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Em face da nova legislação já aprovada pelo Senado, que trata da cobrança de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) nos portos e vai equalizar em 4% a sua alíquota em todo território nacional, muitas empresas que liberavam suas mercadorias importadas em Estados que se valiam desse beneficio mudarão sua logística para o Porto de Santos (SP).

Em razão disso, desde 26 de abril de 2012, quando foi publicada a Resolução nº 13, do Senado, muitas empresas, que utilizavam portos em Estados que ofereciam uma alíquota menor, começaram a tratar da mudança de suas operações para o complexo portuário santista. Afinal, se os custos com o ICMS são iguais, leva vantagem quem escolhe um porto que possa oferecer melhor infraestrutura, com maiores opções de navios, terminais modernos e custos competitivos. Nesse caso, o Porto de Santos sai na frente. Até porque está mais próximo do maior mercado consumidor do País.

Obviamente, essa mudança de porto não sai a custo zero para o importador. Decidir por essa mudança inclui investimentos na nova área onde a empresa terá de concentrar suas operações portuárias. E as empresas que se valiam dos benefícios que alguns Estados ofereciam, na maioria, estão hoje nessa fase, pois pretendem, a partir de 1º de janeiro de 2013, quando entra em vigor a Resolução nº 13, passar a atuar no porto que mais bem atenda aos seus interesses, oferecendo menores custos e melhores serviços.

No entanto, a unificação da alíquota interestadual do ICMS para importados vem suscitando muitas dúvidas, a ponto de alguns tributaristas entenderem que necessitaria de regulamentação.  Tanto que o assunto ainda é tema de debate entre os integrantes do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Ou seja, como não há consenso entre os secretários estaduais de Fazenda, que formam o Confaz, há quem defenda um adiamento da data para a entrada em vigor da Resolução, a pretexto de que o assunto exige estudos com vistas a sua regulamentação, que incluiriam um pedido ao Senado em favor de mudanças no texto.

De fato, a Resolução que estabeleceu a alíquota única de 4% a ser aplicada nas vendas interestaduais de produtos com conteúdo de importação superior a 40% deu também ao Confaz a atribuição de regulamentar o assunto, o que significa que o órgão poderia baixar normas e definir critérios para estabelecer o conteúdo de importação. Eis aqui o imbróglio criado.

Portanto, é urgente que haja uma definição por parte do Confaz ou mesmo do governo federal, quem sabe por meio de uma nota técnica. O que não pode ocorrer é essa indefinição e tampouco pairar a perspectiva de que a entrada em vigor da Resolução possa sofrer adiamento. Afinal, as empresas importadoras precisam de segurança jurídica para colocar em prática os seus planos de expansão e levar adiante os seus negócios.

* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)


Imprensa - SEESP



O desenvolvimento sustentável na indústria química segundo perspectivas das maiores lideranças do setor é o tema em debate na 4ª edição do Dia da Engenharia Alemã, que acontece em 18 de outubro, a partir das 13h30, na Capital paulista. O evento, realizado anualmente pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil), com apoio da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), destaca a contribuição da indústria alemã para o progresso econômico e tecnológico brasileiro em diferentes setores. Veja aqui a programação completa do evento.

A programação tem como destaque uma mesa-redonda moderada por Fernando Figueiredo, presidente executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) sobre o tema “A química é inovação para uma vida sustentável”, com o vice-presidente sênior da BASF para a América do Sul, Antonio Lacerda; o líder global de inovação e tecnologia da Lanxess da Alemanha, Dr. Paul Wagner; o diretor-presidente da Evonik Degussa Brasil e da AHK São Paulo, Weber Porto; além de Theo van der Loo, presidente da Bayer, e Julio Muñoz-Kampff, presidente da Henkel Mercosul.

Os participantes do evento poderão assistir ainda à palestra “Tendências globais na indústria química e seu impacto no Brasil”, conduzida pelo líder global da Prática de Energia e Indústrias de Processos da consultoria global AT Kearney, Thomas Rings.

Outro destaque é o case “Destino Alemanha – um passo importante na internacionalização de uma empresa brasileira”, com o diretor-presidente da Braskem, Carlos Fadigas, que revelará como a multinacional brasileira do setor petroquímico expandiu sua atuação para a Europa por meio do mercado alemão.

Outras edições
Em 2011, o Dia da Engenharia Alemã reuniu os líderes da indústria automotiva do Brasil. Nas outras duas edições, diversos setores foram contemplados. Neste ano, o Dia da Engenharia Alemã foca essencialmente a indústria química. “Além de líderes de alto gabarito e presenças internacionais, haverá troca de experiências valiosas entre os participantes. A Alemanha é um país líder em desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e contribui para a indústria química brasileira por meio da transferência de tecnologia e inovação fomentada pela VDI”, diz o presidente da entidade, Edgar Horny. 

As inscrições podem ser feitas por meio do site da VDI-Brasil. O evento será realizado no Club Transatlântico (Rua José Guerra, 130 – Chácara Santo Antônio, Zona Sul da capital paulista).

 

Imprensa – SEESP
Informação da Assessoria de Imprensa da VDI



O fim do fator previdenciário voltou a ser defendido, nesta segunda-feira (8/10), pelo senador Paulo Paim (PT-RS), para quem o tema é um pedido unânime da população de todo o país. Ele explicou que o fator “confisca” metade do salário do trabalhador brasileiro no ato de sua aposentadoria. A mulher perde em torno de 51% do valor e o homem, cerca de 40%.

Paim destacou que o Senado já aprovou o fim do fator previdenciário e a proposta agora está em análise na Câmara dos Deputados (PL 3.299/2008). O senador afirma que o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, lhe prometeu colocar a proposta em votação ainda em outubro.

 

Imprensa – SEESP
Informação da Agência Senado



O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou, nesta terça-feira (09/10), estudo sobre a evolução da produção industrial brasileira, destacando que na passagem de julho para agosto de 2012, os índices regionais do setor mostraram taxas positivas em nove dos 14 locais pesquisados, acompanhando o aumento no ritmo da produção nacional, na série ajustada sazonalmente.

O avanço mais acentuado foi constatado em Goiás, com crescimento de 10,3%, compensando parte da queda de 13,3% verificada em julho. Os demais locais que registraram expansão na produção acima da média nacional (1,5%) foram: Amazonas (7,6%), que eliminou o recuo de 5,5% verificado em julho último; Rio Grande do Sul (4,8%), Minas Gerais (3,3%), Paraná (3,0%) e São Paulo (2,7%), enquanto Rio de Janeiro (0,6%), Santa Catarina (0,5%) e Bahia (0,1%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas.

Por outro lado, Espírito Santo (-2,4%) e Ceará (-1,5%) registraram as quedas mais intensas, enquanto Pará e Pernambuco, ambos com -0,7%, mostraram recuos mais moderados. A região Nordeste (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior, após dois meses seguidos de expansão na produção.
 

Imprensa – SEESP
Com informação do IBGE



A economia e o meio ambiente do Estado de São Paulo ganham com o projeto de navegação, que prevê a utilização dos rios Tietê e Pinheiros e das Represas Billings e Taiaçupeba, que inclui transportes de cargas e passageiros. Será formado um canal de 18 quilômetros de extensão para interligar os dois reservatórios. Eclusas também serão construídas para superar os desníveis dos rios, além de portos fluviais.

Faz parte do Hidroanel Metropolitano a construção de eclusa na Barragem da Penha, na capital, que adicionará 14 km ao trecho navegável do Rio Tietê. Os planos preveem a implantação de uma via navegável, com total de 170 km de extensão, na Região Metropolitana de São Paulo, destinada aos transportes de cargas e passageiros.

"Nossa proposta é fazer uma barragem na eclusa da Penha, para ganhar 14 km de hidrovia”, informa o governador Geraldo Alckmin. “Com a obra, as barcaças poderão subir o rio e ir para Itaquaquecetuba e para perto de Suzano."   

O Departamento Hidroviário protocolou, em agosto último, na Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), os estudos básicos de licenciamento ambiental para a construção da eclusa da Penha. Prevê-se que a licença prévia saia no fim do mês de outubro e, a licença de instalação, em novembro.

"O hidroanel é um projeto importante não só para a economia do estado como também para o meio ambiente”, diz o diretor do Departamento Hidroviário, Casemiro Tércio de Carvalho. Segundo ele, a utilização dos rios para transportes de cargas tiraria de circulação do viário urbano cerca de 40 mil toneladas de carga ao ano.

Com a construção da eclusa, o Rio Tietê terá 55 km navegáveis, com início na barragem Edgard de Souza (em Santana de Parnaíba), passando pelas eclusas do Cebolão e da Penha e finalizando na altura da ponte da Nitroquímica, no bairro paulistano de São Miguel Paulista.

 

Imprensa – SEESP
Informação da Cepam



Desde a descoberta de indícios de petróleo no pré-sal na Bacia de Santos, pela Petrobras, em 2006, a Baixada Santista, litoral paulista, não é mais a mesma. Passados seis anos, a região conquista para si a atenção não só da petrolífera brasileira, mas de outras empresas e negócios em torno do setor de petróleo e gás.

Reportagem recente do site G1 informa que algumas novas oportunidades de emprego, na área, chegam a oferecer remunerações que ultrapassam os R$ 20 mil. Márcia Chiadegatti, da Robert Half, empresa de recrutamento com mais de 300 escritórios pelo mundo e responsável pelas operações na Baixada Santista e no ABC Paulista, acredita que a região ainda tem muito para crescer. “A gente percebe um movimento mais tímido de empresas que vem para Santos e elas estão começando a contratar profissionais mais técnicos”, diz.

Há muitas oportunidades para profissionais mais especializados como gerentes de manutenção e diretores. O salário depende do nível de conhecimento e de responsabilidade dentro da empresa. Segundo ela, um gerente geral do setor de petróleo e gás, responsável por uma operação como um todo, pode ganhar em tornou de R$ 35 mil. Após dez anos na empresa, o salário chega a R$ 68 mil em grandes companhias. Diretores comerciais, que estão começando na empresa, podem ter a remuneração de até R$ 27 mil. Outros profissionais como engenheiros e coordenadores contábeis precisam ser graduados, além de já terem experiência de cerca de 3 a 4 anos na área e um bom nível de inglês. Para esses profissionais, o salário inicial gira em torno de R$ 5 mil. De acordo com a Chiadegatti, o inglês é muito importante no setor de petróleo e gás. “Grandes empresas precisam fazer negócios com essas pessoas, ou então ela faz parte de um grupo de fora do país e precisa reportar as informações da empresa”, explica.

O professor do curso de Engenharia de Petróleo e Gás, Áureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo, explica que os salários são elevados porque a indústria de petróleo segue padrões internacionais. Tudo é cotado em dólar. Para ele, a remuneração vai de acordo com as exigências do mercado. “Precisa saber inglês, ter noções de qualidade, noções de logística, além do conhecimento técnico específico. Essas pessoas podem estar trabalhando hoje aqui e amanhã em outro lugar do mundo”, diz.

O especialista diz que o mercado de petróleo na Baixada Santista é antigo por conta do refino e distribuição de derivados da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, que existe há mais de 50 anos. Ele fala que, agora, o foco é a exploração e a produção do petróleo. “A colocação de pessoas contempla um efeito multiplicativo, desde as profissões técnicas e toda a cadeia de serviços, como área de saúde e hotelaria", diz.

Engenharia ´subsea´
Figueiredo explica que a engenharia ´subsea´, especialidade da engenharia de petróleo e gás em que é preciso saber toda a complexidade de situação para explorar o petróleo que esta a 2 mil metros abaixo da terra, saber sobre pressão atmosférica, condições das correntes do mar e temperatura, é uma das áreas em que se procuram mais profissionais no mundo. “Tem poucas pessoas especializadas nisso. Temos que começar a nos preparar. Tem coisas que só ao longo do tempo as pessoas vão aprender. Se os brasileiros não ocuparem o espaço eles vão trazer gente da Indonésia, de outros lugares", fala. Ele diz que o primeiro passo para concorrer a essas vagas é ser graduado e se qualificar na área.

Porém, o especialista afirma que é preciso cautela por parte do mercado para que não haja uma grande quantidade de profissionais do mesmo setor. Uma recente pesquisa feita pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo mostrou que 49% dos alunos matriculados em 2010, no ensino a distância, optaram por cursos no setor de petróleo e gás. Ele dá o exemplo da Bacia de Campos. “Milhares de pessoas foram para lá e criou-se um cinturão de pobreza em volta da cidade. As pessoas não tinham qualificação. Se o cara nem consegue entender a ordem que está sendo dada a ele, porque é em outra língua, ele não vai ser colocado em um lugar que ele pode até morrer”, explica.

Para ele, a vinda de estrangeiros é imprescindível. “Não vamos ter a pretensão de que tudo vai ser ocupado por brasileiros. Vai precisar vir pessoas com conhecimentos que acabarão passando informações para os nossos profissionais. Assim como quando implantaram a refinaria, vieram técnicos estrangeiros. Hoje nós temos uma engenharia de excelência nessa área”, diz ele. Figueiredo explica que é importante empregar profissionais brasileiros, de várias áreas, para que possam fazer essa indústria do petróleo e gás crescer e que o núcleo de riqueza retorne para o próprio país.

 

Imprensa – SEESP
Informações do G1/Globo



Não obstante as críticas à política de cotas, as ideias de solidariedade e coesão social falaram mais alto

Desde a transição democrática, em 1985, a sociedade brasileira tornou-se melhor. Não tanto no plano econômico, onde o progresso foi modesto, mas nos planos social e político, onde os avanços foram grandes.

Somos ainda uma sociedade injusta, mas a desigualdade diminuiu; somos ainda uma sociedade autoritária, mas agora os eleitores pobres têm voz e são respeitados; somos ainda uma sociedade elitista, mas nos demos conta desse fato, e estamos tentando construir, mais do que um Estado democrático, também uma sociedade democrática.

Talvez a demonstração mais extraordinária dessa mudança de atitude foi a aprovação no Congresso Nacional e a sanção pela presidente Dilma da lei que estabeleceu uma cota geral de 50% das vagas nas universidades públicas e escolas técnicas federais para os estudantes das escolas públicas oriundos de famílias com até um salário mínimo e meio per capita.

O que imediatamente me ocorreu, ao ver os deputados e senadores aprovarem uma lei com alto conteúdo democrático e humano como é esta, foi que os brasileiros não se deixaram perverter pelo individualismo feroz dos 30 Anos Neoliberais do Capitalismo (1979-2008).

Que, não obstante as críticas insistentes que os ricos e a classe média tradicional vêm fazendo à política de cotas, as ideias de solidariedade e de coesão social falaram mais alto no Brasil.

E que seus representantes no Parlamento, hoje tão prejudicados em sua imagem, souberam compreender esse fato.

Mas "essa política não considera o mérito", dizem os críticos conservadores. Mérito medido de que maneira? Mérito medido em exames vestibulares, quando o último Ideb para o ensino médio foi de 3,5 para os alunos das escolas públicas contra 5,7 para as escolas privadas?

Essa diferença brutal deixa muito clara a imensa desvantagem dos pobres na competição para chegar ao ensino superior no Brasil. Portanto, em termos de justiça, a política de cotas está corretíssima.

Mas estará essa política correta em termos de eficiência, entendida esta como o melhor uso dos recursos humanos do país? Não estaríamos com ela dificultando que os jovens com maior potencial cheguem à universidade? Pelo contrário, argumento que a política de cotas dá oportunidade aos melhores.

O raciocínio é simples, e não está baseado no fato bem conhecido de que os jovens pobres são mais motivados pelo estudo. Os estudantes das escolas públicas representam cerca de 80% do total dos alunos do ensino médio.

Se supusermos que, em termos de potencial inato, os estudantes das escolas públicas e particulares são em média igualmente inteligentes e criativos, é necessário concluir que os 2% de alunos mais brilhantes dos 80% por cento das escolas públicas são, em média, mais capazes que os mesmos 2% dos 20% das escolas particulares.

Creio que este raciocínio explica a experiência das universidades que introduziram cotas. Os alunos por elas beneficiados têm desempenho geralmente muito bom, não obstante terem aprendido muito menos nas suas escolas do que os alunos das escolas privadas.

Com a política de cotas as universidades que tomaram a iniciativa de adotá-las, os brasileiros e agora o Parlamento brasileiro que as torna obrigatórias não estão sendo apenas democráticos e solidários; não estão apenas pensando em justiça.

O argumento da justiça já seria suficiente para justificá-la, mas quando a ele se soma o do mérito associado ao do potencial, a política de cotas ganha plena inteligibilidade e legitimidade.

* Luiz Carlos Bresser-Pereira é acadêmico nas áreas de Direito, Administração e Economia, professor titular da Fundação Getúlio Vargas, foi ministro da Ciência e Tecnologia entre janeiro e julho de 1999, no início do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso

 

Imprensa – SEESP
Artigo publicado, originalmente, no jornal Folha de S.Paulo, 08/10/2012



Implementar efetivamente a fiscalização presencial nos locais de trabalho. Estimular a cultura de prevenção de riscos no trabalho, nas empresas e na sociedade. Criar uma certificação governamental para empresas públicas e privadas que desenvolvam boas práticas em Saúde e Segurança no Trabalho. Essas são algumas das sugestões que constam da “Carta de Brasília”, documento assinado pelos participantes do Seminário Internacional de Prevenção de Riscos no Trabalho, no encerramento do evento, no dia 5 último.

Além de sugestões, o documento apresenta um diagnóstico da situação atual, no Brasil, da segurança e saúde no trabalho. Segundo a “Carta”, nos últimos 40 anos houve melhoria significativa nos índices oficiais relativos aos acidentes de trabalho. Porém, quando os números brasileiros são comparados com os de países desenvolvidos, constata-se que a situação continua preocupante. O país ocupa o quarto lugar em acidentes fatais e o 15º em acidentes graves.

A “Carta de Brasília” também sugere a inserção de agentes técnicos, no contexto dos ambientes de trabalho, capazes de identificar os riscos e contribuir com um meio ambiente de trabalho saudável e seguro. O documento aconselha aprimorar a metodologia de apuração do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e fortalecer a participação do Sistema S no programa de reabilitação profissional do cidadão. “A carta, em si, sintetiza um compromisso na redução dos riscos de acidentes de trabalho”, avalia o diretor do Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSSO), Cid Pimentel.

Participaram do seminário autoridades e técnicos previdenciários e trabalhistas do Brasil e da Espanha. O evento, promovido pelo Ministério da Previdência Social, teve como objetivo principal abrir um espaço para troca de experiências entre profissionais que atuam na formação, capacitação, gestão e controle de riscos ambientais do trabalho.

 

Imprensa – SEESP
Informação da Força Sindical



O setor de supermercados vive uma precarização das condições de trabalho, revela pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. O progresso da automação comercial reduziu o número médio de funcionários. Com isso os trabalhadores passaram a exercer mais funções nas lojas, trabalhando praticamente todos os dias da semana, sem tempo para os estudos e o convívio social. Mesmo com o faturamento crescente das empresas, em muitos casos a remuneração dos empregados pode ser inferior ao salário mínimo. O estudo foi realizado pelo geógrafo Herodes Beserra Cavalcanti, com orientação da professora Léa Francesconi, da FFLCH.

O geógrafo analisou os dados do ranking divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), entre os anos de 1994 e 2010. Também realizou dez entrevistas com funcionários de uma grande rede supermercadista, que trabalhavam na zona sul da cidade de São Paulo, exercendo os cargos operacionais de operador de supermercado part-time (jornada de 18 horas semanais de trabalho) e full-time (8 horas diárias de trabalho).

As estatísticas da Abras mostram que o número de trabalhadores para cada 100 metros quadrados nos supermercados brasileiros caiu de 7,8 em 1994 para 5 em 2010. “Uma das razões da diminuição é a crescente automação comercial, especialmente a partir de 1994, quando terminou o período inflacionário considerado pelos empresários um entrave para a implantação dos leitores óticos de códigos de barras”, conta Cavalcanti. Na rede pesquisada, o faturamento por metro quadrado passou de R$ 8.771,00 em 1994 para R$ 17.508,83 em 2010.

O faturamento por funcionário era de R$ 111.069, 00 em 1994 e chegou a R$ 315. 284,82 em 2010. “No período houve também uma alteração dos cargos nos supermercados”, aponta o geógrafo. “Antes, o registro em carteira era feito com uma função delimitada, como operador de caixa ou repositor. Hoje, o funcionário pode ser registrado como operador de supermercado e exercer as mais diversas funções, inclusive auxiliar de perecíveis, de açougue e de padaria, além de recolher carrinhos e contribuir para a limpeza do estabelecimento”.

Trabalho
De acordo com Cavalcanti, a flexibilização da legislação trabalhista também aumentou o volume de trabalho, com a regulamentação do funcionamento dos supermercados nos domingos e feriados e do banco de horas. “Os funcionários trabalham praticamente a semana toda, e como levam muito tempo para se deslocar para o trabalho, têm mais estresse e dificuldade para poder estudar”, afirma. “Essa rotina faz com que o setor tenha uma alta rotatividade. Em 2009, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foram admitidos 49.192 empregados e aconteceram 44.151 demissões em São Paulo. O salário médio de quem sai é de R$ 837, 25, mas quem entra recebe em média R$ 712,00”.

A pesquisa mostra que os supermercados atraem trabalhadores jovens. Na rede pesquisada, por exemplo, não é exigida experiência prévia e os funcionários são admitidos por meio de uma prova de conhecimentos gerais, matemática e português básicos. “O operador part-time, embora trabalhe a metade do tempo, exerce as mesmas tarefas do full-time e não tem direito a vale-transporte”, ressalta o pesquisador. Em dezembro de 2010, a média salarial desses operadores em São Paulo era de R$ 213, 84 mensais, inferior ao salário mínimo, que na ocasião era de R$ 510,00.

O geógrafo observa que apesar das convenções coletivas de trabalho dispor sobre os dias de folga, há uma sutil pressão do empregador para que o funcionário esteja sempre à disposição da loja, seja mais flexível no trabalho e aumente a produtividade. “Pela Norma Regulamentadora 17, do Ministério do Trabalho, os patrões não podem estabelecer avaliações de desempenho para fins de remuneração ou bonificação, já que isso poderia aumentar os casos de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Doenças Osteo-musculares Relacionadas ao Trabalho (DORT)”, aponta. “Outros aspectos da regulamentação, como a exigência de um empacotador para cada três caixas, não são cumpridos”.

Imprensa – SEESP
Informação da Agência USP de Notícias



O programa de televisão do SEESP, o JE (Jornal do Engenheiro), que vai ao ar a partir desta segunda-feira (08/10), traz como destaque os 78 anos de vida do sindicato, criado em 21 de setembro de 1934, e que, hoje, representa quase 200 mil profissionais em todo o Estado de São Paulo.

Como foram as negociações salariais deste ano dos engenheiros paulistas será o tema do quadro “No Ponto” com o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Ele falará sobre as campanhas salariais que conquistaram importantes avanços, como o ganho real.

A psicóloga Fernanda Lena, em entrevista especial, explicará como o setor de Oportunidades do sindicato funciona, quais os serviços oferecidos e como o profissional pode se inserir ou voltar para o mercado de trabalho.

O JE na TV vai ao ar nesta segunda-feira (08/10), às 23h30, pela TV Aberta São Paulo, pelos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital). Ou, no mesmo dia e horário, pela internet neste link. O programa também pode ser visto em quase 48 cidades de todo o Estado em dias e horários diversos, confira-os aqui.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP



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