Qualquer que seja o desfecho da crise política, depois de mirabolantes episódios do barata voa, o ano de 2016 será muito difícil para os trabalhadores e para o movimento sindical.
Ele será difícil por duas razões principais.
A primeira delas é a recessão econômica, com seu cortejo fúnebre de demissões, perdas salariais, falta de crescimento e pessimismo. A escada rolante parou de subir e agora desce arrastando todo mundo.
A segunda é a onda conservadora que, qualquer que seja o desfecho fulanizado da crise, empurra a sociedade para uma forte regressão. Para o governo, acossado pelos rentistas, tornam-se quase naturais medidas econômicas de ajuste que não conseguem impedir a depressão e a alimentam. Para os que golpistamente querem a substituição da presidente eleita pelo voto popular por um governo de transição, a plataforma de ação está consolidada como uma ponte para o futuro que é, na verdade, um túnel para o passado neoliberal.
O movimento sindical deve, para enfrentar esses dois monstros (a recessão e a pauta conservadora), resistir, buscar representatividade e garantir unidade de ação.
Um bom caminho tem sido o do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que aponta medidas concretas capazes de, ao mesmo tempo, enfrentar a recessão e neutralizar a onda conservadora.
Boas lutas em 2016!
* João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
Como sempre os sindicalistas somente buscam os seus próprios interesses,uma vez que apoiam o atual governo por este ter viabilizado que rios de dinheiro fossem injetados em seus caixas, e ignoram o drama que milhares de trabalhadores brasileiros, que eles dizem que representam, estão passando. Sabem como ninguém reclamar e criticar da situação mas nunca participam na solução dos problemas, agindo como se não tivessem nenhuma responsabilidad e com a atual situação. Que solução de curto e médio prazo pode ser dada pelo atual governo, originador de toda esta crise, que já não tenha sido tentada ? Sempre vem com este discursinho surrado e terrorista de volta ao passado ao invés de propor soluções efetivas para o futuro, sejam elas quais forem. A falta de compromisso e apoio dos sindicatos na solução do atual drama vivido pelos trabalhadores brasileiros é também uma das causas da situação que vivemos hoje.