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Acontece na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, de 5 a 7 de outubro, o IX Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). O evento é a atividade mais importante da entidade e ocorre a cada três anos, cumprindo importantes questões estatutárias da organização sindical da categoria.

Porém, é também uma oportunidade para o debate sobre o País, envolvendo a sociedade como um todo. Por isso mesmo, o congresso tem uma programação que busca possibilitar o diagnóstico dos nossos problemas em áreas consideradas chave para o desenvolvimento. 

Terá destaque um amplo debate sobre a política econômica e a situação da indústria e do agronegócio, as dificuldades para os avanços nesses setores e quais seriam os caminhos a serem seguidos para superá-las. Para travar essa discussão, contaremos com especialistas e representantes do setor produtivo.

Na mesma dinâmica, entrarão em pauta ainda os desafios a serem superados em água e energia, incluindo o debate sobre como fica o petróleo no Brasil após as turbulências envolvendo a Petrobras. A mobilidade urbana é mais um tema de destaque, pois configura-se hoje em tarefa de monta para as médias e grandes cidades, onde a falta de transporte coletivo adequado tem gerado prejuízos econômicos e para a saúde da população. 

Por fim, abordaremos a necessidade de valorização da engenharia nacional para que se obtenha êxito em todas essas frentes de trabalho essenciais à expansão econômica e ao bem-estar das pessoas. 

Ao propor essa discussão no atual cenário de crise, queremos deixar claro que os engenheiros brasileiros têm como meta central continuar a contribuir para o desenvolvimento do País. É nossa convicção que é preciso manter a mobilização pela retomada da atividade produtiva, pois não podemos mergulhar na recessão e no desemprego. E essa deve ser a luta da Engenharia Unida em todo o Brasil.

Mais do nunca, continua viva a bandeira do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela FNE. Nesta edição do Conse, precisamos reafirmar princípios básicos dessa iniciativa que seguem válidos: não há solução sem crescimento econômico. Também é improvável que ajustes fiscais de caráter regressivo, que tornem ainda mais difícil a vida das pessoas, ajudem-nos a superar a crise. O setor público deve, sem dúvida alguma, lançar mão de medidas que melhorem a qualidade do seu gasto, evitem desperdícios e, sobretudo, desvios, mas isso não significa minar a nossa já frágil proteção social. 

Fica aqui o nosso convite para que todos participem desse debate conosco, que se intensificará durante o nosso congresso, mas que é nossa bandeira de luta permanente.

 

Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

 

 

* Editorial publicado, originalmente, no Jornal do Engenheiro, Edição 483 - 1º a 15 de outubro de 2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, entregou documento ao vice-governador do Estado, Marcio França, com as propostas do movimento Cresce Baixada em defesa do emprego. O encontro foi na manhã do dia 29 de setembro último, na sede da Agência Metropolitana (Agem), em Santos, na reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), que congrega os prefeitos das nove cidades da região.

O dirigente sindical dos engenheiros informou que o vice-governador, durante o evento, apresentou o programa “Investe São Paulo”. “Ele mostrou que o estado tem dinheiro para investir”, observou. Guenaga disse, ainda, que na conversa com a autoridade, pediu que o governo estadual se una aos esforços do Cresce Baixada para superação da crise.


Foto: Walter Berretari
Guenaga Marcio França editada 
Guenaga, à direita, ao entregar documento ao vice-governador do Estado de São Paulo 


Propostas Cresce Baixada

1- Os empregadores devem manter o emprego de seus trabalhadores por pelo menos um ano, podendo buscar alternativas de redução de custos através de práticas existentes na legislação (férias coletivas, licenças não remuneradas, redução de jornada, layoff etc.);

2- o poder executivo deve incentivar/estimular as empresas a manter os seus trabalhadores empregados e em contrapartida isentar de impostos ou outros subsídios/alternativas que visem diminuir os custos das empresas;

3- listar os projetos de obras da região metropolitana;

4- dar preferência a contratação de trabalhadores da região;

5- definir um calendário assegurando a periodicidade de trabalho do Fórum;

6- definir propostas de preparação de mão de obra, implementando cursos relativos aos temas citados e também para outras atividades profissionais;

7- criar frente de trabalho por parte do Estado/Municípios de acordo com os dados de cada PAT da região;

8- curso técnico de um dia por semana aos desempregados com 340 horas;

9- formar uma comissão representativa para contatos com os governos municipais, estadual e Federal, solicitando a indicação de organismos que possam discutir encaminhamentos - indústria, comércio, planejamento, finanças; e

10- obter um panorama da situação do emprego na Baixada Santista através de dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese);

11- propor a análise da possibilidade de instalação na Região Metropolitana da Baixada Santista de empreendimentos que utilizem aço, como estaleiros navais e indústrias ferroviárias;

12- avaliar a implementação de projetos habitacionais com estrutura de aço e propostas da indústria química e petroleira;

14- envolver o segmento universitário regional em relação a projetos e pesquisas que possam contribuir para a aplicação das propostas;

15- proceder à formação de câmaras setoriais;

16- criação de um parque tecnológico regional;

17- instalação de novos cursos e campus de faculdades do Estado nos municípios da região que ainda não contam com essas instituições públicas de ensino; e

18- promover a conferência de educação profissional tecnológica reunindo o setor público, privado, o mundo acadêmico e o setor produtivo.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









Entre 5 e 7 de outubro, será realizado o IX Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), em Campo Grande. Promovido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), o evento que acontece a cada três anos, nesta edição é coorganizado pelo Senge-MS (Sindicato dos Engenheiros de Mato Grosso do Sul). Reunindo profissionais da área, autoridades políticas e especialistas, o congresso trará debates sobre temas fundamentais para a retomada do crescimento econômico brasileiro e a superação da atual crise.

Dentre os destaques da programação, no dia 6 de outubro, às 9h, acontece o painel "Água e Energia", que reunirá especialistas para debater aspectos estruturais das atividades de produção e distribuição de energia, escassez e poluição dos recursos hídricos e a situação do petróleo.

Para o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras e professor da USP (Universidade de São Paulo), Ildo Luís Sauer, o setor energético brasileiro enfrenta uma crise muito séria com graves erros de gestão e planejamento. Com explosão tarifária, deterioração da confiança na qualidade dos serviços e um passivo de mais de R$ 100 bilhões, que está sendo repassado para a sociedade, é urgente refletir sobre o cenário atual para corrigir rapidamente os rumos que se desenham.

Em sua exposição no painel, Sauer pretende abordar um dos aspectos mais graves do setor: o as reservas de petróleo na camada do pré-sal. "É uma oportunidade que foi construída no âmbito da Petrobras e que, se for estruturado adequada e estrategicamente poderá trazer benefícios e resgatar assim a confiança e a credibilidade brasileira no cenário geopolítico internacional", avaliou. Mas para isso, defende, "é necessário conhecer bem as nossas reservas, definir um ritmo de produção e, principalmente, não 'entregar' o pré-sal para especuladores internacionais".

Na opinião de Sauer, a atual estratégia da diretoria da Petrobras é equivocada. "É pensada por gente que não compreende a geopolítica do petróleo e da energia, e não conhece a dimensão dos desafios tecnológicos que se apresentam para voltarmos ao curso da esperança. Cabe também aos engenheiros contribuir com o tema e corrigir rapidamente este rumo", declarou.

Outras contribuições
Trazendo a visão regional para o painel, Ricardo José Senna, secretário adjunto de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, parte do pressuposto de que os recursos naturais são imprescindíveis para a produção de riqueza. No entanto, é preciso que a sociedade trave o debate sobre que modelo adotar. "O preocupante é que a falta de clareza na definição desse modelo no Brasil tem pressionado o meio ambiente, vide o aumento do desmatamento e a concentração de energia em uma matriz fóssil. Debates como esse são fundamentais para que a sociedade veja com maior clareza as alternativas que pode escolher para seu futuro", adiantou Senna.

O painel contará ainda com o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho. Recentemente, Ventura fez uma projeção polêmica: "o suprimento de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (Geração) está assegurado no triênio 2015/2017, não sendo estatisticamente visualizados déficits ou racionamentos neste período".

Geraldo José dos Santos, vice-presidente da Sociedade Brasileira dos Engenheiros Florestais (Sbef) completa a relação dos palestrantes do painel que promete aquecer as discussões do IX Conse.



Imprensa SEESP









 

O site do SEESP vem recebendo muitos comentários indicando dúvidas sobre aposentadoria, fator previdenciário, fórmula 85/95 e desaposentação, principalmente após a nova legislação com a edição da Medida Provisória (MP) 676, em junho último.

A partir do comentário de internauta, que reproduzimos a seguir, a advogada Karen Blanco, do jurídico do sindicato, apresentou um esclarecimento sobre o tema: “Com a nova fórmula 85/95 como fica a situação de quem se aposentou recentemente, e foi vítima do fator previdenciário? Aposentei-me, em fevereiro de 2015, aos 53 anos [de idade] por tempo de contribuição (30 anos), fiz 54 anos em agosto e, desde que me aposentei, não consegui emprego. Como faço para desaposentar ou abdicar da aposentadoria e tentar me aposentar em agosto de 2016 e fugir do fator previdenciário? Como a aposentaria é recente de repente poderia até fazer a devolução do valor recebido. Esse processo é demorado?”


Foto: Beatriz Arruda
Karen editada dentro 
Karen, do jurídico do SEESP, esclarece que quem se aposentou pelo fator previdenciário
e quer mudar para a fórmula 85/95, o caminho é a desaposentação, mas vários
pontos devem ser levados em consideração antes dessa decisão 


Blanco afirma que o
instituto da desaposentação é o meio cabível para utilização da fórmula 85/95 para quem já se aposentou pelo fator previdenciário. “Contudo, caso não tenha trabalhado mais após a sua aposentadoria, sem recolhimentos de INSS, o instituto da desaposentação, via de regra, não pode ser utilizado”, esclarece.

Ela observa, ainda, que caso se queria tentar o caminho judicial, “aconselhamos esperar a MP da 85/95 ser transformada em lei”. Mas acrescenta: “Ressaltamos que todo processo judicial é demorado, ainda mais quando se trata de litígio contra a União.” Para mais informação sobre o assunto fale direto com o jurídico do SEESP pelos telefones (11) 3113-2660 e 3113-2663 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Confira mais informações sobre a MP 676/15 em http://goo.gl/Faa8yp.


 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









Em maio de 2004 o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, já falecido, encaminhou uma “Carta aberta ao companheiro Lula”, então presidente da República. Trechos dessa carta estão reproduzidos no livro de Evaldo Vieira, “A República Brasileira 1951-2010”, de 848 páginas, recentemente publicado pela Cortez Editora.

Depois de criticar supreendentemente a nomeação de dezenas de sindicalistas para cargos operacionais importantes nos ministérios (por falta de conhecimento deles da máquina administrativa), Eleno continuava: “Entendo também que herdamos uma situação muito difícil do governo anterior. Passamos boa parte do segundo mandato do governo passado criticando a política econômica ortodoxa, baseada em juros altos para supostamente manter a estabilidade econômica e pagar os juros da dívida, conforme determinado pelo FMI (...) Mas cadê a nova política econômica anunciada em seu programa de governo? Seu ministro da Fazenda, um médico honesto e tranquilo, parece refém de uma equipe econômica mais radical e ortodoxa do que a que foi derrotada nas urnas. Seu presidente do Banco Central é um ex- banqueiro extremante talentoso e competente – mas para garantir ganhos para os bancos, não para os cidadãos trabalhadores”.

