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Opinião – Falsa e verdadeira operação comboio

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Newton Guenaga Filho


Quem não foi pego pela operação comboio no Complexo Anchieta-Imigrantes ao se dirigir ao litoral paulista? E, pior, quem não se viu nessa situação mesmo sem neblina que a justificasse? Com muita frequência, essa medida, que consiste basicamente em reter o fluxo de automóveis e liberá-los em grupos, é tomada para evitar acidentes devido à baixa visibilidade, o que hoje simplesmente não faz mais sentido.

A operação comboio faz o usuário levar mais de uma hora que o seu tempo normal de viagem. É realmente um saco! Buscando a história, a medida teve origem quando o Complexo Anchieta-Imigrantes tinha somente a pista de subida na Imigrantes. Foi colocada como solução em função de um mega-acidente que ocorreu na pista de interligação entre as duas rodovias, quando houve uma neblina intensa. No entanto, a conjuntura mudou e temos a necessidade de nos adaptarmos a ela. Hoje, há pistas de subida e descida em ambas as rodovias. Além disso, parte significativa do percurso é feita por túnel, o que elimina o problema de visibilidade. Somente por esse motivo o sistema já deveria ter sido aprimorado.

Em decorrência de outro mega-acidente ocorrido no ano passado, esse no trecho do planalto na pista de subida, criou-se o “falso comboio”. Nesse, não existe a retenção do fluxo de veículos no pedágio, mas altera-se o limite máximo de velocidade para 40km/h em trechos específicos nos quais piscam luzes amarelas. Será que não temos algo mais moderno? Por que temos que ter velocidades estanques? Com o avanço da tecnologia, poderíamos ter painéis luminosos ao longo da rodovia que indicassem a velocidade definida para uma determinada condição de visibilidade no local.

Por fim, se a retenção de veículos foi abolida nesse “falso comboio” e isso foi considerado seguro, por que não aplicar a lógica à pista de descida?  Por que não ter velocidades variáveis ao longo da rodovia em ambos os sentidos? Os usuários agradecem.


Newton Guenaga Filho é presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista

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