O seminário “Trabalho, política e cultura – construindo diretrizes e propostas de ações”, realizado no dia 9 de dezembro último, na sede do sindicato dos engenheiros, na Capital paulista, significou um marco na organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). A atividade foi promovida pelo departamento Jovem Profissional da entidade, com o intuito de ajudar na formulação de políticas públicas e estimular a participação da juventude no movimento sindical. À abertura, o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, saudou a participação dos jovens de várias partes do País. “Juntos faremos a diferença”, conclamou. E acrescentou: “O nosso futuro é crescer, por isso estamos de portas abertas ao jovem profissional.”
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Jovens profissionais, ao final do seminário, mostram árvore "montada"
com propostas e sugestões de trabalho para 2016
A coordenadora nacional do departamento, Marcellie Dessimoni, definiu o seminário como o início da construção de um trabalho da juventude da entidade. “A atividade foi extremamente positiva porque conseguimos a participação de todas as categorias profissionais que compõem a CNTU e de várias regiões do País.” O evento, além de dois painéis na parte da manhã sobre o perfil social dos profissionais e comunicação, contou, no período da tarde, com uma dinâmica específica com a divisão de grupos de trabalho que discutiram o “tripé” do departamento, segundo Dessimoni, trabalho, política e cultura. A partir disso, foram formuladas propostas e diretrizes para o ano de 2016. “Inúmeras sugestões foram levantadas, como a da redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais; combate ao assédio moral e sexual, maior participação nos espaços sociais, como nos conselhos profissionais; e a importância do fortalecimento dos direitos humanos para combater a intolerância racial e de gênero.” Outra proposta, informa, é a criação de cinco departamentos regionais da CNTU, contemplando o Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. “O nosso objetivo é trabalhar com unidade e para que a confederação possa representar cada vez melhor os profissionais, adequando ações e políticas aos jovens e para que se chegue a 2022 com o Brasil que idealizamos.”
A abertura do evento foi prestigiada pelos presidentes das federações dos Nutricionistas (Febran), Ernane Silveira Rosas, dos Odontologistas (FIO), José Ferreira Campos Sobrinho e do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Pedro Afonso Gomes; e pelos representantes das federações dos Médicos (Fenam) José Antonio Alexandre Romano e dos farmacêuticos (Fenafar) Dalmare Anderson Bezerra de Oliveira Sá.
Os sindicatos precisam conquistar o jovem
A seguir, declarações de alguns participantes do seminário do dia 9 de dezembro:
Isabella Fernandes - economista do Mato Grosso do Sul
“Foi muito importante participar dessa atividade, porque em nosso estado temos uma imensa dificuldade em filiação dos jovens. Discutirmos juntos as nossas dificuldades e definir ações para enfrentá-las sem dúvida vai ajudar a mudar essa realidade. O importante é começar.”
Taynara Bastos Trindade – coordenadora do Senge (Sindicato dos Engenheiros) Jovem do Acre
“Normalmente, o jovem que está na faculdade tem uma visão ruim da política e do trabalho sindical. Por isso, tudo que se discute para quebrar esse muro é fundamental. Precisamos mostrar que o sindicato existe para defender os nossos direitos, para valorizar o profissional no mercado de trabalho.”
Glauber Victor Cabral de Moraes, cirurgião-dentista de Natal (RN)
“A CNTU abre um canal fundamental para o nosso jovem debater não apenas questões específicas da profissão, mas para abrir o horizonte sobre vários outros assuntos importantes, como a saúde e a defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), por exemplo.”
Dalmare Anderson Bezerra de Oliveira Sá, farmacêutico de Aracaju (SE)
“O movimento sindical precisa acordar para o jovem profissional e visualizar nele o seu próprio fortalecimento. Os sindicatos precisam conquistar esse público que, com certeza, vai trazer ideias e dinâmicas novas à ação sindical, com isso todos sairemos ganhando.”
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP