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Cresce Brasil - Priorizar a valorização profissional e a educação

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Soraya Misleh

O último painel do IX Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse) focou no tema central do evento promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE): valorização profissional e desenvolvimento. Gerente regional do Centro-Oeste do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Jary de Carvalho e Castro, abordou as iniciativas desse órgão em prol do exercício profissional dos mais de 1 milhão de engenheiros em todo o Brasil.
Entre elas está a atuação junto ao Congresso Nacional acompanhando projetos de interesse da categoria, como o que cria a carreira de Estado em todos os níveis de governo (PLC 13/2013), e o desenvolvimento da campanha nacional “Projeto completo garante uma boa obra! Contrate um engenheiro”.
Já o professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marco Aurélio Cabral Pinto destacou a importância de o País pensar a educação que quer oferecer aos brasileiros que, para ele, deve ter o objetivo de criar cidadãos conscientes e independentes na observação e análise da realidade. Sobre o tema, o diretor geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), Saulo Krichanã, mostrou como está estruturada a faculdade mantida pelo SEESP, que iniciou a graduação em Engenharia de Inovação em fevereiro último. Na matriz curricular da instituição constam formações básica, técnico-científica, em engenharias, empresarial e aprofundamento profissional. A carga total é de 4.620 horas em cinco anos. Atualmente, o Isitec está com 33 alunos e abre inscrições neste mês ao processo seletivo da segunda turma de Engenharia de Inovação.
A criação da Rede da Tecnologia da FNE foi também abordada nesse painel, por Sérgio Gonçalves Dutra, da MZO Interativa. Segundo ele, o intuito é conectar mais de 1 milhão de profissionais da área tecnológica para terem acesso a uma série de conteúdos, de forma organizada, ágil e segura. Os benefícios do sistema, conforme Dutra, incluem permitir ao profissional interagir mais e se aproximar das suas entidades representativas, assim como ampliar oportunidades de emprego e acesso à educação. 
Na sequência, o coordenador de Relações Sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado de Oliveira, apresentou o estudo “Perfil ocupacional dos profissionais da engenharia no Brasil”. Encomendado pela FNE e lançado durante o congresso, esse mostra expansão de 87,4% nos empregos formais na área entre 2003 e 2013, superior à média nacional, de 65,7%. A década observada, explicou Silvestre, refletiu o período de maiores investimentos e de expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Já em 2014, o saldo foi negativo, com perda de mais de 3 mil empregos. E dados de janeiro a agosto deste ano mostram retração ainda maior, da ordem de menos 12.230 postos de trabalho.

Assembleia e pleito
As apresentações e debates no IX Conse nortearam a aprovação, em assembleia no dia 7 de outubro, da “Carta de Campo Grande” . Intitulada “É hora da engenharia unida”, traz três pilares: democracia, desenvolvimento e participação. Além disso, foram aprovadas diversas moções, como em defesa da renovação das concessões de energia elétrica e contra as privatizações em setores essenciais.
Ao final, foi eleita a diretoria da FNE para o triênio 2016-2019. Encabeçada por Murilo Celso de Campos Pinheiro, reconduzido ao cargo, a chapa única obteve 217 votos, num total de 230 votantes, com seis nulos e sete em branco. A nova gestão inicia o mandato em março de 2016. Votaram representantes dos 18 sindicatos de engenheiros do País que compõem a federação.

Construindo o futuro
No dia 6 de outubro, 21 jovens presentes ao IX Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse) se reuniram para discutir um programa específico para os futuros e novos engenheiros. O resultado desse encontro foi apresentado por Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, durante a assembleia da categoria. Segundo ela, dali saiu a resolução de atuar pela criação do FNE Jovem, como “espinha dorsal à orientação para os sindicatos criarem seus Senges Jovens”. O trabalho será coordenado por representantes das novas gerações de duas entidades filiadas à federação que já contam com esse setor: de São Paulo e de Goiás. Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP e da federação, enalteceu a iniciativa: “Ter pessoas que possam continuar nosso trabalho é um passo muito importante.”

Confira cobertura completa.

Colaborou Rosângela Ribeiro Gil

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