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O Sindicato dos Engenheiros do Acre (Senge-AC), filiado à FNE, protocolou, no dia 4 de maio, documento que relata várias denúncias contra o Governo do Estado, mais especificamente relacionadas aos órgãos que realizam obras de engenharia. Os líderes sindicais foram recebidos pela Promotora de Habitação e Urbanismo, Rita de Cassia Nogueira Lima, e pela Promotora de Defesa do Meio Ambiente, Meri Cristina Amaral Gonçalves, na sede do Ministério Público do Acre.

Segundo o sindicato, o governo estadual do Acre alega não ter recursos para reajuste destinado à categoria e contrata empresas particulares para realizarem a fiscalização de obras públicas. “Essa prática fere a Constituição Federal, já que obras públicas financiadas com dinheiro público não podem ser fiscalizadas por empresas particulares”, afirma Sebastião Fonseca, presidente do Senge.

Depois de uma análise do documento, as Promotoras resolveram solicitar junto aos órgãos governamentais competentes, informações referentes à maneira como estão sendo realizadas as fiscalizações das obras, pois há possibilidade de implicações tanto na qualidade dos serviços, quanto na execução fora dos padrões exigíveis, para que não cause danos ambientais.

 

Imprensa – SEESP
* Com informação da FNE e Portal Riobranco.net


"Os engenheiros são “fazedores” de coisas". A definição, bem-humorada, é do ex-reitor da USP (Universidade de São Paulo), Antonio Hélio Guerra, que hoje preside o Conselho Curador da FDTE (Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia). Em entrevista ao primeiro Jornal do Engenheiro na TV Aberta de SP, que estreou no dia 30 de abril último, Guerra falou um pouco da história da Engenharia no País e como ele vê a participação brasileira no desenvolvimento de tecnologias eletrônicas e digitais, como os tablets.

Considerado ícone da Engenharia do Brasil, Guerra também é membro do Conselho Tecnológico do SEESP.

“Patinho feio”
O desenvolvimento de computadores na década de 1970 tinha muito a ver com a evolução da engenharia elétrica no País, especialmente no ensino da Engenharia. Um dos exercícios que os alunos [da Poli-USP] receberam no curso, naquela época, foi desenvolver o que tinha num computador. Isso foi um argumento muito importante na disputa que nós, da escola Politécnica, estávamos travando com o chamado concorrente, na verdade os nossos amigos de Campinas [Unicamp]. A gente queria o contrato com a Marinha para desenvolver um computador profissional para ser reproduzido na indústria brasileira. Os nossos amigos de Campinas também queriam esse projeto e anunciaram que estavam desenvolvendo o que eles chamaram de “Cisne Branco”. E os nossos meninos, em brincadeira, batizaram o computador que eles fizeram de “patinho feio”. E deu certo. Acabamos ganhando o projeto, que, até hoje, foi um dos maiores projetos contratados fora da Poli.”

Tablets
“Essa geração de computadores [tablets] realmente tem um futuro muito grande, mas a gente precisa ter bem noção até que ponto vale à pena investir muito no desenvolvimento do tablet, estou falando do hardware, da máquina, para ser reproduzida no Brasil. Não podemos esquecer que o mundo é global, que a tecnologia é global e a produção é global. Pessoalmente acho que a gente deve desenvolver [essa tecnologia] desde que o Brasil consiga vantagem competitiva para exportar para todo o mundo, especialmente para aqueles que hoje estão exportando, que é China Continental, Coreia, Japão, Taiwan. Enfim, temos de ser competitivos antes de embarcarmos no programa de desenvolvimento do hardware. Isso não significa que estamos fora. Não, a gente pode e deve estar dentro do programa, na medida em que temos um número muito grande de jovens que hoje desenvolvem suas competências em computação e que podem desenvolver softwares.”

Inovação da Engenharia nacional
“Temos de voltar um pouco no tempo, porque a partir dos anos 1930, com a criação da USP, que seguiu o modelo da Universidade de Berlim (Alemanha), as escolas de engenharia foram incorporadas às universidades. O problema é que as universidades têm objetivos, aliás muito nobres, que é o desenvolvimento da ciência. E a engenharia claro que concorda, apoia e às vezes até participa do desenvolvimento da ciência, mas o pessoal da engenharia tem uma vocação para fazer coisas, quer realizar, implementar. Os alunos da minha escola [da Poli-USP] passaram a ter aula na Matemática, uma escola típica da USP e que trabalha com ciência básica. Os professores [da Matemática] reclamaram que os alunos dele sempre perguntavam “porque” e os alunos da Politécnica perguntavam “para que”. Isso distingue muito a cultura do cientista e do engenheiro, que não são conflitantes. A partir dos anos 1970, a grande novidade da Engenharia foi o desenvolvimento da engenharia elétrica no sentido mais amplo, que inclui a eletrônica e a digitalização.”

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Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP

 

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Comunicação ampliada com os engenheiros

* Primeiro programa Jornal do Engenheiro, no dia 30 de abril


O FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) promoveu no dia 4 de maio seminário que reuniu jornalistas e militantes sociais do Brasil para debater os desafios atuais da liberdade de expressão, na sede do SEESP, em São Paulo. Na parte da manhã, foram convidados para falar sobre o tema Rosane Bertotti (CUT/FNDC) e Altamiro Borges (PCdoB/ Barão de Itararé), além dos deputados federais André Vargas (PT), Ivan Valente (PSOL) e Luiza Erundina (PSB). O ponto de partida do debate foi o anúncio feito pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de abertura de uma Consulta Pública para a construção de um novo marco regulatório da comunicação no país. Frente a essa promessa, todos destacaram a importância de a sociedade civil estar sensibilizada e mobilizada na defesa do direito da comunicação e da liberdade de expressão, entendendo a importância da regulação da mídia para garantir esse direito. O principal desafio dos movimentos sociais é enfrentar o discurso da “grande mídia”, que vem identificando repetidamente a medida como censura. 

 A coordenadora do FNDC, Rosane Bertotti, esclareceu que a ideia do seminário foi apresentar elementos da conjuntura política atual para pensar, com as entidades presentes, em estratégias de atuação do próprio Fórum. Segundo ela, apesar de ter sido realizada a Conferência Nacional da Comunicação em 2009, o tema continua estagnado. Um exemplo foi o plano da Banda Larga, que ainda não dá conta da realidade. “As medidas apontadas pelo governo são feitas ‘em fatia’, sem pensar a mudança estrutural do panorama da comunicação. É preciso intervir no sistema como um todo, e para isso precisamos de estratégias dos movimentos sociais”, destacou. Segundo ela, os princípios balizadores para esta campanha devem ser o entendimento da comunicação como um direito. “O Estado deve garantir regras mínimas e claras para que este direito seja exercido. Para isso, é necessário haver uma forte mobilização social, pois a comunicação muitas vezes é entendida como um privilégio". A proposta do FNDC, portanto, é iniciar uma Campanha Nacional que dialogue com a sociedade como um todo. “Só assim teremos efetiva liberdade de expressão, para todos e todas, e não para poucos grupos”, defendeu Bertotti. 

Para Altamiro Borges, o tempo é favorável para mudanças na área. “Para mim, o governo Dilma está em seu melhor momento, como a relação Cuba e com os Estados Unidos, sua posição na Cúpula das Américas, a escolha do blogueiro Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho etc. Não é o que gostaríamos, mas dá para perceber mudanças que podem nos favorecer”, analisou. Outro elemento positivo, segundo ele, é fato de se ter tornado pública a associação da revista Veja, representada por seu diretor Policarpo Júnior, com o crime organizado no Brasil. “Estamos ainda em um ambiente latino-americano de avanços na área. Além da Argentina, que se tornou referência com sua ‘Lei dos Meios’, o Equador acabou de aprovar um importante projeto de regulação”, lembrou. Para ele, não cabe aos movimentos sociais, aos sindicatos e a todos que lutam pela democratização esperar uma postura do governo. “Quando for anunciada a Consulta Pública, em todos os estados deve haver uma grande mobilização em torno desses termos. A direita já está se manifestando contra, por isso devemos estar unidos para garantir a liberdade de expressão para todos”.  

Pressão social para garantir democratização da mídia

O deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) concorda com a importância da mobilização social, pois, segundo ele, “nada muda neste país sem organização e sem pressão de baixo para cima”. Valente considera necessário haver enfrentamento político, pois o Estado brasileiro tem mostrado como é reacionário. “Não sou tão otimista quanto o Miro, pois o conservadorismo se mostrou com força na votação recente do Código Florestal. A vitória foi do agronegócio, e não da sociedade”, afirmou. Para ele, o desafio da luta pela democratização da mídia é enorme, pela necessidade de incorporação do tema nas plataformas dos movimentos sociais e sindicais. Ele deu como exemplo, iniciativas do PSOL, como o Projeto de Lei 6667/2009, que proíbe a propriedade cruzada nos meios de comunicação. “A Consulta Pública é um avanço, mas temos que partir da pressão dos movimentos sociais para enfrentar este debate, que exige grande trabalho de sensibilização da sociedade. Enquanto houver o monopólio dos meios de comunicação, não haverá democracia de verdade” concluiu. 

Já André Vargas, deputado federal pelo PT, explicou que o atual quadro de limitações pode ser explicado pela política de correlação de forças do governo. Por isso ele concorda com as demais avaliações de que a sociedade deve tomar o debate para si para entrar na disputa. “Uma força externa poderosa e forte é necessária para as escolhas positivas. O debate sobre marco regulatório e liberdade de expressão como direito é um tema central na agenda política brasileira de hoje”, disse.  Em resposta, a deputada Luiza Erundina (PSB) disse que a correlação de forças não deve ser pretexto ou justificativa para tudo. Segundo ela, o Brasil ainda é um país conservador, reacionário, opressor e pouco democrática. “Nós não fizemos a Reforma Agrária, Tributária, Financeira, Urbana e muito menos a reforma do sistema de comunicação. Estamos, portanto, devendo à nação brasileira as bases estruturais para a construção de um outro país”, afirmou Erundina. Segundo ela, é essencial criar mecanismos permanentes para combater a ditadura da mídia, pois só assim será possível garantir os demais direitos dos cidadãos. 

Luiza Erundina é coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom). Ela informou que a frente funciona pela representação dos movimentos que dela fazem parte, pois os demais parlamentares a abandonaram. Na sua avaliação, além dos movimentos sociais e sindicais, os partidos políticos de esquerda não entenderam a mídia como prioridade. Assim como os demais integrantes da mesa, ela chamou os movimentos sociais para apresentarem suas próprias demandas, sem depender das ações do Governo. 
 
Após o debate, o FNDC apresentou os seus 20 pontos para democratizar a comunicação no Brasil. Alguns deles são: participação cidadã; universalização dos serviços essenciais; regulamentação da complementaridade dos sistemas e fortalecimento dos sistema público de comunicação; fortalecimento das rádios e TVs comunitárias; democracia, transparência e pluralidade nas outorgas; limite à concentração nas comunicações; proibição de outorgas para políticos; promoção da diversidade; dentre outros. Todos eles estão explicados na revista MídiaCom Democracia, disponível na internet.

 

Imprensa – SEESP
* Por Sheila Jacob - NPC


Em 2006, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) mobilizou profissionais de todo o País em torno do debate sobre a necessidade de se estabelecer um projeto de desenvolvimento que garantisse condições dignas de vida a toda a população. Nasceu, assim, o projeto "Cresce Brasil", que vem sendo atualizado desde então. Agora, surge o jingle do projeto, de autoria de Carlos Monte, Lincolin Silva Américo e Fingias Nelluty.

