Ano de eleições municipais, 2012 já dá lugar ao debate em torno das definições de candidatos pelos partidos para a disputa das prefeituras em todo o País. É fundamental que, juntamente com a articulação política, as siglas e os que concorrerão ao pleito de outubro tenham em mente a tarefa de aproveitar a oportunidade para buscar soluções aos problemas das localidades brasileiras. Muito já se falou sobre a relevância da cidade como organização geográfica onde a população de fato mora e enfrenta as dificuldades do dia a dia. É preciso, pois, que os gestores e aqueles que fazem as leis nesse âmbito assumam a responsabilidade de trabalhar para melhorar as condições de vida de todos.
Assim, é essencial que os futuros prefeitos e vereadores compreendam os desafios que têm pela frente, encarando-os do ponto de vista do povo em favor de quem devem atuar, deixando de lado questões menores. O compromisso daquele que busca o voto do cidadão deve ser pleno e irrestrito.
Partindo-se dessas premissas, é preciso buscar, de forma planejada, as soluções técnicas mais adequadas a cada um dos setores que hoje são cruciais: saúde, educação, saneamento, transporte, habitação, segurança, lazer e cultura. Independentemente das dimensões do município, há que se buscar a sustentabilidade. Mais que um termo em voga, o conceito representa a preservação de recursos naturais, como a água por exemplo, e o combate sistemático à poluição e à degradação. No curto e médio prazos, tal atitude torna o viver mais agradável; no longo, é a sobrevivência da espécie e do planeta.
É ainda indispensável a participação da sociedade. Ao administrador cabe assegurar a construção coletiva dos projetos que serão executados para que esses sejam apropriados por todos. O exercício democrático pode ser tarefa exaustiva, mas não pode em hipótese alguma ser deixado de lado. E esse deve começar já antes das eleições, na definição dos programas de gestão de cada um dos candidatos. Quanto mais esses forem debatidos com a sociedade de forma séria e consequente, melhores se tornarão.
Dando sua contribuição, o SEESP, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) realizarão encontros com os inúmeros candidatos em várias partes do País para discutir as propostas de cada um deles e apresentar as sugestões dos engenheiros e demais profissionais liberais às cidades.
O momento eleitoral não é o único no exercício da cidadania, tampouco no esforço de se edificar um país melhor, mas é certamente uma ocasião privilegiada para se avançar nessas duas frentes.