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Do Jornal Engenheiro*

“Situação caótica.” Assim o presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Pedro Celestino, define o quadro vivenciado pela indústria naval hoje no País. O setor luta para se manter, diante de cenário desalentador.

Dos 40 estaleiros instalados no Brasil, 12 estão parados e o restante opera bem abaixo de sua capacidade. É o que aponta em artigo publicado no site do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), intitulado “Sem fôlego para crescer” (confira em https://goo.gl/wxNqtG), seu presidente, Ariovaldo Rocha.

Dos remanescentes, conforme o secretário executivo da entidade, Sergio Leal, “muitos têm fôlego somente até final de 2018 ou de 2019”. A forte retração se deu sobretudo a partir de 2015. Consequentemente, reduziu-se em mais da metade o total de trabalhadores no setor. Segundo Leal, em dezembro de 2014, havia 82 mil postos diretos; em abril/maio deste ano, apenas 25 mil. “E para cada emprego gerado na indústria, são criados outros cinco em subsidiárias. O resultado é redução drástica e atraso tecnológico, pois não há projetos e há pouca engenharia.”

Como exemplo, ele detalha a situação no Rio de Janeiro: “Já tivemos mais de 30 mil empregados, hoje há cerca de 13 mil e esse número está caindo fortemente. Os negócios estão cada vez mais escassos e como não houve contratação de obras nos últimos anos, haverá um buraco. O estaleiro de Mauá está funcionando só para reparos. Já chegou a ter 11 ou 12 mil trabalhadores, agora tem menos de 500. Com capacidade para empregar 8 mil, o Eisa (Estaleiro Ilha S/A) está parado, em recuperação judicial. Angra tem obras até metade ou final de 2019. São 4 mil trabalhadores, antes eram 10 mil.”

No Nordeste e no Sul do País, o desmonte também é sentido fortemente. Diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS), Alexandre Wollmann revela: “Na cidade de Rio Grande está o segundo maior porto seco do mundo. O polo naval foi muito fomentado a partir de 2003, o PIB do estado se elevou, a indústria metalmecânica de Caxias do Sul e de Porto Alegre cresceu muito. Isso durou pouco, já no Governo Dilma começou a haver uma redução. O atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, não demandou mais serviços e retirou as plataformas construídas ali, levando-as à China. Mais de 1.200 postos para engenheiros foram fechados.” Ele continua: “Isso mexeu com a indústria metalmecânica na Serra Gaúcha e em toda a Grande Porto Alegre. Há muita demissão. Em Rio Grande, tem gente dormindo na rua.”

Abandono progressivo
Luiz Felipe Assis, professor do Departamento de Engenharia Naval da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do curso de graduação na área, aponta que o caso do município gaúcho é dramático. Lá houve grande investimento da Prefeitura, foram instaladas plantas e também um parque tecnológico com o apoio da universidade federal local (Furg). “As obras estão paradas e a mão de obra de melhor qualidade se desmobilizou.”

Segundo o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval Brasileira, Rio Grande antes contava mais de 20 mil trabalhadores no setor; hoje são 3 mil. “Mais da metade da plataforma P-71 está pronta e hoje essa está sendo vendida como sucata para a Gerdau. Estamos pensando em entrar com representação no Ministério Público para investigar esse negócio. É um cenário de abandono progressivo que tende a liquidar a indústria naval no Brasil, um verdadeiro crime de lesa-pátria.”

Na ótica de Assis, há um “problema geral de dispersão de contratos nos grandes estaleiros”, diante da crise internacional e brasileira. No Nordeste, o docente cita por exemplo o caso do Enseada Indústria Naval, na Bahia. Desenhado para atender demanda da Sete Brasil – empresa criada durante o Governo Dilma para construção de 29 sondas a exploração do pré-sal –, o estaleiro em questão sofre o impacto da Operação Lava-Jato. A Sete Brasil foi implicada em denúncias, o que gerou descontratação. “Há várias sondas em diferentes estágios de construção paradas. O parque industrial está sendo desmobilizado. O polo só está funcionando para manutenção de equipamentos.”

Também na região, estaleiros abertos no Complexo de Suape, no Recife (PE), como o Vard Promar, sobrevivem de demanda residual. No mesmo local, o Atlântico Sul “está entregando os últimos navios, vem amortecendo investimentos, mas não há certeza se terá tempo de se recuperar”.

De acordo com Fontana, conjunto de ações legais de caráter antinacional está sendo tomado para facilitar a importação de equipamentos, as quais dificultam enormemente a produção nacional. “Uma das medidas provisórias nesse sentido trata de regime tributário especial (MP 795/2017), com forte redução da carga para importação ao setor de óleo e gás.” Ele informa que está entre as iniciativas da Frente Parlamentar que coordena tentar impedir sua votação.

Conteúdo local
Outra ação diz respeito a reverter as mudanças nas regras do conteúdo local para a 14ª rodada de licitações de óleo e gás, que reduziu sensivelmente os índices de contratação nacional. No geral, como observa Leal, diminuiu de 65% em média para 25%. “Para cascos, é zero. Ou seja, o Brasil não fará nenhuma plataforma.”

Aliada importante nessa luta é a Frente Mista Parlamentar da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, coordenada pelo deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), que tem pautado o tema da garantia de conteúdo local em suas reuniões. Caso a mudança nas regras não seja revertida, o setor, altamente dependente dessas encomendas, continuará à míngua. Nesse contexto, como conclui Wollmann, faz-se mais urgente do que nunca a ação da “Engenharia Unida” – articulação da área tecnológica chamada pela FNE na busca de saídas à crise atual.

 

* Uma publicação da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), edição 185, de outubro de 2017. Matéria de Soraya Misleh. Foto: Estaleiro Mauá

 

Do Jornal da USP

Procurar e divulgar amplamente os bons exemplos de mulheres que se destacam na carreira de engenharia é uma das ações práticas que podem ajudar a despertar o interesse pela área e ampliar a presença feminina nesse campo do conhecimento. Essa foi uma das sugestões apresentadas pelas participantes da mesa-redonda Mulheres na Engenharia, realizada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo, no dia 19 de setembro último.

O evento teve a intermediação da vice-diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci, primeira mulher a ocupar um cargo na diretoria da escola. Como debatedoras, participaram as professoras Cintia Borges Margi e Roseli de Deus Lopes, além da engenheira formada na Poli, Renata Bartoli de Noronha.

>> Leia aqui o especial sobre a participação feminina na Poli

Renata conta que não foi vítima de preconceito na Poli e que nunca se sentiu discriminada. “Sempre tive demanda muito grande por performance, vivi em um ambiente de competição e cooperação muito forte”, relata.

Foto: Poli/Divulgação
Engenheiras convidadas discutem a desigualdade de gênero na área.

Já Roseli Lopes ponderou que viveu algumas situações no passado que lhe pareceram normais à época, mas hoje, ao revê-las, fica em dúvida se foi vítima de machismo. “Estávamos muito no piloto automático no passado, inclusive com relação a outros problemas além de gênero, como bullying. Hoje, as pessoas não aceitam muitas coisas que antes toleravam”, afirmou.

Cintia Margi também não se recorda de ter sofrido preconceito de forma explícita, mas se lembrou de algumas brincadeiras discriminatórias. “De modo geral, eu ouvia, não gostava, mas não criava antagonismo com os colegas”, contou.

Casos de falas discriminatórias de professores e alunos foram citados pelo público. Liedi Bernucci lembrou que a Poli tem um canal para que esses casos sejam reportados: a Ouvidoria. “Temos acolhido as reclamações, e os nomes são preservados”, destacou.

Durante o evento, as participantes discutiram também se a mulher precisa se esforçar mais do que o homem para não duvidarem de sua capacidade e para ter mais oportunidades na carreira.

Para Renata Noronha, performance é uma obrigação quando se trabalha em um ambiente norteado pela meritocracia e o espaço é conquistado quando há resultados consistentes. Ela considera, porém, que é difícil ter um desempenho igual ao de um homem sem as mesmas responsabilidades, já que quando constituem família, as mulheres acabam acumulando muitas tarefas. Em sua opinião, o homem também precisa assumir as responsabilidades familiares e, por outro lado, as mulheres precisam saber dar a chance para que isso aconteça.

Cintia Margi lembrou que, apesar de as metas serem iguais e explícitas na carreira acadêmica, a cobrança é desigual. Ela citou um estudo no qual foi constatado que no processo de revisão de artigo científico duplo cego – revisor e autor não sabem quem são – o resultado é diverso quando se sabe previamente que a autoria do artigo é de uma mulher.

O elemento cultural, na avaliação das participantes, ainda é um empecilho para ter mais mulheres interessadas em engenharia, por não serem incentivadas a gostar de matemática e de outras disciplinas da área das exatas.

Roseli Lopes contou que houve um aumento da presença de projetos submetidos por mulheres na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) depois de uma campanha que destacou a presença feminina no evento. “Precisamos elaborar mais campanhas junto às escolas de ensino fundamental e médio para mudar essa realidade. As próprias alunas da Poli podem voltar a suas escolas e fazer isso”, sugeriu.

Ela também defendeu que a engenharia seja divulgada junto às escolas como uma atividade que tem profissionais dedicados a resolver problemas da sociedade, e não como uma área técnica e difícil.

O evento integrou a programação da 4ª Semana de Engenharia Elétrica e de Computação (IV SEnEC), promovida pelo Centro de Engenharia Elétrica e de Computação da Poli.


>> Texto completo aqui

 

Da Unesp Agência de Notícias

Ocorreu, domingo, dia 8 de outubro, a partir das 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, a 3ª Marcha pela Ciência, movimento que vem reunindo cientistas e pesquisadores do estado de São Paulo para reivindicar mais visibilidade e credibilidade à ciência.

Esses eventos têm por objetivo protestar contra atual situação de desmonte da estrutura pública de Ciência e Tecnologia, que envolve universidades e institutos de pesquisa, como se pode verificar pelos cortes orçamentários na área previstos pelo Governo Federal para 2018 e pelos já realizados pelo governo estadual paulista em 2017.

Num momento em que o País busca mais qualidade e visibilidade internacional para a pesquisa e a inovação nela produzida, é imprescindível que se mantenha uma estrutura adequada de investimentos públicos para evitar uma perda irrecuperável a pequeno, médio e longo prazo. 

>> Mais informações podem ser obtidas à página da Marcha pela Ciência no Facebook.

 

Comunicação FNE
Com informações da Agência Senado

Engenheiros e arquitetos poderão exercer, cumulativamente, dois cargos públicos, conforme previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 14/2015. A matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, na quarta-feira (4/10), e segue para discussão e votação final em Plenário, em dois turnos. Para pressionar os senadores pela aprovação do texto, é possível votar na enquete promovida pelo E-Cidadania. Para participar é necessário um cadastro rápido, justamente para evitar fraude.


Foto: Pedro França/Agência Senado
CCJ, em reunião deliberativa no dia 4, analisou 37 itens, entre esses a PEC 14/2015.

Segundo o presidente em exercício da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, a PEC é benéfica para os profissionais da engenharia. "Os engenheiros, a partir dessa PEC, poderão ter mais mobilidade dentro do mercado de trabalho e possibilidade, inclusive, de contribuir de forma mais efetiva para o desenvolvimento nacional, com um incentivo de um acréscimo remuneratório, num país ainda carente de profissionais da área."

O autor, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), aponta que esses profissionais têm assumido um papel essencial no desenvolvimento do País devido às demandas nas áreas de infraestrutura e tecnologia. Para ele, o contexto atual “requer a atuação de profissionais qualificados e aptos a realizar atividades de alta complexidade”.

Atualmente, professores e profissionais da saúde já podem acumular até dois cargos ou empregos públicos, “desde que haja compatibilidade de horários que permita o bom desempenho das funções”.

O relator da PEC, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), deu parecer favorável à proposta, por classificá-la como “meritória, pois permite que o Poder Público aproveite, de forma abrangente, o potencial laboral de arquitetos e engenheiros, profissionais que desempenham atribuições de grande relevância econômica e social”. Anastasia afirma que essa medida é especialmente positiva para as administrações de municípios de pequeno e médio porte, em que se verifica escassez de profissionais qualificados nessas áreas de especialização.


Da Assessoria de Comunicação da EESC/USP

Até 12 de novembro próximo, o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PGrCEM) da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESC/USP), receberá inscrições de candidatos aos cursos de mestrado e doutorado para o primeiro semestre de 2018. Os pedidos podem ser encaminhados no e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., bastando enviar os documentos solicitados no edital digitalizados no formato PDF.

O resultado final, incluindo a lista dos candidatos aprovados, será publicado até o dia 15 de dezembro e divulgado na Secretaria de Pós-Graduação do Departamento de Engenharia de Materiais da EESC e no portal. Mais informações com a Secretaria de Pós-Graduação do Departamento de Engenharia de Materiais no telefone (16) 3373-8125 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Foto: Edmilson Luchesi

Prédio da EESC, no campus 1 da USP em São Carlos.

A EESC também está com inscrições abertas para uma vaga de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPG-EP). É oferecida bolsa vinculada ao Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da Capes. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de novembro, pelo interessado ou seu representante legal, na Secretaria do PPG-EP, em dias úteis, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, ou pelo correio. caso em que será observada a data da postagem. O valor da bolsa é de R$ 4,1 mil, com vigência prevista de um ano, prorrogável por mais 12 meses. Para mais detalhes, consulte o edital em língua portuguesa ou inglesa. A secretaria do programa está localizada no Departamento de Engenharia de Produção da EESC, na área 1 do campus da USP em São Carlos, situada na Av. Trabalhador São-Carlense, 400.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (16) 3373-8126.

 

Do site da Anamatra

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, em recente palestra sobre a Lei 13.467/2017, a da reforma trabalhista, apresentou gráficos extraídos dos arquivos digitais do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que demonstra a evolução, desde 1948, da produtividade mundial das empresas, em comparação ao crescimento do valor real da hora trabalhada. Nesse ponto, observou o presidente, a partir do final da década de 1970, houve uma estabilização da compensação da hora, em contraponto ao crescimento da produtividade da empresa. “Isso evidencia que, independentemente da legislação que o mundo teve nesse período, a produtividade das empresas cresceu. O que se estagnou, com a ideia de Estado mínimo, foi a retribuição do trabalhador pela riqueza criada”, alertou, referindo também dados da obra de Thomas Piketty (“O Capital no Século XXI”).

Feliciano apontou ainda preceitos da nova legislação que, em sua avaliação, podem violar a garantia constitucional do cidadão quanto à proteção judiciária. Assim, por exemplo, a previsão de que, quanto aos exames das convenções coletivas ou acordos coletivos de trabalho, caberá à Justiça do Trabalho tão somente a análise de formalidades extrínsecas do negócio jurídico coletivo, balizando sua atuação pelo inédito princípio da intervenção mínima. “Não é possível pensar em norma jurídica sem pensar em interpretação/aplicação da fonte formal do direito. Os juízes examinarão a constitucionalidade e a legalidade dos conteúdos dos acordos e convenções coletivas e trabalho, como não poderia deixar de ser”, criticou.

O presidente criticou outras inconstitucionalidades da reforma trabalhista, como os entraves econômicos à proteção processual do hipossuficiente econômico, o que também impacta o acesso do cidadão à justiça. Segundo explicou, a reforma, nesse aspecto, imputa ao reclamante o dever de arcar, por exemplo, com honorários da sucumbência e com as despesas relacionadas a procedimentos periciais, mesmo quando o trabalhador seja pobre na acepção jurídica do termo, “o que é, no mínimo , um contrassenso”.

 “A efetividade da jurisdição decorre do devido processo legal. O processo judicial é um espaço do diálogo, de efetiva distribuição de cidadania, de modo que nenhuma compreensão da nova legislação deve conduzir a um processo judicial inefetivo, tíbio, demorado", finalizou Feliciano.

A intervenção do magistrado se deu, no dia 4 de outubro último, no Seminário da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), que teve como objetivo discutir os impactos da Lei nº 13.467/2017, relativa à reforma trabalhista, e as ações para o seu enfrentamento. Entre outros palestrantes, também estiveram presentes os presidentes da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat).

Jornada
Sobre o tema reforma trabalhista a Anamatra realiza, nos próximos dias 9 e 10 de outubro em Brasília, a 2 ª Jornada Nacional de Direito Material e Processual do Trabalho  O objetivo é debater teses que sirvam de parâmetro hermenêutico para a nova legislação, que agora será objeto de interpretação e aplicação por juízes, advogados e procuradores do Trabalho. A ideia da Anamatra é compilar os enunciados em uma publicação para distribuição interna e externa antes do fim da “vacatio legis”. Clique aqui e saiba mais.

Do site do Ministério Público do Trabalho

Em seu discurso na solenidade à posse de recondução ao cargo de procurador-geral do Trabalho para o biênio 2017/2019, no dia 3 de outubro último, em Brasília, Ronaldo Fleury lembrou do compromisso firmado na primeira gestão de construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a promoção do trabalho decente, a erradicação da pobreza e da marginalização, com a redução das desigualdades sociais e regionais.


Foto: MPT
Ronaldo Fleury, na tribuna, destaca atuação do MPT na discussão das recentes mudanças trabalhistas.

Ele citou o posicionamento do Ministério Público do Trabalho (MPT), durante as discussões da reforma trabalhista, quando “assumiu também posição protagonista sem precedentes, canalizando as aspirações e as preocupações da sociedade civil, dos trabalhadores, dos empregadores, dos sindicatos, da imprensa e de organismos internacionais”. Para os próximos dois anos, reafirmou o compromisso de seguir lutando por condições de trabalho cada vez melhores e pelo reconhecimento dos profissionais que dedicam a vida à missão do MPT.

A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades. Entre elas, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho; os ministros do TST Lélio Bentes e Delaíde Alves Miranda; presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, juiz Roberto de Figueiredo Caldas; procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa; procurador-geral de Justiça Militar, Jaime de Cássio Miranda; ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público, Sebastião Caixeta, e o diretor da OIT no Brasil, Peter Poschen.

 

Unesp Agência de Notícias

Considerada como uma das maiores universidades do Brasil. a Universidade Estadual Paulista (Unesp) disponibilizou uma série de cursos online gratuitos, que podem contribuir bastante na formação ou atualização profissional para as mais diversas carreiras.

A Unesp Aberta é um ambiente de aprendizagem online e gratuito que oferece a oportunidade de formação e aperfeiçoamento em diversas áreas do conhecimento para pessoas com acesso a Internet no Brasil e no mundo. Ela oferece cursos nas áreas de exatas, humanas e biológicas. As inscrições podem ocorrer a qualquer momento.

Também estão previstas as inclusões de versões em inglês e espanhol, bem como, a incorporação de recursos de acessibilidade como Libras e audiodescrição. O acesso ao material não dá direito a qualquer tipo de certificação de conclusão ou apoio educacional.

>> Todas as informações sobre esses cursos aqui


Eli Alves da Silva*

A Reforma Trabalhista, tão anunciada como a solução para o fim do alto nível de desemprego, foi aprovada com a sanção presidencial da Lei 13.467/17, que entrará em vigor no nosso sistema jurídico a partir de 11 de novembro deste ano.

Particularmente, considero que não será por meio de lei que o Brasil terá melhora no seu nível de desemprego, pois emprego depende da retomada do crescimento econômico, já que, com a atual lei, o Brasil, no período de 2010, atingiu praticamente o nível de pleno emprego. Assim, pode-se considerar que a situação econômica e de emprego se deve mais à crise de falta de credibilidade dos empreendedores e investidores diante das trapalhadas políticas, acompanhadas da corrupção desenfreada que tem atingido o nosso país. Essa situação não foi ainda maior graças ao grande desempenho do nosso agronegócio.

Entretanto, considerando que, diante do momento de toda essa insegurança econômica, o discurso da reforma passou a ficar mais fácil, principalmente para as lideranças empresariais, por meio de suas respectivas representações corporativas, que, por consequência, tiveram o respaldo da “classe política”, sobretudo porque grande parte de seus integrantes teve suas campanhas políticas patrocinadas por essas organizações empresariais. Isto pode ser constatado pelas próprias declarações de executivo da JBS, que disse que o seu grupo empresarial havia patrocinado a campanha de mais de mil políticos em seus vários níveis. Assim, não é necessário muito esforço e nem mesmo concentração para imaginar qual o nível de patrocínio havido por outras organizações empresariais. Desta forma, os detentores do capital tiveram muito mais espaço para implementar uma reforma com parcialidade em benefício dos empregadores.

Outrossim, é possível concluir que as organizações empresariais tiveram muito mais sucesso em suas articulações do que as representações sindicais dos trabalhadores, especialmente em razão de seus recursos financeiros, visto que, após o grande investimento que fizeram durante as campanhas políticas, teria chegado a hora de cobrar essas contas.

Essa constatação é revelada na medida em que levemos em conta que o projeto original do governo, iniciado no âmbito do Ministério do Trabalho, objetivava alterar basicamente oito artigos da CLT, dando ênfase para que o negociado prevalecesse sobre o legislado. Porém, quando esse projeto chegou à Câmara dos Deputados, recebeu mais de 800 emendas, a ponto de a CLT, com essa nova lei, ter sofrido alterações em 117 dispositivos.

Além disso, o processo legislativo passou por uma tramitação extremamente tumultuada e sem uma ampla discussão com a sociedade civil. Tanto é verdade que, após aprovação na Câmara dos Deputados, muitas alterações foram propostas no Senado Federal, porém, sob a orientação do governo federal, teria sido negociado entre as lideranças dos partidos, para que não fosse aprovada nenhuma das alterações, posto que isso implicaria no retorno do projeto para a Câmara dos Deputados, o que acarretaria uma maior dificuldade para sua aprovação. Nessa negociação ficou acordado que algumas regras estabelecidas no projeto, e que não se adequavam aos objetivos dos senadores, seriam vetadas pelo presidente da República ou seriam objeto de medida provisória a ser editada pelo governo federal. As principais divergências diziam respeito ao trabalho de mulheres gestantes ou lactantes em trabalhar em atividades insalubres. Após mais de três meses da sanção da lei da reforma, essa medida provisória ainda não foi apresentada.

Apesar de aqueles que foram e são favoráveis à Reforma Trabalhista dizerem que não foram retirados direitos dos trabalhadores, posso afirmar que esse discurso é falso e enganoso, pois efetivamente é possível afirmar que houve redução de direitos dos trabalhadores. Essa afirmação não significa um posicionamento de negação generalizado à reforma, pois alguns de seus aspectos são necessários e importantes, para dar maior flexibilidade na relação entre o capital e o trabalho no Brasil, também, não significa que o trabalhador saiu ileso.

Só o tempo e a aplicação dessa reforma nos dirão se houve maior ou menor benefício para a sociedade brasileira.


* Advogado especialista em Direito Empresarial. Conselheiro da OAB-SP, presidente da Comissão de Direito Material do Trabalho. Relator da Quinta Câmara Revisora do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP. Conselheiro e ex-presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo

 

 

Do site O Petróleo

Serão aceitos profissionais com inglês fluente e formados em engenharia, química, física, matemática, administração de empresas, economia e finanças
O Grupo Prysmian, líder mundial na indústria de sistemas de cabos de energia e de telecomunicações, está com as inscrições abertas para o seu programa internacional de trainee. O Build The Future, como é chamado o programa, vai contratar profissionais do Brasil e do mundo para atuar nos principais projetos de infraestrutura nas áreas de energia e telecomunicações espalhados ao redor do planeta.

O programa da Prysmian possui parcerias com as grandes escolas de negócios do mundo e do Brasil. Serão aceitos profissionais formados em engenharia, química, física, matemática, administração de empresas, economia e finanças. Fluência no inglês é também um pré-requisito.

Segundo Lluis Torné, diretor de Recursos Humanos da Prysmian na América do Sul, a proposta do Build The Future é ampliar o conhecimento e a capacidade das equipes em todas unidades de negócios. ?Recrutamos e treinamos os melhores profissionais nas áreas de energia e telecomunicações do Brasil e do mundo?, comenta Torné.

Os participantes do programa passam por uma formação inicial na sede da empresa em Milão (Itália), ganham contrato permanente de trabalho com salário competitivo e atuam em missões internacionais dentro de um ambiente multicultural. Além de realizar job rotation nas áreas de P&D, Operações e Vendas.

Para mais informações e inscrição: http://prysmiangroup.com/graduate

 

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