Marcellie Dessimoni
A escolha da profissão algumas vezes revela quem somos e o que queremos. A engenharia é a arte de criar, inovar e desenvolver. Para que isso aconteça, é necessário não só a formação acadêmica, mas também o desejo de transformar a sociedade em que vivemos, valorizando nossa profissão e estando prontos para enfrentar crises que surgem em determinados momentos no País.
Com o objetivo de identificar, auxiliar e avaliar as oportunidades e dificuldades dos jovens engenheiros no mercado de trabalho, debatendo as demandas da juventude e desenvolvendo ações que ampliem sua participação nas discussões das políticas públicas voltadas para a categoria, o SEESP criou neste ano o Núcleo do Jovem Engenheiro.
A reflexão sobre os desafios que o “mundo do trabalho” impõe ao movimento sindical para este século exige uma compreensão acerca das transformações recentes e suas consequências para os trabalhadores. São necessárias uma nova visão e ação sobre o sindicalismo, capazes de acompanhar a dinâmica do mercado, identificando novos caminhos de atuação sindical, o que pode ter resultados positivos para a sociedade. Nesse contexto, entendemos como fundamental o papel da juventude engenheira.
Somos jovens privilegiados, pela escolha e compromisso, com raciocínio lógico, rápido e eficaz, atrelado a uma mente exigente na projeção do futuro.As ações dos engenheiros destinam-se ao bem-estar dos seres humanos, melhorando a qualidade de vida da sociedade.
É urgente criar novas formas de pensar em projetar o País para o caminho do desenvolvimento. É preciso construir uma identidade unitária da juventude engenheira, com proposições de estratégias, cumprimento dos deveres e entendimento dos direitos perante a sociedade. Fazemos parte de um grupo de liderança no Brasil, onde essa profissão é decisiva ao crescimento econômico, político, ambiental, tecnológico e social sustentável, dentre outros. O Núcleo Jovem Engenheiro mobilizará engenheiros de todo o Estado para que discutam conjuntamente as melhorias das condições de trabalho, os desafios da profissão, qualidade de vida, tornando-se referência para o nosso país. A juventude precisa estar nos espaços de diálogo, participando, propondo, para um mundo novo que acreditamos ser possível.
É diante da crise que encontramos diversos caminhos e oportunidades para seguir. Dessa forma, creio que um caminho possível é o despertar dos valores adormecidos na sociedade, fazendo-os voltarem a ser a base do País, como o sentimento de coletividade, o altruísmo, a solidariedade, o companheirismo, a transparência, a honestidade e a ética em prol da juventude engenheira.
Marcellie Dessimoni é estudante do quinto ano de Engenharia Ambiental e Sanitária e coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP