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Dar o salto que São Paulo precisa

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     Em palestra aos engenheiros, em 5 de agosto, a candidata à Prefeitura de São Paulo pela coligação PT-PCdoB-PSB-PDT-PRB-PTN, Marta Suplicy, defendeu políticas para dinamizar a economia da Capital, adaptando-a aos desafios da globalização. “São Paulo vive um momento de crise, um turning point, ou avançamos ou recuamos.
      Devemos ter a visão de que a Capital é uma locomotiva, mas que pode deixar de ser. Temos que pensar no século XXI e os engenheiros, que sempre se interessaram pelo desenvolvimento e pela modernização, terão uma participação muito grande nisso”, afirmou. O evento, que aconteceu no auditório do SEESP, abriu o ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido por esse sindicato desde 1996, com a participação de todos os concorrentes à administração da Capital.
      A candidata petista criticou a atual gestão que não fez, segundo ela, os investimentos necessários em corredores de ônibus e no Metrô, embora o orçamento tenha saltado para R$ 25 bilhões. “Isso é dez vezes o que era o meu. A Prefeitura arrecada muito graças à economia que cresceu no Governo Lula. O ruim é que aumentou o recolhimento, mas, como não acreditaram que o Brasil iria bombar, não se prepararam para o que viria.” Além disso, afirmou ela, há também “falta de planejamento em todas as áreas”. “São Paulo não pode ficar quatro anos sem investimentos estruturais, muito menos num momento de crescimento”, completou. Na sua opinião, apesar da crise, a cidade “tem tudo para dar o salto necessário, mas tem que planejar”.

Cresce Brasil
       Resultado do seminário realizado em março último pelo SEESP, o manifesto “Por uma metrópole desenvolvida e boa de viver”, que consta da publicação “Cresce Brasil – Região Metropolitana de São Paulo”, também serviu de guia para a exposição da candidata. “Eu fiquei muito feliz ao ver o projeto ‘Cresce Brasil’, no qual acredito muito.” Assim, ela discorreu sobre as quatro premissas do documento, que propõe crescimento com democracia, distribuição de renda, respeito à natureza e reorganização urbana. Nesse contexto, defendeu propostas como a criação de um conselho de representantes da cidade que possa dar conta das ações das subprefeituras, assim como um conselho gestor para que haja controle social. Para combater a pobreza, Marta prometeu implementar programas de inclusão social, também para a chamada nova classe média formada pela população que teve aumento de poder aquisitivo. “Esses precisam se qualificar para que se mantenham onde estão e não voltem à pobreza”, salientou. Com relação à gestão metropolitana, defendida pelos engenheiros, ela propôs a criação de um fundo que garanta autonomia e independência do governo estadual. “A Região Metropolitana é uma das minhas questões preferidas, são vários temas comuns, como saúde, lixo e água.”

Algumas propostas
Saúde
• Implantar uma rede de policlínicas para acabar com o atraso nos exames e
no tratamento das doenças mais graves
• Construir os hospitais de Brasilândia, de Jaçanã e de Parelheiros
• Aperfeiçoar as AMAs

Educação
• Criar a Rede CEU, beneficiando toda a cidade
• Criar centros de qualificação profissional nos CEUs
• Criar um Centro de Aperfeiçoamento de Professores
• Implementar o ensino fundamental de nove anos
• Aumentar o número de vagas nas creches
• Trabalhar pela erradicação do analfabetismo

Trânsito
• Ampliar as linhas do Metrô
• Construir mais corredores de ônibus
• Recuperar e ampliar os benefícios do Bilhete Único
• Abrir ciclovias
• Melhorar a operação e a fiscalização do trânsito

Segurança
• Recriar a Secretaria Municipal de Segurança Urbana
• Recuperar as Bases Comunitárias de Segurança
• Reestruturar a Guarda Civil Metropolitana
• Implantar o Observatório de Segurança com sistema de acompanhamento das áreas mais violentas da cidade
• Ampliar a participação de São Paulo no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania)

Habitação
• Retomar e ampliar programas de regularização fundiária e urbanização de assentamentos de baixa renda
• Rever o Plano Municipal de Habitação e retomar o Programa “Plantas Online”
• Promover a participação da Prefeitura no Crédito Solidário
• Criar o Fundo de Aval, com a finalidade de dar garantia ao crédito para famílias sem condições de atender exigências formais de empréstimo
• Ativar a Carta de Crédito – expedida pela Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação), com recursos do Fundo Municipal de Habitação
• Projetar e executar novas operações urbanas, com o objetivo de adensar aqueles espaços centrais que possuem muita infra-estrutura e pouca ocupação

Trabalho e inclusão social
• Transferência tecnológica para pequenas empresas e empreendimentos emergentes
• Redução dos entraves da burocracia para agilizar a formalização de atividades econômicas
• Desoneração fiscal para facilitar a formação e impulsionar o crescimento de pequenos negócios e para desonerar empresas ou setores que funcionem como porta de entrada da juventude no mercado de trabalho
• Qualificação profissional regionalmente orientada para reverter a concentração do emprego nas áreas centrais
• Retomar programas como o Renda Mínima e o Bolsa Trabalho, Operação Trabalho, Começar de Novo, Oportunidade Solidária o São Paulo Confia

Fonte: http://www.marta13.can.br

Agenda
No dia 25 de agosto, a partir das 16h30, acontece no auditório do SEESP o segundo evento do ciclo “A engenharia e a cidade”, com a participação do prefeito Gilberto Kassab, que concorre à reeleição pela coligação DEM-PMDB-PR-PRP-PSC-PV.


Rita Casaro

 

 

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