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26/08/2025

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Mundo do trabalho, avanço tecnológico e justiça social

 

Melhorias nos indicadores devem ser celebradas, mas é preciso atuar para garantir empregos de qualidade e ampliar a remuneração da mão de obra no Brasil. Desafios incluem qualificação para a transformação digital, questão fundamental para os engenheiros.

 

TrabalhoImagem copyO mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais de recuperação. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego caiu para 5,8%, o menor patamar já registrado na série histórica apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também bateu recorde, chegando a 39 milhões, com alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior.

 

Tais números são inegavelmente positivos, mas a situação ainda está longe do ideal. O rendimento médio, que também aumentou de forma significativa,  segue em torno de R$ 3 mil, valor muito abaixo do salário mínimo necessário, estimado em R$ 7 mil pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Isso evidencia que ainda há um longo caminho para a criação de empregos de qualidade, com salários dignos e direitos garantidos.

 

É urgente que o Brasil dê um salto efetivo rumo ao desenvolvimento com base na valorização do trabalho e na ampliação dos investimentos em ciência e tecnologia. Uma reforma tributária que torne o sistema mais justo – que tem como passo importante a isenção de Imposto de Renda (IR) para ganhos até R$ 5 mil – e a oferta de serviços públicos de qualidade também fazem parte dessa agenda.

 

Importante destacar que neste cenário há inúmeros desafios para os engenheiros, esse contingente de profissionais altamente qualificados, essencial a qualquer projeto de desenvolvimento sustentável. Por isso mesmo, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados mantêm a luta permanente por remuneração justa, que contemple o salário mínimo profissional, condições de trabalho adequadas e plano de carreira, além do fundamental respeito ao conhecimento técnico.

 

Nesse contexto, ganha destaque a formação dessa mão de obra, que precisa ter excelência, o que exige, por exemplo, cursos 100% presenciais e educação continuada.

Entre outras demandas, é inevitável considerar o avanço das ferramentas de inteligência artificial, que já provocam transformações profundas em todos os setores da economia. O tema faz parte do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que prevê a digitalização de 90% das empresas e o aumento da participação brasileira no setor de tecnologias avançadas.

 

É preciso, portanto, que os profissionais se qualifiquem para utilizar esses recursos com competência técnica, mas também com responsabilidade e ética, sem abrir mão da própria inteligência crítica e criativa.

 

Esses temas, incluindo a necessidade de investimentos em educação desde a base, estarão na pauta das atividades promovidas pela FNE em setembro, buscando contribuir com esse debate e o avanço do País.  

 

Vamos juntos construir propostas factíveis para um futuro melhor.

 

Eng. Murilo Pinheiro – Presidente

 

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