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Editorial - Boas novas: dinheiro para pesquisa

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        Militância organizada dos engenheiros brasileiros pela retomada do desenvolvimento, o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” tem feito um esforço de propor soluções que visem a expansão econômica do País e de acompanhar atentamente medidas nesse sentido. É, pois, notícia alvissareira o anúncio do denominado PAC da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que destinará ao orçamento de 2008 da companhia um reforço de R$ 650 milhões. Até 2010, o setor como um todo receberá R$ 914 milhões.
        Convergente com as propostas do “Cresce Brasil” lançadas em 2006, a medida atua no sentido de ao menos minimizar um dos gargalos da agropecuária nacional, que é justamente a necessidade de avanço em pesquisa. Fundamental à economia brasileira e responsável pelo bom desempenho da balança comercial por vários anos, é justo que se pense em compensações pelos benefícios transferidos à sociedade. Uma forma ideal de concretizar tal objetivo é exatamente dar prioridade aos investimentos em ciência e tecnologia, o que trará ganhos de produtividade e poderá dotar os produtos brasileiros de diferencial que lhes agregue valor.
        A mesma avaliação pode-se fazer da política industrial anunciada em 12 de maio pelo Governo, que destinará R$ 251,9 bilhões nos próximos dois anos. Do total, R$ 210,4 bilhões virão de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para os setores industrial e de serviços e R$ 41,5 bilhões do Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria do Ministério da Ciência e Tecnologia. Um dos objetivos é aumentar as inversões privadas em pesquisa e desenvolvimento de 0,51% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,65%. São 25 setores beneficiados, entre os quais o de software e tecnologia da informação, que receberá R$ 1 bilhão, também por renúncia fiscal do Governo.
       Mais uma vez a iniciativa vem ao encontro das idéias do “Cresce Brasil”, que propugna pela consolidação da industrialização brasileira e pelo avanço tecnológico nacional, requisitos essenciais a um desenvolvimento soberano real.

 

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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