 

O projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento nasceu como uma contribuição da categoria a um plano nacional de desenvolvimento sustentável com inclusão social. A grande vitória desse movimento foi a retomada efetiva da expansão econômica brasileira verificada a partir de 2007.

Transformado num importante movimento, que continuou a percorrer o País em inúmeros seminários, em 2009, por ocasião do VII Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), o documento foi atualizado e ampliado levando-se em conta questões estratégicas como as reservas de petróleo na camada do pré-sal e a Amazônia e, naturalmente, a crise econômica que se espalhou pelo mundo a partir do segundo semestre de 2008. Produziu-se assim o Cresce Brasil e a Superação da Crise, novo instrumento de mobilização dos engenheiros por um Brasil desenvolvido.

Atualmente, o projeto coloca o seu foco na Copa do Mundo de 2014, seus desafios e a oportunidade que representa em termos de avanço na infraestrutura das cidades-sedes dos jogos no País. Assim, estão em debate os preparativos para esse grande evento esportivo e o que eles podem trazer de benefícios à população brasileira.



Rita Casaro
Imprensa - SEESP


 

Leia também
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* Cresce Brasil e a Superação da Crise
* Cresce Brasil - RMSP
* Cresce Brasil - RM Floripa



 

O brasileiro está mais preocupado com o aquecimento global. Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgada na última semana, aponta que 65% da população consideram a mudança do clima como um problema muito grave. Em 2009, o índice foi de 47%. Além disso, a maioria dos entrevistados acredita que esse é um assunto urgente e que deve ser enfrentado imediatamente.

“Há uma maior sensibilidade por parte da população em relação ao tema. As pessoas estão sentindo a mudança do clima, percebem a variação na temperatura e a ocorrência de desastres naturais, como as enchentes”, avalia o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato Fonseca. “As políticas de conscientização estão atingindo mais as pessoas”, reforça.

O estudo Retratos da Sociedade Brasileira 2012 é feito pela CNI em parceria com o Ibope. Foram entrevistados 2.002 eleitores, de 16 anos ou mais, em dezembro de 2011 – seis meses antes da Rio+20, a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável. É a terceira edição da pesquisa com foco no meio ambiente. A primeira foi apresentada em 2009. O estudo está dividido em três capítulos: preocupação com o meio ambiente, mudanças climáticas e coleta seletiva de lixo e reciclagem.

Problema urgente
Para 65% da população, as mudanças climáticas devem ser enfrentadas urgentemente e 22% querem ações imediatas, mesmo que o problema só ocorra daqui a alguns anos. A maioria (79%) associa o problema às ações realizadas pelo homem e 16% dizem que se deve a um processo natural da terra. 

A indústria foi eleita por 38% dos entrevistados como a principal responsável pelo aquecimento global contra 22% que optaram pelo cidadão e 18% pelos governos. Contudo, no Brasil, a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa é o desmatamento e, apesar disso, apenas 3% responsabilizam as empresas agropecuárias – cuja atividade está associada a esse problema.

Assim como ocorreu na percepção de gravidade do aquecimento global, o percentual da população que se preocupa com o meio ambiente de uma forma geral também aumentou. O índice passou de 80%, em 2010, para 94%, em 2011. Para 44% dos entrevistados, a preservação deve ter prioridade sobre o crescimento econômico, enquanto 40% dizem que é possível conciliar os dois.

Ações individuais
O desmatamento é o problema que mais preocupada, eleito por 53% dos entrevistados. Em seguida está a poluição das águas, citada por 44%, e as mudanças climáticas, com 30%. Contudo, mais de 40% dizem que as iniciativas em prol da preservação do meio ambiente se mantiveram inalteradas, seja por parte do governo, das empresas ou mesmo da população. Mas 68% acreditam que o governo da presidente Dilma Rousseff dá atenção ao tema ambiental.

Do total, 71% afirmam evitar o desperdício de água e 58% procuram economizar energia. Embora a maioria (52%) diz estar disposta a pagar mais caro por produtos ambientalmente corretos, apenas 18% dão prioridade a produtos “verdes” ou embalagens recicláveis. “A população está sim preocupada, mais consciente. Contudo, as ações estão muito focadas na economia dentro de casa, ainda falta um comprometimento maior”, afirmou Renato Fonseca.

Mais da metade da população (59%) separa algum tipo de lixo e 67% consideram a reciclagem muito importante para o meio ambiente. No entanto, 48% afirmam não ter acesso à coleta seletiva de lixo. Foi a primeira vez que a pesquisa analisou a opinião da população sobre coletiva seletiva.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da CNI

 

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por Alfredo Bonduki*

Os dados do mercado de trabalho na indústria têxtil e de confecção paulista, relativos a março, divulgados pela Fiesp,  corroboram informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), anunciadas pelo Ministério do Trabalho em 16 de abril: no País, foram criados 442.608 empregos com carteira assinada no primeiro trimestre. Isso, contudo, representa queda de 24,1% ante o mesmo período de 2011.

Essa tendência nacional de recuo está expressa em nosso setor: no segmento de confecção no Estado de São Paulo, verificou-se crescimento de 0,8% em março, na comparação com fevereiro. Isso significou a criação de 1.340 postos de trabalho. No entanto, no âmbito dos produtos têxteis, houve recuo de 0,8%, representando a demissão de 871 trabalhadores. No trimestre, o nível de emprego cresceu apenas 0,3% nos confeccionados e caiu 1,3% nos têxteis. No acumulado dos últimos 12 meses, a situação é mais preocupante, registrando-se queda de 5,1% na confecção e 7,6% nos têxteis.

É importante lembrar que São Paulo representou, em 2011, um terço da produção nacional e 40% de todos os investimentos do setor no País. E se alguém duvida de que há uma desindustrialização em curso, é prudente considerar que os números agora apresentados contrastam com a geração, em 2011, de 68 mil novos postos de trabalho em nossa atividade, segunda principal geradora de empregos na indústria de transformação.

Os números evidenciam a crescente perda de competitividade setorial, expressa nas estatísticas do Caged. As principais causas são o câmbio sobrevalorizado e os conhecidos vilões do “Custo Brasil’’, principalmente os juros e impostos exagerados. Assim, são oportunas, embora ainda insuficientes, as medidas de desoneração tributária e trabalhista anunciadas pelo governo. Do mesmo modo, será muito bem-vinda a aprovação no Congresso Nacional e a sanção presidencial da emenda que reduz a 4% a alíquota do ICMS nas operações interestaduais de produtos importados. Isso deverá pôr fim à nefasta “Guerra dos Portos”.                    

No interior do Estado, uma das áreas mais desenvolvidas do País, os segmentos têxtil e de confecção tiveram comportamentos regionais distintos, ora contribuindo para o melhor resultado, ora para a redução dos postos de trabalho. Por exemplo, o nível de emprego no segmento da confecção cresceu 4,7% na região de Jaú, contribuindo para o resultado positivo total da indústria de transformação, que foi de 3,7%.

Na região de Matão, porém, os confeccionados tiveram queda de 0,69%,  pressionando o índice global da manufatura, que caiu 3,82%. Na região de Botucatu, os empregos no ramo têxtil tiveram queda vertiginosa: 43,79%. Assim, foram uns dos principais responsáveis pela redução de 2,48% no total regional da indústria de confecção.

A paulatina redução dos postos de trabalho na indústria têxtil e de confecção é uma preocupante síntese do que vem ocorrendo nos últimos anos com a manufatura brasileira. Como se vê, inclusive nos números do Caged, o custo social da perda de competitividade é cada vez mais elevado. Precisamos mudar essa história!

