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02/12/2016

Qualificação

Conteúdo de graça e com qualidade
Na plataforma de e-learning Veduca, todo o conteúdo, baseado em videoaulas, é aberto e gratuito. São mais de 200 cursos online, em 21 áreas do conhecimento, das melhores instituições de ensino superior. Entre elas, as universidades de São Paulo (USP), de Brasília (UnB) e de Campinas (Unicamp), Harvard, MIT e muitas outras. Sugestão também gratuita são os cursos a distância da Escola Saberes, do Senado Federal.


Direitos do trabalhador home office
Expressão inglesa que significa “escritório em casa”, home office é um modelo de trabalho remoto adotado por 68% das 325 empresas que participaram da pesquisa Home Office Brasil, edição 2016, da SAP Consultoria RH. A dúvida entre quem adota esse sistema é quanto aos direitos trabalhistas.

De acordo com o advogado especialista no ramo Fabricio Sicchierolli Posocco, em 2011 a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi adaptada para manter os direitos a essas pessoas. “A Lei 12.551 atualizou o artigo 6º. Portanto, as garantias que o funcionário tem ao exercer seu ofício dentro da empresa são as mesmas, caso ele seja destacado para exercer sua função a distância, em seu domicílio, desde que fique caracterizada a relação de emprego”, explica.
Segundo ele, na carteira de trabalho deve constar a data da admissão, a natureza do trabalho, o salário e a forma de seu pagamento. A empresa também é responsável por garantir férias, 13º salário, recolher Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), fornecer vale-transporte proporcional aos dias que o funcionário precise se locomover, entre outros benefícios reconhecidos em Convenção Coletiva de Trabalho.

02/12/2016

Canteiro

Delegacias sindicais fazem balanço de atividades
Uma série de entrevistas com representantes das delegacias sindicais do SEESP vem sendo publicada desde outubro neste site. Já concederam entrevista o presidente interino da regional do Grande ABC, Sérgio Scuotto; o presidente de Franca, Marcos Marcelino de Andrade Cason; de Lins, Juliano Munhoz Beltani; da Baixada Santista, Newton Guenaga Filho; de Bauru, Luiz Roberto Pagani; de Campinas, Francisco Alvarenga Campos; de São José do Rio Preto, Amaury Hernandes; e de Sorocaba, Fátima Aparecida Blockwitz.

“Temos um problema muito sério a ser encarado, que é uma resistência grande (à entidade) por conta da recente crise política, que também atinge o mundo sindical. Estou fazendo um trabalho de divulgação em Itapetininga bastante forte e tenho sentido isso. Também há desconhecimento sobre as instituições. Muitos ainda acreditam que quem defende o engenheiro é o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), que foi criado para defender a sociedade de maus profissionais. Quem defende o profissional é o sindicato”, contou Fátima Blockwitz.

Além do balanço deste ano, os dirigentes falaram sobre perspectivas para 2017 e a expansão do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) pelo interior paulista. Confira


SEESP chama engenheiros da Prefeitura de São Paulo à luta por reajuste em 2017
O SEESP convoca todos os engenheiros a se mobilizarem para garantir o reajuste da inflação do período no orçamento 2017. Diversas audiências públicas temáticas estão ocorrendo na Câmara Municipal de São Paulo e os vereadores ainda podem incluir emendas ao Projeto de Lei 509/2016, que estima a receita e fixa a despesa da cidade para o próximo ano.

 

Vestibular para nova turma no Isitec
Estão abertas inscrições para o processo seletivo da graduação em Engenharia de Inovação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), que devem ser feitas no site www.isitec.edu.br. Os interessados concorrerão a 60 vagas para início em 30 de janeiro de 2017. O valor da inscrição é R$ 68,00, e o prazo para garantir uma vaga no processo seletivo se encerra em 10 de dezembro.

 

Ato mobiliza milhares de trabalhadores em todo o País
Organizado pelas centrais sindicais em 25 de novembro último, o Dia Nacional de Lutas, Mobilizações e Paralisações reuniu milhares de trabalhadores. Concentrações nas portas de fábricas, passeatas de estudantes em ruas e avenidas principais, bloqueio em estradas, paralisações no transporte coletivo e atos unificados em praças públicas de todo o País. Com formatos diferentes em cada cidade, as mais diversas categorias fizeram questão de dar seu recado ao governo Michel Temer: “Nenhum direito a menos na reforma da Previdência, contra a reforma trabalhista que retira direitos, menos juros, mais empregos e em defesa da saúde e da educação.”

Entre as iniciativas no Estado, metalúrgicos e construção civil fizeram atos importantes na Capital, além de comerciários. Também houve concentração no Viaduto Santa Efigênia, em frente à Superintendência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em São José dos Campos, metalúrgicos realizaram ato unificado com diversas categorias no centro da cidade, bem como em Guarulhos.

 

Dia da Engenharia Brasil-Alemanha
Com o objetivo de disseminar o conceito da Indústria 4.0 e as transformações digitais, a Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil) promoveu, no dia 9 de novembro, o Dia da Engenharia Brasil-Alemanha. Em sua oitava edição, o encontro reuniu mais de 300 participantes – entre engenheiros, estudantes, empresas e instituições de ensino –, no Centro Universitário Senac Santo Amaro (SP). “É com muito orgulho que a VDI Brasil comemora os seus 60 anos de trajetória com a realização de nosso evento mais importante. A rica programação, com palestrantes nacionais e internacionais, fomenta a discussão sobre o novo cenário da engenharia no Brasil e no mundo, a fim de contribuir com o aumento da competitividade industrial”, salientou Wilson Bricio, presidente da entidade. 

Ao encerramento, o Prêmio VDI-Brasil – 2ª edição foi concedido a Maurício Antônio Lopes, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como reconhecimento a uma vida dedicada a contribuições para o desenvolvimento do País.

 

Adeus a José Mauro Vieira
O SEESP lamenta a morte do engenheiro da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) José Mauro Vieira dos Santos, 41 anos, no dia 14 de novembro.

O sepultamento ocorreu em Três Lagoas. Solidariedade à família, amigos e colegas de trabalho.

Já aprovada em duas votações na Câmara, a Proposta de Emenda Constitucional 241, a conhecida PEC do teto dos gastos públicos, segue agora para apreciação no Senado. Se mantida a decisão dos deputados, o Congresso terá consumado grave ataque aos interesses da imensa maioria da população brasileira para beneficiar a pequena parcela dos muito ricos. A proposta apresentada pelo governo federal como única forma de ajustar as contas públicas no Brasil congela os gastos e investimentos, pelas próximas duas décadas, ao patamar real de 2016. Isso porque os valores só poderão crescer, a cada exercício, à ordem da inflação do período de 12 meses anteriores.
Para se ter uma ideia do que isso significa, conforme simulação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), se a regra tivesse sido adotada entre 2002 e 2015, os gastos em áreas essenciais teriam sido significativamente menores. “No caso da educação, com a nova regra, a redução seria de 47%. Já em relação às despesas com saúde, a redução seria de 27%.” Isso representa, respectivamente, R$ 295,9 bilhões e R$ 377,7 bilhões que teriam deixado de ser aplicados nessas áreas, conforme a nota emitida pelo órgão.
Ou seja, setores absolutamente vitais para a sociedade e que, como todos sabemos, demandam muito mais recursos para serem oferecidos a contento serão ainda mais estrangulados, não atendendo sequer ao incremento de demanda pelo crescimento populacional. Enquanto isso, mantêm-se as taxas de juros, ainda elevadíssimas apesar da redução discreta definida pelo Banco Central, que favorecem os rentistas, especialmente os mais endinheirados, e não se cogitam soluções de aumento de receita visando quem tem maior capacidade de contribuição.
Além de afetar diretamente o bem-estar da população, já penando com o desemprego que atinge 12 milhões de pessoas, a medida equivale a decretar a paralisação do Brasil. E isso se dá exatamente no momento em que são urgentes e necessárias ações que tirem o País da grave recessão em que se encontra. Não há escapatória, é preciso encontrar meios de garantir investimento público e estimular as inversões privadas. Obviamente, é necessário que se busque o equilíbrio fiscal, mas isso de pouco servirá se for levado a cabo à custa de gerar um cenário de terra arrasada.
A necessidade de encontrar uma equação adequada à difícil situação que vivemos no Brasil será debatida nos próximos dias 24, 25 e 26 de novembro, na cidade de Barra Bonita (SP), durante um grande evento promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Integrando o movimento “Engenharia Unida”, a atividade reunirá lideranças de todo o País, além de autoridades e intelectuais, para discutir o cenário nacional e propor saídas. A iniciativa colocará em pauta o papel dos profissionais, a necessidade de colocar a economia no rumo do crescimento e a fundamental resistência às ameaças regressivas, como as reformas trabalhista e previdenciária, além da própria PEC 241.
É hora de unir esforços e agir para que o País possa retomar o rumo da busca do bem-estar para todos os brasileiros. A tarefa coloca-se sobretudo aos engenheiros, os profissionais do desenvolvimento, que devem ter protagonismo nessa empreitada.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Nestor Tupinambá

