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CRESCE BRASIL - São Paulo precisa de novo projeto para a Copa

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Soraya Misleh

        A opinião é de Flávio Brízida, secretário adjunto de Esportes, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo. Ele pondera que “já existem muitos diagnósticos de necessidades em relação à infraestrutura. O que precisamos é do desenho de um novo projeto”.
        Na sua ótica, a contribuição dos engenheiros nesse sentido é crucial para que fique legado à cidade e ao Estado.
         Na linha pensada pelo secretário, um grupo de mais de 20 engenheiros – incluindo dirigentes do SEESP e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) – começou a discutir há cerca de dois anos um projeto que garantisse essa herança após a Copa. A proposta é revitalizar área desocupada no centro da cidade, na Av. Presidente Wilson, e transformá-la em um centro cultural, de educação, lazer e recreação com arena multiuso. A ideia, conforme o diretor adjunto da Delegacia Sindical do SEESP no Alto Tietê, Leonídio Francisco Ribeiro Filho, leva em conta a infraestrutura já disponível no local. No estádio, com capacidade de 60 mil lugares, seria realizada a partida inaugural – à qual a Capital é candidata. Entre as possibilidades para a abertura, a Arena do Corinthians, no bairro de Itaquera, ainda a ser construída.

Obras em andamento
         Para além das novas ideias, segundo assessoria do Comitê Paulista e da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado, as principais obras que devem atender à Copa referem-se à mobilidade urbana – desafio central na megalópole, que enfrenta congestionamentos gigantescos. Nenhuma visa especificamente o evento mundial, mas servir à cidade e à região. Todas já estão em andamento. Incluem expansão e ampliação da rede metroferroviária, ligações e adequações no sistema viário. “Os investimentos da Prefeitura e do Governo do Estado serão superiores a R$ 33 bilhões.” A maior inovação deve se dar no âmbito da tecnologia da informação, acredita Brízida. “Deve ser um show à parte.”
        Apesar das indefinições, o secretário aponta uma certeza: não há qualquer possibilidade de São Paulo ficar fora da Copa, seja pela sua importância enquanto maior cidade do Hemisfério Sul, seja porque a previsão é de entrega das obras até final de 2013. Mesmo quanto a estádios, ele não vê maiores desafios. “São Paulo pode entrar com três ou quatro locais para as disputas.” Ademais, o Estado conta com 50 municípios com capacidade para campos base, ou seja, para sediar seleções.

 

 

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