A história, desde 2004 é conhecida por todos, com suas marchas, contramarchas e reviravoltas. Havia razões nas críticas de Eleno? E quais? Mas, quero ressaltar duas coisas.

Em primeiro lugar a persistência do poder dos rentistas de 2004 até hoje, afirmado seja como resistência, seja como imposição.

Em segundo lugar, e isso deve nos servir de lição, o tom elegante da carta de Eleno, firme nas críticas, mas sereno na forma. Para ser contundente não é preciso “perder la ternura”.

 

* João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

Os serviços de transporte de passageiros que ainda são operados pela Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) estão ameaçados de extinção. Mesmo que não estejam claros eventuais interesses na privatização, a possibilidade também existe, segundo o coordenador do Departamento de Cidades e Mobilidade, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), Claudio Costa Manso, que também representa a entidade como membro observador no Conselho das Cidades (Concidades).

O destino da CBTU e seus serviços foi tema de um Grupo de Trabalho do Concidades durante a 46ª Reunião Ordinária do colegiado, realizada nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2015, nas dependências do Ministério das Cidades em Brasília. Um subgrupo de estudo, responsável pela elaboração de propostas de reforma e revitalização dos sistemas de transportes de passageiros sobre trilhos administrados pela CBTU, apresentou relatório aos conselheiros. Foram propostas algumas condições para que a CBTU seja revitalizada.

Costa Manso explica que um novo padrão de serviço é necessário para esses sistemas que estão praticamente paralisados ou oferecendo um péssimo atendimento à população. Por isso, o Concidades deve se dedicar ao tema nas seções futuras.  Na reunião de setembro, diversos possíveis cenários foram apresentados para a recuperação dos serviços. Os trabalhos serão aprimorados pelo Grupo de Trabalho e serão apresentados na próxima reunião.

A reunião debateu também o Estatuto da Metrópole, lei que aguarda regulamentação no Congresso e que deve ser tema de debate do Departamento de Cidades e Mobilidade da CNTU. Na ocasião foi anunciado o lançamento da “Cartilha Nacional do Ciclista” cujo conteúdo trata, na forma de manual, a implantação de ciclovias e normas de condutas para a sua utilização. O lançamento ocorreu no Dia Mundial sem Carros, em 22 de agosto.

Costa Manso distribuiu aos presentes 100 exemplares da Revista Brasil Inteligente, da CNTU, que tem a mobilidade urbana entre seus temas de preocupação e que é objeto de campanha da confederação.


 

Imprensa SEESP
Fonte: Redação CNTU








ABNT 25SET2015 editadaComissão de Estudos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), vinculada ao Comitê da Construção (CB2), que discute a revisão das normas técnicas (NBR) 6492/1994, 13531/1995, 13532/1995 e 5671/1990, realizou a nona reunião, nesta sexta-feira (25/9), na sede do SEESP, na Capital paulista. A atividade envolve engenheiros, arquitetos, profissionais liberais, empresas e outros segmentos. Os trabalhos, conforme a coordenadora da comissão Saide Kahtouni [foto ao lado], começaram em agosto do ano passado e ainda devem ter mais seis meses de atividade pelo menos. “Estamos vivendo momento importante que envolve vários perfis profissionais e consumidores.” Ela explica que as normas técnicas em revisão estão vinculadas aos projetos arquitetônicos, tantos nas áreas de atividades técnicas voltadas às edificações e também a própria representação gráfica.

João Luis de Oliveira Colares Machado [foto abaixo], coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Civil do Sistema Confea/Creas, reforça que o debate atual da ABNT refere-se apenas a adequar as normas à realidade e às novas tecnologias e métodos de desenho, de projeto. “O que foi pedido é uma atualização dessas normas, e não a criação de uma nova”, esclarece, observando que as normas têm mais de 20 anos e que nunca passaram por uma revisão. “O processo deve-se ater a sua atualização. Se tiver a necessidade de se entrar em outro ponto que seja feita uma nova norma.”ABNT 25SET2015 5 editada

O objetivo dos trabalhos, ainda de acordo com Kahtouni, é buscar o estado da arte de normas que norteiam diversos contratos, tanto na área privada como na pública. “Estamos recebendo muitas contribuições em função de abordagens de visões diferenciadas, assim como de localidades diferentes do País.”

ABNT 25SET2015 4 editadaLeonides Alves Neto [foto à esquerda], membro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), realça a necessidade da atualização da norma em consonância com a nova realidade tecnológica presente nas obras do País. Ele observa que a revisão é um procedimento constante na ABNT e essencial para que essa padronização esteja de acordo com o que está sendo usado pelos projetistas e construtores. “A contribuição da engenharia para essa revisão é fundamental porque parte dessas inovações tecnológicas é usada pela área e pela arquitetura.”

A coordenadora da comissão informa o trâmite desse processo: “A ABNT tem um procedimento básico que é o de levar, ao final da aprovação, por consenso, o texto para consulta pública no site da entidade, com a possibilidade de emenda e alterações. Toda a população tem acesso à discussão dessas normas, não apenas os técnicos.”




Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









 

Ficar longe de casa é difícil para muita gente, mas quando a distância ultrapassa os 18 mil quilômetros e você está do outro lado do mundo, será que vale a pena? “Dá vontade de voltar e fazer tudo de novo. A experiência me surpreendeu, ganhei muito com isso”, revela Matheus Beleboni, aluno do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, depois de participar de um projeto na China.

Foram três semanas de aulas em Xangai, além de atividades e passeios turísticos. No final do período, Beleboni desenvolveu um trabalho em grupo, relacionando Brasil e China, com tema livre. Intitulado O impacto da educação superior no desenvolvimento de um país na perspectiva Brasil e China, o trabalho rendeu o prêmio de melhor projeto aos estudantes.

Outro aluno do ICMC, Giuliano Prado, também foi para a China e fez parte do grupo de Beleboni. Ele resolveu se candidatar à vaga após receber um e-mail da USP avisando sobre a oportunidade oferecida pelo Programa Top China Santander, cujo objetivo é incentivar a cooperação e promover debates sobre temas de interesse global entre Brasil e China.

O programa disponibiliza bolsas de estudos para estudantes de 24 universidades do país. A USP tem direito a cinco vagas e duas delas foram preenchidas por alunos do ICMC. No total, cerca de 100 universitários e professores brasileiros e chineses participaram da iniciativa em julho. As aulas ocorreram na Shanghai Jiao Tong University. Veja, a seguir, como foi a experiência dos dois alunos do ICMC.


Foto: Divulgação/ICMC-USP
ICMC China 
Grupo de Matheus (à frente) e Giuliano (terceiro da direita para a esquerda)
ganhou prêmio de melhor trabalho  


15 minutos de fama

No Brasil, Giuliano Prado é apenas mais um aluno de Engenharia de Computação, mas na China, ele parecia um artista internacional. “Os chineses gostam muito dos estrangeiros. Paravam a gente na rua para tirar fotos, faziam vídeos, foi uma fama temporária”, diz o graduando.

Prado ficou hospedado no alojamento da Universidade. As aulas aconteciam em dois períodos: manhã e tarde. No final do dia, os participantes tinham a oportunidade de conhecer pontos turísticos e tradições locais, visitar monumentos, participar de cerimônias do chá e de trabalhos com argila e porcelana.

“A arquitetura e as decorações de lá são muito diferentes, os lugares sempre estão cheios e os chineses são bem solícitos. Outro ponto que impressionou é que, em Xangai, grandes plataformas eletrônicas, como Youtube e Google, não são utilizadas, eles criam os próprios produtos”, conta o estudante.

O aluno, que também já havia participado anteriormente de um programa nos Estados Unidos, afirma que ter uma oportunidade como essa é importante porque vivemos em um mercado globalizado: “O conhecimento que você traz do exterior pode ajudá-lo, no futuro, a pensar no desenvolvimento de um serviço ou produto adequado para diferentes culturas”.