Não é novidade o uso de recursos públicos para viabilizar as concessões à iniciativa privada – que não entra com qualquer aporte, em muitos casos. É o que afirma, por exemplo, o conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU-SP), Antonio Citadini, em matéria na revista Consultor Jurídico, de 21 de setembro último: “O setor privado não aporta recursos próprios, mas ‘viabiliza-os’ através de bancos públicos, usando a força política dos agentes públicos para pressionar os órgãos a liberarem o dinheiro.” Em seguida, cita o caso da linha 4, em que o concessionário não tem riscos.
Observa que os desembolsos futuros têm alta exponencial, comprometendo o caixa do Estado. Este, geralmente, contrata as parcerias público-privadas (PPPs) quando quer fazer caixa. E exemplifica com a Europa que arca, hoje, com contas impagáveis devido aos juros em PPPs feitas na execução de infraestrutura.
Em matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em setembro, sobre o consórcio “Move São Paulo” formado por Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC e Eco Realty, relativa às obras paradas da linha 6 e a demissão dos empregados, o consórcio reclama justamente de falta do aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 5,6 bilhões. O compromisso do governo do Estado é de R$ 5,1 bilhões, portanto, mais da metade dos R$ 9,6 bilhões combinados. Ou seja, o ente privado não entra com nada e pressiona a liberação de recursos públicos ao interromper a obra.
Transporte público não dá lucro, como se queixa o presidente da Via 4, Harald Zwetkoff, em entrevista à Folha de S. Paulo, no dia 14 de outubro. Ele defende a necessidade de maior subvenção do Estado, como em países desenvolvidos, aporte que será recuperado posteriormente com o crescimento da cidade e de sua economia. Então, por que as PPPs?
Por que se privatiza uma linha (no caso, a 5) praticamente pronta? A obra bruta está praticamente executada e já foram comprados trens, escadas rolantes etc., material estocado no pátio Guido Caloi. Não haverá aumento da malha metroviária com a passagem da linha 5 ao ente privado. As PPPs são bem-vindas desde que resultem em expansão da rede de Metrô, o que é urgente na cidade. O professor Adriano Branco, em estudos alguns anos atrás, mostrou que a falta de um bom transporte de massa causa “deseconomia” anual de mais de R$ 25 bilhões na Região Metropolitana de São Paulo. A linha lilás é estratégica, já que recebe a CPTM, cruza com a futura linha 17, com as linhas 1 e 2. Será das mais demandadas e importantes. Essa linha já opera do Capão Redondo a Adolfo Pinheiro. Tal trecho logo demandará recursos para manutenção de modo assimétrico em relação à parte nova. Preocupa quem vai arcar com os custos.
Após muitos esforços para projeto e construção complexos, o Metrô só teria a ganhar continuando com a posse dessa linha. Poderia chamar o capital privado para a construção de outras linhas. São muitas as que aguardam sair do papel e começar a servir a população paulistana.

Leia o artigo na íntegra.

