Dicas para se sair bem numa entrevista de emprego
Muitos profissionais percebem, apenas no momento da recolocação no mercado, quais são as suas dúvidas em relação a entrevistas de emprego. Estão relacionadas à postura, segurança, relação entre entrevistador e entrevistado, como expor suas dificuldades e lidar com a ansiedade. A constatação é da coordenadora do setor de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP, Mariles Carvalho. Ela oferece algumas dicas de como se sair bem nessa hora.
Tudo começa com você
Investir em autoconhecimento é imprescindível em qualquer aspecto da vida. Aqui a palavra chave é auto-observação, questionamento e reflexão.
Motivação
É nítida a diferença de uma pessoa motivada em uma entrevista – ela demonstra energia, interesse e confiança. Esse é um aspecto importante da produtividade e da qualidade do trabalho.
Objetivos
Escreva sempre seus objetivos, porque saber o que quer e como conquistar é o primeiro passo para começar a planejar. Para defini-los, pense na sua situação atual e a desejada, depois pergunte: Como? Quando? Por que é importante? Quais são os meus recursos? Qual é o primeiro passo?
Inteligência emocional
Identificar e administrar suas próprias emoções em momentos de tensão facilita o pensamento e mantém a atenção no que é importante, o momento da entrevista.
Primeira impressão
Um currículo bem elaborado chama a atenção do selecionador, mas também é importante saber expor os conhecimentos que ali se encontram.
Conhecimento
Tenha informações atualizadas sobre o mercado de trabalho e a empresa a que se candidatou.
Postura
Mantenha uma postura de igualdade e de troca. Ambos estão em busca de um objetivo compartilhado, assim um precisa do outro. Esteja aberto e demonstre seu interesse e expectativas diante do cargo pretendido.
A área de Oportunidades do sindicato tem o objetivo de auxiliar o profissional a se recolocar no mercado de trabalho, oferecendo serviços de análise de currículo, simulação de entrevista e atendimento personalizado. Contatos: Mariles Carvalho – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., (11) 3113-2666; Caique Cardoso – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., (11) 3113-2669; e Natália Carolina – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., (11) 3113-2674.
Qualificação
Aprender a empreender
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) oferece gratuitamente o curso “Aprender a empreender”, na modalidade de ensino a distância (EAD). Serão abordados conceitos sobre mercado, finanças e empreendedorismo. Duração de 30 dias com carga total de 16 horas. Mais informações aqui.
Processos seletivos
O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) oferece vários cursos gratuitos online, como o “Tenha sucesso em processos seletivos”, que busca facilitar a entrada no mercado de trabalho, por meio de dicas assertivas e exercícios teóricos. O objetivo é fazer com que os candidatos aprendam a enfrentar o desafio sem medos e com mais segurança. Saiba mais.
De olho no mercado
Avanço das mulheres na engenharia
Segundo o gerente da Michael Page, Diego Mariz, as empresas não têm barreira com relação à mão de obra feminina na área. O que ocorre, argumenta ele, é que o mercado continua bastante masculino porque a engenharia não é uma graduação que atraia, de modo geral, o público feminino. “E isso se reflete no mercado diretamente”, explica. Lançado ao final de 2014, estudo encomendado pelo SEESP ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), intitulado “Perfil ocupacional dos profissionais de engenharia no Estado de São Paulo”, confirma que a categoria ainda é majoritariamente masculina – em 2013, os homens representavam 81% do total no Estado –, todavia, as mulheres engenheiras vêm aumentando sua participação ao longo das duas últimas décadas. Em 1995, representavam 11% do total de profissionais do Estado de São Paulo; em 2005, já eram 15%; em 2008, 17%; e, em 2013, alcançaram o patamar de 19%.
Mariz afirma que recebe, às vezes, solicitação por profissional dando-se preferência à engenheira. “As empresas gostariam de ter mulheres em seus quadros para aumentar a diversidade na área”, observa, acrescentando que o que importa é o conhecimento técnico.
Em termos relativos, o aumento da ocupação feminina no período equivaleu a 128%, enquanto da masculina, a 72%, o que explica o incremento da participação das mulheres na categoria. Em 2013, o Estado de São Paulo contava com 74.603 engenheiros e 17.875 engenheiras; em 2003, eram 43.483 homens e 7.829 mulheres nessas ocupações. Mariz observa que as áreas técnicas da engenharia que contam com maior presença feminina são alimentos, bens de consumo e cosméticos e química. Por ter menos mulheres se formando em mecânica, elétrica e civil, elas estão em menor número nesse mercado, relaciona ele.