Gley Rosa
Vários estados entraram em alerta, pois o aumento do calor causou nova epidemia de dengue, transmitida pelo aedes aegypti, cuja erradicação ainda não foi alcançada. Nessa batalha, seria possível lançar mão de uma arma ainda não considerada pelos agentes públicos responsáveis por combater o temido mosquito. Existe no mercado um produto oriundo da China, que, se não resolve o problema da proliferação da dengue, ao menos ajuda bastante no controle, além de ser útil na eliminação de outros insetos comuns no verão.
Trata-se de uma raquete a bateria recarregável na rede elétrica, vendida a R$ 10,00, que mata o mosquito eletrocutado. O equipamento é bastante útil nesse caso, tendo em vista que o aedes tem voo relativamente baixo, de curta duração, e permanece geralmente em ambientes fechados. Além disso, cada mosquito adulto eliminado representa também centenas de ovos a menos, auxiliando bastante no controle do vetor e da doença. Essa alternativa tem diversas vantagens. Além de não utilizar produtos químicos tóxicos como os inseticidas colocados em tomadas elétricas durante horas, que agridem o ambiente e a saúde humana, só consome eletricidade quando em uso.
Há, no entanto, inconvenientes como o fato de a raquete não poder ser utilizada por crianças pelos riscos de choque elétrico e de incêndios ou explosões se for exposta a materiais inflamáveis. Feitas essas considerações, por que não produzir uma similar nacional com melhorias relativas à eficiência e segurança? Por exemplo, fazê-la em formato retangular para atingir o mosquito que está pousado no canto da pa-
rede. Ainda, tornar o eventual choque inofensivo ao ser humano.
Mercado existe, pois se cada família comprar uma raquete, o consumo será de milhões de peças e milhões de reais deixarão de sair do País, fortalecendo a indústria nacional.
Gley Rosa é diretor da Delegacia Sindical do SEESP no Alto Tietê