Tendo à frente Murilo Celso de Campos Pinheiro, reconduzido ao cargo, foi empossada a diretoria do SEESP para a gestão 2010-2013 em cerimônia no dia 1º de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Cerca de 1.200 pessoas prestigiaram a solenidade, incluindo diversas autoridades, entre secretários das três esferas governamentais, vereadores de vários municípios paulistas, deputados estaduais e federais e senadores, além de personalidades da área tecnológica e sindicalistas.
Eleita em abril de 2009, a chapa “Trabalho–Integração–Compromisso” assume a entidade com as bandeiras prioritárias da valorização profissional, do fortalecimento de sua representatividade e da continuidade da luta pelo desenvolvimento nacional sustentável com inclusão social. Assim, em seu discurso de posse, Pinheiro lembrou o engajamento do SEESP ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, cuja versão atualizada foi lançada pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2009, e destacou: “Não pensamos somente em nossa categoria, nossa visão está muito além. É um compromisso com a sociedade brasileira.” Frisando que a discussão travada pelo sindicato é política, mas não partidária, ele apontou: “Acreditamos na união da sociedade civil, entidades, empresas, poder público e todos aqueles que buscam um Brasil do tamanho que ele pode ser. Em um ano eleitoral, não deixaremos de participar ativamente das discussões dos programas de trabalho, de mobilizar comunidades a debaterem, a estar atentas na escolha dos governantes de nosso País.”
Diante de conjuntura econômica favorável, o presidente do SEESP lembrou também a falta de engenheiros no Brasil, quadro que o sindicato visa contribuir para mudar. O que abrange trabalho constante junto ao ensino médio, a partir de um vídeo lançado pela FNE dirigido a esses estudantes, distribuído nacionalmente. Intitulado “Mais engenheiros para construir o Brasil”, reúne em cerca de 20 minutos informações sobre as profissões, o curso e perspectivas futuras.
Liderança
Ele enfatizou, ademais, a aliança com o conjunto do movimento sindical na luta por bandeiras históricas dos trabalhadores, como a redução da jornada semanal de 44h para 40h, à espera de votação no Congresso Nacional. E apontou a importância do empenho e participação na FNE. Assim como a batalha para tornar realidade a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) por esse sindicato cujos números – 25 delegacias, sedes próprias na Capital e no Interior, 400 diretores, 50 mil filiados e 200 mil representados – imprimem à diretoria empossada ainda maiores desafios e responsabilidades. Pinheiro finalizou: “Hoje, renovamos nosso compromisso de atuar pelos engenheiros e pela nossa profissão.”
Apoio e confiança na diretoria que assume o sindicato não faltam, como afirmaram inúmeras autoridades durante a cerimônia de posse. Essas ressaltaram a importância do SEESP e o papel da gestão, em especial do presidente reeleito. “É a maior liderança da engenharia no Brasil. Foi o grande articulador da nota técnica do Ministério do Trabalho e Emprego com referência à contribuição sindical (que determina a comprovação de quitação pelos profissionais liberais junto aos órgãos públicos)”, enfatizou Francisco Machado da Silva, presidente do Crea-DF (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal). Na mesma linha, o deputado estadual Campos Machado (PTB), que requereu junto à assembleia a realização da cerimônia naquela casa de leis, apontou: “Hoje é um dia especial, o SEESP, que é uma entidade de renome, tem à frente, por mais quatro anos, um homem de respeito, digno, de caráter.”
Como salientou o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP), que fez questão de anunciar ser filiado ao sindicato, essa entidade, plural e cidadã, esteve à frente de todas as grandes lutas do povo brasileiro. “Sob o comando do Murilo, tem garantido a convergência com outros setores da sociedade e continuado essa trajetória que orgulha a todos nós.” Ainda conforme ele, neste ano eleitoral, a entidade tem o dever – e tem feito isso – de levantar bandeiras que interessam ao Estado e ao País. Outro sócio do sindicato, Mauro Arce, secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, concluiu: “Essa é uma oportunidade de a gente ressaltar o trabalho positivo que vem sendo feito e garantir, com nosso apoio, sua continuidade.” Ao deputado federal Nelson Marquezelli (PTB/SP), não resta dúvida de que a nova diretoria obterá ganhos sobretudo aos seus associados, mas também a toda a sociedade brasileira. Pois, como ponderou o deputado estadual Conte Lopes (PTB/SP), seu trabalho é importante ao Brasil inteiro.
Significado especial
Por isso mesmo, para o vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB), diante da conjuntura atual, em que “há necessidade de engenheiros para comandar o desenvolvimento nacional”, a posse do sindicato tem significado especial. “Participar deste momento é valorizar a categoria”, continuou. José Roberto Cardoso, diretor eleito da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico Estadual, vaticinou: “Nesse contexto, o SEESP é fundamental para o novo cenário em que há escassez dessa mão de obra. Tem sido agente principal no sentido de alertar o Governo sobre as ações que devem ser tomadas e acredito que a nova gestão vai se destacar nisso.” O deputado estadual Roberto Massafera (PSDB) atestou que a entidade é peça crucial nesse sentido.
A contribuição ao desenvolvimento sustentável com inclusão social permeou a fala de inúmeras outras autoridades, tais como os deputados estadual Simão Pedro (PT) e federal Paulo Teixeira (PT/SP). Ressaltando o prestígio do SEESP demonstrado durante a posse, o primeiro indicou sua essencialidade a que se pense o Brasil do futuro. Teixeira, por sua vez, lembrou o engajamento do sindicato ao projeto “Cresce Brasil” e sua contribuição decisiva à retomada do crescimento nacional, sobretudo ao inspirar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No Estado, como aludiu o secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, a engenharia está no DNA. “São Paulo lhe deve muito.” O município não deixou por menos. Nas palavras do vereador Celso Jatene (PTB), esses profissionais são fundamentais à cidade, principalmente os responsáveis pela construção civil.
O senador Romeu Tuma (PTB/SP) frisou ainda a importância da categoria e de sua entidade para evitar acidentes como os vivenciados neste início de ano, com as chuvas, em diversos estados e cidades brasileiras. E o secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Lair Krähenbühl, afirmou a longa batalha do SEESP pela garantia de assistência técnica pública e gratuita em âmbitos federal e paulista, que deve possibilitar a redução do déficit habitacional. Já o vereador Eliseu Gabriel (PSB) observou que o sindicato é exemplo de luta e certeza de que “podemos ser uma grande nação, com uma sociedade próspera, soberana e solidária com os povos de todo o mundo”.
Para dar conta desses desafios, autoridades como o deputado estadual Waldir Agnello (PTB/SP) ressaltaram a capacidade dos profissionais representados pelo SEESP. “O engenheiro no Brasil e especificamente em São Paulo é de alta qualidade, inclusive do ponto de vista ético”, ponderou o parlamentar.
O respeito à categoria e o fato de ter uma diretoria que atue em unidade com o conjunto do movimento sindical foi observada por Canindé Pegado, secretário-geral da UGT (União Geral dos Trabalhadores). O secretário nacional das Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto, explicitou a participação da classe média na organização dos trabalhadores, encabeçada pelo SEESP e pela CNTU. A entidade paulista, ratificou Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), é das entidades mais importantes do sindicalismo de profissionais liberais não só no Estado como em todo o Brasil.
Antonio Carlos Mendes Thame, deputado federal (PSDB/SP), foi adiante: “Defender a democracia não é supérfluo. São princípios dos quais não podemos abrir mão e sabemos que um dos seus pilares é ter corpos intermediários. Uma sociedade que não os tem é massa de manobra, amorfa, portanto sua organização é fundamental. Dentre esses corpos, os que representam categorias profissionais, e hoje assistimos à posse, com mais de mil pessoas, de um dos mais importantes.”
Diretoria Executiva
Presidente – Murilo Celso de Campos Pinheiro
Vice-presidentes – Carlos Alberto Guimarães Garcez, Celso Atienza, João Paulo Dutra, João Carlos Gonçalves Bibbo, Henrique Monteiro Alves e Laerte Conceição Mathias de Oliveira
1º secretário – Fernando Palmezan Neto
2º secretário – Antônio Roberto Martins
3º secretário – Edilson Reis
1º tesoureiro – Esdras M. dos Santos Filho
2º tesoureiro – Flávio José A. de Oliveira Brízida
3º tesoureiro – Marcos Wanderley Ferreira
Representantes na FNE – Allen Habert e Antonio Carlos Therezo Mattos (titulares); Ubirajara Tannuri Felix e Maria Célia Ribeiro Sapucahy (suplentes)
Presidentes das delegacias sindicais
Nelson Martins da Costa (Alta Mogiana); Mário Edison Picchi Gallego (Alto Tietê); José Maria Morandini Paoliello (Araçatuba); João Luiz Braguini (Araraquara); Newton Guenaga Filho (Baixada Santista); Luiz Antônio Moreira Salata (Barretos); Luiz Roberto Pagani (Bauru); Nivaldo José Cruz (Botucatu); Rubens Lansac Patrão Filho (Campinas); José Chozem Kochi (Franca); Silvana Guarnieri (Grande ABC); José Luiz Pardal (Guaratinguetá); Roberto Benedito Requena Juvele (Jacareí); Luiz Antonio Pellegrini Bandini (Jundiaí); Juliano Munhoz Beltani (Lins); Luiz Fernando Napoleone (Marília); André Sierra Filho (Pindamonhangaba); Walter Antônio Becari (Piracicaba); Manoel Carlos de Moraes Guerra (Presidente Prudente); Maxwell Wagner Colombini Martins (Rio Claro); Miguel Guzzardi Filho (São Carlos); Amaury Hernandes (São José do Rio Preto); Odair Bucci (São José dos Campos); Ricardo José Coelho Lessa (Sorocaba); Breno Botelho Ferraz Amaral Gurgel (Taubaté).