SEESP apóia Programa Benchmarking Ambiental
Iniciativa independente que identifica e compartilha práticas de excelência da gestão socioambiental brasileira, em sua sexta edição, o Programa Benchmarking Ambiental, realizado pela Mais Projetos Gestão e Capacitação Socioambiental, conta com diversos apoios, entre os quais o do SEESP.
Nesta versão, inclusive, integra sua comissão técnica o vice-presidente desse sindicato, Carlos Alberto Guimarães Garcez. O objetivo é selecionar o ranking benchmarking, integrado pelas práticas consideradas as melhores aplicadas pelas empresas e instituições de diferentes segmentos de atuação, nas várias esferas e regiões do País. Sua apresentação está prevista para 25 de setembro próximo, na Capital paulista. Inscrições de cases estão abertas e vão até 31 de julho, podendo ser feitas no site www.benchmarkingbrasil.com.br.
Congresso de Engenharia de Segurança acontece em setembro
O SEESP abrigará, em sua sede na Capital paulista, entre 11 e 13 de setembro próximo, o 11º Conest e 4º Coniest (Congressos Nacional e Ibero-americano de Engenharia de Segurança do Trabalho), realizados pela Apaest, Anest, Andest e Aiest (Associações Paulista, Nacional, de Docentes e Ibero-americana de Engenharia de Segurança do Trabalho). O evento conta com o apoio de diversas organizações, tais como FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), SEESP, Mútua Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), Confea (Conselho Federal) e Unilins (Centro Universitário de Lins). O tema principal dessa iniciativa que visa discutir a eliminação dos riscos de modo a impulsionar melhores condições de trabalho e vida é “Construindo o futuro”. Mais informações no site www.apaest.org.br.
Dia Nacional de Mobilização e Luta pela redução da jornada
As manifestações em todo o território brasileiro realizadas em 28 de maio, Dia Nacional de Mobilização e Luta, foram um sucesso completo. Assim considerou o cientista político e sindical João Guilherme Vargas Netto. Com iniciativas desde as primeiras horas da manhã em vários pontos das diversas cidades do País, tais como passeatas, protestos em frente a lojas, assembléias diante de fábricas e atos públicos, as centrais sindicais deram mais um passo em sua campanha pela redução da jornada semanal de 44h para 40h sem diminuição dos salários. Além de levantarem essa bandeira histórica do movimento dos trabalhadores, clamaram pela ratificação no Congresso Nacional das convenções 151 e 158, que referem-se respectivamente à garantia de data-base ao funcionalismo público e proibição de demissão imotivada.
Para Vargas Netto, o êxito absoluto deve-se a cinco características: o evento ter sido unitário, reunindo todas as forças sindicais; nacional, ao varrer todo o País e não ter ficado restrito às capitais; reconhecido pela sociedade; maciço, ao reunir milhões de trabalhadores e angariar mais de 2 milhões de assinaturas em favor da redução da jornada; e ordeiro, com raras exceções devido a “prepotência policial que será punida”.
Campanhas salariais
Metrô – Estava programada Assembléia Geral Extraordinária da categoria no dia 29 de maio para deliberar sobre contraproposta da empresa, em vias de ser formalizada ao SEESP com vistas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2008.
Sabesp – Na mesma data, estava também marcada assembléia dos engenheiros da Sabesp para deliberar sobre os próximos passos da campanha salarial. Frente a impasse motivado pela intransigência da empresa, demonstrada até o presente momento nas negociações, a categoria poderá inclusive declarar greve para o dia 3 de junho a partir da zero hora.
Cetesb – Face ao impasse nas negociações com a empresa, os engenheiros da Cetesb estavam com assembléias agendadas para os dias 29 de maio e 2 de junho para avaliação da campanha salarial e deliberação sobre os próximos passos.
Realizado entre os dias 30 de maio e 1º de junho, na cidade de Barra Bonita, o VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso) é um marco para o SEESP e para a organização dos engenheiros. Com uma agenda extensa, muitos participantes, presença de autoridades da região e lideranças do setor tecnológico, o evento abarcou um importante leque de interesses da categoria. Entrou em pauta o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que desde 2006 incorpora o nosso esforço pela retomada do desenvolvimento nacional, de forma sustentável e com inclusão social.
Um retrospecto de todo o projeto, desde o seu lançamento até os eventos mais recentes, que colocam foco nas regiões metropolitanas, mostrou a relevância da iniciativa, que tem contribuído para os avanços que se vêem hoje no País. Anterior ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o “Cresce Brasil” ousou apontar um rumo corajoso para tirar o País da pasmaceira em que se encontrava.
No campo da organização da categoria, o VIII Cetic contou com o anúncio da criação da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), feito pelo secretário Nacional das Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros. Instituída pelas federações dos economistas, nutricionistas e engenheiros, a nova entidade deverá abrigar muitas outras categorias de nível superior. Nasce com o objetivo de aprimorar a luta pelos interesses dos profissionais e garantir a participação efetiva das entidades ligadas a ela para que tenham oportunidade real de atuação em defesa de seus representados.
O congresso foi ainda uma oportunidade para que os engenheiros apresentassem suas sugestões para um melhor funcionamento do Confea/Creas, elaboradas por uma equipe de dirigentes do SEESP. Entre as mais de 50 propostas, uma fundamental: a democratização do Sistema, com eleições também pela Internet para aumentar a possibilidade de participação dos profissionais. Defendidas na presença dos então candidatos e hoje eleitos ao Conselho Federal, Marcos Túlio de Melo, e ao Regional, José Tadeu da Silva, as propostas receberam sua adesão e são agora compromissos para um programa de trabalho.
Rubens Lansac Patrão Filho
A criação dos conselhos tecnológicos regionais, apoiada num projeto consistente que é o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, permitiu ao SEESP resgatar um papel importante de suas atribuições como entidade. Além disso, possibilitou, com a realização dos seminários temáticos, incorporar como participantes ativos a iniciativa privada, sociedade civil organizada, universidades e órgãos públicos.
Em Campinas, procuramos realizar esses debates em instituições cujo foco de trabalho ou vocação estivessem voltados ao tema em discussão. Assim, desde o mês de março, a Delegacia Sindical do SEESP realizou quatro seminários com os temas “Energia e transporte” (na CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz), “Saneamento e meio ambiente” (na Sanasa – Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), “Emprego e relacionamento empresa-universidade” (na Metrocamp – Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas) e “Inovação e produtividade” (no Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Prestes a se completar esse ciclo de debates, acontece no próximo dia 23, no IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o último da série, intitulado “Agricultura e soberania alimentar”, juntamente com a comemoração dos 120 anos da entidade.
Em todos os eventos, houve uma participação ampla de um público formado por membros do Conselho Tecnológico Regional de Campinas, engenheiros, pesquisadores, técnicos, estudantes, representantes de diversas entidades, assim como da Câmara Municipal de Campinas e da Assembléia Legislativa.
Acreditamos que os objetivos propostos têm sido atingidos. As palestras, ministradas por integrantes do próprio conselho ou por outros especialistas (que após os eventos integram-se a ele), têm sido muito qualificadas. Esses encontros de discussão têm permitido ampliar o conhecimento quanto a nossos problemas regionais e indicar possíveis soluções, bem como articular e integrar as ações de todo o conjunto de forças de nossa economia regional, de modo a evitar a dispersão de esforços.
O produto final desses seminários temáticos permitirá fazer uma pequena radiografia das principais questões da Região Metropolitana de Campinas e a sistematização e apresentação de propostas que poderão servir de projetos para as plataformas de governo e poderão ser aplicadas nos próximos mandatos municipais.
Rubens Lansac Patrão Filho é presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas
Serviço – O seminário “Agricultura e soberania alimentar” é dirigido a engenheiros e ao público em geral. Acontece dia 23 de junho, às 14h, no IAC. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones (19) 3251-8455 e 3251-8996 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .
Dois grandes projetos dos engenheiros deram a tônica do VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso), realizado nos dias 30 e 31 de maio, na cidade de Barra Bonita: o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários), criada oficialmente em 4 de junho.
Já na abertura solene, feita pelo presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, entrou em pauta a batalha pela volta do crescimento econômico que vem sendo travada pelos engenheiros. A iniciativa mereceu elogios das autoridades locais, dirigentes do SEESP, da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e de outras entidades que prestigiaram o evento. “Demos um passo fundamental, que foi sair da discussão meramente salarial para a que contempla a construção de um projeto nacional”, resumiu o presidente do Senge-AC (Sindicato dos Engenheiros do Acre), Sebastião Fonseca.