*Alfredo Bonduki é presidente do Sinditêxtil-SP e engenheiro formado pela Escola Politécnica da USP


Imprensa - SEESP


Pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2010, apontava que o crescimento em ritmo acelerado da economia brasileira poderia resultar numa generalizada escassez de mão de obra especializada, particularmente de engenheiros.

O estudo apresentava três situações: com crescimento modesto de 3% ao ano seriam necessários, neste ano, 60 mil novos engenheiros e arquitetos trabalhando na profissão; em 2015, mais 60 mil novos engenheiros e, em 2022, mais 200 mil novos profissionais da área. Um incremento, segundo o estudo, de aproximadamente 320 mil profissionais entre 2008 e 2022.

Com um crescimento econômico de 5% ao ano seriam necessários, entre 2009 e 2012, mais 85 mil engenheiros; entre 2013 e 2015, mais 90 mil; e entre 2016 e 2022, mais 320 mil profissionais. Com um total de engenheiros ocupados de 708 mil.

O estudo “Escassez de Engenheiros: realmente um risco?” mostra que dado o ritmo atual de expansão de graduações em Engenharias, se tem o seguinte cenário:

- Entre 2009 a 2012 – mais 220 mil

- Entre 2013 a 2015 – mais 195 mil

- Entre 2016- a 2022 – Mais 560 mil

À pergunta se haverá engenheiros suficientes, a pesquisa do Ipea responde que esta evolução na graduação em Engenharia será suficiente, em princípio, para suportar a demanda por engenheiros com as taxas de crescimento médias entre 3% e 5% ao ano nos próximos anos, não mais do que isso.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP


 

O portal Mobilize Brasil preparou uma nova campanha para estimular a mobilidade urbana sustentável no país. Desta vez, a ação está voltada ao problema das calçadas nas cidades brasileiras. Daí, o nome "Calçadas do Brasil".

Alguns pensadores afirmam que se pode medir o nível de civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades. E há quem diga que a qualidade das calçadas públicas é melhor indicador de desenvolvimento humano do que o próprio IDH.

Afinal, as cidades são feitas para pessoas, seres humanos que primordialmente caminham. A necessidade de calçadas de qualidade vale para jovens, adultos e também para crianças, idosos e pessoas com deficiência física, que demandam pavimentos bem nivelados, sem buracos, e dotados de rampas de acesso para cadeiras de rodas.

Calçadas devem ser suficientemente largas e, sempre que possível, protegidas por arborização para conforto de quem anda sob o sol. E bem iluminadas, para quem caminha à noite. E ainda, devem ser complementadas por faixas de segurança, equipamento básico para a travessia segura das ruas. Além disso, semáforos especiais, placas de sinalização e outros equipamentos de segurança podem ser necessários nas vias de maior movimento.

Interatividade
A participação na campanha Calçadas do Brasil será também estimulada por meio de uma ferramenta interativa disponível aqui.  No site, os leitores poderão atribuir notas às calçadas de suas cidades, incluir fotos e comentários. "O objetivo é construir um mapa da qualidade das calçadas em todo o país", explica Ricky Ribeiro, diretor do Mobilize Brasil.

Levantamento de calçadas
Para o lançamento, a equipe do Mobilize preparou um levantamento sobre a situação das calçadas em pontos-chave de algumas capitais do Brasil: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife e Manaus.

Coordenador do levantamento, Marcos de Sousa explica que calçadas de boa qualidade são um equipamento fundamental para a mobilidade urbana sustentável. Dados do IBGE (2010) mostram que no Brasil cerca de 30% das viagens cotidianas são realizadas a pé, principalmente em função do alto custo do transporte público. “Além da importância para o transporte, as calçadas funcionam também como um sensor da qualidade de urbanização de uma cidade.”, diz.

No levantamento foram observados os seguintes itens, atribuindo-se notas de zero a dez para cada um deles: irregularidades no piso, largura mínima de 1,20 m, conforme norma ABNT, degraus que dificultam a circulação, outros obstáculos, como postes, telefones públicos, lixeiras, bancas de ambulantes e de jornais, entulhos etc, existência de rampas de acessibilidade, iluminação adequada da calçada, sinalização para pedestres, paisagismo para proteção e conforto.

Outros indicadores de conforto para o pedestre, como o nível de ruído e a poluição atmosférica, não foram considerados, pois exigiriam ferramental técnico não disponível. O levantamento procurou coletar dados observáveis por qualquer pessoa que caminhe pelo o ambiente urbano. Assim, o mesmo formulário usado pela equipe do Mobilize Brasil estará disponível para o público, que poderá avaliar as calçadas de outras cidades e publicar os resultados no portal.


Imprensa – SEESP
* Portal Mobilize Brasil

 

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O Jornal do Engenheiro na TV, que vai ao ar na segunda-feira (7/05), às 23h30, na TV Aberta SP, traz assuntos ainda mais interessantes para a categoria e a sociedade. Serão entrevistados os engenheiros Allen Habert, diretor do SEESP e de articulação nacional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), e Rubens Harry Born, sobre as expectativas com a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho próximo, no Rio de Janeiro. Born, inclusive, participa da Comissão Nacional da Rio+20 como representante da sociedade civil.

* Veja aqui como assistir ao Jornal do Engenheiro na TV

Em recente entrevista a jornalista Rita Casaro, para o jornal Engenheiro, da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), Rubens Harry Born falou sobre os temas centrais que deverão estar em pauta na Conferência. “Há duas vertentes nessa discussão. Uma é a das transformações econômicas, o que foi rotulado de economia verde na erradicação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável. A outra diz respeito aos arranjos institucionais ou à governança, que é fundamental.” Saiba mais sobre a Rio+20 assistindo ao JE na TV.

Isitec
Ainda no programa do dia 7 de maio será apresentado o pioneiro e avançado projeto do SEESP de criar uma faculdade de tecnologia, com a implantação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia). Todo o processo está em fase de autorização junto ao MEC (Ministério da Educação).

O Jornal do Engenheiro vai ao ar sempre às segundas-feiras, às 23h30, pela TV Aberta SP, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital). Ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV será transmitido também para 48 cidades em todo o Estado. Toda a grade de veiculação será divulgada em breve.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP

 

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Discutir e apresentar trabalhos e estudos realizados por pesquisadores do Brasil e do exterior sobre os eventos que trazem trágicas consequências à população é a principal meta do Congresso Brasileiro sobre Desastres Ambientais, que será realizado entre os dias 14 e 17 de maio, em Rio Claro.

Promovido pelo IGCE (Instituto de Geociências e Ciências Exatas) da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), em parceria com o Instituto Geológico, o Serviço Geológico do Brasil e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo, o evento será composto por palestras, mesas-redondas e minicursos que abordarão cinco eixos temáticos: enchentes e inundações; erosão e escorregamentos; secas, temperaturas extremas e vendavais; análise e mapeamento de riscos; e gestão de desastres naturais.

A atividade debaterá também o papel do serviço geológico brasileiro na prevenção de desastres naturais, o radar meteorológico como ferramenta para monitoramento e alerta de tempo severo, além de eventos extremos e impactos em regiões metropolitanas.

O congresso será realizado no IGCE, localizado na Av. 24-A, nº 1.515, no campus da Unesp, em Rio Claro. Mais informações sobre a programação e o custo das inscrições no site www.wix.com/posgeo/evento-sobre-desastres-naturais , pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (19) 3526-9226.

 

Imprensa – SEESP
* Informação do jornal JE – Edição 408/MAI/2012


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