Santa carona
Natural de Bauru, Matheus Beleboni é aluno de Ciências de Computação do ICMC e costuma oferecer caronas para os colegas de sua cidade. Mas o que ele não imaginava é que, em uma dessas viagens, quem ganharia uma carona especial para o outro lado do mundo seria o próprio estudante. “Um dos meus amigos que fez intercâmbio namora uma menina da Coreia do Sul. Ele estava no carro comigo e disse que iria se inscrever no Programa para poder visitá-la, já que, se fosse selecionado, estaria perto dela. Então, ele sugeriu que eu tentasse também”.

Depois de ser selecionado, Beleboni encarou 28 horas de viagem até Xangai. Toda a espera valeu a pena: “Foi uma das melhores oportunidades da minha vida. A parte cultural é a maior bagagem que eu trago de lá. Eles possuem um incrível legado da história do país, existem cidades com mais de dois mil anos de existência. Conhecemos templos budistas, estátuas e construções históricas”.

O estudante destacou também a prestatividade dos chineses, que sempre estavam dispostos a ajudar. “Se você estivesse jantando com os chineses e perguntasse onde poderia encontrar uma bebida, por exemplo, eles paravam tudo o que estavam fazendo para atendê-lo e só voltariam a comer depois que você conseguisse o que queria”. O graduando contou ainda que, para facilitar a comunicação com os estrangeiros, os chineses criavam até um nome “americano”.

Beleboni diz que poder passar por uma experiência como essa, ter contato com pessoas diferentes, traz um grande crescimento pessoal a abre a cabeça de qualquer um. O aluno, que já havia passado por experiências internacionais nos Estados Unidos e na Inglaterra, se encantou com o que viveu no lado oriental do planeta: “Superou as minhas expectativas, eu moraria lá. Sou muito grato por ter a oportunidade de participar”, finaliza o estudante que, em agosto, foi a São Paulo receber os alunos chineses que vieram ao país pelo Programa Top Brasil Santander.

Carta de reconhecimento
O desempenho dos dois estudantes no Programa foi destacado em carta enviada pelo Instituto de Relações Internacionais da USP, que ressaltou “o comportamento exemplar, a seriedade acadêmica e o espírito de busca de novos conhecimentos demonstrados pelos alunos”. A carta parabeniza o ICMC e a Escola de Engenharia de São Carlos por terem em seu quadro “alunos tão qualificados do qual a USP só tem de se orgulhar”.


 

Imprensa SEESP
Informação da assessoria de imprensa da ICMC/USP










 

Engenheiros de todo o Brasil se reúnem, a partir do dia 5 de outubro próximo, em Campo Grande, na nova edição do Congresso Nacional dos Engenheiros (IX Conse), em Campo Grande, realizado a cada três anos pela federação nacional da categoria (FNE). Os profissionais estão imbuídos em discutir, com a definição de propostas e sugestões, temas fundamentais ao País, como a reindustrialização e o setor agropecuário; desafios para se garantir mobilidade urbana nas médias e grandes cidades; a grave escassez de recursos hídricos observada em várias partes do País, inclusive na região Sudeste e ainda problemas no setor elétrico e a situação da Petrobras. Toda essa pauta terá como carro-chefe a valorização da engenharia nacional e dos seus profissionais.


Ilustração Maringoni
Brasil desenvolvimento

Para o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, as dificuldades políticas e econômicas vividas na atualidade tornam ainda maior a necessidade de união dos profissionais: “É nossa convicção que a engenharia unida tem papel central nessa batalha. O nosso congresso será um espaço privilegiado para esse debate.”

Segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Mato Grosso do Sul (Senge-MS), Edson Shimabukuro, Campo Grande será amplamente beneficiada pela realização do evento: “Além de estratégias para o crescimento do País, serão debatidas formas para o desenvolvimento da cidade de Campo Grande, que segue a caminho de uma metrópole”, observa. Shimabukuro avalia que, ao sediar o congresso, o próprio Estado de Mato Grosso do Sul poderá colaborar com importantes debates, especialmente em relação aos setores de agronegócio – carro-chefe da economia sul-mato-grossense – e de recursos naturais, já que o Estado abrange a bacia do Pantanal e o maior aquífero da América Latina.

