O ano que se encerrou foi um período de intensa atividade no qual os trabalhadores brasileiros, em geral, e os engenheiros, em particular, tiveram vitórias importantes. Entre as principais conquistas, o fato de, apesar do desempenho ruim da economia, com previsão de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) para cerca de 1%, terem sido registrados ganhos reais nos salários, demonstrando a relevância do movimento sindical, assim como da unidade e mobilização de todos. Tal capacidade de luta será essencial para que em 2013 possamos dar sequência às batalhas em andamento que unem não só os trabalhadores, como também todos os setores da sociedade comprometidos com o desenvolvimento nacional.
Em primeiro lugar, é preciso demonstrar ao Governo e ao Congresso que o Brasil precisar tomar as medidas corretas para que haja crescimento. Continuam válidas as propostas apresentadas pelos engenheiros no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em que se defende queda nos juros e elevação do investimento produtivo, que precisa chegar a 25% do PIB, para garantir ampliação do nível de emprego e renda do brasileiro e o efetivo combate à pobreza.
Paralelamente a isso, devemos retomar as lutas essenciais ainda à espera de um desfecho, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim ou ao menos a flexibilização do fator previdenciário, que reduz de maneira absurda os benefícios das aposentadorias, e a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), as quais determinam respectivamente o reconhecimento da organização sindical do servidor público e o fim da demissão imotivada. Tal pauta, já antiga e cara ao movimento sindical, é fundamental para elevar o padrão civilizatório das relações de trabalho no Brasil e trazer mais justiça social ao nosso País.
Além de se somar a essa agenda, o SEESP dará continuidade ao trabalho voltado à valorização da categoria e em prol da engenharia nacional. Destaca-se aqui a implementação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), cujo processo de credenciamento junto ao Ministério da Educação deve estar concluído no início do ano para que o curso de graduação em Engenharia de Inovação comece a ser oferecido. Iniciativa pioneira do sindicato, a futura escola será uma referência de ensino e deve se tornar uma contribuição valiosa dos engenheiros paulistas ao Brasil.
Como se vê, o ano-novo traz inúmeros e relevantes desafios. Vamos encará-los com energias renovadas e sobretudo com unidade e disposição para travar o bom combate. A todos, um 2013 repleto de vitórias e realizações.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente