Antonio Octaviano
Aproximam-se as eleições do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo) e com elas a necessidade de fazermos uma extensa análise acerca do papel e da importância daquele órgão, tanto para as empresas como para a vida profissional de todos que são vinculados à autarquia.
Inicialmente, cabe destacar que o Crea-SP é o único ente do gênero, em todo o mundo, que congrega em seu plenário representantes das associações civis, sindicais e das escolas das diferentes modalidades da área tecnológica. Há ainda as empresas de engenharia, arquitetura, agronomia, bem como as demais, que embora não integradas ao Crea-SP dele dependem e para ele recolhem uma grande soma de recursos, mas que em nenhum momento são chamadas a participar ou mesmo simplesmente a opinar sobre os serviços prestados pelo conselho.
Somente essas constatações, se percebidas em todas as suas potencialidades, possibilitariam ao Crea-SP a construção de um amplo e afirmativo programa de ação a ser implementado por aqueles segmentos, através do qual os problemas e as demandas existentes pudessem ser encaminhados, de maneira abrangente e integrada.
Muito embora as funções precípuas do Crea-SP sejam a fiscalização e a regulamentação complementar do exercício profissional, é fato que as expectativas por parte daqueles que de uma forma ou de outra devem obrigação ao conselho e que, em última análise, o sustentam não se limitam àquelas funções. Muito ao contrário, o que todos esperam do Crea-SP é a postura de uma instituição que se renova no seu dia a dia e que evolua, acompanhando o progresso técnico-científico das profissões que nele estão reunidas. Atender a todos que necessitam do conselho com agilidade, presteza e rapidez é uma obrigação que se impõe como contrapartida às taxas e anuidades que são cobradas e arrecadadas pelo órgão.
Se para todas as empresas e profissionais da área tecnológica as palavras de ordem são iniciativa, ousadia e criatividade, por que não devemos exigir o mesmo para o nosso conselho profissional?
Fazer da fiscalização não uma ação passiva ou meramente punitiva, mas um criativo instrumento para o ensino e o aprimoramento das boas práticas e das melhores condutas profissionais pode ser um eficaz caminho para a valorização do técnico habilitado e uma forma mais eficaz de garantir a proteção da sociedade contra o exercício ilegal por leigos.
Tomar a iniciativa de propor às instituições de ensino do Estado de São Paulo um relacionamento permanente e estratégico pode ser uma forma efetiva de contribuir para a constante adequação dos programas e atividades de ensino que são praticados nas escolas, com a consequente melhoria da futura inserção dos profissionais no mercado de trabalho.
Numa era em que a dinâmica de desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação é vertiginosa, é inadmissível que o simples, porém importante ato de votar, ainda se dê, emblematicamente, na forma de urnas de pano, mal e convenientemente distribuídas pelo Estado. São somente 371 para uma categoria composta por um contingente de aproximadamente 300 mil profissionais que integram o Crea-SP, distribuídos por cerca de 650 municípios paulistas. Ora, além do anacronismo do processo eleitoral, visto que até as eleições nacionais são através de urnas eletrônicas e, em muitas entidades, são realizadas pela internet, tudo com total segurança, fica evidente o desinteresse na participação das categorias profissionais abrigadas no Crea-SP.
Nesse instante em que o Conselho vive seu processo eleitoral, que culminará com as eleições no dia 8 de novembro próximo, julgo que a cada um de nós caiba fazer algumas perguntas básicas: Você conhece o Crea-SP? Você paga o Crea-SP? Você tem o justo retorno em serviços e benefícios profissionais pelos pagamentos efetuados?
Das nossas reflexões e do teor das nossas respostas deve derivar a nossa atitude e comportamento nessas eleições. Se devemos manter a atual situação ou se devemos agir para mudá-la.
Antonio Octaviano é atual diretor e ex-presidente do SEESP e coordena a implantação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia) como secretário executivo do seu Conselho de Administração
Gostaria de fazer um comentario referente ao acesso ao site do CREA, para emissao de ART.
Sou engenheiro civil, atuante desde 1980, desde as ART's preenchidas a caneta, mas estou muito revoltado com a quantidade de problemas que existem neste site do CREA-SP, que esta sempre inoperante, onde se necessita de horas de insistencia para se conseguir concluir uma ART. O lamentavel e que se trata de um site muito ruim, que indica um telefone 0800, que nao atende e deve ser operado por pessoal extremamente incompetente, demonstrando a incompetencia dos administradores , que deveriam dar um show, por se tratar de uma entidade que representa todos os engenheiros de SP. Acho que o pessoal que se esforca para ser presidente, diretor do CREA tem outras visoes e nao faz parte do seu dia a dia, trabalhar como engenheiro e ter que preencher uma ART. Devem estar preocupados com a politica, apenas. Sera que o Sindicato, apesar de ser representado por pessoas que provavelmente nao atuam como engenheiros e nao necessitem preencher uma ART no site do CREA, poderia fazer uma consulta aos engenheiros e apos constatar que o CREA-SP impoe a todos, uma "droga de site" para o atendimento aos engenheiros de Sao Paulo, nao dando outra opcao para se fazer uma simples ART, prejudicando muito o andamento das atividades vinculadas a tais ART's, poderia pleitear uma solucao inteligente? Sera que tem alguem serio e responsavel nestes orgaos? Ao inves de dinamizar, os incompetentes do CREA-SP, se fingem de mortos. Sera que ninguem reclamou sobre isto?
Estamos muito mal representados.
Ramon M. Melo