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11/12/2015

Perfil social dos jovens profissionais da CNTU

No seminário “Trabalho, política e cultura – construindo diretrizes e propostas de ações”, promovido pelo departamento Jovem Profissional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), no dia 9 de dezembro último, o especialista em economia do trabalho e professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Waldir Quadros, apresentou um mapeamento socioeconômico dos jovens profissionais das seis categorias que compõem a entidade - engenheiros, médicos, odontologistas, farmacêuticos, economistas e nutricionistas. A base de dados, informou ele, foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicou que as seis profissões atingiram, em 2013, 1,284 milhão de pessoas, 63% a mais ante 2004, quando esse número era de 796 mil.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
CNTU jovem 09DEZ2015 
Professor Waldir Quadros apresenta perfil socioeconômico de jovens profissionais, em
seminário do Departamento Jovem Profissional da CNTU

 

Para o perfil apresentado, explicou Quadros, foram considerados jovens profissionais aqueles compreendidos na faixa de 20 a 34 anos de idade. Em seu conjunto, informou, a participação desse público no total de ocupações selecionadas não se alterou significativamente no período, passando de 41% para 40%; mas verifica-se um relativo envelhecimento, com faixa etária mais numerosa, de 30 a 34 anos, avançando de 17% para 19%. Já na questão de gênero, levantou-se um avanço da participação feminina no conjunto das seis categorias, passando de 39% em 2004 para 42% em 2013. Também nesse segmento, observa-se que a engenharia continua a ser uma profissão majoritariamente masculina e, no outro extremo, a nutrição eminentemente feminina. Em termos absolutos, chama a atenção a presença de mulheres entre os médicos e cirurgiões-dentistas, a participação do sexo feminino também é maior entre os farmacêuticos. Na área dos economistas (ou profissionais em pesquisa e análise econômica), em 2004 eram mais de 33 mil homens contra pouco mais de 24 mil de mulheres; em 2013, a posição se inverte: quase 61 mil são mulheres e pouco mais de 52 mil são homens.

Estratificação social
Quadros informou que, em relação à estratificação social das profissões, de 2004 a 2013 houve uma melhora, com a participação da alta classe média aumentando de 57% para 60%. Os médicos destacam-se, nesse quesito, alcançando 81%, em seguida aparecem os engenheiros com 70%. Na sequência, os cirurgiões-dentistas situam-se numa posição intermediária, com 48% na alta classe média e 35%, na média. Já os farmacêuticos aparecem num perfil majoritariamente de média classe média, com 46%; e os nutricionistas ficam no perfil da baixa classe média, com 51% dos integrantes dessa profissão contra 35% em 2004. Os economistas também apresentam uma retração econômica ante 2004: passaram de 47% na alta classe média para 36% em 2013.

Regiões
O mapa mostra que o padrão nacional de relativo envelhecimento ao longo do período analisado, com menor proporção do conjunto dos jovens profissionais no mercado, se reproduz, principalmente, nas regiões Sudeste e Sul. Nas outras três regiões – Norte, Nordeste e Centro-Oeste – a participação dos jovens avançou.


* Confira a apresentação do professor Quadros clicando aqui


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









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