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Editorial – É urgente voltar a crescer e gerar bons empregos

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A pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 29 de setembro aponta taxa de desocupação de 12,6% no período de junho a agosto, o que resulta em nada menos que 13,113 milhões de pessoas desempregadas no País. Em comparação com o trimestre anterior, o levantamento aponta uma ínfima melhora, com diminuição de 658 mil desocupados. No entanto, mostram os dados, o mercado informal responde por 70% dessas vagas. Ou seja, sem garantias e com salários menores. É urgente que se comecem a tomar medidas efetivas e corretas para tirar o Brasil dessa trajetória rumo a um país em que a pobreza e a precariedade sejam a tônica dominante.

Em que pesem as gravíssimas crises política e econômica vividas na atualidade, a sociedade deve exigir dos governos nas várias instâncias e também contribuir com iniciativas que possam reverter a tendência descendente da economia.

Um bom exemplo nesse sentido é o “Cresce Baixada” (leia reportagem aqui).  Inserida no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a articulação reúne as entidades sindicais da Baixada Santista, com participação ativa da Delegacia Sindical do SEESP, e as prefeituras dos municípios que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS).  O objetivo é buscar saídas para o quadro preocupante de desemprego crescente e empobrecimento das cidades. Para se ter uma ideia, deixaram de circular anualmente R$ 3 bilhões com a retração da arrecadação de tributos, resultado direto da estagnação econômica. 

O movimento sindical já elencou 30 propostas para fazer frente a esse quadro, como a criação de frentes de trabalho, a construção de restaurantes públicos que oferecem refeições a preços módicos, o fornecimento de “passe livre” no transporte público aos desempregados e a reabertura de cursos de qualificação e requalificação profissional. Também na pauta a implementação de política industrial que atraia investimento para a região e a instalação de um porto industrial.

É preciso que o exemplo da Baixada Santista seja seguido Brasil afora. Não é razoável que um país de dimensões continentais, riquezas diversas e uma população de mais de 200 milhões resigne-se a andar para trás, ao invés de avançar.

Entre as possibilidades em nível nacional no horizonte próximo, o SEESP defende, juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e o movimento “Engenharia Unida”, a retomada das obras paralisadas no País. A decisão de reativar os canteiros abandonados teria impacto positivo no emprego, na movimentação da economia e na qualidade de vida da população que aguarda por milhares de equipamentos essenciais, como escolas e postos de saúde.

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