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EDITORIAL - Melhorar a vida na metrópole

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     Com o lançamento do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, os engenheiros vêm desde 2006 defendendo suas propostas para um plano nacional de crescimento econômico sustentável e com inclusão social. Com o seminário “Cresce Brasil – Região Metropolitana de São Paulo”, realizado em 24 de março, a categoria voltou-se especificamente às áreas que concentram grande parte dos brasileiros e também de seus problemas.
      O evento, realizado pelo SEESP, em parceria com a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), colocou em foco a maior de todas elas, a Grande São Paulo, formada por 39 municípios, inclusive a Capital, onde vivem 19,2 milhões de pessoas. Ao longo de um dia intenso de trabalho, autoridades e especialistas em temas urbanos discorreram sobre as mazelas que afligem a metrópole e possíveis soluções. Marcada por uma histórica e recorrente ausência de planejamento, a região cresce de forma desordenada, comprometendo o bem-estar público e o desenvolvimento socioeconômico. Em detalhes e profundamente, foram abordados o déficit habitacional, a precariedade dos transportes públicos e o caótico trânsito, a carência de redes de saneamento básico, com a poluição de rios e mananciais, a escassez de recursos hídricos, as necessidades e possibilidades de investimento, a geração de emprego e renda e qualificação da mão-de-obra disponível e a necessidade de uma gestão metropolitana que possa assegurar que haja eficácia das políticas públicas necessárias e integração entre os demais entes governamentais.
      Cumprida a primeira etapa, que foi realizar o debate de problemas e soluções com técnicos dos setores, os profissionais e a sociedade, o SEESP e a FNE agora trabalham na elaboração de um documento com propostas concretas para enfrentar a situação. A exemplo do manifesto “Cresce Brasil”, esse trará idéias realistas e plenamente exeqüíveis, mas que, sem dúvida alguma, exigirão vontade política para serem colocadas em prática. Melhorar a situação da região metropolitana exige planejamento, recursos e determinação para que não ocorram retrocessos.
      Embora não haja ilusões quanto ao tamanho do desafio, certamente muito grande, não há tampouco razões para achar que não seja possível vencê-lo. Em 2006, quando lançamos o projeto de desenvolvimento nacional dos engenheiros, apostando em crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) de 6%, isso parecia uma quimera diante dos magros 2% de expansão econômica que se tinha na época. No entanto, em 2007, os resultados já se aproximaram bastante da previsão e a tendência deve ser mantida em 2008, apesar de uma grave crise financeira externa. Às vésperas de eleições municipais, é hor de trabalhar para que as novas administrações e legislaturas comecem o ano de 2009 com uma pauta positiva a ser posta em prática pelo bem dos quase 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo.

 

 

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