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A resistência à reforma da Previdência foi o tema principal de reunião no dia 20 último entre Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB , CTB, Intersindical e Conlutas na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo. As entidades decidiram realizar, em março, o Dia Nacional de Paralisações, para exigir mudanças na proposta encaminhada ao Congresso pelo governo Temer. O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) foi representado pelo secretário-geral da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Lineu Mazano.

O secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse à Agência Sindical que o foco principal nesse momento é a reforma da Previdência. "Três temas afligem a classe trabalhadora: terceirização, reforma trabalhista e a reforma da Previdência. Ela atinge todos os trabalhadores da ativa e, do jeito que está, ninguém vai conseguir se aposentar", afirma.

 

Comunicação SEESP
Com informações do boletim eletrônico da Agência Sindical

 

Os estrategistas inimigos dos trabalhadores pensam poder dividir o movimento sindical brasileiro, afastar suas direções da base e, se for possível, separar o movimento da dinâmica da sociedade tornando-o irrelevante.

É o que conseguiram fazer nos Estados Unidos, desde a administração Reagan, obtendo lá a quase total dissociação entre a cúpula sindical e a base dos trabalhadores em suas orientações e escolhas.

Aqui no Brasil, no entanto, são muitas as dificuldades no caminho do isolamento social do sindicalismo.

A primeira delas e a mais importante é a experiência integradora do movimento sindical. Uma das singularidades da derrota da ditadura militar foi, exatamente, o casamento entre a pauta sindical e a pauta democrática da sociedade, criando uma dinâmica tal que a Constituição de 1988 consagrou direitos trabalhistas e sindicais importantes, apesar da correlação de forças políticas entre os constituintes e das incompreensões.

Outro exemplo é a política de valorização real do salário mínimo (interrompida pela primeira vez este ano) que se impôs apesar das adversidades e antagonismos e que revelou-se altamente favorável aos trabalhadores. Deve-se notar que a adoção dessa política decorrente da firme e unitária posição das centrais beneficiou basicamente os milhões de trabalhadores e aposentados que não formam, em última análise, a base do movimento sindical e das centrais, já que esta tem como parâmetro salarial mínimo os pisos profissionais constitucionais negociados.

Na atualidade, com forte recessão, um novo exemplo e uma nova possibilidade de integração social apresenta-se para o movimento na luta contra o desemprego.

Para meu uso, afirmo que o contingente de desempregados (torturadas as estatísticas) deve equivaler ao número de trabalhadores sindicalizados; são dois conjuntos que não têm quase nenhuma intercessão. No entanto, o empenho do movimento sindical para enfrentar os problemas dos milhões de trabalhadores desempregados é um poderoso exemplo de integração social e cidadania.

Para tal objetivo, uma iniciativa importante foi a reunião, a convite do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, e do presidente estadual da Força Sindical, Danilo Pereira, de duas dezenas de entidades sindicais fortes com base paulistana e a representação de quatro centrais sindicais, quando criaram a Frente Contra o Desemprego.

Além do eixo estratégico da luta produtivista contra os juros altos e pela retomada do desenvolvimento, os dirigentes sindicais discutiram uma pauta relevante destinada a enfrentar o desemprego em São Paulo, com medidas pontuais a serem discutidas com as administrações municipal e estadual, bem como o esforço necessário para integrar os trabalhadores desempregados (principalmente os jovens) e incorporá-los à luta comum.

Uma próxima reunião da Frente está convocada para o dia 26, no Sindicato dos Eletricitários.

* João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical

 

Em prosseguimento ao trabalho de reforço da ação sindical do SEESP no interior paulista, a executiva do SEESP se reuniu, na tarde do dia 19 de janeiro último, com os diretores da delegacia sindical de São José dos Campos, num encontro onde foram discutidos vários temas, desde a situação econômica e política do País ao aumento da organização sindical e de associados na regional. “O ano de 2016 foi bem difícil e complicado, 2017 não vai ser diferente”, observou, seriamente, o presidente Murilo Pinheiro. Por isso, exortou os presentes a “arregaçarem ainda mais as mangas e trabalhar muito mais”. E acrescentou: “Precisamos gritar para que as coisas ruins não aconteçam.”

 

Fotos: Rita Casaro/SEESP
SãoJosé 19JAN2017 2Murilo fala das ações do SEESP e do reforço que a ação sindical deverá ter em 2017.

 

Nesse cenário, Murilo salientou o papel fundamental das entidades sindicais na mobilização e organizações dos trabalhadores e profissionais. “Não há dúvida que todos corremos sérios riscos caso as reformas trabalhista, previdenciária e sindical sejam aprovadas conforme os projetos que estão no Congresso Nacional.” Para ajudar nesse embate, a liderança lembrou o espaço importante conquistado pela categoria com o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, cuja autoria é do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL). “É mais um espaço onde a engenharia pode se colocar de forma responsável, séria e propositiva em defesa da solução de problemas que afligem a sociedade brasileira”, asseverou.

Ainda falando sobre a conjuntura nacional, Murilo informou que o SEESP está em outra frente de embate importante juntamente com entidades nacionais ligadas a sindicatos da indústria e de representação dos profissionais, como o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge). É o caso da reunião programada para o dia 23 de janeiro, na capital paulista, para tratar do desenvolvimento nacional com ênfase na indústria e da recente publicação de edital, por parte da direção da Petrobras, que exclui as empresas brasileiras do certame envolvendo uma obra no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). “Queremos, nesse encontro, tirar uma pauta que levaremos ao Governo Federal, como o ministro das Minas e Energia.”

Pegando fogo
O presidente do SEESP, que também está à frente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), destacou como momento  importante dos profissionais, no ano passado, a constituição do movimento “Engenharia Unida” e a realização do encontro nacional de Barra Bonita (SP), em novembro. “Alguns jornalistas me questionaram que o Brasil estava pegando fogo, enquanto a engenharia nacional apresentava uma agenda positiva e propositiva. É assim que sabemos trabalhar, assumindo e enfrentando desafios.”

Em termos estaduais, o SEESP, informou Murilo, já se mobiliza para a realização de um seminário, reunindo os mais variados segmentos sociais, com o objetivo de discutir oportunidade de trabalho. “Iniciamos essa conversa, inclusive, com membros do Governo do Estado de São Paulo, que se mostraram receptivos à ideia.”

SãoJosé 19JAN2017
Reunião contou com a participação dos diretores da delegacia sindical.

Organização local
Murilo fez questão de lembrar que a regional de São José dos Campos – que abrange as cidades de Caçapava, Paraibuna, Caraguatatuba, São Sebastião e Jambeiro – tem um histórico de luta importante, com grandes ações já realizadas em defesa do emprego do engenheiro e de sua valorização nas diversas empresas instaladas na região. “Só na Embraer [Empresa Brasileira de Aeronáutica] temos cinco mil profissionais”, destacou. “Temos um campo muito grande para crescer e atuar, porque aqui ainda concentra um bom número de universidades.” Por isso, prosseguiu o dirigente, “precisamos atrair os jovens para dentro da nossa delegacia. Eles não são apenas jovens na idade, eles também trazem ideias novas”.

Esse trabalho, incentivou Murilo, é tranquilo, porque o “nosso sindicato conquistou, ao longo do tempo, muito respeito e hoje somos conhecidos pela nossa reserva técnica e moral”. “Estamos devidamente credenciados pelas nossas ações. Por isso, discutimos com responsabilidade com as empresas, na hora das negociações salariais, e com os governos nos grandes debates nacionais. O nosso grande objetivo é lutar por um Brasil melhor.”

Visitas
A série de encontros nas delegacias sindicais começou no dia 13 de janeiro último. Já foram visitadas as regionais da Baixada Santista, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Taubaté. 

Participaram do encontro em São José dos Campos o presidente da Delegacia Sindical, Odair Bucci e os diretores locais Claudio Figueira de Carvalho, Arnaldo Santos Pinto Junior, Edmilson Saes e José Yoshimi Morishita; e os vice-presidentes do SEESP João Carlos Gonçalves Bibbo, Carlos Alberto Guimarães Garcez e Celso Atienza e diretores Edilson Reis e Maria Célia Ribeiro Sapucahy.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações de Rita Casaro

A Lei 11.445, conhecida como a Lei do Saneamento Básico, completa 10 anos neste mês com pouco a comemorar: estudo realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) demonstra que houve melhora na situação do saneamento no país, porém, movida por avanços tímidos em algumas regiões. Apesar de estabelecer diretrizes e uma política nacional para o setor, indicadores monitorados anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios) apontam um grande contingente de pessoas ainda sem acesso aos serviços.

Imagem: divulgação Abes

saneamento agua fonte abe

O estudo “Situação do Saneamento Básico no Brasil - uma análise com base na PNAD 2015”, divulgado pela Abes nesta sexta-feira (20), em São Paulo, durante o lançamento da Câmara Temática de Comunicação no Saneamento, analisa os principais indicadores de saneamento no Brasil, por meio de suas cinco Grandes Regiões e Unidades da Federação em um comparativo 20008/2015.

A publicação contempla os indicadores de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e, adicionalmente, estatísticas sobre o uso de filtro de água nos domicílios, indicador significativo nesse contexto por guardar relação com a percepção dos consumidores quanto à qualidade da água. Todas as informações têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015 divulgada pelo IBGE, anualmente.

Segundo a Pnad, a cobertura de abastecimento de água no país aumentou de 83,9% em 2008 para 85,4% em 2015, o que significa que o acesso foi ampliado para mais 10 milhões de residências aproximadamente, das quais só o Sudeste foi responsável por cerca de 4 milhões. Em 2015, 58 milhões de domicílios contavam com o acesso aos serviços.

No esgotamento sanitário por rede, a cobertura avançou 6% nesse intervalo de 7 anos, passando de 59,3% para 65,3%, estendendo o acesso à 44,4 milhões de residências, após o atendimento de 10,3 milhões no período. Mais uma vez, o Sudeste acrescentou o maior contingente de domicílios à cobertura: 4,5 milhões.

A coleta de lixo apresentou uma variação absoluta bastante similar ao abastecimento de água e ao esgotamento sanitário – 10,5 milhões de residência passaram a ser atendidas com esse serviço no período, ampliando-se a cobertura de 87,9% para 89,8%. E novamente o Sudeste despontou a maior variação absoluta do período – 4,2 milhões de domicílios passaram a dispor do serviço no período.

A despeito dos avanços obtidos no período, tímidos, é verdade, 29 milhões de pessoas permanecem sem acesso ao abastecimento geral de água, 69,2 sem acesso ao esgotamento sanitário por rede e 20,5 sem coleta de lixo.

Comparação com 2014
A análise mostra que o abastecimento de água apresentou uma variação de 1,5% de 2014 para 2015, com o incremento de 876 mil novos domicílios atendidos, mantendo assim a cobertura de 85,4% de 2014. A maior cobertura foi registrada no Sudeste (92,2%) e a menor na região Norte (60,2%).

Já o esgotamento sanitário por rede, que contempla os domicílios conectados à rede de esgoto por canalização ou fossa séptica, teve uma variação de 4,5% no período, alcançando uma cobertura de 65,3%. Mais uma vez, a maior cobertura foi registrada no Sudeste (88,6%) e a menor no Norte (22,6%). No mesmo período, cerca de 700 mil domicílios deixaram de esgotar por fossa séptica não ligada à rede coletora ou por fossa rudimentar, passando o percentual de domicílios nessas condições de 34,4% para 32,7% em 2015.

Mesmo tendo aumentado em 1,5% os domicílios atendidos pelo serviço de coleta de lixo, a cobertura de 2015 se manteve a mesma de 2014 – 89,8%.

E, por fim, cresceu em todas as regiões, com exceção da Norte, o número de residências que utilizam filtro de água, chegando a mais de 36 milhões aquelas que fazem uso do equipamento. Desse número, mais de 50% estão no Sudeste.

Estes índices, ainda tão distantes do ideal, favorecem a proliferação de muitas doenças, como a dengue, a zika, a chikungunya e, em pleno século 21, a febre amarela.

“Apesar de sua irrefutável importância, infelizmente o saneamento é um dos segmentos mais atrasados da infraestrutura brasileira. Em uma escala de desenvolvimento e competitividade, o saneamento só ganha do segmento dos portos, perdendo para rodovias, ferrovias, aeroportos, energia e telecom”, ressalta o presidente da ABES, Roberval Tavares de Souza.

O engenheiro frisa que hoje, no país, há mais escolas públicas com acesso à internet do que com saneamento: 41%, contra 36%, respectivamente. “Não desmerecendo a relevância do acesso à internet, sobretudo nos dias hoje, o fato de termos mais da metade das escolas do país sem coleta de esgoto, um terço delas sem rede de água e um quarto sem coleta de lixo demonstra a inversão de prioridades por parte de nossos gestores, nos mostra como o saneamento vem sendo relegado nos últimos anos. O Brasil precisa urgentemente tornar o saneamento prioridade. Saneamento deve ser prioridade de Estado e não de governo”

O relatório completo com os dados por Grandes Regiões e Unidades da Federação está disponível no site da Abes.


Fonte: Imprensa Abes

Candidatos interessados em ingressar no Ensino Superior já podem conferir as vagas ofertadas em universidades e institutos federais, além de instituições estaduais por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A consulta pode ser feita no site do Sisu, por curso, instituição e município. Ao todo, são 228.071 vagas 131 instituições públicas. As inscrições poderão ser feitas a partir de terça-feira (24/1).

 

USP divulgação

O prazo de encerramento para se inscrever vai até sexta (27). O resultado será divulgado na segunda (30). Já o período de matrícula será de 3 a 7 de fevereiro. Os candidatos que não forem selecionados na chamada regular para as vagas poderão participar da lista de espera - entre 30 de janeiro e 10 de fevereiro. Esses candidatos serão convocados a partir do dia 16 de fevereiro, caso haja vagas remanescentes.

O Sisu seleciona os estudantes com base na nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cabe a cada instituição definir o cálculo que utilizará para a seleção dos novos alunos. Para participar do processo, o estudante não pode ter tirado nota zero na redação do exame.

Consultas das vagas disponíveis podem ser feitas pelo site http://sisu.mec.gov.br/


Com agências

Cerca de 200 manifestantes marcharam na tarde de quinta-feira (19/1), sob chuva, da estação da Luz até a prefeitura de São Paulo, região central da cidade. Organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), a manifestação reivindicava à Justiça a manutenção da decisão de não aumentar a tarifa de integração dos ônibus com trens e Metrô, proposta pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito João Doria – e suspensa pela Justiça desde o último dia 10.

 

Foto: Agência Brasil
segundo ato contra tarifa MPL 2017 1

 

Na prefeitura, os participantes do protesto queimaram catracas de papelão, uma ação tradicional do movimento, contra as tarifas do transporte público. “Nesse ato, vamos denunciar o acordo entre João Doria e Alckmin, que permitiu o aumento da integração entre ônibus e Metrô”, disse um dos organizadores, em um vídeo postado na página do movimento no Facebook - referindo-se ao prefeito recém empossado e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A concentração do ato começou às 17h em frente ao prédio da Pinacoteca do Estado. Por volta das 18h30, os manifestantes saíram em marcha pelas ruas do centro, segurando cartazes e entoando palavras de ordem contra o aumento. Durante o trajeto, eles foram acompanhados por grande efetivo policial, mas o ato seguiu pacífico do princípio ao fim.

Diferentemente do primeiro ato, realizado no dia 12, os manifestantes não foram impedidos pela polícia de chegar ao destino. Na quinta-feira passada, os participantes do protesto saíram da Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, rumo à casa do prefeito João Doria, no Jardim Europa, na zona oeste, onde entregariam para ele uma estatueta de catraca, o prêmio Aumento Inovador, porém, a Tropa de Choque os impediu de prosseguir "por motivo de segurança", segundo entrevista de um oficial ao coletivo Jornalistas Livres. Os participantes entregaram o prêmio para o comandante da operação.

Na noite de quarta (18), o desembargador Spoladore Dominguez, da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), negou novo pedido de Alckmin para suspender a liminar que impede o reajuste das tarifas de integração e das linhas intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), além da taxa que seria cobrada para acessar plataformas de terminais. O mérito do agravo de instrumento ainda será julgado.

Na decisão, o desembargador argumenta que não há risco irreparável ou prejuízo que justifique a elevação das tarifas e considerou que a medida traria impacto negativo para o usuário. (“...) o alegado prejuízo ao estado (R$ 404 milhões, apenas no exercício de 2017) não se consolidará, de forma imediata, a curto prazo”, afirmou em despacho. No Metrô, o aumento afetaria 23,86% dos usuários e na CPTM, 19,68%.


Com informações da Rede Brasil Atual

 

A partir de fevereiro, os Correios vão começar a operar na área de telefonia móvel. O lançamento do projeto Correios Celular, em fase piloto, será feito em São Paulo. A ideia é que o projeto seja implantado gradualmente em Belo Horizonte e depois em Brasília. A meta da empresa é alcançar todos os estados do país até o fim de 2017.

 

Foto: Bruno Fortuna/Fotos Publicas
celular Bruno Fortuna Fotos Públicas

No primeiro ano de operação, a empresa vai oferecer somente planos pré-pagos, chips e recargas, mas estuda a viabilidade da oferta de planos pós-pagos a partir de 2018.

Segundo os Correios, o objetivo é atender a clientes que estejam em busca de "serviços simples, práticos e prestados com transparência". A empresa informou que vai oferecer pacotes que estarão entre os mais baratos do mercado e aposta no diferencial de já ter uma ampla rede de atendimento.

O projeto é resultado de parceria  com a EUTV, prestadora de Serviço Móvel Pessoal (SMP) que será responsável pela infraestrutura de suporte às telecomunicações.

Os Correios informaram que não foi necessário fazer nenhum investimento para atuar como operador de telefonia e que será utilizada a rede de agências e a rede corporativa de dados já instaladas, assim como os empregados que já atuam na empresa.


Fonte: Agência Brasil

Nesta segunda-feira (23/1), às 19h30, diversas entidades que lutam pela democratização da comunicação promovem encontro em São Paulo para dialogar sobre formas de atuação conjunta contra a reforma da Previdência Social pretendida pelo governo federal. O objetivo é esclarecer a sociedade sobre as consequências da eventual aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que já tramita na Câmara dos Deputados, e fortalecer a mobilização para evitar que isso aconteça.

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A ideia, conforme a jornalista Ana Flávia Marx, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, é organizar um Comitê de Comunicação Contra a Reforma da Previdência. “O povo brasileiro tem memória e tradição de luta contra mudanças na Previdência. Essa é uma possibilidade de mobilizarmos os trabalhadores numa pauta que é ampla.”

A iniciativa que já conta também com os coletivos Jornalistas Livres, Mídia Ninja, Rede Livre e Hackers, espera agregar inúmeros outros veículos e ativistas da comunicação, incluindo a rede da imprensa sindical cujo interesse na pauta é central, aponta Ana Flávia. 

Serviço:
I Reunião do Comitê de Comunicação Contra a Reforma da Previdência
23/1/2017 (segunda-feira), às 19h30
Sede Jornalistas Livres – Rua Conselheiro Ramalho, 945 - Bela Vista – São Paulo - SP

Não restam dúvidas quanto ao consenso formado sobre as dificuldades vividas no ano que passou. Em 2016, a economia não deu sinais de melhora e os desempregados atingiram a marca dos 12 milhões no terceiro trimestre, número cuja tendência era de elevação. Enquanto isso, a crise política só se agravou. Para piorar, encerrou-se o ano com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 , que limita o gasto público pelos próximos 20 anos, emperrando investimentos e prejudicando setores essenciais, como saúde e educação.

Nesse cenário certamente espinhoso, o saldo positivo foi a capacidade dos engenheiros de se mobilizarem para debater coletivamente saídas ao País. Engajando-se ao movimento “Engenharia Unida” proposto pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), profissionais da área tecnológica de todo o Brasil expressaram sua disposição de ter protagonismo e influenciar o debate público para que haja retomada do crescimento.

Sabe-se que essa meta não será alcançada por mágica ou por medidas cosméticas sem efeito prático que visem apenas acalmar o clamor popular. É preciso mudar o rumo da política econômica no Brasil, baixar os juros, incentivar o crédito; garantir produtividade e inovação à indústria; aprimorar a infraestrutura logística e urbana; fazer com que valha mais a pena trabalhar e gerar riqueza real que especular no mercado financeiro.

Essa unidade, de ação e de propósito, tecida em 2016 deve agora se ampliar em abrangência e profundidade. É preciso que os 1,5 milhão de profissionais defendam um modelo de desenvolvimento factível, no qual a engenharia tenha sentido e vez, e se façam a ouvir.

Essa frente composta pelos engenheiros estará também a postos, em aliança com o conjunto dos trabalhadores, no combate à retirada de direitos e a outras medidas de arrocho. Nessa agenda, já tem lugar garantido a resistência à aprovação pelo Congresso da PEC 287, encaminhada pelo governo federal para levar a cabo uma perversa e desnecessária reforma da Previdência Social.

Ancorada no argumento do déficit das contas previdenciárias – já amplamente desmentido por especialistas do setor –, a medida restringirá gravemente o acesso à aposentadoria. Entre as diretrizes gerais da PEC está a unificação da idade mínima para homens e mulheres aos 65 anos, com contribuição de pelo menos 25 anos. Para ter acesso ao benefício integral, contudo, será necessário chegar aos 49 anos de contribuição. A proposta, para além de seus efeitos nefastos de deixar os mais pobres à deriva e servir aos interesses do mercado financeiro que venderá planos de previdência privada à classe média, representa quebra do pacto social previsto na nossa Constituição.

Portanto, em 2017, vamos manter a nossa mobilização e lutar pela pauta que nos é cara: desenvolvimento, justiça social e democracia.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Ieda F. De Donato

Um novo desafio principalmente aos trabalhadores de todo o mundo está no horizonte: a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – aprovada na Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Desenvolvimento Sustentável em 25 a 27 de setembro de 2015. Os cinco Ps da Agenda 2030 da ONU são: pessoas, prosperidade, paz, parcerias e planeta.

Dentro dessa agenda, os itens relativos aos trabalhadores abrangem igualdade de gênero, erradicação do trabalho escravo, capacitação continuada, remuneração justa e a responsabilidade pela execução do trabalho no afã de sempre “fazer certo da primeira vez”, garantindo assim a eliminação do desperdício também de matéria-prima. Ao todo, são 17 ODS, com suas respectivas 169 metas, até 2030, a saber:

• Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
• Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
• Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
• Assegurar a educação inclusiva equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
• Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
• Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
• Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
• Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
• Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação.
• Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
• Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
• Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
• Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
• Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
• Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda da biodiversidade.
• Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
• Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

É crucial a participação ativa de todos, globalmente, incluindo governos e os diversos segmentos da sociedade civil, como setor privado, organizações de trabalhadores, movimentos sociais, academia, mídia, além da própria ONU. Todas as ações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), tendo em mente a necessidade da finalização do trabalho nesse âmbito. A pretensão é “não deixar ninguém para trás” no processo de desenvolvimento sustentável.

 

Ieda F. De Donato é engenheira eletricista, com especialização em gestão pública. Pós-graduanda em Segurança Alimentar e Nutricional pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), é membro do Conselho Tecnológico do SEESP

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