O congresso, que se estende até dia 7, é o mais importante evento da federação. Nesta edição, tem como co-organizador o Senge-MS. Confira a programação do IX Conse em http://goo.gl/27SfDh.


 

Imprensa SEESP









Ampliação e modernização de frotas e linhas existentes são algumas das soluções que estão sendo colocadas em prática para sanar os gargalos de infraestrutura, segundo Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

Em nove das maiores regiões metropolitanas do Brasil, o tempo médio gasto no trânsito é de 82 minutos, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O crescimento desordenado das cidades e o excesso de veículos têm sido os principais entraves para o desenvolvimento socioeconômico. A chave para solucionar os problemas de infraestrutura do País está na mão da mobilidade urbana, conceito que o Governo Federal, em parceria com instituições e empresários, vem tentando colocar em prática para superar os gargalos logísticos.


Foto: Imagem de Internet
Trempassageirohome
Em nove das maiores regiões metropolitanas do Brasil,
o tempo médio gasto no trânsito é de 82 minutos

 

Considerada uma das protagonistas dos meios de transportes por ser uma alternativa eficiente em termos de locomoção, as ferrovias têm recebido diversos investimentos. Segundo a ANPTrilhos, entidade apoiadora da NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul, existem mais de 20 projetos voltados ao setor, que estão divididos entre implantação de novos sistemas, ampliação e modernização das linhas existentes e ampliação da frota.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Governo do Estado empenhou esforços para renovar quatro linhas do sistema de trens urbanos; ampliar e modernizar as linhas de metrô e construir as linhas 3 e 4 de metrô para atender à demanda das Olimpíadas de 2016. Além disso, serão integradas seis linhas de VLT ao projeto do Porto Maravilha, que além de contribuir para a melhoria da infraestrutura de transporte, irá ajudar na revitalização de toda a área central da cidade.

Já em São Paulo serão entregues duas novas estações da Linha 4-Amarela e as obras de modernização das linhas da CPTM devem ser concluídas. Na Baixada Santista, o VLT já está sendo testado em São Vicente. Também estão em construção os monotrilhos das linhas 15-Prata e 17-Ouro e a expansão da Linha 5-Lilás, segundo a associação. No nordeste do País, o Metrô Bahia deve entregar ainda este ano o primeiro trecho da Linha 2, que vai da estação acesso Norte à estação Rodoviária, com 2,2 km. O segundo trecho desta linha deve ser entregue em 2016, com quatro novas estações, somando mais 6,5 km de vias.

A superintendente da ANPTrilhos também informou que a CBTU está fazendo obras de melhorias em seus sistemas de João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) e Recife (PE), com conclusões previstas até o ano que vem. O Governo do Ceará está com obras em andamento em Fortaleza, com ampliação de linhas e a construção do VLT. Além disso, ainda estão em andamento as construções dos VLTs de Cuiabá (MT) e Goiânia (GO). Espera-se ainda a licitação para a expansão do metrô de Brasília e conclusão de três estações; o trem Brasília-Luziânia; e os trens regionais de São Paulo.

“Apesar do ajuste fiscal do Governo Federal, que reflete na restrição dos orçamentos dos Estados, acreditamos que os investimentos em mobilidade urbana serão conservados para afirmar que os projetos já iniciados sejam finalizados, garantindo a ampliação da mobilidade urbana dos principais centros, a melhoria da qualidade ambiental das cidades e da qualidade de vida dos brasileiros”, conta Roberta Marchesi.

A NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro próximo, na Expo Center Norte (Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, SP).



Imprensa SEESP
Fonte: Associação Brasileira da Indústrias Ferroviária (Abifer)










 

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