FNE inspira projeto contra excesso de fios nos postes de São Paulo
O vereador Gilberto Natalini (PV) apresentou em 2 de março, na Câmara Municipal de São Paulo, projeto de lei (PL) que dispõe sobre a obrigatoriedade de a empresa concessionária de distribuição de energia elétrica ordenar a fiação no espaço aéreo do município, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Queremos corrigir uma grave distorção que vem tomando conta das nossas ruas, que é o abandono de cabos e fios baixos soltos em postes, sejam eles de energia, telefonia, TV a cabo, internet ou outros serviços”, justifica o parlamentar.
O PL, que tem 11 artigos, foi inspirado em proposta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), levada pelo engenheiro Carlos
Kirchner, diretor do SEESP. Será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir a outras comissões técnicas da Casa. Só depois, irá a votação em Plenário. Natalini destaca: “Recebi uma assessoria gratuita da categoria. Se toda a sociedade civil organizada agisse como os engenheiros, a cidade seria outra.”
Discutir propostas de desenvolvimento para a Baixada
Em reunião do movimento “Cresce Baixada” realizada em 11 de março último, em Santos, dirigentes sindicais discutiram propostas para evitar mais demissões no setor siderúrgico, bastante prejudicado nos últimos meses após a Usiminas, instalada no polo petroquímico de Cubatão (SP), ter demitido quase 1.900 trabalhadores diretamente. Além disso, quase 8 mil terceirizados foram dispensados. Desses, 60 são engenheiros. Para agravar ainda mais o quadro, a siderúrgica colocou, em março, 1.300 funcionários em licença remunerada.
Outro ponto de pauta fundamental foi encontrar formas para promover o crescimento econômico da região. “Infelizmente, essa luta não tem motivado a participação de governos e outros segmentos da sociedade local como merecia”, lamenta o presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho. O encontro reforçou propostas já apresentadas para incrementar a economia da região, como atrair outros tipos de indústria, como naval e ferroviária. A utilização maior do aço na construção civil, por exemplo em habitações sociais, é outra sugestão.
Ipea divulga estudo sobre desigualdade de gênero no trabalho
Entre 2004 e 2014 as mulheres brasileiras conquistaram espaço no mercado de trabalho e ultrapassaram os homens no tempo médio de estudo – 6,4 anos, ante 5,3 no caso deles. Ainda assim, ganham em média 30% menos – situação agravada quando são negras, em que a diferença em relação aos homens brancos é de 40%. A constatação é do estudo “Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014”, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado pelo Ministério do Trabalho no dia 11 de março. Os dados foram extraídos das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo aponta ainda que as mulheres são as mais sacrificadas em momentos de crise econômica, principalmente as negras. Em 2014, 10,2% dessas últimas estavam desempregadas, enquanto a taxa entre os homens brancos era de 4,5%. Quando ocupadas, 39,08% das mulheres negras estão inseridas em relações precárias de trabalho, seguidas pelos homens negros (31,6%), mulheres brancas (26,9%) e homens brancos (20,6%).
Carreira própria na Prefeitura de São Paulo
Engenheiros que trabalham na Prefeitura de São Paulo obtiveram importante conquista. A Câmara Municipal aprovou em 29 de março, na íntegra, substitutivo ao Projeto de Lei 713/15, cujas alterações foram negociadas com os profissionais. Conforme o texto, serão garantidos maiores rendimentos, com correção da inflação, carreira própria para a categoria e piso salarial de R$ 7.032,90, com base na Lei 4.950-A/1966. O PL segue agora à sanção do prefeito.
Fraude com empréstimo consignado
O SEESP alerta os engenheiros aposentados – ou em vias de – sobre eventuais empréstimos consignados. De acordo com relatos de associados que procuraram o setor de aposentadoria, alguns beneficiários da Previdência estão sendo alvo de descontos do gênero sem ter efetivamente contratado o serviço. “É importante que o segurado verifique sempre o valor da aposentadoria. Caso perceba qualquer tipo de redução do provento, entre em contato urgente conosco”, orienta Cristina Cogo, do departamento.
Preventivamente, ela adverte que é importante solicitar o “bloqueio” do empréstimo consignado diretamente no setor de Manutenção em alguma das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “A questão é grave. Alguns aposentados estão tendo uma dor de cabeça enorme para provar que não fizeram essa operação e, assim, suspender os descontos”, observa. O sindicato enviará ofício à superintendência do INSS notificando os casos e solicitando medidas urgentes. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2662 ou pessoalmente, na sede do SEESP, na Capital. O atendimento é das 14h às 17h.
Erramos – Diferentemente do que foi publicado na matéria do Jornal do Engenheiro nº 489 intitulada “Na nova turma do Isitec, muitos alunos de escola pública” , José Luís Marques López Landeira é professor de Laboratório de Linguagens I, não de Linguística.