O tema também foi abordado pelo consultor sindical João Guilherme Vargas Netto em sua palestra, que deu início aos trabalhos no segundo dia do congresso. Destacando a conjuntura positiva e o momento favorável ao movimento sindical, ele comemorou a inserção dos engenheiros nessa dinâmica e o acerto do “Cresce Brasil”. “A mobilização pela redução da jornada do dia 28 de maio só houve porque o Brasil está crescendo e isso acontece porque nós ajudamos com a nossa discussão”, afirmou.
Vargas Netto lembrou ainda que a expansão proposta pelos engenheiros visa um modelo que não repita os erros do passado. “Agora queremos que isso venha com distribuição de renda, respeito ao meio ambiente, reorganização urbana e democracia”, salientou.
Histórico
Lançado em 2006, o “Cresce Brasil” parte exatamente dessas premissas, afirmou o coordenador do projeto, Fernando Palmezan Neto, que apresentou um histórico da iniciativa. “Quando começamos, estávamos diante da seguinte situação: crescimento pífio, grande concentração de renda, falta de planejamento e de propostas. Então, pensamos como nós poderíamos interferir positivamente nessa situação”, lembrou. Segundo ele, traçou-se assim o cenário desejado: um crescimento de 6% ao ano. Para tanto, seria necessário investimento produtivo, estatal e privado, de 25% do PIB (Produto Interno Bruto), o que exigiria redução da taxa de juros. O objetivo último seria gerar os postos de trabalho necessários.
Assim, relatou Palmezan, foram eleitos os temas considerados essenciais ao desenvolvimento – energia, comunicações, transportes, ciência e tecnologia, saneamento, meio ambiente e recursos hídricos e agricultura. Como método de trabalho, a partir de uma nota técnica elaborada por um especialista, realizaram-se 14 seminários em cidades paulistas e capitais brasileiras das cinco regiões, com a participação de milhares de profissionais. Após essa etapa, um manifesto final foi aprovado durante o VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros) e passou a ser o instrumento de debate com a sociedade e convencimento da necessidade e possibilidade de mudar o quadro socioeconômico brasileiro. “Esse documento foi entregue a todos os candidatos ao governo federal, inclusive o presidente Lula, e a inúmeros que disputavam o governo em vários estados”, concluiu.
Segundo Palmezan, o primeiro sinal de que o “Cresce Brasil” encontrara eco na sociedade foi o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que trouxe inúmeras propostas convergentes com as dos engenheiros. “Nosso próximo passo foi elaborar uma análise comparativa e sugerir aprimoramentos ao plano governamental”, contou. Entre os bons resultados desse esforço, ele contabiliza o lançamento do PAC da C&T e a inclusão da Usina Nuclear Angra 3 no programa.
“Se fizermos um levantamento do que está acontecendo em termos de realização de projetos, o nosso esforço é vitorioso”, corroborou o coordenador técnico do “Cresce Brasil”, Carlos Monte. Ele citou como exemplos as hidrelétricas previstas para o Rio Madeira e os avanços da Petrobras com a descoberta de novos poços, que representam importante contribuição ao setor energético brasileiro.
Na etapa atual, informou Palmezan, o Cresce Brasil voltou-se às questões das regiões metropolitanas e já realizou debates em São Paulo, Florianópolis, Palmas, Maceió, Teresina e São Luís. Como resultado das discussões realizadas na Capital paulista, produziu a publicação “Desenvolver a metrópole e garantir qualidade de vida”.
Conselho Tecnológico
Outra ação é a implantação de conselhos tecnológicos, formados por representantes dos profissionais e da sociedade civil, do setor produtivo, da academia e dos poderes públicos, que trabalhem para implantar as propostas do “Cresce Brasil” em cada região do País. “Trata-se da formatação de uma aliança com lideranças das cidades”, explicou Allen Habert, que coordena a criação desses fóruns. A idéia é que essas lideranças montem uma agenda para discutir os problemas regionais e buscar soluções a eles, mobilizando a sociedade e persuadindo Executivo e Legislativo a tomar as providências cabíveis. Para organizar o trabalho, a proposta é que seja dividido em sete comitês: emprego e relacionamento universidade-empresa; qualificação e requalificação profissional; inovação e produtividade; urbano e da memória da engenharia e arquitetura; energia, transportes e comunicações; saneamento, meio ambiente e mudanças climáticas; e agricultura e soberania alimentar.
“Cada sindicato da FNE deve lançar o seu conselho”, enfatizou Habert, lembrando que já existem no Piauí, no Acre e em Santa Catarina. Em São Paulo, são 18 implantados em cidades do Interior em que o SEESP tem Delegacias Sindicais e esse número deve chegar a 25.
CNTU e Portaria 186
O segundo grande destaque do VIII Cetic ficou por conta da participação do secretário Nacional das Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto, que anunciou a criação da CNTU. “A aprovação da nossa confederação é um marco. Essa é uma vitória de todos nós”, comemorou o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro. “Recebi um convite quase compulsório para estar aqui e fazer esse comunicado”, declarou Medeiros, lembrando o empenho do dirigente para que a nova entidade recebesse a aprovação do Ministério do Trabalho. “Vocês estão muito bem representados. É uma satisfação estar com pessoas que querem trabalhar e têm vontade”, completou.
Instituída pelas federações dos economistas, nutricionistas e engenheiros, a nova entidade deverá abrigar muitas outras categorias de nível superior. Nasce com o objetivo de aprimorar a luta pelos interesses dos profissionais e garantir a participação efetiva das entidades ligadas a ela para que tenham oportunidade real de atuação em defesa de seus representados.
Medeiros aproveitou ainda a oportunidade para conclamar os participantes a defenderem a Portaria 186, editada em 10 de abril último pelo governo e que torna mais objetivas as regras para registro de entidades. “Era preciso melhorar, deixando claro quais os passos necessários. O objetivo é que sindicatos, federações e confederações sejam representativos, até porque não há democracia sem sindicalismo forte”, afirmou ele. A CNTU, lembrou Medeiros, é a primeira organização a ser instituída seguindo os novos critérios. Ao final de sua fala, os participantes do VIII Cetic aprovaram por aclamação uma moção de apoio à portaria.
Por uma metrópole boa de viver
Durante o VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso) foi lançada a nova publicação do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Intitulada “Desenvolver a metrópole e garantir qualidade de vida”, a revista traz as conclusões do seminário que discutiu a Região Metropolitana de São Paulo, realizado em 24 de março, com as propostas para a reorganização urbana das cidades que a integram. Tem ainda o manifesto “Por uma metrópole desenvolvida e boa de viver”, no qual estão as medidas que os engenheiros consideram urgentes.
O documento está disponível para download no site da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), no seguinte endereço: http://fne.org.br/fne/index.php/fne/participe/projetos_e_campanhas/cresce_brasil_rmsp
Rita Casaro
Durante o VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso), realizado pelo SEESP em Barra Bonita, os então candidatos à reeleição para a Presidência do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Marcos Túlio de Melo, e do Crea-SP (Conselho Regional), José Tadeu da Silva, reafirmaram seus compromissos com as propostas elencadas pelo sindicato e FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) ao Sistema.
Ambos foram reconduzidos aos cargos no pleito que ocorreu em todo o Brasil no dia 4 de junho e agora terão o desafio de levá-las a cabo. Os resultados ainda precisarão ser homologados pela Comissão Eleitoral Federal em 2 de setembro próximo e a posse, para mandato de três anos, acontecerá no dia 1º de janeiro de 2009. Elaboradas no SEESP por sua Caep (Comissão de Assuntos do Exercício Profissional), as propostas integram “Programa de Gestão e Atuação para os Creas”.
Nas eleições ao Sistema, participaram em torno de 67 mil profissionais no País, sendo 16 mil no Estado de São Paulo. Tadeu e Melo venceram por ampla margem. “Tivemos expressiva vitória em 24 estados da Federação”, comemora o presidente eleito do Confea. Ele destaca que essa é “uma vitória de todas as entidades que participaram na construção desse projeto, como o SEESP e FNE, parceiros desde o início”.
Segundo Melo, seu programa de gestão foi montado pensando no papel crucial das áreas tecnológicas ao desenvolvimento nacional sustentável. O que vai ao encontro do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela federação em 2006 com a adesão dos sindicatos a ela filiados –, o qual se alinha a iniciativa do Confea chamada “Pensar o Brasil”.
Ainda em consonância com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela FNE e sindicatos, a valorização profissional também está nos seus planos. Assim como o resgate da engenharia pública nos estados e maior eficiência dos órgãos regionais e federal, com ações voltadas à fiscalização preventiva e educativa. A pretensão, inclusive, é duplicar o orçamento a essa área, passando dos atuais 20% do total aplicado para 40%. Melo promete ainda atuar em prol da democratização do Sistema.
Algumas das principais propostas do SEESP e FNE ao Sistema
• Implantar programa de melhoria contínua dos processos praticados pelos Creas;
• implantar sistema integrado de tecnologia da informação, bem como de gerenciamento eletrônico da documentação existente e gerada no interior do conselho;
• realizar as eleições dos Creas através de votação pela Internet, mantendo-se o sistema de urnas;
• reestruturar o sistema de fiscalização, tendo como foco os diferentes setores da economia, priorizando os empreendimentos de grande porte ou de impacto socioambiental significativo;
• estabelecer políticas de combate ao exercício ilegal da profissão; ao descumprimento do salário mínimo profissional; à ocupação dos cargos e funções técnicas por pessoas não legalmente habilitadas; bem como quanto à atuação irregular de estrangeiros no País;
• profissionalizar o sistema de fiscalização, compondo o quadro de fiscais exclusivamente com pessoal habilitado e registrado nos Creas;
• manter permanentemente informadas, de maneira ágil e transparente, as partes interessadas que são afetadas pelas ações dos Creas;
• apoiar ativamente esforços e iniciativas que objetivem o desenvolvimento e a inovação tecnológica brasileira, visando a diminuição das desigualdades regionais, com o pleno desenvolvimento nacional e a promoção da competitividade da empresa brasileira em todos os mercados;
• fortalecer as entidades de classe, como organismos de representação política, através de campanhas institucionais e medidas voltadas para a valorização dos profissionais da área tecnológica, fornecendo apoio, na forma de parcerias, para a realização de programas de aperfeiçoamento técnico-cultural e cursos de educação continuada;
• tornar o exercício ilegal da profissão crime contra a sociedade, impulsionando fortemente as iniciativas a respeito que estão em curso, em especial a aprovação urgente do Projeto de Lei 6.699/2002;
• transformar a Comissão de Ética em Tribunal, para julgamento das infrações, mantendo a admissibilidade dos processos pelas câmaras especializadas;
• implantar o voto direto e obrigatório para a eleição dos cargos diretivos dos Creas, tendo todos os mandatos igual duração.
Soraya Misleh
SEESP realiza seminário “Cresce Lins”
Sediado no campus do Unilins (Centro Universitário de Lins), o evento foi promovido no dia 29 de maio como parte das atividades relativas ao manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que defende uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável. Histórico desse projeto foi apresentado na ocasião pelo coordenador do Conselho Tecnológico de Lins, João Carlos de Campos. O presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Lins, Milson Cesar Pagliarini, abriu o evento em que foram apresentados diversos assuntos relativos às oportunidades de desenvolvimento da cidade. Entre os temas abordados, “Relações universidade e empresa: promovendo o desenvolvimento regional sustentável”, pelo professor André Fassa, presidente da Comissão de Turismo de Lins; “Políticas públicas para o desenvolvimento sustentável em Lins”, pelo secretário de Desenvolvimento Sustentado de Lins, Israel Antonio Alfonso; e “Planejamento urbano”, pela vice-prefeita, Keiko Obara Kurimori. Além desses, “Análise sobre a importância do saneamento no desenvolvimento da região”, pelo professor Ivo Nicolielo Antunes Jr., presidente da Senag (Sociedade dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região Administrativa de Lins); “Impactos do mercado globalizado no desenvolvimento da região”, por Luiz Cabañas, pró-reitor de Pós-graduação do Unilins; e “As vantagens do pinhão manso”, por Roberto Gradella, presidente da Assenap (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Promissão). Diretores do Unilins, da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação e autoridades locais estiveram presentes, entre elas o prefeito de Lins, Waldemar Sândoli Casadei.
Mais de 1,5 milhão de assinaturas
Esse foi o resultado da “Campanha pela Redução da Jornada sem Redução de Salários”, lançada pelas centrais sindicais em janeiro último. Seu ápice foi em maio, com ações no Dia do Trabalhador (1º) e Dia Nacional de Mobilização e Luta (28).
Entregue ao Congresso Nacional por essas organizações no dia 3 de junho, o abaixo-assinado que teve a ampla adesão pleiteia a aprovação da PEC 393/01 (Proposta de Emenda Constitucional), de autoria dos parlamentares Paulo Paim (PT/RS) e Inácio Arruda (PCdoB/CE) – a qual contempla diminuição de 44h para 40h semanais de trabalho. O objetivo agora é acompanhar a tramitação da proposta no Legislativo, bem como de outros projetos de interesse dos trabalhadores.
Campanhas salariais
Cesp – Pendente desde o ano passado, a PLR 2007 (Participação nos Lucros e Resultados) foi paga pela empresa no dia 12 de junho. Teve como referência uma folha cheia (de dezembro último), sendo 52,5% distribuídos de forma linear e 47,5% proporcional ao salário.
Emae – Após dois anos de disputa judicial trabalhista, a empresa reconheceu a data-base da categoria em 1º de junho e chamará o SEESP para a negociação neste ano. Inclusive, no dia 13 de junho, os engenheiros da Emae receberam a PLR 2007 pendente desde o julgamento do dissídio coletivo econômico daquele ano. O pagamento de uma folha cheia de dezembro último foi feito com distribuição linear entre todos os profissionais da empresa. Já neste ano as entidades sindicais acordaram que a distribuição será feita nos mesmos moldes da Cesp, fato já comunicado à companhia.
Cetesb – Depois de cinco dias de paralisação, os engenheiros da empresa retornaram ao trabalho em 10 de junho, conforme decisão do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) relativa ao dissídio coletivo de greve. Nesse mesmo dia, a categoria aprovou em assembléia as bases do Acordo Coletivo Judicial, apresentadas pela empresa ao SEESP na reunião de negociação ocorrida na data. Destacam-se: reajuste de 4,51% extensivo à gratificação de férias e aos auxílios-creche e excepcional; aumento de 10% do vale-alimentação e do vale-refeição comercial; garantia de emprego de 95% do efetivo de pessoal e manutenção das cláusulas sociais com destaque para o Plano de Assistência Médico-Hospitalar e para o Parcelamento das Despesas Odontológicas.
Sabesp – Engenheiros da Sabesp reunidos em assembléia no dia 9 de junho mantiveram a greve suspensa, aprovaram parcialmente a contraproposta da empresa e encaminharam para decisão do TRT-SP as cláusulas do reajuste salarial, produtividade e Participação nos Lucros e Resultados. Logo após o julgamento do dissídio será realizada nova assembléia para avaliar a campanha e definir os próximos passos do movimento.
Metrô – Assembléia dos engenheiros do Metrô ocorrida em 29 de maio aprovou a contraproposta da empresa para assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2008. Destacam-se: reajuste de 4,51% extensivo aos demais itens econômicos, aumento salarial de 1,5% a título de produtividade e renovação das cláusulas sociais, técnicas e sindicais em vigor.
Cosipa – Em 2 de junho o SEESP assinou acordo com a Cosipa, o qual abrange somente itens econômicos. Destaca-se reajuste escalonado de 9% (5% a partir de 1° de maio e 4% a partir de 1º de junho).
SEESP no ABC na luta pela Previdência Social pública
Acontece no dia 19 de junho, a partir das 10h, em Santo André, a “Grande marcha dos trabalhadores aposentados e da ativa por uma Previdência Social digna agora e no futuro”. A concentração será no Clube dos Aposentados Casa Branca, na Rua 24 de fevereiro, 554, no bairro Casa Branca, com destino ao Paço Municipal. A iniciativa tem o apoio da Delegacia do SEESP no Grande ABC.
Um reflexo imediato da retomada do crescimento econômico no Brasil foi a carência da mão-de-obra mais intimamente ligada ao desenvolvimento: os engenheiros. Para os setores da construção civil, naval, tecnologia de ponta, de repente, faltavam profissionais que dessem conta dos novos projetos com a excelência exigida. Tal cenário era previsível. Ao longo de mais de duas décadas de estagnação, a engenharia perdeu relevância e os profissionais se viram sem espaço para atuar. O bloqueio ao crescimento restringiu seu papel, impediu-os de exercer sua vocação e aplicar sua capacidade técnica.
Como conseqüência natural, a mão-de-obra existente e que não encontrava oportunidade migrou para outras atividades e deixou de se atualizar; para os estudantes, uma carreira na engenharia não era tão atraente. Por isso mesmo, no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em que se propõe um crescimento anual de 6%, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) alerta para a necessidade urgente de multiplicar a mão-de-obra apta a operar o sistema empresarial e de inovação. O que se defende é dobrar, para começar a conversa, o número de 30 mil formandos por ano, claramente insuficiente.
Longe de ser um problema a se lamentar, a atual demanda por engenheiros é um desafio que a sociedade brasileira deverá enfrentar com otimismo e determinação. É preciso agora recuperar esse prejuízo, lançando mão de todas as possibilidades: tanto requalificar os profissionais disponíveis, mas à margem do mercado, quanto garantir que mais jovens ingressem nos cursos voltados às áreas tecnológicas, assegurando a esses formação de qualidade.
O esforço deve incluir não só o ensino superior de graduação e pós, mas também o fundamental e o médio. Nossas crianças têm de aprender e entender física, matemática, química e biologia, para que no futuro possam produzir ciência e tecnologia. Além do governo, a tarefa deve envolver as universidades, o setor produtivo e as entidades representativas dos profissionais, pois todos têm contribuição significativa a dar.
Talvez, no futuro, sigamos até mesmo o exemplo da Alemanha, que já busca engenheiros na pré-escola, conforme matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, de 17 de junho. Diante de uma situação em que há 95 mil vagas, frente a apenas 40 mil novos profissionais, as empresas resolveram pensar no futuro e já buscam desenvolver a vocação em crianças de três a seis anos. Entre as iniciativas, a Siemens distribuiu ao seu novo público-alvo 3 mil “caixas de descobertas” que trazem materiais para experimentos científicos. Enquanto isso, a Bosch envia aprendizes aos jardins de infância para explicar o que fazem os engenheiros e depois convidar a garotada a visitar a companhia.
A referência inicial da história do centenário da imigração japonesa tem como cenário a chegada do navio Kasato Maru no Porto de Santos, em 18 de junho de 1908. Era o fim de uma viagem de 52 dias, que provavelmente parecera interminável aos 781 imigrantes, cujas mentes vinham povoadas com sonhos a se realizarem aqui do outro lado do mundo.
A esperança era, colhido o fruto do seu trabalho num período de três a quatro anos nesta terra, retornarem vitoriosos à sua pátria natal, para junto de seus entes queridos.
Porém, para a grande maioria desses aventureiros, a história se mostrou totalmente contrária. Deparando-se com costumes e língua inteiramente estranhos às suas origens, nossos pais e avós tiveram que se submeter às severas condições impostas. Às custas de muitos sacrifícios, saudades, decepções, suor e lágrimas superaram todos os óbices que o destino lhes reservou.
Após as primeiras décadas da imigração, houve a eclosão da Segunda Guerra Mundial, gerando um pesado ônus ao Japão, que saiu do conflito totalmente destroçado após o lançamento pelos Estados Unidos das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, talvez em retaliação ao ataque japonês a Pearl Harbor, pois praticamente já estava selada a derrota do eixo.
Os reflexos dessa inglória contenda mundial foram sentidos pelos imigrantes aqui radicados, mas com o fim da guerra houve uma melhoria lenta e gradativa, também à medida que se dava a sua integração à sociedade brasileira.
Os nossos antepassados nos legaram a cultura da humildade, a trilha da honestidade, o respeito ao próximo, a obsessão pelos estudos, a questão da reciprocidade, o costume do não-desperdício e a veneração aos idosos, fontes perenes de sabedoria e conhecimento.
Na fase contemporânea, destacaria a grande atuação e formação dos nikkeys nas áreas das ciências exatas, empresarial, política, militar e artes.
Neste ano de comemoração do centenário da imigração, sentimo-nos abençoados e agradecidos em poder compartilhar, em igualdade de oportunidades com brasileiros de todas as origens e culturas, nesta terra abençoada que se chama Brasil. Uma das qualidades marcantes da cultura japonesa é o senso de gratidão. Portanto, a comunidade nipo-brasileira, que atualmente congrega cerca de 1,5 milhão de descendentes, rende uma significativa homenagem aos nossos pais e avós que souberam integrar-se com dignidade, humildade e sabedoria à sociedade brasileira.
Carlos Shiniti Saito é diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Marília