Nestor Tupinambá é engenheiro, delegado sindical do SEESP no Metrô-SP

Deborah Moreira

Utilizando o mesmo princípio à geração de energia em hidrelétricas, um casal de empreendedores da região sul do Rio de Janeiro criou a Unidade Geradora de Energia Sustentável (Uges) para a geração em caixas d’águas. Trata-se de uma turbina compacta acoplada na entrada da água que chega da rua, transmitida pela empresa fornecedora. É instalada no local onde fica a boia da caixa d’água. Ao passar pela Uges, que está conectada por fios elétricos a uma unidade transformadora e acumuladora de energia, a energia cinética da água vinda das tubulações é convertida em mecânica e, depois, em energia elétrica.
Essa é armazenada por um banco de baterias, instalado em outro sistema, chamado de unidade acumuladora. As baterias são semelhantes às utilizadas na captação de energia solar e eólica. Ao final, a energia é distribuída para a residência.
“Quando começamos o projeto, há 12 anos, os ensaios davam 1.16 watts por litro. Depois, chegamos a 1.94 watts. O produto que temos desenvolvido até agora está entre 28 e 34 watts, depois de ter pressurizado a turbina para maior capacidade em relação a litros”, explica o inventor Mauro Serra, que mantém uma microempresa com a esposa, a engenheira mecânica Jorgea Marangon. Eles comercializam um chuveiro a gás de pequeno porte, que também desenvolveram, o qual recebeu o 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente em 2009.
Até agora, a Uges não teve o mesmo reconhecimento. De acordo com Mauro Serra, o produto está em fase final de desenvolvimento e faltam recursos para finalizá-lo e produzir para o mercado. “O trabalho está parado. Quem sobrevive com uma economia dessas? Infelizmente, estamos com 75% do trabalho concluído e precisamos que algum investidor brasileiro se interesse”, lamenta. Caso contrário, “vamos ter que apresentar para interessados em outro País”.
Ele conta que já procurou informações sobre financiamento e que esse tipo de investimento, tido “como baixo” pelas instituições do setor, “nem entra em bancos como o BNDES”. “Vamos ser realistas, vivemos em um País que não incentiva energia limpa. Se você comparar o impacto ambiental dessas prestadoras de energia com iniciativas limpas como essa, os danos são enormes. Há muitos interesses econômicos envolvidos”, diz. A ausência de uma política brasileira que apoie e incentive mais investimentos em energias renováveis também foi alvo de crítica pelo pesquisador.
O produto já contou com recursos do edital Apoio a Modelos de Inovação Tecnológica e Social, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e foi patenteado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). A ideia do casal também ganhou o mundo pela internet, gerando notícias em diversos portais de notícias, como o da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o que despertou o interesse de engenheiros e curiosos. Até em sites que narram lendas da internet a ideia foi parar. “Tem gente que não acredita que isso é possível. Mas a verdade é que o homem nunca se preo­cupou de fato em utilizar uma energia que pode ser reaproveitável. Basicamente é isso que fizemos: captamos uma energia que já é gerada o tempo inteiro. E se você começar a observar os movimentos, tudo pode gerar energia limpa e renovável”, explica Mauro Serra.

Benefícios
Gerar energia a partir da pressão da água não é inovador. Inovação está em adequar o consumo de água de cada cidadão, com um gasto médio de 200 litros por dia, e tirar energia disso. A média do consumo é do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades e da Sabesp. No entanto, o consumo por pessoa pode ultrapassar os 200 litros/dia, dependendo da região – enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo médio de até 100 litros. A dupla de inventores lembra que a iniciativa pretende estimular a redução, sem desperdício, para obter um maior rendimento de energia possível.
Sem revelar qual o valor do investimento, Mauro Serra afirma que o sistema tem baixo custo de produção e manutenção. “Não há limitações para sua instalação, cabendo em qualquer caixa d’água. O volume de energia gerado será maior em caixas com maior fluxo, em edifícios e comércios como restaurantes, lanchonetes e condomínios”, diz o inventor, que compara com outras fontes renováveis e garante que seu produto tem custo amortizado entre 12 e 18 meses, enquanto a energia solar leva de seis e oito anos.
Em comparação com as hidrelétricas, tem baixo impacto ambiental, baixo custo e não apresenta perdas ao longo do trajeto de abastecimento. A Uges pode ainda levar luz a comunidades que estão em locais de difícil acesso e com alto custo de instalação.

Deborah Moreira

“Não há motivo para que justamente o conselho profissional da área tecnológica não use a tecnologia disponível para propiciar a ampla participação democrática em sua votação”, enfatiza Murilo Pinheiro, presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Assim, defende que nas próximas eleições ao Sistema Confea/Creas em 2017 o voto pela internet seja adotado.
Na sua opinião, a alternativa, desde que garantida a segurança, é extremamente valiosa, já que o profissional pode fazer a sua escolha de qualquer parte do planeta, sem precisar sair do trabalho ou de casa. O Sistema Confea/Creas em muitos locais ainda lança mão da urna de pano com cédulas de papel.
O assunto tem sido debatido, e a Resolução do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) 1.021, de 22 de junho de 2007, já prevê o voto por internet para as eleições dos presidentes dessa autarquia federal e dos conselhos regionais (Creas). A proposta também foi aprovada em 2015 durante o Congresso Nacional de Profissionais (CNP), visando o próximo pleito. Se confirmada, a mudança pode reverter o quadro de baixo comparecimento às urnas, de cerca de 6% na média nacional, e conferir maior legitimidade às eleições do Sistema.
Está disponível, até 20 de novembro, no portal do Confea, a consulta pública sobre a regulamentação do pleito via web. Para que ganhe força, é preciso que mais profissionais participem e enviem contribuições em prol do voto por internet.
Desde que observadas medidas que garantam lisura, transparência e confiabilidade no processo – como o uso de criptografia (que codifica a informação) –, especialistas fazem coro nessa defesa. Na concepção do professor Diego Aranha, do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para assegurar esse padrão, essencial é também o uso de software livre (código aberto). “Na Unicamp estamos experimentando o sistema Helios a uma eleição de chefe de departamento”, exemplifica. Segundo o pesquisador, a ferramenta já foi utilizada por outros órgãos, como a Defensoria Pública da União.
Além de lisura, enfatiza Aranha, é preciso garantir o sigilo do voto. “Você quer que ele permaneça secreto por um tempo indefinido mesmo depois da eleição. Então precisa interagir com aquele sistema para depositar seu voto, mas esse não pode armazenar nenhuma informação que permita reconstruir o autor daquele voto”, explica o professor, que é especialista em criptografia e segurança computacional.

Alguns exemplos
Entre as entidades que optaram pela internet está o SEESP, que utiliza a ferramenta desenvolvida pela Nib Consulting desde 2001 para eleger a sua diretoria. O associado recebe por correio uma senha eletrônica, em papel carbonado, gerada exclusivamente para ele.
Já o Conselho Federal de Farmácia (CFF) fez sua primeira experiência de eleição pela internet em 2011, em algumas regiões. Em 2015, o órgão estendeu a votação a distância para todo o País, registrando a participação de 170 mil profissionais. “Barateou muito, porque reduziu os gastos com contratação de mesário, papel e remessas por correio. Também nos deu segurança e agilizou o resultado, que sai logo depois do encerramento do prazo de eleição, geralmente de 48 horas”, relata Gustavo Beraldo, coordenador jurídico do CFF. Conforme ele, a cada eleição é feito um recadastramento dos profissionais junto aos bancos de dados. Depois, são feitos testes e simulações para evitar falhas durante a votação.
O analista de pré-vendas da Scytl, Ubiratan Elias, que fornece o sistema para esse conselho, explica que o software possui criptografia assimétrica: são duas chaves distintas, uma pública, que pode ser livremente divulgada, e uma privada, que deve ser mantida em segredo. O sistema é similar a uma senha, que pode variar de tamanho. Quanto maior a chave, maior o nível de encriptação. “Ao acessar o sistema com usuário e senha, automaticamente é enviado um certificado digital. Essa certificação é feita com uma chave que só o proprietário tem. O sistema que gera as chaves é gerenciado pela auditoria”, conta Elias. O sistema da Scytl é proprietário (fechado). Mas o analista garante que ele é exibido para a auditoria, contratada para reforçar a credibilidade do processo.
Outra experiência com o voto pela rede mundial de computadores é do Governo do Rio Grande do Sul, que utiliza o Login Cidadão para a participação da população gaúcha em consultas públicas, como por exemplo sobre a execução de obras e o orçamento participativo. A ferramenta faz certificação do usuário pelo RG, CPF e título de eleitor e está disponível para outras instituições. “Respeita a privacidade do usuário, utiliza padrões avançados de criptografia e é feita em software livre. O desafio que precisa ser superado é cada vez mais poder cruzar os bancos de dados. Quanto maior o cruzamento de dados, mais segura a certificação”, explica Uirá Porã, do Instituto Brasileiro de Políticas Digitais.

Rosângela Ribeiro Gil

As negociações coletivas deste ano deram-se em uma conjuntura adversa. Apesar disso, o SEESP conseguiu a preservação de conquistas anteriores e empregos, bem como reajustes salariais no mínimo de 7,5% em média.
Os impactos da situação atual são demonstrados no balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de 304 negociações realizadas no primeiro semestre de 2016 em todo o Brasil.
Segundo o levantamento do Dieese, do universo pesquisado, 39% obtiveram reajuste abaixo da inflação, 37% valor igual e apenas 24% dos acordos conquistaram algum ganho real. O resultado, aponta o coordenador de relações sindicais do órgão, José Silvestre Prado de Oliveira, deve-se ao aprofundamento da recessão econômica combinada com a crise política do País. “Tivemos um ambiente muito adverso aos trabalhadores brasileiros.” Esse cenário negativo, acrescenta, vem se desenhando desde 2015, que já indicava tendência de piora dos reajustes devido a pelo menos dois anos de recessão, aumento da inflação e taxas crescentes de desemprego.
No caso dos engenheiros paulistas, a advogada Karen Blanco, do Departamento Jurídico do SEESP, reconhece: “Foi um ano complicado.” Para enfrentar as mais diversas situações, o sindicato, informa, valeu-se do preparo técnico e, em alguns casos, da intermediação do Núcleo Permanente de Solução de Conflitos Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP). Por isso, avalia Blanco, o saldo de cerca de 30 campanhas salariais, envolvendo quase 200 mil engenheiros em todo o Estado, foi positivo. “Evitamos dispensas coletivas e o menor índice de reajuste, na média, foi de 7,5%”, atesta. Outro ponto assertivo foi evitar a “judicialização” dos processos – o Dissídio Coletivo –, “que cria uma insegurança muito grande para a categoria”.
Ela comemora a celebração de quase todos os acordos ou convenções coletivas de trabalho com data-base em 1º de maio, que abarca a maioria da categoria, e 1º de junho. Restavam pendentes, até o fechamento desta edição, os dissídios dos sindicatos das indústrias da Construção Pesada (Sinecesp) e da Construção Civil (SindusconSP), de outros sindicatos patronais que não outorgam poderes às federações do Comércio (Fecomercio) e das Indústrias (Fiesp), além das negociações com a entidade que representa as empresas de engenharia e arquitetura consultiva (Sinaenco). “Também obtivemos conquistas importantes em 2016, como o fechamento do primeiro acordo coletivo em mesa de negociação direta entre o SEESP e as empresas que representam os engenheiros no Banco Central que atuam em São Paulo.” Nessa primeira norma coletiva, cuja data-base é 1º de maio, foi assegurado reajuste salarial de 9,68%.

Representatividade
Blanco relata que durante as negociações deste ano foi preciso uma atenção maior “para desarmar argumentos de empresas que tentaram usar a crise econômica para propor redução de salário e de jornada”.
A advogada valoriza ainda avanços como quanto à garantia de estabilidade e do piso salarial (estipulado em nove salários mínimos para jornada diária de oito horas, de acordo com a Lei 4.950-A/66), projeção na carreira e reajuste de benefícios econômicos (vale alimentação ou refeição).
Ela vê com apreensão as reformas trabalhista e previdenciária pretendidas pelo atual governo. Destaca, entre as medidas preocupantes, a possibilidade de terceirização inclusive em atividade-fim, a prevalência do negociado sobre o legislado e as mudanças na concessão do benefício previdenciário. “Os trabalhadores precisam se aproximar do sindicato, que é o único meio constitucional de garantir e conquistar direitos.”

Estudantes conectados às necessidades humanas
Alunos de Engenharia Eletrônica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) criaram um sistema interativo a pessoas com deficiência, locomoção limitada e dificuldade em se comunicar terem autonomia para realizar tarefas simples do dia a dia, como acender e apagar luzes, chamar outra pessoa e expressar suas vontades e reações. Chamado de Eye Control, o produto é composto por uma câmera acoplada a óculos que, pela leitura dos movimentos dos olhos, move o cursor do software conectado, possibilitando acionar os botões com as ações definidas.
O projeto foi idealizado para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos Ariadne Fernandes e Lucas Bordonal, ambos de 23 anos de idade. Em entrevista ao JE, os formandos explicam sua motivação, dizendo que o “profissional de engenharia, no mundo atual, é aquele que está sempre atualizado quanto às necessidades da humanidade”.
Segundo eles, o profissional não pode abrir mão do “espírito da mudança, da inovação e criatividade, assim como da vontade de encontrar uma solução, utilizando os conhecimentos técnicos e os princípios básicos da engenharia”. Na sua opinião, a engenharia pode estar em grandes soluções, envolvendo sofisticadas tecnologias, ou em ferramentas mais simples que facilitam a vida das pessoas, seja no lazer, na saúde, no transporte, na indústria ou na moradia. Os engenheiros do século XXI, salientam Fernandes e Bordonal, devem ajudar a proporcionar “uma realidade mais justa e integradora da sociedade, sem custos extrapolados ou grandes complicações, fazendo a melhor utilização dos recursos disponíveis e trazendo inovações”.

Isitec lança MBA Inovação Competitiva
O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP, está lançando o MBA Inovação Competitiva, sob a coordenação da economista Connie Vedovello. De acordo com a especialista, hoje todo profissional busca uma atitude de inovação para enfrentar o mercado de trabalho e tornar sua empresa mais valorizada. “Entrar nesse assunto pressupõe adquirir sempre novo conhecimento, não apenas no sentido acadêmico, mas na observação e atenção ao que acontece. Para ter essa percepção é necessário dedicação e treinamento”, observa. As empresas e organizações, prossegue ela, buscam hoje recursos humanos bastante aderentes e capacitados nessa dinâmica.
Vedovello explica que atualmente são oferecidos muitos cursos com esse foco. “Desenhamos um MBA no Isitec fazendo antes uma prospecção sobre o mercado brasileiro. Em cima disso, identificamos o que poderíamos oferecer com uma consistência maior sobre o tema”, esclarece.
A economista informa que o curso será realizado em cinco blocos. Como diferencial, salienta que haverá “uma disciplina com 52 horas exclusivas sobre o que é gestão da inovação”. Entre outros temas, serão abordados ainda a história e políticas públicas de ciência, gestão de projetos, valoração da tecnologia; estudos de casos e viabilidade técnica e econômica; e estabelecimento de parcerias focadas nas pequenas empresas (startups).
A carga total será de 376 horas, com aulas presenciais quinzenais às sextas-feiras no período da noite e aos sábados pela manhã e à tarde. “A inovação tem sido muito estimulada há algumas décadas, porque foi entendida como um fator de produção. Quando aplicada de forma consistente, auxilia as empresas nos seus processos produtivos e de competitividade”, ensina Vedovello.

Mais informações sobre o MBA pelo telefone (11) 3254-6850 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
O site é www.isitec.edu.br

Nossos convênios
Instituto Brasileiro de Educação Continuada
Os associados ao SEESP e seus dependentes que pretendem fazer cursos de especialização, MBA, extensão, aprimoramento ou aperfeiçoamento profissional em diversas áreas, desde engenharia, direito, meio ambiente e tecnologia da informação (TI), contam com descontos de 10% nas especializações e 15% no MBA. Informações pelos telefones (11) 2626-9575, 3868-2722 e 96990-2569 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O instituto também tem sede em Sorocaba: Rua São Bento, 332, Centro, (15) 3014-7954, 98834-0493, 99171-4343 e 99738-9906 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Outras informações no site www.inbec.com.br

CNA Instituto Cultural Norte-Americano
Cursos de inglês e espanhol com descontos de 30% e isenção da taxa de matrícula para associados ao SEESP e seus dependentes. Unidades em São Bernardo do Campo: Rua João Pessoa, 545, Centro, telefone (11) 4126-1066; e Rua do Sacramento, 249, Rudge Ramos, (11) 4362-7373; e em Santo André: Rua das Aroeiras, 455, Jardim, (11) 4433-1880. Mais informações pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., supervisão Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.cna.com.br  

Curso de perícias judiciais em São Paulo
Inscrições abertas para o curso de perícias judiciais a se realizar de 8 a 11 de novembro próximo, das 19h às 22h45, no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (SindusCon), na Rua Dona Veridiana, 55, Santa Cecília, na Capital. Associados têm desconto de 10%. Mais informações pelos telefones (53) 3231-3622 e 0800-600-3622, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.manualdepericias.com.br 

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