A cerimônia de posse da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) , realizada em 28 de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo, marcou a renovação do compromisso da entidade com a defesa da categoria, a valorização da profissão e o desenvolvimento nacional. Essa agenda, que tem guiado a atuação da FNE, foi traduzida em ideias, propostas e discussão por meio do “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado há dez anos. Tal debate segue ativo e atual, pois mantemos nossa convicção sobre a necessidade e a possibilidade de o País alcançar um patamar socioeconômico que permita oferecer a toda a sua população condições de vida digna.
Os desafios que se colocam à nossa frente, contudo, ganharam ainda maior magnitude. Além de continuarmos com demandas essenciais por cumprir, como superar as deficiências da infraestrutura nacional e implementar uma política industrial efetiva, que assegure ganhos de produtividade e inovação tecnológica, deparamo-nos hoje com uma grave recessão. A tornar o cenário ainda mais complexo, arrasta-se uma crise política que dificulta encontrar saídas aos nós econômicos.
E é diante dessa situação preocupante que se insere o segundo compromisso assumido pela FNE: a disposição de atuar de forma coesa com o conjunto dos profissionais e entidades representativas da área tecnológica para que o País retome os rumos do crescimento econômico. Lançamos, portanto, o movimento “Engenharia Unida”, numa articulação nacional pelo desenvolvimento.
A “Engenharia Unida” já congrega um conjunto de forças fundamentais que se fizeram representar na cerimônia do dia 28 e na plenária que ocorreu no dia seguinte, na sede do SEESP. Dirigentes de Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), associações, instituições acadêmicas, empresariais e sindicatos da base da FNE e de fora dela debateram, ao longo da manhã do dia 29, o papel reservado à engenharia neste momento que o País atravessa e como colocar essa tarefa em prática.
Dessa dupla jornada da “Engenharia Unida” realizada em São Paulo, fica clara a disposição de ação coletiva dessas forças que constroem o Brasil. Se são grandes as dificuldades, maior é a capacidade de luta e trabalho de quem acredita que podemos alcançar o País que queremos e que o nosso povo merece.
Estamos certos de que esse foi o primeiro – e fundamental – passo na organização da “Engenharia Unida” que muito contribuirá com o Brasil. Vamos juntos defender as nossas categorias e profissão e, ao fazê-lo, estaremos atuando pelo bem do País. Apresentaremos propostas de saídas a essa crise e nos mobilizaremos para que sejam implementadas. A hora é de agir com coragem, determinação, seriedade e generosidade.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente