Sob o lema “Desenvolvimento com justiça social” e marcado pela unidade do movimento sindical, o 1º de maio neste ano elegeu uma pauta fundamental: redução da jornada sem redução de salários; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias e do salário mínimo; trabalho decente; igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço e do servidor público; reforma agrária; educação e qualificação profissional; e redução da taxa de juros. Mais que bandeiras a serem lembradas durante as atividades em comemoração ao Dia do Trabalhador, trata-se de uma agenda essencial de lutas, que merece atenção da sociedade brasileira.
Após escapar da agonizante estagnação da economia e superar o choque de uma crise financeira internacional de forma ímpar, o País está mais uma vez diante de decisões difíceis. O temor da volta da inflação ronda novamente os brasileiros e com isso, como sempre, a ameaça de retrocessos.
Depois de uma geração inteira já ter vivido livre das disparadas de preços que marcaram o País por décadas, a ninguém interessa a volta desse círculo vicioso, prejudicial sobretudo ao trabalhadores. Porém, igualmente indesejável é um recuo que comprometa o crescimento econômico e os avanços sociais que o Brasil finalmente voltou a experimentar, embora ainda haja um longo caminho a se percorrer na busca de condições de vida plenamente dignas para todos. Por isso mesmo, não é possível abandonar o projeto nesse sentido. Obviamente, a tarefa de buscar esse equilíbrio nada tem de simples, mas deve ser empreendida com competência, coragem e, acima de tudo, profundo compromisso com os interesses do povo brasileiro.
Cresce Brasil
Unidos à luta do conjunto do movimento sindical, os engenheiros continuam a defender expansão econômica com distribuição de renda e sustentabilidade. Esse ideal está materializado no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que desde 2006 orienta a categoria nessa mobilização. Atualizado em 2009, o trabalho neste ano está em nova fase e coloca o foco nos preparativos da Copa do Mundo de 2014. Mais que futebol, é preciso que os esforços e investimentos feitos pelo País se traduzam em mais bem-estar à população brasileira e em avanços na infraestrutura nacional.
Essa nova etapa inaugura suas discussões no próximo dia 16 de maio em São Paulo, quando serão tratados, por especialistas e autoridades, os temas considerados essenciais para que o mundial aconteça na Capital paulista. Na sequência, os debates percorrerão as demais cidades-sedes dos jogos, com o mesmo objetivo.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente