarmos em rede conseguiremos muita pouca coisa, por falta de massa crítica. Um centro de pesquisa nessa área não pode ser sediado só em São Carlos. Outras universidades também estão interessadas.


Agência Fapesp - Há algum grupo de pesquisa nessa área no Brasil?
Mascarenhas - No Instituto de Estudos Avançados da USP, em São Carlos, temos um grupo de trabalho sobre sistemas complexos. Essa é uma história interessante porque quem ganhou o prêmio Nobel de Química em 2007 foi um cientista alemão, chamado Gerhard Ertl, por suas pesquisas sobre sistemas complexos. E nós, no IEA, fizemos uma associação com o Ertl, na Alemanha, e com um aluno dele na Coreia do Sul. Então, agora temos em São Carlos uma rede de pesquisa sobre sistemas complexos integrando Berlim, São Carlos e a Coreia do Sul.


Agência Fapesp - Quais os países que lideram nas pesquisas em sistemas complexos?
Mascarenhas - O país que está na vanguarda nessa área são os Estados Unidos, com o MIT [Massachusetts Institute of Technology], com um centro que lida muito com questões bélicas. A própria guerra é um sistema complexo, porque nela há uma série de sistemas interagindo, como o de transportes, ofensivo, estratégico e de logística, para alimentar os soldados e transportar equipamentos e armamentos. Os militares lidam com sistemas de sistemas. Aliás, se olharmos para o passado, vemos que muitas aplicações de engenharia foram motivadas pelo poder bélico, como a internet, a robótica e bombas atômica e de fusão. O grande problema da humanidade hoje é criar instituições motivadoras de inovação que não sejam estimuladas apenas pela guerra militar, porque temos outras guerras para vencer. Tem a guerra da saúde, da educação, da violência urbana e muitas outras. E a engenharia de sistemas complexos pode ser aplicada para acabar com essas guerras sociais. Se o Brasil não aproveitar essa chance para ingressar nessa área, vamos ficar muito para trás em relação a outros países.



(Agência Fapesp)
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Em ato unificado, FNE e Finsenge lançam a candidatura de Àlvaro Cabrini à presidência do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

        Uma plateia repleta de autoridades, lideranças, profissionais e representantes de entidades de classe lotou o auditório do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (01/09) à noite para prestigiar o lançamento oficial da candidatura do engenheiro agrônomo Álvaro Cabrini à presidência do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).

        A mesa de autoridades da solenidade foi composta pelo atual presidente do Confea, Marcos Tulio de Melo, que manifestou seu apoio irrestrito à candidatura de Cabrini. “Apóio o Cabrini porque, hoje, entre as candidaturas colocadas, é a que melhor representa o projeto de valorização profissional com a visão estratégica da nossa categoria, interligada ao processo de desenvolvimento do Brasil, que é o grande desafio que temos pela frente”, disse. “Com sua experiência de gestão administrativa e estratégica, com uma conduta ética exemplar sob todos os aspectos, Cabrini reúne todas as condições para fazer um brilhante trabalho à frente do Confea”, finalizou.

        Para o presidente da FNE, Murilo Pinheiro, Cabrini tem a capacidade para inovar e pautar as questões que os profissionais entendem como corretas, sempre unidos pela valorização da engenharia nacional. O presidente da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros), Carlos Bittencourt, ressaltou a importância da aliança entre as duas federações: “A união da Fisenge com a FNE, promovida pela campanha de Cabrini, mostra que estamos juntos no caminho certo pelo fortalecimento das entidades e pela valorização profissional.”

        O candidato à presidência do Crea-SP, engenheiro Amaury Hernandes, falou sobre o papel da engenharia como fomentador das mudanças e do progresso nacional. Agostinho Guerreiro, presidente licenciado do Crea-RJ e na disputa pela reeleição, disse que o plano de trabalho de Cabrini faz parte de um projeto maior de Brasil, que mostra a preocupação com a coletividade. “Cabrini no Confea é sinônimo de dignidade e respeito com a engenharia brasileira”, ressaltou.

        Para encerrar a noite, Cabrini assumiu o compromisso de lutar pelos interesses do Sistema Confea/Creas e fazer com que a sociedade perceba progressivamente a importância das profissões abrangidas por ele para o interesse público. “Somos os grandes promotores do desenvolvimento e é nossa obrigação assumir essa incumbência”, conclamou a todos.



Agostinho Guerreiro, Carlos Bittencourt, Murilo Pinheiro, Álvaro Cabrini, Marcos Túlio de Melo e Amaury Hernandes.



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       A CNTU está realizando uma série de encontros regionais na preparação do seu 1º Encontro Nacional. O 3º. Encontro Regional vai acontecer em Goiânia, GO, dia 23 de setembro e tem como tema central “O desenvolvimento e a infraestrutura”, contando com quatro palestrantes muito preparados para apresentar e debater propostas para o desenvolvimento e a ampliação e adequação das redes físicas e dos serviços de infraestrutura do País. Nessa cartografia da infraestutura nacional, seria muito positivo, e devemos tentar, traçar também o desenvolvimento e a infraestrutura regional, situando, assim, o tema no contexto local. O Centro-Oeste é o meio do Brasil, tendo papel importantíssimo na integração e desenvolvimento do território nacional bem como da América do Sul. Para o desenvolvimento dessa visão regional é muito importante a presença e a participação de todos e de cada um, enriquecendo o repertório das palestras com as realidades e perspectivas locais. 

       Após duas décadas de baixo crescimento da economia brasileira, caracterizado pelo baixo investimento na manutenção e ampliação das redes de infraestrutura, nos últimos anos vimos mudando esse curso, felizmente, tentando recuperar o tempo perdido e dar contas das necessidades atuais e futuras do País em setores fundamentais como energia, transporte e logística, telecomunicações, saneamento ambiental, recursos hídricos, habitação etc. O Brasil dará um grande salto nesse sentido nos próximos anos, alcançando condições bem superiores de produtividade e competitividade econômica e de qualidade de vida social. Temos tradição em crescimento, pois durante quase 80 anos, a economia brasileira cresceu a taxas bem superiores às atuais. Portanto, sabemos dar saltos e resolver grandes problemas em prazos relativamente curtos de tempo. Se JK fez 50 em 5, nós também podemos fazer o Brasil ser um país bem melhor em 2022, quando comemoraremos 200 anos de independência.

       Instalar sistemas de engenharia no território nacional demanda por altos investimentos, numa conta paga por toda a sociedade. É preciso, portanto, que esses investimentos sejam planejados, programados e orientados para promoverem, juntamente, a eficiência econômica, a equidade social, a sustentabilidade ambiental e a diminuição das desigualdades espaciais, afirmando o papel de destaque do Brasil enquanto potência energética, capaz de produzir soluções sustentáveis para o seu desenvolvimento interno, além de colaborador decisivo para o desenho de uma nova ordem mundial.

       A palestra do professor Marcio Pochman e as intervenções dos participantes nos possibilitarão traçar a cartografia atual e futura da base física do país, bem como dos serviços que a operam, apontando os principais projetos em andamento e previstos, bem como os gargalos e desafios a serem vencidos. Em seguida, iremos nos deter em algumas questões eleitas para orientar os debates ao longo do dia: o saneamento ambiental, com palestra do engenheiro Edson Filizzola; a indústria contemporânea e as tecnologias digitais, com palestra do engenheiro Marcelo Zuffo; e o desafio das megacidades frente às mudanças climáticas, com palestra do físico Oswaldo Massambani. Com um time dessa grandeza e com temas tão candentes sendo debatidos no coração do Brasil e do continente sul-americano, os profissionais reunidos em Goiânia estarão cumprindo o decisivo papel de exercício pleno da cidadania, condição básica para o planejamento do território e do desenvolvimento sustentável. Ao final dos debates, será aclamada a Carta de Goiânia com a síntese das propostas desse encontro a ser encaminhada ao nosso grande encontro nacional que vai acontecer em 18 de novembro, em São Paulo quando os profissionais universitários, representados pela CNTU, vão se expressar sobre o desenvolvimento do País e a política.



Allen Habert é engenheiro de produção, diretor da CNTU e coordenador do I Encontro Nacional da entidade.
Autor: Allen Habert*
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